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Os três domínios
A descoberta de três tipos de células teve como base a observação de que os ribossomos
não são os mesmos em todas as células (veja o Capítulo 4, página 95). Os ribossomos
fornecem um método de comparação celular, pois estão presentes em todas as células. A
comparação das sequências de nucleotídeos no RNA ribossômico (rRNA) (veja a página
292) de diferentes tipos de células mostrou que há três grupos celulares diferentes: os
eucariotos e dois tipos diferentes de procariotos – as bactérias e as arquibactérias. Além
das diferenças no rRNA, os três domínios diferem na estrutura lipídica da membrana, nas
moléculas de RNA de transferência e na sensibilidade aos antibióticos.
Neste esquema amplamente aceito, animais, plantas, fungos e protistas são reinos do
domínio Eukarya. O domínio Bacteria inclui todos os procariotos patogênicos, assim como
muitos dos procariotos não patogênicos encontrados no solo e na água. Os procariotos
fotoautotróficos também estão nesse domínio. O domínio Archaea inclui procariotos que
não têm peptideoglicana nas suas paredes celulares e que frequentemente vivem em
ambientes extremos e realizam processos metabólicos incomuns. Archaea inclui três
grupos principais:
Gram negativas:
Enterobacteriales
Escherichia.
A espécie bacteriana Escherichia coli é um dos habitantes mais comuns do trato intestinal
humano e provavelmente o organismo mais conhecido da microbiologia. Sua presença na
água e nos alimentos é uma indicação de contaminação fecal (veja o Capítulo 27, página
781). E. coli não é um patógeno comum; contudo, ela pode ser a causa de infecções do
trato urinário, e algumas produzem enterotoxinas que causam a diarreia do viajante e
ocasionalmente doença de origem alimentar grave.
Salmonella.
A febre tifoide, causada por Salmonella typhi, é a doença mais grave causada por membros
do gênero Salmonella. Uma doença gastrintestinal menos grave causada por outras
salmonelas é chamada de salmonelose, sendo uma das formas mais comuns de infecções
de origem alimentar.
Shigella.
As espécies de Shigella são responsáveis por uma doença chamada de disenteria bacilar
ou shigelose. Diferente das salmonelas, elas são encontradas em humanos. Algumas
linhagens de Shigella podem causar uma disenteria potencialmente letal.
Serratia.
Proteus.
Enterobacter.
Haemophilus.
Ele tem sido uma causa comum de meningite em crianças jovens e uma causa frequente
de dor de ouvido. Outras condições clínicas causadas por H. influenzae incluem epiglotite
(uma condição potencialmente letal em que a epiglote fica infectada e inflamada), artrite
séptica em crianças, bronquite e pneumonia.
Helicobacter.
Staphylococcus.
Isto também explica como S. aureus pode crescer em alguns alimentos com alta pressão
osmótica (como presunto e outras carnes curtidas) ou em alimentos com baixa umidade
que tendem a inibir o crescimento de outros organismos. O pigmento amarelo
provavelmente confere alguma proteção para os efeitos antimicrobianos do sol.
S. aureus produz muitas toxinas que contribuem para a patogenicidade da bactéria, aumentando sua
capacidade de invadir o corpo e danificar os tecidos. A infecção de feridas cirúrgicas por S. aureus é
um problema comum em hospitais; e a capacidade de desenvolver rapidamente resistência a
antibióticos como a penicilina contribui para seu perigo para pacientes em ambientes hospitalares . S.
aureus produz a toxina responsável pela síndrome do choque tóxico, uma infecção grave
caracterizada por febre alta, vômitos e algumas vezes morte. S. aureus também produz uma
enterotoxina que causa vômitos e náusea quando ingerida; uma das causas mais comuns de
intoxicação alimentar.
Streptococcus.