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Fundamentos de Microbiologia

Sistemática e Diversidade
Morfologia e Fisiologia

Introdução ao Controle Microbiológico


e Monitorização Ambiental

Profa. Dra. Maria Helena Santini Campos Tavares

2011
Três domínios da vida

Apesar de haver ainda muita discussão


quanto à classificação dos seres vivos,
podemos considerar três domínios:
Bacteria, Archaea e Eucarya.

Os domínios Archaea e Bacteria são


procariotos.
Todos os eucariotos estão agrupados em
vários Reinos dentro do domínio Eukarya.
Três domínios da vida
Diversidade Microbiana

 Vírus: acelulares;

 Bactérias: unicelulares procariontes, Domínios


Archaea e Bactéria;
 Fungos Filamentosos: pluricelulares
eucariontes, Domínio EuKarya, (Bolores);
 Fungos Unicelulares: unicelulares eucariontes,
Domínio Eukarya, (Leveduras);
 Algas: uni ou pluricelulares, eucariontes,
Domínio Eukarya;
 Protozoários: unicelulares eucariontes, Domínio
Eukarya.
MICROSCOPIA:

ÓPTICA

ELETRÔNICA

FLUORESCÊNCIA
Vírus

Adenovirus

Hepatite
HIV

Rotavirus Polio
Diversidade Microbiana - Bactérias
Forma Vegetativa
Diversidade Microbiana - Bactérias
Parede Bacteriana Gram Positiva
Staphylococcus aureus
Diversidade Microbiana - Bactérias
Parede Bacteriana Gram Negativa

Escherichia coli
Diversidade Microbiana - Bactérias
Flagelos

Bactéria monotríquia Bactéria anfitríquia

Bactéria lofotríaquia Bactéria lofotríquia

Bactéria peritríquia Bactéria peritríquia


Diversidade Microbiana - Bactérias
Forma de Resistência ou Latência – Esporos e Cistos
Endosporos de Bacillus cereus
Bactérias

Agrobacterium Bradirhizobium Escherichia coli

Salmonella sp. em Haemophilus influenza Staphilococcus


célula humana
Estromatólitos
Estromatólotos - Fósseis
Diversidade Microbiana – Bolores
Fungos Filamentosos
Penicillium sp.

Conidios
Conidiosporos
Macroscopia de Penicillium sp

RCFOliveira
Diversidade Microbiana – Bolores
Fungos Filamentosos
Aspergillus niger
Macroscopia de Aspergillus sp

A. nidulans
A.flavus

A.flavus

A. niger

RCFOliveira
Microscopia de Aspergillus sp

RCFOliveira
Macroscopia de Rhisopus sp

RCFOliveira
FUNGOS FILAMENTOSOS
Fusarium moniliforme
Penicillium roqueforti
Penicillium notatum

Trichophyton
rubrum Paecilomyces variotii
Aspergillus flavus Aspergillus niger
Diversidade Microbiana –Leveduras
Fungos Unicelulares
Saccharomyces cerevisiae
LEVEDURAS

Saccharomyces cerevisiae

Schizosaccharomyces pombe

Candida albicans
Microscopia de Leveduras

RCFOliveira
LEVEDURAS Candida albicans

Candida parapsilosis Saccharomyces cerevisiae


Protozoários

Giardia lamblia Entamoeba sp


Trichomonas vaginalis

Cryptosporidium parvum

Trypanosoma sp Toxoplasma gondii


Algas

Synura spp.
Ceratium spp

Euglena gracilis Actinoptychus heliopelta

Volvox aureus

Spirogyra sp.
Habitats Microbianos
 Definição: Localização ambiental onde a
população (associação de células) ou a comunidade
microbiana (interação de populações) vive: Solo,
Água, Ar e Microbiota ou Flora normal.

