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6.1 DEFINIÇÕES
Bacia de esgotamento – conjunto de áreas esgotadas e esgotáveis, cujo esgoto flui para
um único ponto de concentração.
Corpo receptor – qualquer coleção de água natural ou solo que recebe o lançamento de
esgoto em seu estágio final.
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IPH-212 B Semestre Acadêmico 2023/Capítulo 6 Gino Gehling
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As dimensões mais usuais são as que seguem, ainda que tenhamos dimensões maiores.
- diâmetro da tampa: 0,60 m;
- diâmetro da câmara do PV: 1,00 m.
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Cabe referir um novo equipamento que em muitos casos substitui o PV nas redes de
esgotos: o TIL (tubo de inspeção e limpeza), apresentado nas Figuras 6.3 e 6.4. O
mesmo é uma solução construtiva bem mais econômica que o tradicional PV, pois
permite operações de manutenção da rede através de um tubo vertical (chaminé) de
diâmetro entre 150 e 300 mm.
No topo da chaminé do TIL da Figura 6.3, é acoplada uma peça de tamponamento, que
pode ser retirada para efetuar operações de manutenção da rede.
Figura 6.3: TIL, ou Tubo de Inspeção Figura 6.4: Simulação de lançamento de rede para
e Limpeza, com cinco entradas e uma familiarização dos funcionários com o novo material, que
saída. oferece opções por distintos diâmetros de entrada e de saída.
A distância entre PV, TIL ou TL consecutivos deve ser limitada pelo alcance dos
equipamentos de desobstrução. Em geral, os comprimentos dos cabos de limpeza estão
limitados a 80 ou 100 m. Ao elaborar um projeto de rede, deve-se atentar para distâncias
limite que devem constar no edital do processo licitatório.
O fundo de PV, TIL ou TL deve ser constituído de calhas destinadas a guiar os fluxos
afluentes em direção à saída. Lateralmente as calhas devem ter altura coincidindo com a
geratriz superior do tubo de saída. As partes superiores dos PVs, ou seu metro final
superior, normalmente é construído por um terminal excêntrico, como se observa na
figura 6.2.
6.9 RECOBRIMENTOS
Os recobrimentos mínimos recomendados são:
- No leito carroçável: mínimo de 0,90 m;
- No passeio: mínimo de 0,65 m.
Até aqui você viu muitos conceitos de acessórios de redes de esgotos. Que tal apreciar
desenhos técnicos de vários dos mesmos, acessando a apresentação abaixo?
http://avasan.com.br/ppt/Figuras_DMAE.pdf
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γ∙A∙L∙senα
O esforço tangencial é: 𝜎 =
𝑃∙𝐿
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𝐷 360∙𝑠𝑒𝑛𝜃 Ө−𝑠𝑒𝑛𝜃
𝑅𝐻 = [1 − ], ou, 𝑅𝐻 = 0,25 [ ]∙𝐷 (Eq. 6.3)
4 2∙𝜋∙𝜃 𝜃
𝐷2 𝜋∙𝜃 𝑠𝑒𝑛𝜃
𝐴= [360 − ] , 𝑜𝑢 𝐴 = 0,125[𝜃 − 𝜃 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝜃] 𝐷2 (Eq. 6.4)
4 2
Sabe-se que:
𝑛∙𝑄
= 𝐴 ∙ 𝑅𝐻 2/3
𝐼1/2
Substituindo A e RH suas expressões apresentadas nas equações 6.4 e 6.3, tem-se:
Onde a expressão n.Q vem a ser o FH: fator hidráulico da seção circular.
D8/3 ●I1/2
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Figura 6.7: Características de um tubo de esgotos: lâmina “h” e diâmetro interno “D”.
Substituindo o ângulo central = f ( h/D) dado pela equação (1), resulta FH= f( h/D).
Para simplificar os cálculos, utiliza-se a tabela 6.1, gerada dando-se valores a h/D
de 0,01 a 1,00, com variação de 0,01, calculando-se os correspondentes valores de
RH/D e FH. Mas atente que embora a relação h/D vá até 1,00, redes de esgotos
sanitários não podem ter a mesma superando a 0,75. A razão para apresentar h/D com
valor máximo 1,00 (corresponde a seção plena), é que a tabela 6.1 também é válida
para esgotos pluviais, tema que veremos no Capítulo 8.
