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01-TÍTULO DA EXPERIÊNCIA

ANÁLISE BACTERIOLÓGICA DE ÁGUA

02-OBJETIVOS

 Conceito de Unidade Formadora de Colônia (UFC);


 Metodologia das diluições seriadas para amostras de alimentos;
 Metodologia de contagem em placas para a determinação da concentração de
microrganismos aeróbios e anaeróbios facultativos mesófilos em alimentos;
 Pesquisar e quantificar coliformes totais, termotolerantes e Escherichia coli em
água;
 Contribuir para a avaliação da qualidade microbiológica de uma amostra de
água;
 Praticar a técnica de quantificação por fermentação em tubos múltiplos e cálculo
do número mais provável (NMP);
 Praticar a técnica do substrato cromogênico/fluorogênico para identificar
coliformes totais e Escherichia coli;
 Identificar características morfológicas de colônias de bactérias do grupo
coliforme desenvolvidas em agar eosina azul de metileno – EMB;
 Identificar a bactéria do grupo coliforme pesquisada através de provas
bioquímicas;
 Comprovar a presença de enzimas que diferenciam a E. coli das demais
Enterobactérias.

03-FUNDAMENTOS TEÓRICOS

3.1-INTRODUÇÃO

Antes de tudo é sempre bom lembrar que sem água não haveria vida em nosso
planeta. Ela é de extrema importância para a vida de todos os seres vivos que
habitam a Terra. Embora este recurso seja encontrado em abundância em nosso
planeta (cerca de 70% da superfície é composto por água), somente 4% da água é
doce, ou seja, própria para o consumo. Levando em conta que a população mundial
atual é de sete bilhões de habitantes e continua crescendo, é de fundamental
importância que o ser humano busque formas de usar a água de forma racional e
inteligente. Economizar água para que não falte no futuro é o grande desafio
ambiental neste início de milênio.

Importância da água doce para os seres humanos (principais usos da água):

- Funcionamento e manutenção do corpo humano.

- Irrigação na agricultura (produção de alimentos para os seres humanos). Uso


também na pecuária (criação de gado).

- Funcionamento dos ecossistemas (fauna e flora), tanto aquáticos quanto terrestres.


- Uso da água na produção industrial (bens materiais, medicamentos, alimentos
industrializados, etc.).

- Geração de energia nas usinas hidrelétricas.

- A evaporação da água doce das principais fontes hídricas (rios, lagos, açudes e
represas) é importante na formação de chuvas e da umidade do ar.

3.2-DOENÇAS TRANSMITIDAS PELA ÁGUA

A falta de água potável e de esgoto tratado facilita a transmissão de doenças que,


calcula-se, provocam cerca de 30 mil mortes diariamente no mundo. A maioria delas
acontece entre crianças, principalmente as de classes mais pobres, que morrem
desidratadas, vítimas de diarréia causadas por micróbios. No Brasil, infelizmente
mais de 3 milhões de famílias não recebem água tratada e um número de casas
duas vezes e meia maior que esse não tem esgoto. Isso é muito grave.

Estima-se que o acesso à água limpa e ao esgoto reduziria em pelo menos um


quinto a mortalidade infantil.

Para evitar doenças transmitidas pela água devemos tomar os seguintes cuidados:

-Proteger açudes e poços utilizados para o abastecimento;

-tratar a água eliminando micróbios e impurezas nocivas à saúde humana;

-filtrar e ferver a água;

-não lavar alimentos que serão consumidos crus com água não tratada como
verduras, frutas e hortaliças.

As principais doenças transmitidas pela água são:

-Diarréia infecciosa

-Cólera

-Leptospirose

-Hepatite

-Esquistossomose

3.3-POTABILIDADE DA ÁGUA

Verificar a potabilidade da água significa analisá-la para saber se o consumo é


seguro, ou seja, se a ingestão da água pode ou não trazer riscos à saúde do
consumidor. Toda água destinada ao consumo humano deve obedecer aos padrões
de qualidade estabelecidos na Portaria 518 do Ministério da Saúde.
Segundo a Portaria 518 a verificação da potabilidade é dividida em classes de
análises, sendo as mais frequentes as análises físico-químicas do padrão de
aceitação para consumo humano e as análises bacteriológicas do padrão
microbiológico de potabilidade da água para consumo humano.

A análise bacteriológica identifica possíveis infestações por microrganismos através


da análise de indicadores como o E.Coli e os Coliformes Totais.

O controle de qualidade microbiológica da água é usualmente realizado através da


pesquisa de bactérias do grupo coliforme, cuja presença evidencia o risco da
existência de organismos patogênicos. Além disto, é de fundamental importância
que se mantenha sob controle a população bacteriana geral da água.

Densidades muito elevadas de microrganismos podem determinar a deterioração da


qualidade da água, com o desenvolvimento de odores e sabores desagradáveis e a
produção de limo ou películas.

Este controle é bastante eficiente para avaliar as condições higiênicas da rede de


distribuição e dos reservatórios d’água.

Densidades bacterianas elevadas podem representar um risco à saúde dos


consumidores, pois embora a maioria das bactérias da flora normal da água não
seja considerada patogênica, algumas delas podem agir como patógenos
oportunistas.

Altas densidades bacterianas em águas potáveis podem incluir gêneros como


Pseudomonas e Flavobacterium, que podem constituir risco à saúde de pacientes
debilitados em hospitais, creches, berçários, casas de repouso, etc.

Alguns microrganismos, quando presentes em números elevados, podem impedir a


detecção de coliformes, seja devido à produção de fatores inibidores, seja por um
crescimento mais intenso, sobrepujando uma menor população de coliformes. Tem
sido evidenciada a ação inibidora de Pseudomonas, Micrococcus, Flavobacterium,
Proteus, Bacillus, Actinomyces e leveduras.

A presença de microrganismos patogênicos graves está associada à contaminação


fecal da água, que se torna, nesse caso, um veículo de transmissão de doenças.

Um indicador é um grupo de microrganismos de significado higiênico e sanitário que,


uma vez detectados como presentes na água indicam uma possível contaminação
por patógenos, ou seja, bactérias de grave risco à saúde do consumidor. Quando o
indicador é analisado como ausente a água é considerada potável.

