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O VÍRUS: ESTRUTURA E REPRODUÇÃO


Principais características:
Os vírus são parasitas responsáveis pelas doenças causadas no homem,
porém, eles não parasitam apenas as células humanas. Os organismos que se
reproduzem no interior de células, podem infectar qualquer ser vivo, desde uma
bactéria até uma planta.

Os vírus são muito pequenos e não podem ser visualizados nem mesmo no
microscópio óptico. Também não possuem célula, logo, não são considerados
seres vivos por muitos pesquisadores. Dizemos que eles são parasitas
intracelulares obrigatórios porque só conseguem sobreviver e
se reproduzir no interior de uma célula. Eles não possuem ribossomos ou
outras estruturas capazes de produzir suas próprias proteínas, dessa forma,
não realizam nenhuma atividade metabólica fora de células, utilizando o próprio
metabolismo das células.

Estrutura
São formados por cápsulas proteicas, chamadas de capsídio, que envolvem o
ácido nucleico, que, por sua vez, pode ser DNA, RNA ou, em casos
raros, AMBOS.

Alguns vírus chamados de envelopados, apresentam ainda uma proteção


lipídica externa, o envelope viral. Esse envelope é derivado de membranas da
célula hospedeira (semelhante à membrana plasmática da célula).

No capsídio e no envelope dos vírus envelopados, há proteínas ligantes, que


se ligam aos receptores encontrados na membrana da célula que será
infectada. Cada vírus é capaz de infectar um tipo de célula, logo, podemos
dizer que os vírus possuem especificidade.

imagem disponível em: https://brainly.com.br/tarefa/19136223


Abaixo, a estrutura de um vírus bacteriófago, padrão para o estudo da estrutura
dos vírus.

imagem disponível em: https://www.todamateria.com.br/bacteriofagos/

Reprodução
Ilustração da reprodução do bacteriófago

imagem disponível em: https://geneticavirtual.webnode.com.br


Os vírus multiplicam-se no interior das células infectadas graças à inserção do
seu material genético, que passa a comandar o metabolismo da célula
hospedeira. Cada vírus possui um mecanismo diferente de multiplicação.

Após se multiplicarem, os vírus podem romper as células infectadas para a


liberação de novas estruturas, formando assim, um ciclo lítico. Outras vezes,
o material genético viral pode manter-se ligado ao da célula hospedeira, e a
transmissão desse material para novas células ocorre á medida que ela se
divide, caracterizando um ciclo lisogênico.

Os vírus podem ser encontrados em praticamente todos os locais e


infectar qualquer tipo de célula. As doenças causadas por eles são
chamadas de viroses e são tratadas com poucas drogas, sendo
recomendado normalmente repouso e boa alimentação. É importante
lembrar que antibióticos NÃO são eficazes no tratamento de doenças
virais. Como exemplo de doenças causadas por vírus, podemos citar:
AIDS, caxumba, dengue, ebola, febre amarela, gripe, hepatites, herpes,
HPV, meningite, raiva, rubéola, sarampo e varicela.

Fontes:
 https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/
biovirus.php
 https://www.biologianet.com/biodiversidade/virus.htm

O Reino Monera é o reino das bactérias e das cianobactérias. É


um reino bastante heterogêneo possuindo tanto seres
heterotróficos quanto autotróficos. Em comuns, todos esses
seres são procariontes, ou seja, eles não possuem um núcleo
individualizado e seu material genético fica misturado com
outros materiais no citoplasma.
Características gerais do reino monera

As bactérias participam de diferentes processos no ambiente e


relacionam-se com outros seres vivos. Não importa onde você
está. as bactérias sempre estarão por perto, no ambiente e no
seu próprio corpo. É muito provável que os primeiros seres
vivos do planeta tenham sido muito parecidos com as bactérias
atuais.

As bactérias são encontradas nos desertos, em ambientes


gelados, nos oceanos, nas florestas, nos pântanos, nos solos,
próximas a vulcões, em cavernas e mesmo sobre ou dentro de
outros seres vivos. Neste exato momento, há um número maior
de bactérias vivendo em seu corpo do que de células que o
constituem. No corpo humano, as bactérias vivem em diversos
lugares, como intestino, estômago, boca, nariz, garganta,
sistema respiratório, sistema genital, sistema urinário, entre
outros. A maioria delas convive com os seres humanos sem lhes
causar mal algum; aliás, até ajudam na proteção contra outras
bactérias e fungos que são prejudiciais à saúde, além de
fazerem parte dos processos de produção de certas vitaminas.