 Formas: livre (estado planctônico), sésseis


(fixos, como membros de comunidade complexas)
e biofilmes (é uma comunidade/consórcio séssil,
aderido irreversivelmente a um substrato biótico ou
abiótico, embutido em uma matriz de
exopolissacarídio).
Biofilme - Conceito
Na natureza, os microrganismos dificilmente vivem em colônias isoladas de espécie
única. Sob determinadas condições, eles se aderem, interagem com as superfícies e
iniciam crescimento celular.
Essa multiplicação dá origem a colônias e quando a massa celular é suficiente para
agregar nutrientes, resíduos e outros microrganismos, está formado o que se
determina biofilme.
Biofilme - Adesão

 Participação de adesinas, que reconhecem receptores


específicos nas superfícies de outras células ou em
diversos tipos de substratos;
 A dimensão, a área, é um fator primário dos mais
importantes;
 Inicialmente, a associação do microrganismo com o
substrato é um processo reversível: Forças de Van der
Waals e eletrostáticas;
 Depois passam a ser irreversíveis: interações
hidrofóbicas.
Biofilme - Maturação

 Formação de microcolônias;

 Produção de EPS;

 Acúmulo de nutrientes que permitem a reprodução das


células pioneiras;

 Agregação de outros microrganismos e resíduos;

 Expansão até atingir o equilíbrio dinâmico.


Biofilme – Estrutura/Atividade
 Os biofilmes exibem densidades variáveis, originando
canais por onde a água pode trafegar;
 Isso proporciona a troca de nutrientes, circulação de
sinalizadores e remoção de metabólitos tóxicos;
 A depleção de nutrientes pode diminuir a resistência do
biofilme, por influenciar na membrana superficial do
mesmo, portanto entender essa relação entre estrutura
e atividade dos biofilmes é crucial para se controlá-los.
Biofilme - Quorum sensing

 Para que um biofilme seja formado é necessário o


estabelecimento de um comportamento multicelular,
que se reflete na interação e comunicação dos vários
organismos de forma coordenada.

 Um desses processos de comunicação intra e


interespécies microbianas é o quorum sensing, que
permite aos microrganismos apresentarem alterações
fenotípicas marcantes quando estes se encontram em
altas densidades populacionais.
Biofilme - Dispersão

Em determinados momentos, os biofilmes


sofrem dispersão, liberando microrganismos
que podem vir a colonizar novos ambientes.
Existem três tipos de processos de
dispersão: expansiva, a que envolve a
fragmentação do biofilme e a superficial.
Vantagens para os microrganismos ao
formar um biofilme

 Proteção contra agentes agressivos;

 Resistência a desinfetantes e antibióticos;

 Resistência à radiação ultravioleta;

 Resistência à desidratação;

 A colonização não só sobrevive como continuamente


libera endotoxinas para a água.
Biofilmes Bacterianos

a) Corte transversal de Biofilme de


Pseudomonas aeruginosa
b) Microscopia laser de varredura confocal de
um biofilme natural na superfície de uma
folha.
Bactérias reconhecidas como
formadoras de biofilmes

Escherichia coli Pseudomonas aeruginosa

Sthaphylococcus aureus Salmonella sp


Bactérias reconhecidas como
formadoras de biofilmes

- Micrococcus sp;
- Enterococcus faecium;
- Listeria monocytogenes;
- Yersinia enterocolitica;
- Bacillus cereus;
- Arthrobacter;
- Favobacterim;
- Moraxella;
- Acinetobacter;
- Klebsiella penumoniae.
Biocorrosão

A biocorrosão é definida como um processo complexo de


deterioração de materiais promovido por
microrganismos e que afeta várias indústrias, através de
danos nas suas estruturas (sistemas de refrigeração,
tanques, condutas, cascos de embarcações, etc.). Os
microrganismos implicados na biocorrosão são
fisiologicamente diversos, possuindo habilidade em
influenciar a corrosão de muitos metais considerados
normalmente resistentes, isso devido às comunidades
sinergistas que podem afetar processos eletroquímicos
através do metabolismo cooperativo não visto na
espécie individual.
A Biocorrosão

sistema de
refrigeração

biofilme numa conduta

casco de
barco
Microbiota Normal de Humanos
 Pele: Staphylococcus, Corynebacterium, Acinetobacter,
Pityrosporum, Propionibacterium, Micrococcus;
 Boca: Streptococcus, Lactobacillus, Fusobacterium, Veillonella,
Corynebacterium, Neisseria, Actinomyces;
 Trato respiratório: Streptococcus, Staphylococcus,
Corynebacterium, Neisseria;

