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Produção e organização:
Tais Santana, Jackeline
Santos e Paloma
Candeias
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MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS
1. Microbiologia da Água
A água é parte fundamental na vida da sociedade, um recurso insubstituível. E sua
qualidade e quantidade ao acesso a essa água, de forma potável, vai interferir de forma direta
na saúde humana. De forma individualizada, é entendida a importância da água, quando
relatamos a composição corporal, onde em média 70% do corpo é formado por água, e o
cérebro 85%.
Apesar de uma grande disponibilidade de água no mundo, 97,5% são de origem
salgada, não permitindo o seu consumo, 2,493% doce, mas inacessíveis (geleira, aquíferos),
restam 0,007% de água para o nosso consumo. E se essa água não tem garantia de
segurança e potabilidade pode levar a contaminação da população. Essa segurança de
consumo vai depender do funcionamento correto do tratamento e distribuição dessa água.
Segundo a Portaria nº 2.914, de 2011, do Ministério da Saúde/Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA), a qualidade de água potável é de responsabilidade do Estado e da nação,
devendo o primeiro assegurar a gestão adequada dos recursos hídricos e o segundo, o uso
consciente do recurso.
Se esse processo de tratamento e distribuição não existe ou ocorre falhas, a
contaminação é iminente. Dados históricos apontam que muitas epidemias no Brasil e no
mundo tiveram origem hídrica. E atualmente, essa ingesta de água contaminada sem o devido
tratamento tem acrescido o número de internação hospitalar, sendo ela por agentes biológicos
(vírus, bactérias e parasitas), e por agentes poluentes químicos.
Santos et al (2013), traz uma revisão entre a qualidade da água e as doenças
infecciosas e parasitárias, visto que o água de consumo humano é o veículo de patologias
diarreicas de natureza infecciosa, o que leva a importância de avaliar a qualidade
microbiológica. Dentre esses agentes infecciosos, o autor destaca a febre tifoide, amebíase e
a cólera: são agentes patológicos que trazem agravo a saúde, principalmente das populações
pobres com pouca ou nenhuma infraestrutura sanitária. Assim, existe a necessidade de
medidas profiláticas para a proteção da saúde humana, como sistema de tratamento e
métodos que promovam a utilização da água potável, permitindo uma água livre de patógenos
e substâncias químicas. No quadro abaixo, verificamos os grupos patogênicos mais comuns
interligados a doenças de veiculação hídrica (Quadro 1)
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Quadro 1. Principais doenças de veiculação hídrica.
Esses micro-organismos podem invadir o organismo humano pela pele (contato com
água contaminada) ou pela ingestão da própria água contaminada através dos alimentos e
líquidos, durantes seu preparo ou ambiente de origem. Quando se trata da patogenicidade do
organismo, essa vai depender da imunidade do organismo hospedeiro, característica da
infecção e produção de toxinas. Contudo, o tratamento efetivo da água pode eliminar essa
contaminação. Yamaguchi et al (2013) relata em sua pesquisa que a infraestrutura básica de
esgotamento sanitário e a potabilidade da água diminuem em 20% a 80% a incidência de
doenças infecciosas, inibindo a sua geração e interrompendo a sua transmissão.
Os estudos ainda trazem a importância do processo de desinfecção pela cloração para
assegurar que a água esteja livre desses micro-organismos, sendo a cloração o método mais
simples, de custo baixo, muito confiável. No entanto, não é suficiente apenas o acesso a água,
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é necessário normas e padronizações para manter o mínimo de qualidade da água. Para isso,
o Brasil conta com portarias para vigilância da qualidade de água. Segundo a Portaria nº
2.914, de 12 de dezembro de 2011 do Ministério da saúde/Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA), que dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da
qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Para que essa água
seja considerada potável ela deve atender a alguns critérios como por exemplo: Padrão
microbiológico de potabilidade da água para consumo humano; Padrão de turbidez para água
pós-filtração ou pré-desinfecção; Padrão de potabilidade para substâncias químicas que
representam risco à saúde; Padrão de radioatividade para água potável; Tabela de padrão
organoléptico de potabilidade entre outros.
Quando se trata do padrão microbiológico para análise e monitoramento de qualidade de água
são empregados indicadores biológicos específicos, como as bactérias do grupo coliformes e
Escherichia coli (Quadro 2). De acordo com a Portaria nº 2.914/11, esses grupos de bactérias
vão permitir observar a qualidade da água.
