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Distúrbios Hemodinâmicos

A saúde das células e dos tecidos depende da circulação do sangue, que libera oxigênio e nutrientes, removendo os
resíduos gerados pelo metabolismo celular. Em condições normais, quando o sangue passa através dos leitos
capilares, proteínas plasmáticas são retidas na vasculatura e há um movimento líquido de água e eletrólitos dentro
dos tecidos.

Esse equilíbrio quase sempre é perturbado por condições patológicas que alteram a função endotelial, aumentam a
pressão vascular ou diminuem o conteúdo de proteína no plasma, e tudo isso promove edema — o acúmulo de
fluido resultante de um movimento líquido de água para fora dentro dos espaços extravasculares. Dependendo de
sua gravidade e localização, o edema pode ter efeitos mínimos ou profundos. Nas extremidades inferiores, ele pode
fazer apenas o indivíduo sentir os sapatos apertados após um longo dia sedentário; nos pulmões, contudo, o fluido
do edema pode encher os alvéolos, causando hipóxia potencialmente fatal.

Nossos vasos sanguíneos são submetidos, com frequência, a traumas de graus variáveis. Hemostasia é o processo de
coagulação sanguínea que impede o sangramento excessivo após um dano ao vaso sanguíneo. A hemostasia
inadequada pode resultar em hemorragia, capaz de comprometer a perfusão tecidual regional e, se for maciça e
rápida, pode levar a hipotensão, choque e óbito.

Por outro lado, a inadequada coagulação (trombose) ou a migração de coágulos (embolia) pode obstruir os vasos
sanguíneos, causando potencialmente a morte celular isquêmica (infarto). De fato, o tromboembolismo ocorre no
coração nas três principais causas de morbidade e óbito nos países desenvolvidos: infarto do miocárdio, embolia
pulmonar e acidente vascular cerebral.

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