1 kg/cm2 = 100.000 Pa ⸫ 1 kg/10-4m2 = 100.000 Pa ⸫ 1 kg/m2= 10 Pa
Σ = 1 Pa = 0,100 kg/m2
Vídeo: O que temos a seguir, até o fim da página 8, você pode apreciar em um vídeo de
duração 10:05: https://www.youtube.com/watch?v=D7RqffxQGK0 (10:05)
A declividade mínima “Imin” que atende a tração trativa mínima “Σ” necessária para o
carreamento de sólidos pode ser determinada por:
Lembrar que as tubulações são dimensionadas para fim de plano de projeto (não
devendo exceder hmáx nem velocidade máxima), e verificadas para início de plano.
(atendimento de σ min). Caso o dimensionamento de final de plano não satisfaça às
condições da Norma Brasileira para início de plano, remanejar a declividade,
rearranjando o diâmetro.
𝑘1 ∙ 𝑘2 ∙ 𝑃 ∙ 𝑞 ∙ 𝐶
𝑄= + 𝑄inf + ⋯.
86.400 𝑠/𝑑
onde:
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- Lâmina máxima: a lâmina nas tubulações das redes de esgotos sanitários nunca
deve superar a ¾ do diâmetro.
(%) = h/D = 0,75 ou 75 %
A lâmina máxima deve ser limitada a apenas 50 % do diâmetro do coletor sempre que a
velocidade final (Vf) superar a velocidade crítica (Vc). A velocidade crítica é definida
por:
𝑉𝑐 = 6√𝑔 ∙ 𝑅𝐻
onde:
Vc [m/s] é a velocidade crítica,
g [m/s2] é a aceleração da gravidade
RH [m] é o raio hidráulico para a vazão final.
Após a determinação de “V”, calcular a tensão trativa média, que deve ser maior que 1,0
Pa. Logo:
𝛾∙𝑣 2
𝜎= ≥ 1,0𝑃𝑎 Pela NBR 9649, tem-se: ● RH ● I
𝑅𝐻 1/3∙ 𝐾 2
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Fonte: Coleta e Transporte de Esgoto Sanitário, de. M. T. Tsutiya e P.A. Sobrinho, 1999 .
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A tabela 6.2 é o modelo a seguir para dimensionar os trechos de uma rede de coleta de
esgotos sanitários.
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Tabelaa 6.2: Tabela a ser preenchida para o dimensionamento de rede coletora de esgotos sanitários.
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O conteúdo a partir daqui até o item B.2.2 inclusive, que consiste na apresentação das
equações para determinar as vazões circulantes em redes de esgotos sanitários, em
início e fim de plano, você pode acessar com áudio: https://youtu.be/XI00Oke6cQY (17:02)
Obs: Se for assistir no celular, você pode dar zoom para ampliar as imagens,
pois os sub-índices podem ficar ilegíveis. Caso necessário, acompanhe com
apoio de páginas impressas.
As vazões escoadas nas redes de esgotos sanitários são compostas por vazões de esgotos
domésticos (Qd), vazões de infiltração à rede (Qi) e vazões concentradas (Qc).
_
- Vazão máxima horária de fim de plano: Q f k1.k2 .Q d . f Qinf . f Qcf
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Taxa referida à área (L/s.ha): em geral é adotada para estimar vazões de áreas previstas
para expansões futuras (bairros novos, grandes loteamentos...)
Cabe ressaltar que as contribuições de quartéis, escolas, shoppings centers..., não devem
ser consideradas nos cálculos das taxas de contribuição, mas sim admitidas
concentradas em determinado PV (poço de visita).
B.1. Cálculo das taxas de contribuição para redes simples (uma só tubulação na
rua), ou para redes duplas (uma tubulação em cada lado da rua)
Li, Lf : m ou km
Tinf : L/s.m ou L/s.km
Quando se tem redes simples em alguns setores e redes duplas em outros, em uma
mesma área de ocupação homogênea, os coeficientes de contribuição linear podem ser
calculados através dos 3 passos que seguem (itens B.2.1 à B.2.3):
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PV
Início de plano
Fim de plano
Figura 6.9: Trechos de rede a implantar em duas etapas.