Devido à sua constituição, as bactérias são consideradas os


seres vivos mais simples que existem.

Elas são unicelulares e procariontes, ou seja, são formadas por


uma célula e o material genético encontra-se disperso no
citoplasma.

A estrutura básica de uma bactéria apresenta membrana


plasmática e parede celular, que delimitam a célula. No
interior da célula, há o citoplasma, o material genético e
os ribossomos, que são as organelas relacionadas à produção
de proteínas.
Em algumas bactérias, existem também outras estruturas, como
a cápsula bacteriana, uma capa protetora que fica ao redor da
parede celular; e os flagelos e os cílios, relacionados com a
locomoção.
As bactérias apresentam-se sob algumas formas básicas: os
cocos, que são arredondados; os bacilos, que são cilíndricos; os
vibriões, que têm forma de vírgula; os espirilos, com forma
espiral e as espiroquetas, com forma em hélice (helicoidal).
Algumas bactérias, como os cocos, podem se agrupar e formar
colônias, como os diplococos (duas bactérias unidas); os
estreptococos (parecidos com colares de conta); e os
estafilococos (que parecem cachos de uva).
Reprodução no Reino Monera

Em condições adequadas, as bactérias podem se reproduzir


muito rapidamente, formando colônias com milhares de
indivíduos, que podem ser vistas sem o auxílio de instrumentos.

A maneira mais comum de reprodução bacteriana é a forma


assexuada, por meio de um processo chamado divisão
binária. Nele cada bactéria se divide e origina dois indivíduos
que apresentam o mesmo material genético. Dependendo da
espécie, em condições apropriadas, esse processo pode ser
muito rápido, com a formação de duas bactérias em cerca de 20
minutos. A ilustração a seguir mostra esquematicamente esse
tipo de reprodução.
A conjugação é uma forma de as bactérias trocarem material
genético entre si, o que é muito importante para organismos
que se reproduzem preferencialmente de forma assexuada.
Uma estrutura, vista na fotografia a seguirem azul, possibilita a
passagem de parte do material genético de uma bactéria para
outra. Então ocorre uma combinação desses materiais
genéticos, modificando assim o patrimônio genético do
indivíduo, que pode gerar características diferentes de outras
bactérias.
Nutrição

Grande parte das bactérias é heterótrofa, isto é, alimenta-se de


substâncias produzidas por outros seres vivos. As bactérias
heterótrofas participam de diversos processos importantes na
Terra e relacionam-se de muitas maneiras diferentes com a
maior parte dos seres vivos. Muitas são parasitas de animais e
de plantas, causando doenças. Outras vivem no solo e o
fertilizam por meio da decomposição da matéria orgânica. Há
também as que vivem dentro de organismos sem lhes causar
danos ou até mesmo auxiliando-os em certas funções.
Existe um pequeno grupo de bactérias que são autótrofas, isto
é, produzem seu próprio alimento. Algumas delas, como as
cianobactérias, fazem fotossíntese. Para que uma cianobactéria
sobreviva e se reproduza, é necessário luz solar, gás nitrogênio
(M2) e alguns tipos de sais minerais, além, é claro, do gás
carbônico (C02) e da água, que são matéria-prima para que
ocorra a fotossíntese. Assim, as cianobactérias são consideradas
um dos tipos de seres vivos mais autossuficientes do planeta.

Essa capacidade de sobreviver com poucos recursos permite


que as cianobactérias sejam, geralmente, os primeiros seres
vivos a colonizar ambientes desabitados, como a superfície de
rochas, por exemplo. Por causa dessa capacidade, as
cianobactérias são chamadas de organismos pioneiros.
Doenças causadas por bactérias

Nem todas as bactérias são patogênicas, mas há aquelas que


podem causar doenças.

Assim como acontece com as viroses, a porta de entrada das


bactérias no corpo humano pode ser a boca, as narinas, os
ferimentos na pele e as aberturas dos sistemas urinário (uretra)
e genital (vagina e pênis). Também existem bactérias que são
transmitidas por meio de vetores, infectando o ser humano.
Entre esses vetores estão pulgas e mosquitos.