Os indicadores são utilizados, porque a pesquisa específica de vários


microrganismos patogênicos na água requer procedimentos complexos, demorados
e de alto custo para a obtenção de resultados. A pesquisa do indicador é mais
rápida e econômica.
As bactérias do grupo coliforme constituem o indicador de contaminação mais
utilizado em todo o mundo, sendo empregadas como parâmetro bacteriológico
básico na definição de padrões de qualidade das águas destinadas ao consumo
humano.

3.4-COLIFORME

Coliformes são grupos de bactérias indicadoras de contaminação e são formados


pelos gêneros Escherichia, Citrobacter, Enterobacter e Klebsiella.

As bactérias do grupo coliforme habitam o intestino de animais mamíferos, como o


homem, e são largamente utilizadas na avaliação da qualidade das águas, servindo
de parâmetro microbiológico básico às leis de consumo criadas pelos governos e
empresas fornecedoras que se utilizam desse número para garantir a qualidade da
água para o consumo humano.

3.5-DEFINIÇÃO DE COLIFORMES TOTAIS E FECAIS

Existem dois tipos de coliformes: totais e fecais. Os coliformes totais compõem os


grupos de bactérias gram-negativas que podem ser aeróbicas ou anaeróbicas (isto
dependerá do ambiente e da bactéria), não originam esporos e fermentam a lactose,
produzindo ácido e gás a 35/37°C.

Já os coliformes fecais são também conhecidos como “termotolerantes” por


suportarem uma temperatura superior a 40°C, convivem em simbiose com humanos,
bois, gatos, porcos e outros animais de sangue quente. São excretados em grande
quantidade nas fezes e normalmente não causam doenças (quando estão no trato
digestivo). Neste grupo está presente a bactéria gram-negativa Escherichia coli, e ao
se ingerir alimentos por ela contaminados, os resultados desagradáveis (como uma
gastrenterite, por exemplo) podem ser brandos ou desastrosos, dependendo do grau
de contaminação.

3.6-DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE CÉLULAS VIÁVEIS PELA CONTAGEM DE


COLÔNIAS EM PLACAS

A partir de cada diluição utiliza-se 1,0 ml como inóculo, em duplicata, e distribui-se


nas placas previamente esterilizadas. Em seguida, pega-se o meio fundido e
esfriado e verte-se sobre a placa de Petri contendo a suspensão diluída da amostra.
O material é homogeneizado girando-se a placa através de movimentos circulares
no sentido horário e anti-horário ou efetuando-se movimento descrevendo-se o
número oito. Esses movimentos são efetuados por cerca de 10 vezes. Após a
solidificação do meio, as placas tampadas são invertidas e incubadas em estufas na
temperatura e atmosfera apropriadas. Ao final da incubação, usualmente 48 horas,
as colônias são contadas e o resultado médio de cada diluição é registrado e
multiplicado pelo fator da diluição, que é a recíproca da diluição. As placas
adequadas para contagem devem ter entre 30 a 300 colônias. Exemplo, 100
colônias na diluição 1/100, o resultado é 10.000 UFC/ml ou grama da amostra.
Usualmente o resultado final é registrado em UFC que significa unidades formadoras
de colônias isto porque em algumas situações não é uma única célula que dá origem
a uma colônia, mas um agregado de células.

3.7-TÉCNICA DO NÚMERO MAIS PROVÁVEL

A técnica do Número Mais Provável, também chamada técnica dos tubos múltiplos,
é outra maneira bastante utilizada pelos laboratórios de microbiologia para estimar a
contagem de alguns tipos de microrganismos, como coliformes totais, coliformes
fecais e E. coli.

O NMP é estimado de respostas onde resultados são relatados como positivo ou


negativo em uma ou mais diluições decimais da amostra. Por exemplo, cinco tubos
de meio para cada uma de três diluições são inoculados e incubados, e produção de
gás é observada para cada tubo. Diferentemente da contagem de aeróbios em
placas, o NMP não fornece uma medida direta da contagem bacteriana.

O número de microrganismos na amostra original é determinado pelo uso de tabelas


de NMP, como a da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Por esta técnica pode-se obter informações sobre a população presuntiva de


coliformes (teste presuntivo), sobre a população real de coliformes (teste
confirmativo) e sobre a população de coliformes de origem fecal (coliformes fecais).

3.8-TESTE PRESUNTIVO E TESTE CONFIRMATIVO

a) Teste presuntivo: detecção de microrganismo fermentadores de lactose.

Princípio: utilização de um meio de cultura que facilite o crescimento rápido das


bactérias, recuperando células estressadas devido a tratamento térmico,
congelamento, poluição, etc. Os meios mais utilizados são o Caldo Lactosado e o
Caldo Lauril Sulfato, onde a lactose serve como fonte de carbono ao ser fermentada
pelos coliformes, com produção de ácido e gás. O Lauril Sulfato é um inibidor da
microbiota acompanhante.

b) Teste confirmativo: detecção de coliformes totais.

Princípio: utilização de um meio de cultura com inibidores da microbiota


acompanhante, principalmente os Gram positivos. Podemos utilizar o Caldo Verde
Brilhante Lactose Bile a 2% (CVBLB) ou BRILA, onde a bile bovina e o corante verde
brilhante funcionam como inibidores. A produção de gás nesse meio indica o
crescimento de Gram negativos fermentadores de lactose, o que é típico da
presença de coliformes.

c) Coliformes fecais: detecção de coliformes de origem fecal.


Princípio: utilização de um meio seletivo (caldo EC, que contém sais biliares) e
incubação em temperatura elevada inibem a maioria dos microrganismos, permitido
apenas o crescimento de Escherichia coli e algumas espécies relacionadas.

3.9-COLITAG

A detecção de coliformes e E. coli por esse método demora também apenas 24


horas, e é específico para E. coli, e não para coliformes termotolerantes. Outras
vantagens observadas nesse método é a necessidade de apenas um meio enquanto
outros métodos necessitam de mais e seu custo é menor que o da técnica da
fermentação em tubos múltiplos.

