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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL

Lista de Exercício Nº 1:
Equipe: Data:

Exercício 1( 1,0 ) ​- Utilizando o ábaco representado pela Figura 3, e considerando a norma NBR
10844, determine o diâmetro do tubo de descida pluvial, necessário para atender as seguintes
condições:
a) Vazão Q = 1600 L/min; Comprimento do tubo L = 25 m; Lâmina de água da calha H = 7,0
cm. R: Diâmetro nominal de 150mm. O diâmetro encontrado foi próximo a 140mm
b) Vazão Q = 1200 L/min; Comprimento do tubo L = 6 m; Lâmina de água da calha H = 6,0 cm
R: Diâmetro nominal de 150mm. O diâmetro encontrado foi próximo a 135mm
c) Vazão Q = 1000 L/min; Comprimento do tubo L = 18 m; Lâmina de água da calha H = 6,0
cm R: Diâmetro nominal de 125mm. O diâmetro encontrado foi de 105mm.
Adotar o diâmetro comercial mais próximo, acima do valor determinado graficamente. Considere,
para efeitos dessa questão, os seguintes diâmetros comerciais de tubos: 50, 75, 100, 125, 150, 200,
250 e 300 mm.

Segue a figura com o levantamento vertical de Q até interceptar as curvas de H e L correspondentes:

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Exercício 2 ​( 1,5 )​- Considere os seguintes tipos de calhas destinadas ao transporte de águas pluviais:
calha de ​beiral​; calha de ​platibanda​; calha de ​meia encosta​; calha de ​água furtada​. Descreva de
forma clara, resumida e objetiva, como, em termos construtivos, se obtém, usualmente, a necessária
declividade para o escoamento da água em cada um desses tipos de calha. A calha de água furtada
admite possibilidades comuns aos demais tipos citados. Explique esse aspecto. Ilustre graficamente
(desenhos) suas respostas. ​OBS: resposta limitada em uma página !!
R: Calha de Beiral: Calha colocada na extremidade do telhado, formato normalmente
semicircular, feitas de material leve (pvc e alumínio). É necessário inclinar a calha como um
todo para obter a inclinação de fundo. Inclinações entre 05,% até 1%, maiores que 1% causam
efeitos estéticos.
Calha de platibanda: Não se vê a borda do telhado, existe um prolongamento da parede. a calha
fica atrás da platibanda. Sua parte superior é horizontal, já que o telhado passa por cima dela.
A inclinação é dada por um enchimento de argamassa no fundo da calha. Inclinações de fundo
maiores que 1% não causam efeitos estéticos, já que não são visíveis. Ela precisa ser
impermeabilizada, já que elas estão no lado de dentro da parede e caso exista um vazamento irá
aparecer no interior da edificação.
Calha de água furtada: Ela está localizada na convergência de duas águas. Encontrada em
terminais, por exemplo. Pode ser concebida na forma de construção como uma calha de
platibanda, pois pode ser feita de forma horizontal e realizar um enchimento de argamassa. Ela
admite duas configurações, a segunda pode ser feita como o beiral, com uma estrutura em L
onde a inclinação de fundo é a própria calha que é inclinada.
Calha de meia encosta: Calha que está numa posição similar a calha de platibanda. Ela é
executada similar a calha de platibanda também. Inclinação de fundo obtida por enchimento.
Ela não intercepta toda água do telhado. Inclinações maiores que 1% não causam efeitos
estéticos
Abaixo segue um esquema desenhado de cada tipo:

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Exercício 3 ​( 1,5 )​- Considere uma área de cobertura de 200 m​2 ( para efeitos de cálculo), já com as
devidas considerações estabelecidas na norma NBR 10844. Planeja-se colocar calhas de beiral ao
longo da maior dimensão (20 m) de um dos lados dessa cobertura. Por questões estéticas trabalha-se
com duas hipóteses:
a) Colocar uma única descida (tubo de descida) na parte central da calha, inclinando-a 0,5% a
partir de cada extremo na direção da descida;
b) Colocar duas descidas (tubos de descida), um em cada extremidade da calha, inclinando-a 1%
m/m a partir do centro na direção de cada descida;
Admitindo ser a intensidade da chuva de projeto i = 162
mm/h, determine o menor diâmetro interno da calha (ver
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tabela abaixo) recomendado para cada uma das hipóteses anteriormente consideradas. Determine
também, em cada caso, a diferença de cota, em centímetro, entre o início e fim de cada trecho de
calha.