Ldi, f
Lvi , f Lsi, f
2
onde:
Lvi,f = comprimento virtual da rede inicial ou final (m ou km);
Lsi,f = comprimento da rede simples inicial ou final (m ou km);
Ldi,f = comprimento da rede dupla inicial ou final (m ou km)
_
k1.k2 . Q d . f
Fim de plano: Txfs Tinf
Lvf
_
k1.k2 .Q d . f
Fim de plano: Txfd Tinf
2.Lvf
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Você pode assistir à solução desse exercício em três PPT com áudio. A primeira parte
do exercício é acessável pelo link:
http://www.avasan.com.br/ppt/Parte1_SHOW_Ex_Dim_ES.pptx
Para assistir ao PPT é necessário fazer download
a) Traçado dos coletores: Na planta com curvas de nível de metro em metro, traça-se a
rede com o software, que indicará as singularidades (PV, TIL, TL e CP) e o sentido de
escoamento.
b) Distância entre singularidades: limitada pelo alcance dos equipamentos de
desobstrução.
c) Numeração dos trechos: numerar de montante para jusante, sendo o coletor mais
extenso o que receberá o número 1, e seu primeiro trecho (mais a montante) será o
trecho 1. O primeiro coletor que entroncar ao coletor 1 será o coletor 2, que terá seus
trechos numerados de mont. para jus. a partir de 1 (trecho 2-1, trecho 2-2...). Para
restringir a abrangência do exercício, começaremos a análise pelo trecho 1-3, assumindo
vazão que vem de montante, aportada pelo trecho 1-2
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Observa-se que It é maior que Imin, assim, adota-se a declividade do terreno (It)
Calcular tensão trativa “σ” para Qi (vide fórmula página 5), pois é no início de plano,
com as mínimas vazões, que por vezes a tensão trativa poderá não ser atendida para uma
declividade inicialmente proposta pelo projetista.
Na figura 6.10 você pode apreciar o projeto da rede de esgotos sanitários. Para uma
parte desta rede formada por uns poucos trechos sequenciais (destacados em fonte azul
na figura), acompanharemos todo o processo de dimensionamento e verificações
hidráulicas necessárias. O nome de cada trecho está declarado na figura 6.10,
aproximadamente no centro do seu desenvolvimento.
Atente para a legenda no canto inferior esquerdo da figura 6.10, que apresenta a
simbologia adotada na representação gráfica do dimensionamento.
Daqui em diante você pode assistir a solução comentada do exercício no PPT com áudio:
http://www.avasan.com.br/ppt/Parte2_SHOW_Ex_Dim_ES.pptx
Para assistir ao PPT é necessário fazer download
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Trecho 1-3: Note que à montante deste trecho, temos os trechos 1-1 e 1-2, sendo que o
último deságua na cabeceira do trecho 1-3, como se observa na Figura 6.11. Neste
exercício, começaremos a acompanhar o processo de dimensionamento assumindo que
os trechos 1-1 e 1-2 já foram dimensionados.
A vazão total (esgotos sanitários mais águas de infiltração) é menor que 1,50 L/s. Logo,
por norma, adota-se 1,50 L/s, que é a vazão momentânea aportada à rede quando ocorre
a descarga de uma bacia sanitária.
A vazão total para dimensionamento do trecho é QTotal = 1,50 L/s. Pelo fato de a vazão
ser menor do que 1,5 L/s, adota-se este valor, em atendimento à NBR-9649/86. O
mesmo corresponde a vazão que ocorre quando uma pessoa aciona a descarga de uma
bacia sanitária.
Imin = 0,055 (Qi) -0,47 = 0,0055 (1,50 L/s) -0,47 = 0,0045 m/m
495,71−491,12
Iterreno = = 0,0478 m/m (adota-se esta, por ser maior do que a Imin)
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h/D = 0,50, por arbítrio do projetista, que decide que esta deva ser a situação
operacional para fim de plano.