O Colitag é um meio seletivo e diferencial de determinação de presença e ausência


de coliformes e E. coli em água. O meio já é pronto para ser utilizado e não há
necessidade de realizar testes confirmativos.

O mecanismo de ação desse método segue o mesmo princípio do Colilert, ou seja,


ele usa o substrato orto-nitrofenil-β-D-galactopiranosídeo (ONPG) e o 4-
metilumbeliferil-β-D-glucoronídeo (MUG) para a detecção simultânea de coliformes
totais e E. coli. A enzima β-galactosidase, presente nos coliformes totais, decompõe
o ONPG, que é incolor, alternando a cor do meio para amarelo, que pode ser
claramente visto a olho nu. A enzima β-glucoronidase, presente na E. coli,
decompõe o MUG, que torna o meio fluorescente (observado sob luz UV).

Um diferencial do Colitag é a presença em sua composição do tampão TMAO (óxido


de N-trimetilamina), que é transformado em trimetilamina. Este composto básico
neutraliza o pH baixo, ajudando na recuper ação de células injuriadas pelo cloro.

A United States Environmental Protection Agency (USEPA) aprovou o uso do Colitag


para a reativação e posterior detecção de E. coli danificadas pelo cloro. O resultado
pode ser expresso como presença/ausência ou por quantificação do Número mais
Provável (NMP) de coliformes totais e E. coli na água. Por recuperar a célula
danificada e reativar o seu crescimento, possibilitando a detecção de E. coli
danificada pelo cloro, o Colitag se destaca dos outros métodos que não as detectam.

Esta técnica é capaz de detectar diferentes cepas de E. coli em 24 horas.

3.10-IMViC

Teste com finalidade de diferenciar e identificar bactérias entéricas de natureza


patogênica ou não, que atuam principalmente como contaminantes da água e dos
alimentos.

Detecção de gêneros em testes para coliformes, seus habitats fecais ou não fecais e
sua enteropatogenicidade potencial para o homem.

3.11-PROVA DO INDOL
Objetivo: determinar a capacidade do microrganismo degradar o aminoácido
triptofano até indol.

Princípio: bactérias que possuem a enzima triptofanase são capazes de degradar


triptofano, produzindo indol, ácido pirúvico e amônia. O indol se acumula no meio e
pode ser detectado pela adição do reativo de Kovacs
(paradimetilaminobenzaldeído).

O reativo de Kovacs contém um aldeído (p-dimetilaminobenzaldeído) que reage com


o indol havendo o desenvolvimento de uma cor vermelha.

3.12-PROVA DO H2S

Objetivo: demonstrar o processo bioquímico de produção de sulfeto de hidrogênio


(gás sulfídrico) por bactérias.

Princípio: algumas bactérias são capazes de hidrolisar aminoácidos sulfurosos e


produzir H2S. Esse produto pode ser evidenciado pela adição de compostos
inorgânicos com ferro.

Resultado:

◦ Positivo para produção de H2S: presença do precipitado escuro no meio.

◦ Negativo para produção de H2S: ausência do precipitado escuro no meio.

3.13-PROVA DA MOTILIADE

Não é classificado como prova bioquímica e sim fisiológica.

Resultado positivo: microrganismos deslocam a linha de inoculação turvando o meio.

3.14-PROVA DO VERMELHO DE METILA

O teste VM visa identificar se a bactéria é capaz de produzir ácidos estáveis como


produtos finais de fermentação. Na fermentação ácido-mista da glicose são
produzidos ácido lático, ácido acético, ácido fórmico que reduzem o pH para 4,4.

Objetivo: determinar a capacidade dos microrganismos para utilizar a glicose com


produção e manutenção de concentrações altas de produtos finais ácidos.

Nesta prova o indicador de pH, vermelho de metila, detecta a presença de grandes


concentrações de produtos finais ácidos, pois tem um ponto de viragem baixo.

A adição do indicador de pH (vermelho de metila) revela a acidez do meio.

A pH 4, o vermelho de metila adquire cor vermelha, o que indica uma reação


positiva.

Em meios com pH maior ou igual a 6, indicador adquire cor amarela.


3.15-PROVA DO CITRATO

Permite diferenciar micro-organismos com base na sua capacidade de utilizar o


citrato como única fonte de carbono.

Ex: Enterobacter aerogenes e Salmonella typhimurium

A bactéria que utiliza citrato como fonte de carbono também é capaz de utilizar os
sais orgânicos de amônia como única fonte de nitrogênio.

O produto final do metabolismo desses sais é a amônia, que eleva o pH do meio.

Indicador de pH: azul de bromotimol.

O aumento do pH é percebido pela mudança de cor de verde para azul.

3.16-CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS DE ÁGUA NATURAL E ÁGUA


MINERAL NATURAL

Na fonte, poço ou local de surgência e na sua comercialização, a água mineral


natural e a água natural não devem apresentar risco à saúde do consumidor
(ausência de microrganismos patogênicos) e estar em conformidade com as
características microbiológicas descritas abaixo:

n: é o número de unidades da amostra representativa a serem coletadas e


analisadas individualmente.

c: é o número aceitável de unidades da amostra representativa que pode apresentar


resultado entre os valores "m" e "M".

m: é o limite inferior (mínimo) aceitável. É o valor que separa uma qualidade


satisfatória de uma qualidade marginal. Valores abaixo do limite "m" são desejáveis.

M: é o limite superior (máximo) aceitável. Valores acima de "M" não são aceitos.

3.17-PADRÃO DE POTABILIDADE DE ÁGUA TRATADA


Portaria nº 2.914, de 12 de Dezembro de 2011 do Ministério da Saúde:

Art. 27. A água potável deve estar em conformidade com padrão microbiológico,
conforme disposto no Anexo I e demais disposições desta Portaria.

§ 1º No controle da qualidade da água, quando forem detectadas amostras com


resultado positivo para coliformes totais, mesmo em ensaios presuntivos, ações
corretivas devem ser adotadas e novas amostras devem ser coletadas em dias
imediatamente sucessivos até que revelem resultados satisfatórios.