Algumas das principais doenças bacterianas são tuberculose,


cólera, leptospirose, pneumonia e meningite bacteriana.

Para saber mais veja aqui no site uma outra aula sobre as
principais doenças associadas às Bactérias.
Cuidado com a diarreia

O principal sintoma da cólera é a forte diarreia. Porém,


infecções por outras espécies de bactérias provocam o mesmo
sintoma. Uma delas é a Escherichia coli, que existe normalmente
no intestino humano, fazendo parte da flora microbiana. A
presença dessa bactéria em água ou alimentos normalmente
indica contaminação por fezes humanas. A quantidade
de Escherichia coli em cada mililitro de água é conhecida como
índice de coliformes fecais da água. Outras bactérias que
causam diarreias severas são as dos gêneros Salmonella e
Shigella.
Alguns cuidados podem ajudar na prevenção das diarreias, tais
como: lavar muito bem as mãos após ir ao banheiro, conservar
os alimentos na geladeira e protegê-los do contato com
animais, beber apenas água potável, cozinhar bem os alimentos
e lavar bem aqueles que serão ingeridos crus.

As diarreias podem ser fatais, principalmente em crianças,


idosos e pessoas com baixa imunidade.

Os principais sintomas da doença são febre alta, calafrios, dores


musculares e dor de cabeça, que podem ser confundidos com
sintomas de gripe. Também são freqüentes dores abdominais,
náuseas, vômitos, olhos acentuadamente avermelhados e
diminuição da quantidade de urina.
A prevenção da leptospirose passa por medidas de saneamento
básico, de tratamento do lixo e de controle de pragas urbanas,
as quais são responsabilidade do estado, bem como por
medidas de higiene pessoal e cuidados na preparação de
alimentos, que também são responsabilidade de cada indivíduo.

Antibióticos e Soros

Apenas no final do século XIX é que as bactérias foram


associadas à ocorrência de certas doenças, como hanseníase,
gonorreia, tifo e peste bubônica. Estima-se que cerca da
metade das doenças humanas conhecidas sejam causadas
por bactérias patogênicas (do grego pathos = doença; genesis
= origem).
As doenças bacterianas podem ser prevenidas por meio de
hábitos de higiene e das vacinas. O tratamento dessas doenças
é feito com a utilização de antibióticos e de soros.
Os antibióticos impedem a reprodução das bactérias ou causam
a sua morte. Quase todos os antibióticos conhecidos
atualmente são produzidos por alguns tipos de fungos e
bactérias, como é o caso do antibiótico neomicina, produzido
por bactérias da espécie Streptomyces fradiae.
Para entender melhor como funcionam antibióticos e soros veja
uma aula sobre o sistema Imunitário.
Importância ecológica das bactérias

As bactérias participam de diversos processos importantes no


ambiente. Além disso, são utilizadas pelos seres humanos na
produção de alimentos, na medicina etc.
As bactérias e a decomposição

Algumas bactérias e certos fungos são responsáveis pelo


processo de decomposição da matéria orgânica, como fezes,
urina e restos de seres vivos. Ao fazer isso, esses organismos
devolvem ao solo os nutrientes. Esses nutrientes poderão ser
absorvidos pelas plantas que, junto com os demais seres
autótrofos, são a base das cadeias alimentares. Assim, percebe-
se a importância da decomposição e das bactérias na
reciclagem dos nutrientes.
As bactérias e a fertilização do solo

Cerca de 79% do ar é constituído por gás nitrogênio (N,),


elemento essencial para os seres vivos, pois é matéria-prima
para a produção de certas substâncias orgânicas, como as
proteínas. No entanto, os animais e as plantas não são capazes
de utilizá-lo diretamente da atmosfera.

Algumas bactérias, como as pertencentes ao


gênero Rhizobium, conseguem transformar o gás nitrogênio
presente na atmosfera em outros compostos nitrogenados. Ao
morrerem, essas bactérias devolvem ao solo esses compostos,
que podem ser absorvidos pelas plantas. Estas, por sua vez, ao
serem consumidas pelos demais seres vivos, transferem os
compostos que contêm nitrogênio para toda a cadeia
alimentar.
Plantas leguminosas, bactérias e agricultura

