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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO SERTÃO PERNAMBUCANO – CAMPUS


PETROLINA

Mariana de Oliveira Gomes


Paloma Gomes Araújo
Yolane Dias Rodrigues

TRABALHO ACADÊMICO DE RESUMO DA OBRA TÉCNICAS


DE MICROBIOLOGIA SANITÁRIA E AMBIENTAL DE
BEATRIZ SUSANA OVRUSKI DE CEBALLOS E CÉLIA
REGINA DINIZ

Petrolina, 2021
Mariana de Oliveira Gomes
Paloma Gomes Araújo
Yolane Dias Rodrigues

TRABALHO ACADÊMICO DE RESUMO DA OBRA TÉCNICAS


DE MICROBIOLOGIA SANITÁRIA E AMBIENTAL DE
BEATRIZ SUSANA OVRUSKI DE CEBALLOS E CÉLIA
REGINA DINIZ
Trabalho apresentado como requisito
parcial para obtenção de aprovação na
disciplina de Microbiologia, no Curso
Médio Integrado em Química, no Instituto
Federal De Educação, Ciência E
Tecnologia Do Sertão Pernambucano –
Campus Petrolina.

Prof.: Ednaldo Gomes Da Silva

Petrolina, 2021
RESUMO

Na área da microbiologia, existem muitos artifícios para se analisar a qualidade e a


potabilidade das substâncias presentes no nosso dia, sendo a principal delas a
água. A Contaminação Fecal é uma análise muito importante dentro dessas
aplicações, pis, a partir dela pode-se se evitar problemas de ordem industrial e
ligados a saúde dos seres que entram em contato com esses meios hídricos. Para a
análise de contaminação fecal são usados indicadores microbiológicos, os quais os
mais comuns são Coliformes totais, Coliformes termotolerantes, Escherichia coli
(E.coli), entre outros, para que o produto esteja dentro das normas de potabilidade
da água.
SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................
2. INDICADORES MICROBIANOS DE CONTAMINAÇÃO FECAL.......................
3. LEGISLAÇÕES SOBRE QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DAS ÁGUAS PARA
DIFERENTES USOS...............................................................................................
4. CONCLUSÃO..................... ...............................................................................
5. REFERÊNCIAS .................................................................................................
1. APRESENTAÇÃO

A análise e o tratamento da água são assuntos muito presentes na vivência


de um técnico em química. Uma das maiores preocupações, quando se fala em
água, é a contaminação fecal, que pode acontecer em diversas etapas do curso
hídrico e trazer graves prejuízos aos que entrarem em contato com ela. Uma
estratégia muito utilizada é o uso de indicadores microbianos de contaminação fecal,
sendo os grupos mais utilizado para evidenciar esse tipo de contaminação as
bactérias: Coliformes totais; Coliformes termotolerantes (antes denominados
coliformes fecais); Escherichia coli  (E.coli); Estreptococos fecais ou enterococos;
Clostridium perfringens  ou  Clostridium welchii; Bifidobacteríum adolescentis  e
outras espécies fermentadoras de manitol, por serem de origem exclusivamente
humana (propostos). 
2. INDICADORES MICROBIANOS DE CONTAMINAÇÃO FECAL