§ 2º Nos sistemas de distribuição, as novas amostras devem incluir no mínimo uma


recoleta no ponto onde foi constatado o resultado positivo para coliformes totais e
duas amostras extras, sendo uma à montante e outra à jusante do local da recoleta.

§ 3º Para verificação do percentual mensal das amostras com resultados positivos


de coliformes totais, as recoletas não devem ser consideradas no cálculo.

§ 4º O resultado negativo para coliformes totais das recoletas não anula o resultado
originalmente positivo no cálculo dos percentuais de amostras com resultado
positivo.

§ 5º Na proporção de amostras com resultado positivo admitidas mensalmente para


coliformes totais no sistema de distribuição, expressa no Anexo I a esta Portaria, não
são tolerados resultados positivos que ocorram em recoleta, nos termos do § 1º
deste artigo.

§ 6º Quando o padrão microbiológico estabelecido no Anexo I a esta Portaria for


violado, os responsáveis pelos sistemas e soluções alternativas coletivas de
abastecimento de água para consumo humano devem informar à autoridade de
saúde pública as medidas corretivas tomadas.

§ 7º Quando houver interpretação duvidosa nas reações típicas dos ensaios


analíticos na determinação de coliformes totais e Escherichia coli, deve-se fazer a
recoleta.

Art. 28. A determinação de bactérias heterotróficas deve ser realizada como um dos
parâmetros para avaliar a integridade do sistema de distribuição (reservatório e
rede).

§ 1º A contagem de bactérias heterotróficas deve ser realizada em 20% (vinte por


cento) das amostras mensais para análise de coliformes totais nos sistemas de
distribuição (reservatório e rede).

§ 2º Na seleção dos locais para coleta de amostras devem ser priorizadas pontas de
rede e locais que alberguem grupos populacionais de risco à saúde humana.

§ 3º Alterações bruscas ou acima do usual na contagem de bactérias heterotróficas


devem ser investigadas para identificação de irregularidade e providências devem
ser adotadas para o restabelecimento da integridade do sistema de distribuição
(reservatório e rede), recomendando-se que não se ultrapasse o limite de 500
UFC/mL.

3.18-QUALIDADE BACTERIOLÓGICA DA ÁGUA DE PISCINA

a) os exames bacteriológicos deverão apresentar ausência de germes do grupo


coliforme, no mínimo em 80% de 5 ou mais amostras consecutivas, cada uma delas
constituídas de 5 porções de 10ml;

b) não deverá conter bactérias do tipo staphilococcus aureus;

c) a contagem de bactérias heterotróficas deverá apresentar número inferior a 200


Unidades Formadoras de Colônias (UFC), em 80% de 05 (cinco) ou mais amostras
consecutivas.

04-MATERIAIS, VIDRARIAS E UTENSÍLIOS

 02-Espátulas metálicas tipo canaleta;


 02-Provetas gradudas de 250 mL;
 02-Balanças digitais semi-analítica;
 02-Beckers de vidro de 500 mL;
 01-Becker de vidro de 250 mL;
 01-Tripé;
 01-Tela de amianto;
 03-Bicos de Bunsen;
 02-Bastões de vidro;
 --Papel pardo;
 --Fita zebrada;
 --Fita crepe;
 01-Tesoura;
 07-Beckers de alumínio;
 06-Frascos para acondicionamento de meio de cultivo;
 --Barbante;
 06-Estantes metálicas para tubos de ensaio;
 18-Placas de Petri;
 10-Tubos de ensaio 10x100 mm;
 03-Dispensadores de 0 a 10 mL;
 12-Papeis de filtro;
 --Fósforos;
 03-Estantes de madeira para tubos de ensaio;
 30-Tubos de ensaio 18x100 mm;
 60-Tubos de ensaio 15x100 mm;
 60-Tampas 10x150 mm;
 30-Tampas de alumínio 18x180 mm;
 90-Tubos de Durhan;
 01-Becker de vidro de 1000 mL;
 --Etiquetas;
 05-Frascos para coleta de amostra;
 01-Pissete;
 01-Proveta graduada de 1000 mL;
 02-Micropipetas de 1000 µL;
 01-Micropipeta de 100 µL;
 01-Micropipeta de 10 mL;
 15-Ponteiras de 1000 µL;
 15-Ponteiras de 100 µL;
 15-Ponteiras de 10 mL;
 01-Micropipeta de 10 µL;
 02-Cartelas para análise de coliformes;
 02-Ampolas contendo substrato cromogênico;
 01-Molde de cartela;
 03-Alças de nichrome;
 01-Tubo de ensaio com amostra de coliforme;
 02-Cubas para coloração;
 01-Berço para coloração de lâminas;
 02-Lâminas para microscopia;
 02-Suportes para lâminas;
 02-Pipetas Pasteur;
 04-Pipetas graduadas de 1 mL;
 02-P Pump;
 04-Tubos de ensaio.

05-EQUIPAMENTOS

 02-Balanças digitais semi-analítica, 110V;


 01-Autoclave, 220V;
 01-Forno Pasteur, 110V;
 02-Estufas bacteriológicas, 220V;
 01-Contador de colônias, 110V;
 01-Capela de fluxo laminar, 220V;
 01-Seladora, 220V;
 01-Lâmpada ultravioleta de 365 nm;
 01-Microscópio óptico binocular, 110V.

06-REAGENTES USADOS

 Água deionizada, H2O;


 Cloreto de sódio, NaCl, P.A.;
 Fucsina, C20H20N3.HCl;
 Óleo de imersão;
 Vermelho de metila, C15H15N3O2.