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2. Microbiologia de produtos animais
Quando se trata de segurança alimentar, as análises microbiológicas são muito
importantes. Manter um alimento seguro, que não prejudique a saúde do consumidor é um
grande desafio. Os alimentos de origem animal apresentam maior chance de deterioração,
justamente por possuir alta atividade de água e diversos nutrientes. Conhecer os
microrganismos que fazem parte desse grupo de alimentos e as alterações que eles provocam
são fundamentais para manter a qualidade do produto de origem animal. Esses alimentos são
bem representados pelas carnes, ovos e leites e derivados.
2.1 Carne
Por ser um alimento rico em sua composição (alta atividade de água, minerais, substâncias
nitrogenadas) se torna excelente meio de cultura. A contaminação da carne e consequente
proliferação de micro-organismos vai depender do estresse e das condições de abate, o
ambiente e temperatura a qual a carne é exposta. Nas figuras 2 e 3 são apresentadas as
alterações mais frequentes nas carnes e quais as micro-organismos envolvidos.
Alterações da carne em condições de aerobiose
Alteração Característica Micro-organismo
Limosidade Essa alteração está interligada com Pseudomonas-Alcaligenes em alimentos com alta
superficial a temperatura de armazenamento atividade de água mantidos em refrigeração
e atividade de água Micrococos, leveduras e bolores – baixa atividade de
água
Alteração na cor A cor da carne pode adquirir tons Lactobacillus Viridescens, Leuconostocs,
do pigmento da de verde, marrom e cinzas devido à Enterococcus Faecium, Enterococcus Faecalis
carne produção por bactérias de: H²S, Produtoras de H²O²: Lactobacillus Fructivarans e
(hemepigmentos) compostos oxidantes (como Lactobacillus Jensenii
peróxidos ). Produtoras de H²S: Pseudomonas Mephitica,
Shewanella Putrifaciens, Lactobacillus sake
Rancificação Os micro-organismo lipolíticos Pseudomonas e outros Gran-negativos, Bacillus,
podem causar tanto a lipólise como leveduras e bolores.
acelerar a oxidação das gorduras.
(lembrando que a maioria das
rancificações não são de origem
microbiana
Fosforescência Defeito raro causada por bactérias Photobacterium
luminescentes ou fosforescentes
Alteração na cor Cada grupo de bactéria Serratia marcescens: pontos vermelhos
proporciona mudança de uma cor Ps. Syncynea: cor azul
Levedura produtoras pigmentos: branco, creme, rosa,
marrom
Bolores: Sporotrichum carnis: pontos brancos
Penicillium: pontos verdes
Odor e sabor São perceptíveis nas carnes antes Thamnidium, Mucor e Rhizopus
de quaisquer sinais de deterioração
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Alterações da carne em condições anaerobiose
Alteração Característica Microorganismo
Putrefação Decomposição anaeróbia de Clostridium e outras bactérias
proteínas com produção de aeróbicas facultativa
composto com aromas
desagradáveis:
Acidificação Acúmulo de ácidos orgânicos Bactérias anaeróbica ou
durante a degradação enzimática facultativas . exemplo: Clostridium
bacteriana butíricos e coliformes
2.2 Frango
O frango é um animal que fornece um tipo de alimento que já contém em seu conteúdo
intestinal micro-organismos (bactérias). Em sua pele, é possível encontrar diversos
organismos deteriorantes como por exemplo: Pseudomonas spp., Acinetobacter-Moraxella
spp., Enterobacter spp., Shewanella putrefaciens, Brochothrix thermosphacta e Lactobacillus,
além das bactérias patogênicas as quais podem causar infecções e toxiinfecções alimentares
como Listeria monocytogenes, Salmonella spp., Escherichia coli, Clostrídio Sulfito Redutor e
Estafilococos coagulase positivo
Em frangos eviscerados, mantidos a 10ºC ou abaixo, a deterioração ocorre
principalmente por Pseudomonas (causa pigmentação pioverdina e alteração de odor) e
leveduras. Acima dessa temperatura, é possível observar o crescimento de Alcaligenes spp.
(também causa alteração de odor) e Flavobacterium spp.
2.3 Pescado
Assim com a carne e o frango, o pescado tem atividade de água elevada e boa
composição química variada, além de possui um teor de gorduras insaturadas facilmente
oxidáveis e um pH favorável para o desenvolvimento microbiano.
