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Os sintomas, quando presentes, costumam ser cólica, diarreia e fezes com sangue. Em casos graves,
pode haver problemas hepáticos.
-Tratamento e prevenção
Tanto a amebíase quanto a giardíase contam com o mesmo tipo de tratamento e prevenção. As
medidas profiláticas mais eficientes para se evitar a contaminação por esses protozoários são:
• condições adequadas de saneamento básico;
• higienização dos alimentos – a lavagem cautelosa dos alimentos e a fervura da água evitam
que os cistos se mantenham viáveis;
• higiene pessoal – principalmente lavar as mãos antes das refeições e após usar o banheiro.
Em alguns casos, é recomendável que o indivíduo acometido seja afastado de atividades que
envolvam a manipulação de alimentos.
Toxoplasmose
O agente etiológico dessa parasitose é o protozoário apicomplexo Toxoplasma gondii, que, além de
não apresentar estruturas especializadas de locomoção, é um parasita intracelular obrigatório.
Diferentemente dos protozoários causadores das protozooses apresentadas até agora, o T.
gondii conta com três estágios de vida: taquizoíta, bradizoíta e esporozoíta.
O ciclo de vida facultativamente heteróxeno do protozoário possibilita que os organismos infectados
funcionem como hospedeiros intermediários ou definitivos. Apenas os membros na família Felidae, à
qual pertencem, por exemplo, os gatos domésticos, servem como hospedeiros definitivos do T.
gondii, os quais são eliminados pelas fezes e contaminam o ambiente. Acredita-se que os felinos
sejam contaminados devido ao hábito carnívoro, pois ingerem os cistos do parasita nos tecidos das
presas e atuam como reservatórios da doença.
-Transmissão e sintomas
Veja no esquema a seguir como ocorre a contaminação e quais as etapas do desenvolvimento do
transmissor da toxoplasmose.
Determinados vírus envelopados, como o HIV, utilizam o envelope para a entrada na célula
hospedeira. Após a fixação do envelope na célula bacteriana, ocorre a fusão do envelope viral com a
membrana plasmática da bactéria, da qual passa a fazer parte, e apenas o nucleocapsídeo penetra
no citoplasma.
Outra estratégia dos vírus é a entrada na célula por endocitose, processo em que a célula hospedeira
engloba o vírus após sua fixação na superfície celular. Uma vez no interior da célula, o
nucleocapsídeo escapa do vacúolo e se espalha pelo citoplasma da célula.
Depois de invadir a célula, inicia-se o desnudamento do nucleocapsídeo, processo em que enzimas
presentes no lisossomo removem o capsídeo viral e expõem o ácido nucleico do vírus ao citoplasma.
Após o desnudamento, ocorre a multiplicação viral comandada pela célula hospedeira. Os vírus,
independentemente do tipo de ácido nucleico, apresentam genes apenas para moléculas de RNA
mensageiro. Dessa forma, os vírus precisam utilizar RNA ribossômico, RNA transportador,
nucleotídeos, aminoácidos e energia da célula hospedeira para que ocorra a produção de novas
cópias virais.
Após a produção de material genético (DNA ou RNA) e de proteínas virais pela célula hospedeira,
ocorre uma fase importante da reprodução dos vírus, que é a montagem ou maturação das novas
cópias virais. Nesse processo, as proteínas que formam o capsídeo, o material genético e as enzimas
virais, no caso de alguns vírus, agregam-se para formar o nucleocapsídeo. Somente após a formação
completa do nucleocapsídeo é que o vírion (partícula viral) pode ser eliminado da célula hospedeira.
A liberação de novos vírus pode ocorrer por lise celular, no caso do bacteriófago, ou por brotamento,
no caso do HIV. Para a liberação por lise celular ocorre inicialmente a síntese de enzimas virais pela
célula hospedeira, denominadas lisozimas, que perfuram a parede celular e permitem a entrada de
líquido na célula. Com a entrada de líquido, a célula bacteriana incha e finalmente explode, processo
conhecido como lise celular, liberando dezenas de cópias de novos vírus para o meio extracelular.
O processo de liberação por brotamento se inicia com o transporte intracelular do nucleocapsídeo
viral para a membrana plasmática da célula hospedeira. Quando o nucleocapsídeo se aproxima da
superfície da célula, a membrana plasmática realiza um processo de evaginação, que envolve o
nucleocapsídeo e forma um broto, que logo se desprende da célula. O crescimento do broto
representa o envolvimento do nucleocapsídeo viral pela membrana plasmática da célula, que
formará o envelope do vírus.