O D calculado deu menor que o mínimo admissível por norma (0,10m). Assim, adotar-
se-ia 0,10m. Contudo, as municipalidades não admitem este diâmetro, razão pela qual
adotaremos D = 0,15m, que é o antigo D mínimo pela norma antiga. Com a adoção de
0,10m constataram-se entupimentos frequentes devido às indevidas contribuições às
redes de esgotos sanitários.
Como o diâmetro adotado (0,15m) é maior do que o resultante dos cálculos (0,06m), é
necessário recalcular o fator hidráulico para o D adotado:
σ= ᵧ.R .I = (1000).(0,0131).(0,0478) = 0,63 kgf/m = 6,3 Pa (ok, maior que 1,0 Pa)
H
2
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Vc = 6√𝑔𝑅𝐻 = 6√9,81 ∙ 0,0131 = 2,15 m/s (OK, Vf é inferior a 5,0 m/s, e inf. à Vc)
Aseguir observa-se a seção à jusante do trecho 1-3, considerando que o valor da lâmina
“h”, calculada como 0,021m, seja 0,02m:
Trecho 1-4:
QTotal = 1,50 L/s (a QReal é 0,912 L/s, então adota-se 1,5 L/s). A vazão total 0,912 L/s,
observada na coluna 6 da tabela 6.3, corresponde à soma das duas células à esquerda do
referido valor: 0,167 L/s da contribuição no trecho que é aportada pelos ramais de
esgoto das residências, mais 0,745 L/s da vazão que vem de trechos de montante,
aportada na cabeceira do trecho 1-4.
Imin = 0,0055 (Qi) -0,47 = 0,0055 (1,50 L/s) -0,47 = 0,0045 m/m
I terreno = It = 0,0373 m/m (adota-se esta, por ser maior do que a Imin)
h/D = 0,50, por arbítrio do projetista, que decide que esta deva ser a situação
operacional para fim de plano.
O D calculado deu menor que o mínimo admissível por norma (0,10m). Assim, adotar-
se-ia 0,10m. Contudo, as municipalidades não admitem este diâmetro, razão pela qual
adotaremos D = 0,15m, que é o antigo D mínimo pela norma antiga. Com a adoção de
0,10m constataram-se entupimentos frequentes devido às indevidas contribuições às
redes de esgotos sanitários.
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Como o diâmetro adotado (0,15m) é maior do que o resultante dos cálculos (0,06m), é
necessário recalcular o fator hidráulico para o D adotado:
σ= ᵧ.R .I = (1000).(0,0139).(0,0372) = 0,52 kgf/m = 5,2 Pa (ok, maior que 1,0 Pa)
H
2
Vc = 6√𝑔𝑅𝐻 = 6√9,81 ∙ 0,0139 = 2,22 m/s (OK, Vf é inferior a 5,0 m/s, e inf. à Vf)
A seguir, considerando que o valor da lâmina “h”, calculada como 0,022m, seja 0,02m,
tem-se:
O NA 489,64, à montante de 1-4 é
aceitável, pois é a mesma cota da
lâmina d´água a jusante de 1-3, o
que evita “remansos”.
487,78 489,64
487,76 489,62
Jusante 1-4 Montante 1-4
Figura 6.12: Cotas da geratriz inferior e do NA para a vazão máxima, à jusante e à
montante do trecho 1-4.
Trecho 1-5
Q totalf = (Q mont trecho 1-5, fim de plano) + (Q de contrib. no trecho, fim de plano)
Imin = 0,0055 (Qi) -0,47 = 0,0055 (5,481 L/s) -0,47 = 0,0025 m/m
Iterreno = It = 0,0515 m/m (adota-se esta, por ser maior do que a Imin)
h/D = 0,60, por arbítrio do projetista, que decide que esta deverá ser a situação
operacional para fim de plano.