 Trato gastrointestinal: Lactobacillus, Streptococcus,


Bacteroides, Bifidobacterium, Eubacterium; Peptococcus,
Peptostreptococcus, Ruminococcus, Clostridium, Escherichia,
Klebsiella, Proteus, Enterococcus, Staphylococcus;
 Trato urogenital: Escherichia, Klebsiella, Proteus, Neisseria,
Lactobacillus (vagina de mulheres adultas), Corynebacterium,
Staphylococcus, Candida, Prevotella, Clostridium,
Peptostreptococcus
Microbiota Oral de Humanos

Prevotella intermedia
Porphyromonas gingivalis

Actinomyces Streptococcus mutans Streptococcus viridans


Controle microbiológico –Toxinas
 Toxinas Bacterianas:
 Endotoxinas: Salmonella spp, Escherichia coli,
 Exotoxinas: Bacillus cereus, induz a perda de
fluidos pelas células intestinais; Pseudomonas aeruginosa,
inibe a síntese protéica; Staphylococcus aureus,
descamação da pele, choque, hemólise, etc.

 Micotoxinas:
 Aflatoxinas <5 ppb
Controle microbiológico –Toxinas
 Toxinas Bacterianas:
Endotoxinas: Fotomicrografias de amebócitos de Limulus.
(a) Amebócitos normais. (b) Amebócitos após a exposição ao
lipopolissacarídeo bacteriano. O tratamento com lipopolissacarídeos
promove a degranulação das células; essa resposta pode ser utilizada
como um ensaio para a presença de lipopolissacarídeos.
Principais Tipos e Usos das Águas

 Abastecimento Doméstico
 Irrigação
 Recreacional
 “Produto Comercial”
 Lançamentos
 “Reuso”
DOENÇAS DE VEICULAÇÃO
HÍDRICA Pseudomonas

Patógeno Infecção Água


Aeromonas spp Infecções de feridas e doce/marinha
gastroenterites
Campylobacter spp Enteritis doce/marinha
Candida albicans Dermatites doce/marinha
Clostridium spp Botulismo, tétano, gangrena doce/marinha
gasosa, gastroenterites
Cryptosporidium spp Gastroenterites doce/marinha
Escherichia coli OSH11 Gastroenterites doce/marinha
Giardia spp Gastroenterites doce/marinha
Pseudomonas spp Dermatite folicular, otite doce/marinha
externa
Salmonella spp Febre entérica, gastroenterite doce/marinha
Shigella spp Disenteria bacilar doce/marinha
Staphylococcus spp. Infeção de tecidos, doce/marinha
bacteremia
Vibrio spp Cólera, infecções de feridas estuarina/marinha
Yersinia spp Gastroenterites doce/marinha
OS BIOINDICADORES

- Indicam a POSSIBILIDADE de ocorrência de


patógenos na amostra
- Ocorrencia simultanea com patógenos com a
presença de fezes  esgotos domesticos
- Muito caro e trabalhoso ( talvez impossível)
avaliar diretamente TODOS os patógenos nas
amostras de águas.
Indicador Biológico Ideal

 Presente em todos os tipos de água


 Ocorrência e desaparecimento concomitante com
patogênicos
 Densidade populacional diretamente relacionada
com o grau de contaminação
 Maior sobrevida que a dos patogênicos
 Ausência em água potável
 Fácil detecção e recuperação laboratorial
 Não prejudicial à pessoas e animais
 Manipulação segura
Bioindicadores Utilizados