07-MEIOS DE CULTIVO

7.1-AGAR PARA CONTAGEM DE MICRORGANISMOS (APC)

Triptona 5,0 g/L (fonte de nitrogênio e aminoácidos)

Extrato de levedura 2,5 g/L (enriquecimento do meio)

Glicose 1,0 g/L (fonte de carbono e energia)

Agar 9,0 g/L (agente solidificante)

pH: 7,0

7.2-CALDO LAURIL SULFATO/TRIPTOSE (CLST)

Triptose 20,0 g/L (fonte de nitrogênio e aminoácidos)

Lactose 5,0 g/L (fonte de carbono e energia)

Fosfato dipotássico (agente tamponante)

Fosfato monopotássico (agente tamponante)

Cloreto de sódio (regulador da função osmótica)

Lauril sulfato de sódio (agente seletivo)

pH: 6,8

7.3-CALDO ESCHERICHIA COLI (EC)

Peptona de caseína 20,0 g/L (fonte de nitrogênio e aminoácidos)

Lactose 5,0 g/L (fonte de carbono e energia)

Bile bovina 1,5 g/L (agente seletivo)

Cloreto de sódio 5,0 g/L (regulador da função osmótica)

Fosfato de potássio dibásico 4,0 g/L (agente tamponante)

Fosfato de potássio monobásico 1,5 g/L (agente tamponante)

pH: 6,8

7.4-CALDO VERDE BRILHANTE (VB)


Bile bovina desidratada 20,0 g/L (agente seletivo)

Verde brilhante 0,0133 g/L (agente seletivo)

Lactose 10,0 g/L (fonte de carbono e energia)

Peptona de carne 10,0 g/L (fonte de nitrogênio e aminoácidos)

pH: 7,2

7.5-AGAR EOSINA AZUL DE METILENO (EMB)

Peptona de carne 10,0 g/L (fonte de nitrogênio e aminoácidos)

Lactose 5,0 g/L (fonte de carbono e energia)

Sacarose 5,0 g/L (fonte de carbono e energia)

Fosfato monoácido de potássio 2,0 g/L (fonte de fósforo)

Eosina y amarela 0,4 g/L (indicador de pH)

Azul de metileno 0,065 g/L (agente seletivo)

Agar 15,0 g/L (agente solidificante)

pH: 7,1

7.6-MEIO DE CULTIUVO CITRATO DE SIMMONS (CS)

Hidrogenofosfato de amônio 1,0 g/L

Hidrogenofosfato de potássio 1,0 g/L

Cloreto de sódio 5,0 g/L

Citrato de sódio 2,0 g/L (fonte de carbono e energia)

Sulfato de magnésio 0,2 g/L

Azul de bromotimol 0,08 g/L (indicador de pH)

Agar 12,0 g/L (agente solidificante)

pH: 6,9

7.7-MEIO DE CULTIVO SIM

Peptona de caseína 20,0 g/L (fonte de nitrogênio e aminoácidos)

Peptona de carne 6,6 g/L (fonte de nitrogênio e aminoácidos)

Citrato de ferro II amoniacal 0,2 g/L (indicador de H 2S)


Tiossulfato de sódio 0,2 (fonte de enxofre)

Agar 3,0 (agente semi-solidificante)

pH: 7,3

7.8-CALDO VERMELHO DE METILA (VM)

Peptona 7,0 g/L (fonte de nitrogênio e aminoácidos)

Dextrose 5,0 g/L (fonte de carbono e energia)

Fosfato dipotássio 5,0 g/L

pH: 6,9

7.9-CALDO LACTOSADO (CL)

Peptona bacteriolócica 5,0 g/L

Extrato de carne bovina 3,0 g/L

Lactose 5,0 g/L

pH: 6,9

7.10-COLITAG

Lauril sulfato de sódio

Fungicida

Fosfato monobásico de sódio

Fosfato dibásico de sódio

08-AMOSTRA

 Água tratada, data de coleta: 29/07/2014;


 Água de piscina, data de coleta: 29/07/2014;
 Água mineral, data de coleta: 29/07/2014;
 Água do poço I, data de coleta: 05/08/2014;
 Água do poço II, data de coleta: 05/08/2014.

09-PROCEDIMENTO

9.1-MONTAGEM E ESTERILIZAÇÃO DAS PLACAS DE PETRI

 Cortar doze círculos de papel de filtro, utilizando a tampa de cada placa de Petri;
 Envolver com papel pardo de três em três placas de Petri e amarrar com
barbante;
 Esterilizar no forno Pasteur.

9.2-PREPARO DO APC E DA SOLUÇÃO DE CLORETO DE SÓDIO

 Calcular a quantidade necessária de APC para preparar o volume desejado de


solução;
 Pesar a massa calculada na balança semi-analítica;
 Acrescentar água deiozanida;
 Aquecer a solução até sua fervura;
 Transferir a solução para frascos para acondicionamento de meio de cultivo;
 Calcular a quantidade necessária de cloreto de sódio para preparar o volume
necessário de solução;
 Pesar a massa calculada na balança semi-analítica;
 Acrescentar água deionizada;
 Distribuir (utilizar o dispensador) a solução em tubos de 10x100 mm.

9.3-COLETA, PREPARAÇÃO E DILUIÇÃO SERIADA DAS AMOSTRAS

 Coletar amostras de águas da piscina, mineral e tratada;


 Homogeneizar a amostra antes da retirada da unidade analítica, invertendo a
embalagem 25 vezes;
 Transferir assepticamente (utilizar bico de Bunsen) uma porção de 1 mL da
amostra (utilizar micropipeta de 1000 µL) para 9 mL da solução de cloreto de
sódio 0,5% m/v;
 Nas diluições subsequentes transferir 1 mL da diluição anterior para 9 mL de
diluente (usar ponteira diferente para cada diluição);
 Antes de retirar o volume a ser transferido, sugar e liberar o líquido no tubo de
ensaio com a própria pipeta.

9.4-INOCULAÇÃO

 Distribuir assepticamente 1 mL da amostra e de cada diluição em placas de Petri


separadas, estéreis e vazias, abrindo as placas apenas o suficiente para inserir a
pipeta;
 Depositar o inóculo fora do centro da placa;

9.5-ADIÇÃO DO MEIO DE CULTURA

 Verter nas placas inoculadas, um pouco do meio de cultura previamente fundido


e resfriado;
 Misturar o inóculo com o meio de cultura movimentando suavemente as placas,
numa superfície plana, em movimento da forma de oito (4vezes).

9.6-INCUBAÇÃO
 Aguardar a completa solidificação do meio de cultura, inverter as placas e
incubar a 35± 0,5°C por 48 horas.