Entre os indicadores microbianos, os mais utilizados são os coliformes, sendo


o grupo mais abrangente os denominados Coliformes Totais(CT). São bastonetes de
2 µm de comprimento e 1 µm de largura, Gram negativos, não esporulados, aeróbios
facultativos, oxidases negativa, redutores de nitratos e capazes de crescerem na
presença de sais biliares fermentando a lactose a 35°-37°C com produção de ácidos
e gás. Para a identificação rápida do grupo, é verificado a presença da enzima ß-
galactosidade (presente em todos os coliformes) que produz ortonitrofeni após reagir
com o substrato Ortonitrofenilgalacto-piranosídeo(ONPG). Estão amplamente
presentes na natureza e são muito utilizados por estarem presentes no intestino de
animais homeotermos e serem excretados nas fezes em altas concentrações. Seu
uso está relacionado ao controle da qualidade sanitária da água potável nas
seguintes situações: Na saída do tratamento da água na ETA (para indicar a
eficiência do sistema de potabilização); No sistema de distribuição (reservatórios e
rede), para indicar a integridade desse sistema e as condições higiênicas da água;
Nos sistemas ou soluções alternativas coletivas de abastecimentos, para indicar a
integridade do sistema e as condições higiênicas da água e em poços, para indicar
condições higiênicas da água e similares.
Um subgrupo dos coliformes totais são os coliformes termotolerantes,
antigamente conhecidos como coliformes fecais(CF). Crescem a
44,5°C,característica que permite o isolamento do grupo e justifica o nome dado ao
grupo. Sua ocorrência está mais restrita às fezes humanas e de animais de sangue
quente, o que torna o grupo eficiente  em evidenciar a contaminação fecal por esses
seres e por esgotos domésticos e municipais, que podem trazer risco humano e
animal de contaminação com microrganismos enteropatogênicos de veiculação
hídrica. A sua aplicação está ligada às seguintes análises:  Contaminação fecal em
águas superficiais lênticas, lóticas, de estuários e marinas com poluição  fecal 
recente  (limitação  imposta  pela  salinidade); Monitoramento  de  águas 
recreacionais; avaliação  das condições de balneabilidade em águas doces;
Monitoramento da qualidade de água para consumo humano, da rede de
distribuição, de águas minerais, de poços, alimentos em geral, etc.; Avaliação da
qualidade bacteriológica de águas destinadas à irrigação, dessedentação de gado,
criação de ostras e mariscos; Avaliação da eficiência dos sistemas de tratamento do
esgoto (ETEs) e Avaliação da qualidade sanitária de águas de reúso. 
Há também um subgrupo dos coliformes termotolerantes muito importante, e
seu integrante mais numeroso, a Escherichia coli (E. coli). Pertencente à família
Enterobacteriacea, o grupo possui a enzima ß-glucuronidase, que age sobre o
substrato  4-Methyl-Umbilipheril–ß-D  -  Glucoronosídeo  (MUG) e libera o 4-Methyl-
Umbilipheril que produz luminescência azul intensa quando iluminado com UV de  λ 
360 nm, identificando a E. coli, podendo ser identificada também por testes
cromogênicos ou de substrato definido. É a única espécie do grupo dos coliformes
termotolerantes cujo habitat exclusivo é o intestino humano e de animais
homeotérmicos(onde não são patogênicos, atuando como microrganismos
mutualistas), por conseguinte, são indicadores específicos de contaminação fecal
por esses grupos e a sua confirmação indica a provável presença de
microrganismos patogênicos e, quando em maior quantidade, indica a maior
probabilidade de se encontrar microrganismos enteropatógenos (são conhecidas
oito linhagens patogênicas, todas de veiculação hídrica, por alimentos e fômites, e
pelo contato pessoa a pessoa). Suas aplicações são as mesmas dos coliformes
termotolerantes, sendo estabelecer uma relação direta entre sua densidade e riscos
de doenças gastrointestinais em nadadores.
Usados como parâmetro adicional a coliformes termotolerantes,
particularmente quando a contaminação é intermitente(coliformes totais e
termotolerantes podem estar ausentes e em águas salinas e salobras,
principalmente águas marinhas), os Estreptococos fecais (EF) são indicadores de
contaminação fecal são cocos Gram positivos presentes em fezes humanas e
animais, pertencentes ao grupo D da classificação antigênica  de  Lancefield, 
baseada  na  presença  do antígeno D. Dentro do grupo se destacam o subgrupo
dos enterococos, formado pelas espécies:  S. faecalis, S. faecium, S. gallinarum  e 
S. avium, mais resistentes que os coliformes totais e os termotolerantes às
condições ambientais  externas  (pH,  temperatura,  salinidade etc.)
Sendo um subgrupo dos estreptococos, os Enterococos, possuem a
propriedade de crescer na faixa de 10° a 45°C, pH 9,6 e em concentrações de 6,5%