 Coliformes totais
 Coliformes Termotolerantes (fecais)
 Coliforme específico: Escherichia coli
 Estreptococcus fecais (Enterococcus)
 Pseudomonas aeruginosa
 ovos de helmintos
“Coliformes”

 Bacilos Gram-negativos não esporulados


 Aeróbios ou Anaeróbios facultativos
 Fermentam a lactose com produção de gás
(48 h a 35oC ou 44,5 oC)
 Desenvolvem colônias vermelhas com brilho
verde metálico (24 h a 35oC) em meio Endo
contendo Lactose
 Apresentam atividade de B-galactosidase
(enzima que desdobra a lactose ou
substratos análogos tais como o ONPG
desenvolvendo cor amarelada no meio)
Grupo Coliforme
 Indicador referenciado na legislação

Além da E. coli inclui os gêneros:

 Klebsiella Coliformes
 Enterobacter “Ambientais”
 Citrobacter
Coliformes Termotolerantes
 XI - coliformes termotolerantes: bactérias gram-
negativas, em forma de bacilos, oxidase-
negativas, caracterizadas pela atividade da
enzima -galactosidase.
 Podem crescer em meios contendo agentes
tenso-ativos e fermentar a lactose nas
temperaturas de 44º - 45ºC, com produção de
ácido, gás e aldeído.
 Além de estarem presentes em fezes humanas e
de animais homeotérmicos, ocorrem em solos,
plantas ou outras matrizes ambientais que não
tenham sido contaminados por material fecal;
O GRUPO COLIFORME

Bactérias Entéricas: (Gram + ou -) Ex:


Staphylococcus aureus, Bacteroides fragilis, e
Enterococcus faecalis

Enterobacteriaceae : (Gram -). Gêneros:


E.coli, Shigella, Salmonella, Enterobacter,
Klebsiella, Serratia, Proteus

Grupo Coliforme: coliformes totais


e fecais (termotolerantes)
Termotolerantes: E. coli,
Klebsiella,
Enterobacter e Citrobacter.

E.coli
Resumo: Enterobactérias e Coliformes

Enterobactérias

Coliformes Totais ou
“Ambientais”

Coliformes fecais

Escherichia coli
Enterococcus

Bioindicador referenciado na legislação


CONAMA 274/2000

Características:
• Cocos Gram (+) grupo Estreptococos fecais
•Intestino de Animais homeotermicos ---> poluição fecal
Controle microbiológico - Análises
Métodos:

 Semeadura em profundidade
 Semeadura por espalhamento
 Filtração em membranas
 Quantitativo: contagem em placa de Petri
 Qualitativo: identificação em meios
seletivos
 Semi – quantitativo (NMP)
 Métodos microbiológicos rápidos (RMM)
Controle microbiológico - Análises

Pour-plate Espalhamento Diluição Seriada


Controle microbiológico -
Meios de Cultura
 Bactérias heterotróficas e fungos
 Ágar Caseína de Soja (Merk)
 Ágar Dextrose Batata/cloranfenicol (Difco)

 Bactérias contaminantes
 Staphylococcus aureus – Ágar Baird Parker, Ágar
Vogel Johnson, Ágar Manitol Salgado (Difco)

 Pseudomonas aeruginosa – Ágar Cetrimide, Ágar


Detecção de Piocianina, e Fluoresceína (Difco)
Provas para
Identificação de Staphylococcus

Prova da hemólise Prova da Catalase (BHA)


Agar Sangue

Agar manitol Meio DNase


Prova da coagulase
Provas para
Identificação de Streptococcus

Catalase negativa Sensibilidade a Bacitracina Streptococcus β hemolítico

BHA + H2O2
Agar sangue

Bile
esculina Nacl 6,5%

ar Sangue
Controle microbiológico –
Meios de Cultura
 Bactérias contaminantes

 Salmonella spp. – Ágar Xilose Lisina Desoxicolato,


Ágar Verde Brilhante, Ágar Salmonella/Shigella
(caldo selenito/cistina), Caldo Rappaport-Vassiliadis