9.7-OBTENÇÃO DOS RESULTADOS

 Considerar significativas as contagens das diluições que apresentarem entre 30


e 300 colônias (usar o contador de colônias);
 Calcular o número de UFC por mL, multiplicando o número significativo
encontrado pelo fator de diluição correspondente.

9.8-TESTE PRESUNTIVO

A – Preparação dos meios:

 Preparar 400 mL de Caldo Lauril Sulfato Triptose de concentração dobrada e


transferir 10 mL (utilizar dispensador) em cada um dos 30 tubos de ensaio de
18x180 mm contendo tubos de Durhan (boca voltada para baixo);
 Colocar tampas de alumínio nos tubos, agrupar, envolver em papel pardo e
autoclavar;
 Preparar 650 mL de Caldo Lauril Sulfato Triptose de concentração normal e
transferir: 9 mL (utilizar dispensador) em cada um dos 30 tubos de ensaio de
10x150 mm contendo tubos de Durhan e 9,9 mL (utilizar dispensador) em cada
um dos outros 30 tubos de ensaio de 10x150 mm contendo tubos de Durhan;
 Colocar tampas, agrupar de acordo com o volume de meio que contêm, envolver
em papel pardo e autoclavar.

B – Inoculação dos meios preparados:

 Homogeneizar a amostra de água através de movimento circular;


 Utilizar micropipeta de 10 mL para transferir assepticamente para cada um dos 5
tubos de Caldo Lauril de concentração dobrada, 10 mL de água;
 Utilizar micropipeta de 1000 µL para transferir assepticamente para cada um dos
5 tubos de Caldo Lauril de concentração normal, 1 mL de água;
 Utilizar micropipeta de 100 µL para transferir assepticamente para cada um dos 5
tubos de Caldo Lauril de concentração normal, 0,1 mL de água;
 Incubar em estufa bacteriológica previamente regulada para 37°C, por 48 horas;
 Após 48 h, observar se houve turvação e produção de gás.

9.9-TESTE CONFIRMATIVO

 Para cada tubo de caldo contendo gás separar um tubo de caldo Escherichia Coli
e um tubo de caldo verde brilhante;
 Agitar cada tubo com resultado positivo e com a micropipeta de 10 µL, retirar
assepticamente o material e inocular nos tubos correspondentes de caldo verde
brilhante e caldo EC;
 Identificar nos tubos de Caldo VB e EC, o volume com o número referente ao
material do ensaio presuntivo;
 Incubar os tubos de caldo VB inoculados, durante 48 horas a 37°C, considerar
positivo os tubos que após esse período apresentarem gás no interior do tubo de
Durhan invertido;
 Incubar os tubos de caldo EC inoculados, durante 24 horas a 45°C, considerar
positivo os tubos que após esse período apresentarem gás no interior do tubo de
Durhan invertido.

9.10-MÉTODO DO SUBSTRATO CROMOGÊNICO/FLUOROGÊNICO

 Coletar amostra de água natural em um frasco estéril;


 Identificar e homogeneizar a amostra;
 Adicionar o conteúdo da ampola contendo substrato ao frasco contendo 100 mL
de amostra;
 Fechar e agitar para ocorrer a mistura;
 Deixar em repouso por 20 minutos;
 Transferir o conteúdo do frasco para a cartela (fazer essa operação na capela de
fluxo laminar);
 Posicionar a cartela no molde adequado;
 Espalhar o conteúdo da cartela de forma que permita que o líquido seja
distribuído em todos os poços;
 Colocar a cartela na seladora para ser lacrada;
 Identificar e transferir a cartela para estufa bacteriológica a 35°C por 24 horas;
 Observar se o meio ficou transparente;
 Contar o número de quadrados grandes e o número de quadrados pequenos
(cartela tem 97 quadrados) que possuem coloração amarela típica para
coliformes totais;
 Consultar a tabela estatística de número mais provável para o método e
determinar o NMP/100 mL para coliformes totais;
 Em seguida, submeter a cartela a luz ultravioleta de 365 nm;
 Contar o número de quadrados grandes que emitiram luz azul e o número de
quadrados pequenos com o mesmo tipo de resultado;
 Consultar a tabela de NMP para determinar o número de Escherichia coli por 100
mL;
 Esterilizar as cartelas em autoclave.

9.11-OBTENÇÃO DE COLÔNIAS ISOLADAS DE BACTÉRIAS DO GRUPO


COLIFORME

 Inocular o meio de cultivo agar eosina azul de metileno usando a técnica do


esgotamento do inóculo a partir de um tubo de caldo VB que apresentou gás
(operar em ambiente asséptico);
 Incubar as placas a 37°C por 48 horas e observar a morfologia das colônias
(forma, elevação, cor, tamanho e brilho) e anotar.

9.12-PREPARO DE LÂMINA PARA OBSERVAÇÃO MICROSCÓPICA

 Realizar o esfregaço de uma colônia isolada do procedimento anterior, de cada


uma das placas de agar EBM, em uma lâmina;
 Deixar o esfregaço secar antes de fixar;
 Realizar a coloração com fucsina;
 Deixar a preparação secar ao ar;
 Observar no microscópio óptico com objetiva de imersão (100 X de aumento);
 Anotar a forma e o arranjo da bactéria.

9.13-PROVAS BIOQUÍMICAS PARA IDENTIFICAÇÃO DA ESPÉCIE DE


COLIFORME

 Inocular todos os meio utilizados para as provas bioquímicas a partir do mesmo


tipo de colônia isolada;
 Incubar todos os tubos a 37°C, por um período de 5 dias.