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Exercício 4 ​(1,0) - ​Considerando o disposto na norma NBR 8160-Sistemas prediais de esgoto


sanitário – Projeto e execução, marque “V” se considerar a alternativa for Verdadeira, e “F” quando
Falsa:

a-( V ​) Caixas sifonadas com grelhas são dispositivos dotados de selo hídrico, muito utilizadas em
banheiros, que normalmente recebem efluentes através de redes secundárias de esgotamento;

b-( F ) O dimensionamento das instalações prediais de esgotos sanitários, de acordo com a norma da
ABNT referida , é feito em função da raiz quadrada do somatório do número de unidades Hunter de
contribuição para um dado trecho de tubulação.;

c( F ​) Os efluentes de pias de cozinha são conduzidos para tubos de gordura. Nesse caso a ventilação
caracteriza-se pelo prolongamento do referido tubo até acima da cobertura da edificação,
denominando-se ventilação primária.

d( ​V ​) Num projeto de instalações prediais de esgotos, o esquema vertical é uma representação gráfica
(desenho), que pode mostrar, entre outras coisas, as interligações do sistema de ventilação com o tubo
de queda e ramais de esgoto.

Exercício 5 ​(1,0) ​- Considerando o esquema representativo das instalações de esgotamento sanitário


de um BWC, indicadas pela figura abaixo ( vista em planta), responda dizendo:

a) Qual alternativa está correta e por que considera correta; - A alternativa correta é a primeira
(da esquerda para a direita) pois o tubo de queda está conectado com o vaso sanitário e o tubo
de descarga da pia está diretamente ligado a caixa sifonada. O tubo de ventilação está
conectado ao tubo de esgoto que consequentemente também é ligado a caixa sifonada.
b) Por que as outras duas estão incorretas, descrevendo cada caso.
A segunda alternativa não conecta a pia diretamente a caixa sifonada e o tubo de queda não está
conectado diretamente com o vaso sanitário.
Na terceira alternativa o tubo de ventilação não está ligado ao ramal de esgoto, mas sim ao de
descarga.

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Exercício 6 ​(1,0) - ​Considerando o disposto na instrução normativa IN008/DAT/CBMSC/2018,


marque “V” se considerar a alternativa for Verdadeira, e “F” quando Falsa:

a-( F ) O trecho de tubulação compreendido entre o pig-tail da central de gás e o regulador de pressão
de segundo estágio, para efeitos de dimensionamento é considerado rede primária de gás.

b-( V ) As centrais de gás GLP, de acordo com a norma do corpo de bombeiros de SC, devem ser
protegidas por extintores de incêndio com água pressurizada.

c-( V ) As tubulações de gás devem passar por locais onde inexista a possibilidade de, havendo um
vazamento, ocorrer o acúmulo de gás, com potencial risco de causar explosões.

d -( F ) A rede secundária de gás numa edificação, de acordo com a norma do corpo de bombeiros de
SC, é dimensionada considerando-se simultaneidade de 100% na utilização dos pontos de queima.