 Escherichia coli – Ágar Eosina Azul de Metileno –


Levine, Ágar Verde Brilhante

 Outras enterobactérias

 Gram negativas não fermentadoras

 Bacillus cereus
Meios : seletivos e diferenciais (Mc, EMB e SS)
Meio enriquecido (AS)

Agar MacConkey

Agar MacConkey
Agar SS
Escherichia coli Klebsiella pneumoniae
Agar Sangue

Salmonella

Agar EMB
RCFOliveira
Isolamento de Shigella e Salmonella

Agar SS

Salmonella
Shigella

RCFOliveira
Controle de Qualidade
Microbiologica da Água

 Metodologias

 Tubos Multiplos (NMP)


 Membrana Filtrante (MF)
 Substrato Cromogênico(SC)
Método de colheita da água para
análise
 Flamejar ou sanitizar o ponto de colheita;

 Purgar o sistema 1 a 5 minutos, consoante o caudal do


ponto de colheita;

 Para a análise microbiológica, colher uma quantidade de


água em função dos testes que se pretendem efectuar, para
frasco ou saco de plástico esterilizados, por um processo
conhecido e documentado;

 Para a análise físico-química, colher uma quantidade de


água em função dos testes que se pretendem efectuar;
Método de colheita da água para
análise

 Rotular o frasco indicando:

 Data de colheita
 Ponto da colheita
 Rúbrica do técnico
Transporte das amostras

 Quando a análise microbiológica da água não for


efectuada imediatamente após a colheita de água,
deve ser observado o seguinte:

 O transporte das amostras deve ser efectuado em


mala térmica, com condensadores térmicos;
 As amostras devem ser guardados no frigorífico, entre
+2 e +8 º C;
 A análise deve ser efectuada nas 48 horas seguintes à
colheita.
Cuidados na coleta

 Colher a amostra em recipiente


esterilizado
 Até 4/5 da capacidade do frasco
 Água com cloro: 0,1 ml de tiossulfato
a 10%
 Água bruta que contenha metais
pesados: 0,3 ml EDTA a 15%
METODOLOGIAS MAIS UTILIZADAS PARA REALIZAÇÃO
DOS TESTES MICROBIOLÓGICOS

 Tubos Múltiplos

 Membrana Filtrante

 Substrato Cromogênico
Tubos Múltiplos (NMP)
(Procedimento p/ 3 ou 5 Tubos)

Inocular tubos com Caldo Lauril Triptose

24±2 hrs @35 ± 0.5º C


Presuntivo

Gás/ácido=Positivo Sem gás / ácido=Negativo

Incubar mais 24 hr (48±3 hr total)


Transfere p/ Caldo Verde Brilhante
Incubar 48 ±hrs/35 º C
Confirmativo
Gás/ Sem gás=Negativo
ácido
Gás=Positivo Sem gás=Negativo

Continua com ensaio completo


Tubos Múltiplos - NMP

Fermentação
Caldo Lauril Triptose

Diagnóstico:
Coliforme
positivo para
Formação de 2 tubos
Gás
NMP: teste confirmativo

Confirmação: Fermentação com


Caldo Verde Brilhante Lactose

- + +

Gás
Metodologia da Membrana
Filtrante (MF)
Saúde Pública

 MILWAUKEE, primavera de 1994:


mais de 4.000 pessoas contaminadas pelo
Cryptosporidium.