A capacidade que as bactérias


do gênero Rhizobium têm de fertilizar o solo é muito utilizada
pelos agricultores. Essas bactérias costumam viver nas células
das raízes de plantas leguminosas (como soja, feijão, amendoim
e ervilha). Nessas raízes, estimulam o desenvolvimento dos
tecidos para formar os nódulos, onde ficam alojadas. Essas
bactérias captam o gás nitrogênio da atmosfera e o convertem
em outros compostos nitrogenados, que são utilizados tanto
por elas quanto pelas plantas. Em troca, as plantas fornecem,
além de proteção, açúcares (alimento) e outros compostos
orgânicos para essas plantas angiospermas.
Os compostos nitrogenados acabam fertilizando o solo, o que
favorece também outras plantas que estão ao redor. Alguns
agricultores fazem a chamada rotação de culturas, alternando
a plantação de leguminosas com plantas não leguminosas em
anos diferentes. Dessa forma, conseguem um solo mais fértil.
Há ainda a plantação consorciada, em que leguminosas são
plantadas junto a outras culturas em fileiras alternadas, o que
também fertiliza o solo.
Relações Ecológicas

A partir deste capítulo, apresentaremos algumas relações


ecológicas que envolvem os seres vivos estudados. As relações
ecológicas são todas as interações que podem existir entre os
organismos de uma comunidade e entre eles e o ambiente.
Há relações que ocorrem entre indivíduos da mesma espécie,
chamadas de relações intraespecíficas. Existem também as
relações que ocorrem entre indivíduos de espécies diferentes,
denominadas relações interespecíficas.
Relações intraespecíficas – colônias

Quando indivíduos da mesma espécie vivem agrupados, de


modo a cooperarem entre si, dizemos que eles formam uma
colônia. Um exemplo são as colônias de
estafilococos (Staphylococcus aureus), que apresentam aspecto
de cachos de uva.
Relações interespecíficas – mutualismo

O tipo de relação entre seres vivos de espécies diferentes, em


que ambas são beneficiadas com a relação, é
chamado mutualismo. Um exemplo é o que ocorre com
algumas espécies de cianobactérias que vivem em associação
com plantas aquáticas do gênero Azolla. As cianobactérias são
capazes de formar compostos nitrogenados usando como
matéria-prima o gás nitrogênio da atmosfera fornecendo-os às
plantas. Em troca, a planta lhes fornece abrigo e compostos
orgânicos.
No Vietnã, para aumentar a produtividade das plantações de
arroz, cultiva-se também as plantas do gênero Azolla. Dessa
forma, os compostos nitrogenados produzidos pelas
cianobactérias, que vivem associadas a essas plantas fertilizam o
solo e melhoram a produção de arroz.
Biotecnologia

A Organização das Nações Unidas (ONU) define


biotecnologia como “qualquer aplicação tecnológica que
utilize sistemas biológicos, organismos vivos, ou seus derivados,
para fabricar ou modificar produtos ou processos para
utilização específica”.
As bactérias têm grande aplicação na biotecnologia. Elas são
usadas para fabricar alimentos como queijos, iogurtes e vinagre,
por exemplo. As bactérias transformam substâncias dos
alimentos, alterando-os e modificando seu sabor ou sua
consistência. As bactérias conhecidas como lactobacilos, por
exemplo, alimentam-se de açúcares presentes no leite e o
transformam em iogurte.

Várias espécies de bactérias são de interesse da ciência e da


medicina. A engenharia genética, por exemplo, tem permitido
alterar geneticamente certas bactérias, fazendo-as produzir
substâncias de interesse econômico. Usando técnicas
de biotecnologia, bactérias da espécie Escherichia coli podem
produzir insulina, substância essencial para o organismo
humano manter a quantidade de açúcar no sangue em níveis
adequados. Essa tecnologia, que existe desde a década de 1980,
permitiu a redução nos custos da produção comercial de
insulina,
Resumo da aula Reino Monera – as

bactérias e cianobactérias – características

 As principais estruturas e a variedade de formas das bactérias.


 Características das bactérias e das cianobactérias.
 As principais doenças causadas por bactérias, assim como as
formas de transmissão e os modos de prevenção e
tratamento,
 A diferença entre soro e vacina.
 Os papéis ecológicos das bactérias (decomposição e
fertilização do solo), seus possíveis usos peto ser humano {na
biotecnologia, por exemplo),
 O concerto de colônias e de mutualismo em bactérias.
fontes

https://www.youtube.com/watch?v=pDEJ4_FXj2U

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