9.14-PROVA DO CITRATO

 Recolher assepticamente uma alçada da colônia pesquisada e semear por zigue-


zague na superfície do meio solidificado inclinado;
 Após o período de incubação, observar se o resultado foi positivo (meio com
coloração azul) ou foi negativo (meio com coloração verde);

9.15-PROVA DO H2S, INDOL E MOTILIDADE

 Recolher uma colônia, idêntica a da prova anterior, com a alça de nichrome;


 Fazer uma picada no meio e até a metade do meio semi-solidificado;
 Após a incubação, observar contra a luz se a bactéria é móvel (crescimento
somente na área onde foi feita a inoculação, motilidade negativa) ou imóvel
(crescimento em outras partes do meio, motilidade positiva);
 Observar se o meio produziu gás sulfídrico (coloração marrom escuro, resultado
positivo) ou não (coloração amarela, resultado negativo);
 Adicionar de 3 a 5 gotas do reativo de Kovacs (utilizar pipeta Pasteur);
 Observar se houve a formação de um anel vermelho (liberou indol, resultado
positivo) ou se permaneceu sua cor original (não liberou indol, resultado
negativo);

9.16-PROVA DO VERMELHO DE METILA

 Recolher uma colônia, idêntica a da prova anterior, com a alça de nichrome;


 Introduzir essa alçada no meio e agitar;
 Após a incubação, acrescentar gotas de vermelho de metila (utilizar pipeta
Pasteur) e observar se o meio apresentou cor alaranjada (resultado negativo) ou
cor vermelha (resultado positivo).

9.17-PROVA DA FERMENTAÇÃO DE LACTOSE

 Recolher uma colônia, idêntica a da prova anterior, com a alça de nichrome;


 Introduzir essa alçada no meio e agitar;
 Após a incubação, acrescentar gotas de vermelho de metila (utilizar pipeta
Pateur) e observar se o meio apresentou cor alaranjada (resultado negativo) ou
cor vermelha (resultado positivo);
 Observar se há gás no tubo de Durhan (resultado positivo) ou se não produziu
gás (resultado negativo).

10-REAÇÕES

10.1-REAÇÕES DO PROCEDIMENTO 9.9

Lactose (C12H22O11) + β-galactosidase (enzima) -> Ácidos

Ácido fórmico (CH2O2) + Formiase (enzima) -> CO2 + H2

10.2-REAÇÕES PROCEDIMENTO 9.10

4-metilumbeliferil + Glucuronidase (enzima) -> metilumbeliferona

ortonitrofenil + β-galactosidase (enzima) -> paranitrofenolato

10.3-REAÇÕES DO PROCEDIMENTO 9.11

Escherichia: tem a enzima invertase que degrada sacarose e tem a enzima β-


galactosidase que degrada lactose.

Coliformes totais: tem a enzima β-galactosidase que degrada lactose.

10.4-REAÇÕES DO PROCEDIMENTO 9.14

Superfície da célula: Na + H2O -> NaOH (pH alcalino)

Interior da célula: CO2 + Na -> Na2CO3 (pH alcalino)

10.5-REAÇÕES DO PROCEDIMENTO 9.15

Prova do H2S:

Na2S2O3 + H2O + Dessulfidrilase (enzima) -> Na2SO4 + H2S

Fe2+ + H2S -> H+ + FeS

Prova do Indol:
Triptofano + Triptofanase (enzima) -> Piruvato + Indol

Indol + Reativo de Kovacs -> Rosindol (corante)

10.6-REAÇÕES DO PROCEDIMENTO 9.16

Fermentação:

Glicose (Dextrose) -> Ácidos

ou Oxidação:

Glicose (Dextrose) -> Acetoína (pH neutro)

10.7-REAÇÕES DO PROCEDIMENTO 9.17

Lactose + β-galactosidase (enzima) -> Ácido + Gás

11-CÁLCULOS E/OU RESULTADOS

11.1-CÁLCULOS DO PROCEDIMENTO 9.2

APC:

23,5 g APC ---- 1000 mL água

x ---- 250 mL água

x = 5,875 g APC

NaCl (0,5% m/v):

0,5 g NaCl ---- 100 mL

x ---- 120 mL

x = 0,6 g NaCl

11.2-CÁLCULOS E RESULTADOS DO PROCEDIMENTO 9.7

Placa do tubo 2 (1:100) da água da piscina: 97 UFCs

97 x 100 = 9700 UFC/mL

Essa água de piscina infringe a legislação.

Placa da amostra da água tratada: 1 UFC

Essa água tratada está dentro do padrão exigido pela legislação.

11.3-CÁLCULOS E RESULTADOS DO PROCEDIMENTO 9.8

Parte A
Concentração dobrada de CLST:

71,2 g CLST ---- 1000 mL água

x ---- 400 mL

x = 28,48 g

Concentração normal de CLST:

35,6 g CLST ---- 1000 mL

x ---- 650 mL

x = 23,14 g

Parte B

Água mineral:

- Em todos os cinco tubos de 10 mL houve presença de gás nos tubos de Durhan e


turvação.

- Não houve presença de gás nos tubos de Durhan dos tubos de 9,9 mL de meio.

- Em dois tubos de 9 mL houve presença de gás nos tubos de Durhan e turvação.

- Provável presença de coliformes nos tubos que apresentaram gás.

Água tratada:

- Não houve presença de gás nos tubos de Durhan dos tubos de 10 mL, de 9,9 mL e
de 9 mL.

Água de piscina:

- Não houve presença de gás nos tubos de Durhan dos tubos de 10 mL, de 9,9 mL e
de 9 mL.

11.4-CÁLCULOS E RESULTADOS DO PROCEDIMENTO 9.9

Água mineral:

- Não houve presença de gás nos tubos de Durhan dos caldos VB e EC (cinco tubos
de VB e cinco tubos de EC referentes aos tubos de 10 mL de CLST e dois tubos de
VB e dois tubos de EC referentes aos tubos de 9 mL de CLST).

- Não há presença de coliformes totais e coliformes termotolerantes nessa água.

11.5-RESULTADOS DO PROCEDIMENTO 9.10

Poço I
Coliformes totais: 49 poços grandes e 48 poços pequenos apresentaram coloração
amarela.

Poço I > 2419,6 NMP/100 mL

Escherichia coli: 49 poços grandes e 33 poços pequenos emitiram luz azul.

Poço II

Coliformes totais: 49 poços grandes e 27 poços pequenos apresentaram coloração


amarela.

Poço II = 517,2 NMP/mL

Escherichia coli: Nenhum poço emitiu luz azul.