 Processos de Filtração convencional


devem ser substituídos ----> Membranas

JOHNSON, W.T. The future of filtration technology. Water World


and Water & Wastewater International. p. 142 - 146, 2000
Tipos de Tecnologia de
Membranas

Microfiltração ( MF )
Ultrafiltração ( UF )
Nanofiltração ( NF )
Osmose Reversa (OR )
Tipos de Tecnologia de Membranas -
Microfiltração

Retido: Bactérias, Sólidos Suspensos

Filtrado: Água e Sólidos Dissolvidos

Aplicação: Esterilização, Clarificação de


Bebidas

FONTE: Aguaonline, ed n 20, 16/08 a 22/08/2000


Tipos de Tecnologia de Membranas -
Ultrafiltração

Retido: Micromoléculas, Colóides

Filtrado: Água, Sais de Baixo Peso

Aplicação: Recuperação de Óleos e


Pigmentos

FONTE: Aguaonline, ed n 20, 16/08 a 22/08/2000


Tipos de Tecnologia de Membranas -
Nanofiltração

Retido: Moléculas

Filtrado: Água, Sais

Aplicação: Purificação de Enzimas,


Tratamento de Água

FONTE: Aguaonline, ed n 20, 16/08 a 22/08/2000


Tipos de Tecnologia de Membranas -
Osmose Reversa

Retido: Íons e Moléculas

Filtrado: Água

Aplicação: Desalinização,
Desmineralização,
Concentração de Sucos

FONTE: Aguaonline, ed n 20, 16/08 a 22/08/2000


Características Típicas das
Diferentes Membranas

MF UF NF OR
Pressão Operacional (kg/cm3) 1-4 2-7 10-40 15-100

Tamanho de Poro (µm) 0,1 - 1,5 0,01 - 0,05 0,001 - 0,01 <0,0002

Peso molecular de corte >300.000 300-100.000 200-20.000 <500

Tamanho de corte (µm) 0,1 - 20 0,005 - 0,1 0,001-0,01 <0,001

FONTE: SKELTON, R. Membrane filtration application


in the food industry. Filtration + Separation, v.37,
n.3. p.28-30, 2000.
Suportes de filtração de polissulfona, vidro e aço de
47 mm manifold de PVC e bomba vácuo
Como funciona a membrana
filtrante
Caldo m- Endo / Coliformes Totais

Típicas (Brilho metálico) Atípicas


Meio m-FC para detecção de
Coliformes fecais
Metodologia com Substrato Cromogênico / Fluorogênico

 Baseia-se na utilização de substratos análogos à


lactose (glicopiranosídeos) processados somente
por Escherichia coli.

 Exemplos: ONPG: Orto Nitrofenil galactopiranosídeo


e MUG: Metil-Umbeliferone Galactopiranosídeo

 Ferramenta poderosa para indentificação de


Escherichia coli (teste confirmativo)
Detecção
Detecção de
de Coliformes
Coliformes em
em Amostras
Amostras De
De Águas
Águas

Detecção de E. coli
em Agar Nutriente com MUG
Teste P/A

Adição do meio com Incubação por 24 h. Resultados


substrato à amostra Incolor: Negativo;
Amarelo Coliforme total +;
Azul Coliforme E. coli +
Teste Quantitativo
5
4 Mesmas placas
amarelas submetidas a
luz ultra-violeta (UV)
Resultado Azul  Ecoli
Se (-) e amarelo  C.
2 Total
Negativo amarelo e
positivo azul 
anomalo (impossível)
3

Tabelas de NMP
Resultados em
numeros/100 ml
6
METODOLOGIAS

Análises bacteriológicas segundo APHA (1995):


 CF meio A1,
 CT e E.coli Colilert®,
 Enterococos Enterolert®,
 Candida meio BIGGY.

Análise de Candida com MF Cartelas do teste Colilert


Métodos microbiológicos rápidos (RMM)

 Definição:
 Menos de 7 dias para esterilidade
 24h para contagem microbiana
 Tempo real – 1 a 3h
 Tecnologias de RMM:
 Qualitativo (detecção)
 Quantitativo (contagem)
 Identificação
Métodos microbiológicos rápidos (RMM)

 Qualitativo: Presença ou ausência


 ATP Bioluminescência (Micro Star, Pallchek)
 Impedância
 Detecção de CO2 (BacT / Alert)
 Headpace pressure (ESP Detection System,
TREK Diagnostic Systems)
 Quantitativo: Viabilidade
 Fluorescence flow cytometry (RBD 3000)
 Membrane laser scanning fluorescence cytometry
(Scan RDI)
Métodos microbiológicos rápidos (RMM)