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Como o diâmetro adotado (0,15m) é maior do que o resultante dos cálculos (0,05m), é
necessário recalcular o fator hidráulico para o D adotado:
(0.013) ∙(6,002.10−3 )
FH= 0,0541
0,158/3 ∙0,05151/2
σ= ᵧ.R .I = (1000).(0,0242).(0,0515) = 1,25 kgf/m = 12,5 Pa (ok, maior que 1,0 Pa)
H
2
Vc = 6√𝑔𝑅𝐻 = 6√9,81 ∙ 0,0242 = 2,92 m/s (OK, Vf é inferior a 5,0 m/s, e inf. à Vf)
O NA 487,80, à montante de 1-5, é
2cm mais elevado que o NA a
jusante de 1-4. Uma das formas de
487,78 superar o remanso é rebaixar em 2
487,78 487,80 487,74 cm a cota de fundo do trecho 1-5, a
487,76 487,76 montante e jusante.
Jusante 1-4 Montante 1-5
Figura 6.13: Cotas da geratriz inferior e do NA para a vazão máxima, a jusante do
trecho 1-4 e a montante do trecho 1-5
Outra solução para evitar o remanso, ao invés de rebaixar as cotas de montante e jusante
do coletor 1-5, seria conservar a cota de fundo de montante, e aumentar a cota de fundo
de jusante do trecho 1-5. Assim, aumentaríamos a declividade do trecho 1-5, a
velocidade de escoamento seria maior, e a lâmina h seria menor. Esta solução de
aumentar a declividade, leva a um recobrimento maior do tubo, com maiores
volumetrias de escavação e reaterro de valas. Em projeto de redes de esgotos, devemos
adotar recobrimento mínimo nas cabeceiras de rede, e sempre que possível adotar para
os trechos uma declividade igual à do terreno.
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Daqui em diante você pode assistir a solução comentada do exercício no PPT com áudio:
http://www.avasan.com.br/ppt/Parte3_SHOW_Ex_Dim_ES.pptx
Para assistir ao PPT é necessário fazer download e maximizar os slides.
Trecho 2-1:
A observação da planta da rede coletora, na Figura 6.10, página 16, mostra que o trecho
2-1 é um trecho de cabeceira. Logo, em atendimento à NBR 9649/86, adota-se 1,5 L/s
como a vazão para estabelecer o diâmetro a ser adotado.
Qtotalf = 1,5 L/s (por ser trecho de cabeceira de rede, adota-se a Q mínima de norma.
Imin = 0,0055 (Qi) -0,47 = 0,0055 (1,5 L/s) -0,47 = 0,0045 m/m
h/D = 0,60, por arbítrio do projetista, que decide que esta deverá ser a situação
operacional para fim de plano.
Como o diâmetro adotado (0,15m) é maior do que o resultante dos cálculos (0,05m), é
necessário recalcular o fator hidráulico para o D adotado:
(0.013) ∙(1,5.10−3 )
FH= = 0,0457 (no vídeo falta o sinal de igualdade)
0,158/3 ∙0,00451/2
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Trecho 1-6:
A cabeceira deste trecho recebe 6,303 L/s, em fim de plano, como se observa na última
linha da coluna (5) da Tabela 6.3. Este valor corresponde à soma das vazões para fim
de plano dos trechos 1-5 e 2- 1, ou seja: 6,002 + 0,301 = 6,303 L/s
Imin = 0,0055 (Qi) -0,47 = 0,0055 (6,303 L/s) -0,47 = 0,0023 m/m
Iterreno = It = 0,0277 m/m (adota-se esta, por ser maior do que a Imin)
h/D = 0,60, por arbítrio do projetista, que decide que esta deverá ser a situação
operacional para fim de plano.
Como o diâmetro adotado (0,15m) é maior do que o resultante dos cálculos (0,10m), é
necessário recalcular o fator hidráulico para o D adotado:
(0.013) ∙(6,303.10−3 )
FH= = 0,0775
0,158/3 ∙0,02771/2
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σ= ᵧ.R .I = (1000).(0,0284).(0,0277) = 0,79 kgf/m = 7,9 Pa (ok, maior que 1,0 Pa)
H
2
Vc = 6√𝑔𝑅𝐻 = 6√9,81 ∙ 0,0284 = 3,17 m/s (OK, Vf é inferior a 5,0 m/s, e inf. à Vf)
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Tabela 6.4 - Custos percentuais das diversas partes da obra para a execução das
redes de esgoto. (Fonte: Sobrinho, 2000)
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