Exercício 7 ​(1,0) - A Figura abaixo representa, esquematicamente, o sistema de esgotamento


sanitário de parte de uma edificação. As tubulações horizontais (traços) e verticais (pequenos
círculos) estão numeradas. Observando o representado responda.
a) Que trecho(s) horizontal(is) (número) são considerados ramais de descarga ? 1, 3,9, 10, 12
b) Que trecho(s) horizontal(is) (número) são considerados ramais de esgoto ? 4, 6
c) Que conduto(s) vertical(s) (número) é designado tubo de ventilação ? 8,
d) Que conduto(s) vertical(s) (número) é(são) considerado(s) tubo de queda ? 7, 11, 13
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Figura 2 – Planta baixa do sistema de esgotos de uma cozinha + Área de serviço + BWC.
TQ = tanque de lavar roupas; ML = máquina de lavar roupas; CH = chuveiro; BS = bacia sanitária; LV = lavatório

Exercício 8 ​(2,0)- Considerando a NBR 8160-Sistemas prediais de esgoto sanitário – Projeto e


execução, discorra de forma clara e organizada, sobre o sistema de ventilação. (texto limitado em
duas páginas !)

O sistema de esgoto produz uma série de poluentes nocivos de uma maneira ou outra seja para
a saúde ou conforto das pessoas. Uma parcela desses poluentes se espalha por via aérea, como o
esgoto sistema de esgoto tem a função de transportar tais poluentes, devem ser instalados tubos e
demais dispositivos que sejam capazes de proteger as pessoas e transportar os poluentes para outros
locais menos nocivos.
Dessa maneira pode-se dividir o
subsistema de ventilação em 2 tipos de
tubulação: a primária e secundária. As
tubulações secundárias são conectadas entre os
demais ramais de esgoto e a coluna primária,
sendo responsável pelo transporte dos gases
dos ramais à tubulação primária. A tubulação
primária, por sua vez, recebe os gases da
tubulação secundária e são responsáveis pelo
transporte dos gases para a parte externa da
instalação. A imagem ao lado ilustra a
organização do subsistema:

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A tubulação primária é responsável por encaminhar os gases para a parte superior da


instalação até serem lançados à atmosfera. Para tanto, é feita uma chaminé externa, no topo do tubo,
para permitir a evasão dos gases naturalmente. Existem uma série de cuidados a serem tomados,
dentre eles, deve-se colocar a chaminé a uma distância razoável dos locais de uso, pois a
contaminação desses espaços pode ser bastante prejudicial ou desconfortável para os usuários. A
norma aponta que a
distância deve ser de
no mínimo 30 cm da
laje ou telhado
quando não há uso
do local, mas quando
há um terraço ou
outra forma de
utilização, deve-se
adotar uma distância
de no mínimo 200
cm, conforme
ilustrado na imagem
ao lado. Pelo fato do final da tubulação e a chaminé sobressaírem à instalação, eles podem ser
considerados vulneráveis, fazendo com que deva-se planejar uma certa proteção para que não sejam
danificados com choques e outras ameaças. Por fim, a chaminé tem um papel importante, pois
deve-se evitar com que entre água na tubulação, pois isso pode causar fluxos contrários na tubulação
indesejados para a manutenção do funcionamento do subsistema.
A parte interior, onde reside é feita a ligação da coluna secundária aos ramais, também possui
algumas especificações importantes. Mesmo evitando a entrada de água com o uso da chaminé, se por
ventura entre água no fluxo externo-interno da tubulação, corre-se o risco da água ficar presa e
obstruir a tubulação. Para sanar esse problema, a tubulação secundária deve possuir uma declividade
de 1% fazendo com que a água
escorra normalmente do ramal
de ventilação para os ramais de
esgoto, seguindo o fluxo normal
dos resíduos.
Como a intenção é que os
gases não voltem pelo fluxo
contrário dos ramais, existem
dispositivos que evitam com que
os gases voltem no caminho,
assim todos os aparelhos
sanitários devem ser protegidos
por desconectores. Por fim, um
último cuidado, com a mesma
finalidade colocada para o
desconector, importante é que a
conexão entre o ramal de
ventilação e a coluna de ventilação esteja no mínimo 15 cm acima do nível de borda, ou seja, acima
do aparelho sanitário como bacia sanitária ou pia.

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