Ciclo lítico
O ciclo reprodutivo que culmina na morte da célula hospedeira é denominado ciclo lítico. Esse termo
se refere ao último estágio da reprodução, em que ocorre a lise celular (explosão da célula) com
liberação de novas cópias de bacteriófagos para o meio extracelular. Um bacteriófago que se
reproduz somente por ciclo lítico é denominado fago virulento. Poucos ciclos líticos desse fago são
capazes de destruir rapidamente uma população inteira de bactérias.
O bacteriófago T4 é um exemplo de fago virulento que apresenta um capsídeo proteico complexo,
formado por uma cabeça facetada, que envolve uma longa molécula de DNA de cadeia dupla, e uma
cauda cilíndrica, composta de uma bainha contrátil e de fibras.
Ao encontrar uma bactéria, o fago T4 se fixa na parede da célula por meio de ligantes, presentes nas
fibras da cauda, que se ligam aos receptores virais. Logo após a fixação, o bacteriófago perfura a
parede da bactéria, contrai a bainha e injeta apenas seu DNA dentro da célula bacteriana.
Uma vez dentro da célula hospedeira, o DNA viral atrai a enzima RNA polimerase da bactéria e inicia a
transcrição de genes virais, responsáveis pela produção de proteínas virais pela célula hospedeira.
As proteínas virais estimulam a multiplicação do DNA viral e a transcrição dos genes virais. As
enzimas virais destroem o DNA bacteriano e fornecem nucleotídeos, que serão utilizados para a
produção de novas cópias de DNA viral. Além disso, a transcrição e tradução dos genes virais são
responsáveis pela produção das proteínas que formam o capsídeo do bacteriófago.
Na fase final da infecção, ocorre a montagem do nucleocapsídeo dentro da célula bacteriana e
produção da enzima lisozima, que degrada a parede celular bacteriana e permite a entrada de líquido
na célula. Com a entrada de líquido, a célula bacteriana incha e finalmente explode, processo
conhecido como lise celular, liberando dezenas de cópias de novos vírus para o meio extracelular,
que podem infectar outras bactérias.
O processo total, desde a fixação do vírus na superfície da bactéria até a liberação de novos
bacteriófagos, ocorre em torno de meia hora. Essa sequência de eventos, entretanto, deve ser
cuidadosamente controlada, pois uma lise prematura poderia comprometer seriamente a formação
completa de novos bacteriófagos pela bactéria, o que inviabilizaria novas infecções.
Ciclo lisogênico
Outro ciclo reprodutivo do bacteriófago, que permite a reprodução do DNA viral sem destruir a célula
hospedeira, é denominado ciclo lisogênico. Os bacteriófagos capazes de utilizar esses dois tipos de
ciclo reprodutivo, lítico e lisogênico, são denominados fagos temperados, e as bactérias que
apresentam esses fagos em seus DNAs são denominadas bactérias lisogênicas.
A infecção de uma célula bacteriana por um bacteriófago temperado se inicia quando o vírus se liga à
superfície da célula bacteriana e injeta nela seu DNA linear. O que ocorre na sequência depende do
ciclo reprodutivo que será ativado. Se o ciclo lítico for ativado, os genes virais imediatamente
destroem o DNA bacteriano e tornam a célula hospedeira uma verdadeira fábrica de novos vírus, que
serão liberados da célula ao final do processo por lise celular.
Se o ciclo lisogênico for ativado, proteínas virais inserem o DNA viral no DNA bacteriano. Quando o
DNA viral fica integrado ao DNA bacteriano, o vírus é conhecido como provírus ou profago, que ficará
silenciado dentro da célula bacteriana. A cada ciclo reprodutivo da bactéria, uma cópia do profago é
transferida para cada bactériafilha. Uma única bactéria infectada origina rapidamente uma linhagem
completa de bactérias portadoras de profagos, o que permite que o vírus se perpetue sem matar as
bactérias.
O termo lisogênico significa que eventualmente o profago pode despertar e estimular na célula o
ciclo lítico. Alguns sinais ambientais, como determinados agentes químicos, radiação de alta
energia, que danifica o DNA, ou estresse na célula hospedeira são responsáveis pela alteração do
ciclo lisogênico para o lítico.