 Identificação Microbiana

 Compostos celulares
 ác. Graxos (MIDI),
 padrão de utilização de carbono (Biolog, VITEK)

 Tecnologias baseadas em ácidos nucléicos


 Sondas de DNA
 Ribotipagem (riboprinting)
 Sequenciamento de 16S rRNA (Microseg)
Referências : Websites

 RDC 67 ANVISA –
http://www.anvisa.gov.br/inspecao/farmacias/rdc_67.pdf
 Decreto-Lei nº243/2001, de 5 de Setembro
 Farmacopeia Portuguesa VII
 FDA - http://www.fda.gov/
 Farmacopéia Européia - http://www.edqm.eu/site/Homepage-
628.html
 EMEA - http://www.emea.eu.int/
 MACEDO, J. A. B. ; Métodos Laboratoriais de Análise Físico-
Químicas e Microbiológicas, , 2a ed., CRQ- Belo Horizonte – MG.,
2003, 450p.
 Microbiology Network – http://www.microbiol.org
 Pharm Eur - http://www.pheur.org/
 PDA - http://www.pda.org
 USP - http://www.usp.org
Contato:
Profa. Dra. Maria Helena Santini Campos Tavares
FACIS – UNIMEP mtavares@unimep.br
Obrigada!
Métodos de Monitorização Ambiental
 Prevenindo a contaminação

 Tipos de contaminação: poeira, gases, vapores,


sprays, resíduos de equipamentos, insetos,
vestimentas, etc.
 Condições atmosféricas: temperatura, umidade,
luminosidade, movimento do ar, particulados, etc.
 Contaminação cruzada: contaminação de um produto
por outro (medidas preventivas próprias)
 Checagem periódica

(USFDA Stability Guideline, 1987)


Qualidade do Ar Interior
Portaria GM/MS 3.523

Padrões de Qualidade do Ar

Definição de parâmetros biológicos, químicos e


físicos do ar de interiores, a identificação das
fontes poluentes de natureza biológica, química e
física, métodos analíticos e recomendações para
controle.
Classificação das Fontes Poluentes

Primária Equipamento de Ar
Condicionado
Secundária Duto

Terciária Ambiente
BIOFILME

BANDEJA DE CONDENSADOS
Limpeza Dos
Dutos Por
Aspiração
Limpeza dos
Dutos por
Escovação
Fontes
Fontes Terciárias
Terciárias
Qualidade do Ar Interior
 Portaria GM/MS Nº 3.523, de 28 de agosto de 1998
 Resolução – RE/Anvisa nº 09, de 16 de janeiro de 2003 (atualização da
RE 176/00)
 Resolução Anvisa - Indicadores de Qualidade do Ar Interior em
Ambientes de Serviços de Saúde (em fase de publicação)
Contaminação do Ar
AMOSTRADOR DE ANDERSEN
AMOSTRADOR DE PARTÍCULAS
BIOLÓGICAS VIÁVEIS
MONTAGEM E OPERAÇÃO

3
2
1

4 6
5

7
Qualidade do Ar Interior
AMOSTRADOR DE ANDERSEN DE 6 ESTÁGIOS
Qualidade do Ar Interior
Resolução – RE nº 09

Apresentação de Normas Técnicas contendo


métodos de amostragem e análise de:
 Bioaerossol;
 Concentração de CO2;
 Temperatura, umidade relativa e velocidade do
ar;
 Concentração de aerodispersóides.
Referencias : Websites

 FDA - http://www.fda.gov/
 EMEA - http://www.emea.eu.int/
 USP - http://www.usp.org
 Pharm Eur - http://www.pheur.org/
 PDA - http://www.pda.org
 Microbiology Network – http://www.microbiol.org

Contato:
Profa. Dra. Maria Helena Santini Campos Tavares
FACIS – UNIMEP
mtavares@unimep.br
Obrigada!

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