de Cloreto de Sódio. Reduzem o azul de metileno 0,1% em leite e sobrevivem a
60°C por 30 minutos. O subgrupo abrange as espécies:  S. faecalis  (e suas
variedades  liquefaciens  e  zymogenes), S. faecium, S. gallinarum  e  S. avium.
Esse grupo é utilizado para indicar a  contaminação especialmente em águas
recreacionais marinhas, pois possui uma elevada  resistência ao  sal, sendo a
melhor opção para prevenir a ocorrência de doenças gastrointestinais em nadadores
em águas salgadas. 
A aplicação de ambos os grupos se dá, além das atividades também
executadas por coliformes termotolerantes, pela confirmação da origem fecal da
contaminação, quando os resultados de coliformes totais e termotolerantes são
duvidosos) e a avaliação da qualidade de águas subterrâneas (pela sua maior
resistência no solo tornam-se indicadores confiáveis).
 Clostridium perfríngens ou  Clostridium welchii  (C.P.) são bastonetes, gram 
positivos,  esporulados, anaeróbios que fermentam lactose e inositol com produção
de gás, reduzindo  nitratos  (atividade  desnitrificante),   sulfitos  da  água, e
produzindo lecitinase e fosfatase ácida e hidrolisam a gelatina.  É utilizado como
indicador de poluição fecal antiga, onde os demais indicadores não estão mais
presentes, devido à sua capacidade  de  formar  esporos(confere resistência) e 
como um marcador específico em estudos de desinfecção, de eficiência de
tratamento de esgotos, etc. Entre suas aplicações estão: Avaliação da qualidade da
água de novas fontes de abastecimento; Detecção da contaminação em sedimentos
marinhos e resíduos industriais; Análises da qualidade de águas recicladas e fontes
reconhecidamente poluídas e Avaliação da qualidade de águas minerais. 
Pseudomonas aeruginosa  (P.A.) são bastonetes gram negativos, aeróbios,
móveis por flagelos polares, oxídase e catalase positivos. A maioria das cepas
produzem pigmentos esverdeados (fluoresceínas e piocianinas). Toleram valores
relativamente elevados de pH (pH = 8,5). Crescem bem a 37°C e 41 °C, mas não a
4°C. Apresentam elevada resistência a antibióticos (codificada por plasmídeos) e a
desinfetantes. Portanto, são bons indicadores do grau de higiene de águas de
piscinas e ambientes em geral expostos à contaminação, pois, por serem patógenos
oportunistas responsáveis por infecções de feridas e otites externas, particularmente
em nadadores, o seu controle é importante em águas destinadas à recreação de
contato primário, já que causam infecções fatais  como septicemias, 
particularmente  em  crianças  e  adultos  debilitados  por queimaduras,  tratamento 
prolongado  com  antibióticos e imunossupressores. Aplicação do Pseudomonas
aeruginosa acontece: Na avaliação da qualidade bacteriológica de águas
recreacionais, águas industriais e corpos receptores de esgotos domésticos,
hospitalares e industriais; Na avaliação da qualidade bacteriológica de águas
potáveis e águas minerais e no monitoramento da rede de abastecimento, quando
esta bactéria é detectada em testes prévios. 
Staphylococcus aureus  (S.A.) são  cocos  Gram  positivos,  catalase  positiva,
fermentadores  de  glicose  e  manitol  em  anaerobiose.  São  coagulase positivos e
produzem uma nuclease termorresistente. Sião habitantes normais da pele, nariz e
intestino de indivíduos sadios. Causam infecções piógenas na pele, olhos e ouvidos.
Suas aplicações são, além das mesmas aplicações que CT, CF, e  E. coli: Avaliação
da qualidade sanitária de águas de piscinas e recreacionais em geral; Avaliação da
eficiência da desinfecção em piscinas, devido à sua alta resistência ao cloro e outros
desinfetantes e Avaliação da eficiência do processo de desinfecção. 
Colífagos são vírus (bacteriófagos) que infectam e se replicam em bactérias
coliformes, e estão presentes sempre que coliformes totais, fecais e  E. coli  estão
presentes. Algumas características sanitárias dos colífagos são: Sua presença,
numa água, está associada à presença de coliformes totais e termotolerantes e  E.
coli. Portanto, podem ser usados como indicadores da qualidade  sanitária  de 
águas  doces,  salobras  e salinas com resultados em 8 a 18 horas; São mais
resistentes que os coliformes à ação do cloro, sendo bons indicadores da eficiência
da desinfecção. As taxas de sobrevivência são diferentes entre coliformes e
colífagos em águas naturais e águas submetidas à desinfecção; Seriam bons
indicadores da provável presença de enterovírus, servindo como modelo do
comportamento de enterovírus em sistemas de tratamento.
3. . LEGISLAÇÕES SOBRE QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DAS
ÁGUAS PARA DIFERENTES USOS
4. CONCLUSÃO

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