11.6-RESULTADOS DO PROCEDIMENTO 9.11

Amostra 1

Forma: circular

Cor: roxa

Elevação: elevada

Tamanho: 1 mm

Brilho: opaca

Amostra 2

Forma: circular

Cor: roxa

Elevação: elevada

Tamanho: 1 mm

Brilho: opaca

11.7-RESULTADOS DO PROCEDIMENTO 9.12

Amostra 1: bastões isolados gram negativos.

Amostra 2: bastões isolados gram negativos.

11.8-RESULTADOS DO PROCEDIMENTO 9.14

Amostra 1: Meio ficou azul por causa da basicidade, testando positivo.

Amostra 2: Meio ficou azul por causa da basicidade, testando positivo.


11.9-RESULTADOS DO PROCEDIMENTO 9.15

Teste de motilidade

Amostra 1: imóvel, pois o microrganismo cresceu apenas no meio. Testou negativo.

Amostra 2: imóvel, pois o microrganismo cresceu apenas no meio. Testou negativo.

Teste do H2S

Amostra 1: Não produziu gás sulfídrico, pois o meio permaneceu com a coloração
original. Testou negativo.

Amostra 2: Não produziu gás sulfídrico, pois o meio permaneceu com a coloração
original. Testou negativo.

Teste do Indol

Amostra 1: A coloração do Kovacs permaneceu amarela, pois o indol não foi


produzido. Testou negativo.

Amostra 2: A coloração do Kovacs permaneceu amarela, pois o indol não foi


produzido. Testou negativo.

11.10-RESULTADOS DO PROCEDIMENTO 9.16

Amostra 1: O meio adquiriu coloração vermelha, pois houve produção de ácidos a


partir da fermentação de glicose. Testou positivo.

Amostra 2: O meio não adquiriu coloração vermelha. Testou negativo. O meio


estava com a cor verde antes desse teste, pois a amostra estava contaminada com
Pseudomonas, que produz pigmento verde.

11.11-RESULTADOS DO PROCEDIMENTO 9.17

Amostra 1: O meio adquiriu coloração vermelha e produziu gás, pois houve


produção de ácidos e de gases a partir da fermentação de lactose. Testou positivo
em ambos os testes.

Amostra 2: O meio não adquiriu coloração vermelha, mas produziu gás. Testou
negativo para vermelho de metila e testou positivo para a produção e gás a partir de
lactose.

12-CONCLUSÕES

13-ESQUEMA
14-ATIVIDADES DE VERIFICAÇÃO

Páginas: 24 e 25

a) Por que devemos homogeneizar bem a amostra e cada tubo de diluição?

Porque os microrganismos devem estar de maneira uniforme na amostra e nos


tubos de diluição.

b) Cite 4 características da solução utilizada para fazer as diluições.

Não tem cor; não é tóxico para a célula; baixo custo; mantém o equilíbrio osmótico.

c) Cada colônia gerada na placa é proveniente de uma única célula bacteriana?

Não, pois na colônia pode haver distintos arranjos bacterianos juntos formando-a.

d) Por que utilizamos APC nestas placas?

Porque é um meio que pode fazer a contagem de qualquer microrganismo.

e) Qual foi o critério utilizado para a escolha da placa?

Placas que apresentarem entre 30 e 300 colônias.

f) Segundo a legislação qual deve ser o valor máximo de UFC/mL para que uma
água natural possa ser consumida (desde que não haja coliformes) sem
necessidade de fervura e cloração?

Não existe parâmetro estabelecido para água natural.

g) Qual é o nome do aparelho utilizado como auxílio na contagem de colônias?

Contador de colônias.

h) Cite 4 problemas (erros) que podem fazer com que não consigamos interpretar o
resultado desta técnica.

Não trocar as ponteiras das micropipetas entre cada diluição; agar já solidificado
acrescentado a placa; agar muito quente; não fazer o espalhamento em placa.
i) Se numa análise de uma água a placa boa para a contagem foi a placa 5 com 126
UFC, qual é o número de UFC/mL desta água? Ela precisa de tratamento ou não
(suponha que não tem coliformes)?

12600000 UFC/mL

Água mineral e natural -> Não tem valor estabelecido.

Água de piscina -> Essa água precisa de tratamento.

Água tratada -> Essa água precisa de tratamento.

Página: 46

a) Comentar os resultados obtidos. Comente a qualidade da água analisada.

b) Enumerar as razões que fazem dos coliformes bons indicadores de contaminação


fecal da água.

Habitam o intestino dos vertebrados, que tem sangue quente e conseguem


sobreviver por mais tempo.

c) Os coliformes são patogênicos? Dê exemplos.

Teoricamente não, mas algumas bactérias do gênero Escherichia apresentam


patogenicidade.

d) Porque é que o meio caldo lauril sulfato triptose permite resultados apenas
presuntivos, e os meios EC, CVB e EBM são de confirmação?

e) Neste trabalho, como foram distinguidos os coliformes termotolerantes dos


restantes?

Diferenças vistas nas provas bioquímicas.

f) Pesquisar diferenças quanto as provas bioquímicas testadas na prática entre


Escherichia coli e Enterobacter aerogenes. O que são os testes IMViC?

g) Pesquisar outros métodos para quantificação de coliformes totais e


termotolerantes em águas.
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Agua/Agua9.php

http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/importancia_agua.htm

http://www.precisionlabs.com.br/index.php/servicos/potabilidade-da-agua

http://www.infoescola.com/reino-monera/coliformes/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Coliforme

http://www.microbiologia.ufba.br/aulas/Contagem%20em%20placas%20pourplate.rtf

www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-29102002.../maria.pdf

http://www.uff.br/bacteriologia/aulaspraticas/colimetria.htm

www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/.../Marina_Marquezi.pdf

https://www.passeidireto.com/arquivo/2258501/provas-bioquimicas

http://www.anvisa.gov.br/anvisalegis/resol/2000/54_00rdc.htm

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2914_12_12_2011.html

http://www.secovirio.com.br/Legislacoes/Condominios-e-
Incorporacoes/Piscinas/Resolucao-SMG-n_-669%2C-de-15-de-dezembro-de-2003-
1190.html

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