Esse processo de degradação do pescado pode acontecer por três motivos: autólise,
oxidação e atividade microbiana ou a atuação dos três processos. O desenvolvimento
bacteriano auxilia na aceleração da alteração desse tipo de alimento durante seu
armazenamento e essa deterioração pelos microorganismos ocorre com maior facilidade nas
carnes de peixe, devido ao pH favoravel ao processo. A microbiota do pescado também é
influenciada pelo meio em que vive: uma temperatura q raramente ultrapassa 20ºC, condições
favoráveis para uma microbiota psicrotrófica.
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Entre os gêneros que fazem parte da microbiota natural do pescado podem ser citados
Pseudomonas, Moraxella, Shewanella, Flavobacterium, Vibrio e Micrococcus. Os mais
importantes para a deterioração desses alimentos são os gêneros Pseudomonas e
Shewanella, principais responsáveis pelas alterações organolépticas do pescado devido à
formação de trimetilamina, ésteres, substâncias voláteis e outros compostos com aroma
pronunciado. As especieis principais são: P. fluorescens, P. fragi e Shewanella putrefaciens.
São psicotróficas e utilizam de substâncias nitrogenadas não protéicas para seu
desenvolvimento.
2.4 Ovos
O ovo é um alimento que internamente é considerado estéril, apesar de sua casca
externa ser contaminada pelo conteúdo fecal das aves ou do ambiente em que é posto. Ele
possui várias barreiras de defesa, contra a contaminação: a casca e cutícula, sua composição
química e membrana interna. Porém, com o envelhecimento ou rompimento dessa defesa
física abre portas para acontecer o processo de contaminação, que promove deterioração
geralmente de origem bacteriana. Na figura 4, é possível observar as bactérias mais
relacionadas a deterioração do ovo.
Microorganismo Alterações
Pseudomonas fluorescens Provoca o aparecimento de pontos verdes na
clara. Pode apresentar fluorescência quando
observados com luz ultravioleta.
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2.5 Leite
O leite é um alimento rico em vitaminas, minerais, proteínas, carboidratos e lipídios,
além de alta atividade de água e pH próximo ao neutro, o que torna ele um excelente meio de
cultura. Ele é naturalmente contaminado com alguns micro-organismos no processo de
ordenha e essa contaminação continua nos equipamentos utilizados, manipulação, transporte,
processamento e armazenamento, torna necessário o tratamento do leite para prolongar seu
tempo de vida e promover condições saudáveis ao consumidor.
Em boas condições de ordenha, o leite vai apresentar uma flora normal que contém os
gêneros: Enterococcus. Streptococcus, Leuconostoc, Lactobacillus, Micrococcus, Proteus,
Pseudomonas, Bacillus e outros. Quando se trata de microorganismos não patogênicos, essa
flora é classificada em homofermentativa e heterofermentativa (figura 6).
Característica Micro-organismos
Homofermentativa produzem ácido lático como o Streptococcus cremoris
principal produto da fermentação da Streptococcus lactis
glucose Lactobacillus bulgaricus
Lactobacillus acidophillus
Heterofermentativa Além do ácido lático, formam outras Streptococcus diacetilactis
substancias como dióxido de carbono, Streptococcus thermophilus
ácido acético, etanol, a partir da Lactobacillus dextranicus
glucose Lactobacillus citrovarum
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Alteração Característica micro-organismo
Sabores e Geralmente decorre de multiplicação de micro-organismo Lactobacillus lactis var. maltigenes
odores que resistiram ao tratamento térmico. (aroma de caramelo ou queimado)
estranhos O sabor e odor ácido decorre devido a reação de Pseudomonas mucidolens (odor de
fermentação de açúcares, e odor amargo devido a batata)
protease e aroma de ranço devido a oxidação ou hidrolise Enterobacter (odor de estábulo)
das gorduras Aeromonas hydrophila (odor de
peixe)
Alteração de As alterações podem ser devidas a outras reações Pseudomonas syncyanea – azul e
cor química ocorridas anteriormente ao crescimento de amarela
micro-organismo produtores de pigmentos Flavobacterium – cor amarela
Serratia marcescens e
Micrococcus roseus, algumas
leveduras – cor vermelha
Rancidez As bactérias atuam sobre a gordura, hidrolisando e Pseudomonas, Alcaligenes,
oxidando. Bacillus, Proteus, Clostridium, além
de bolores e leveduras.
Alterações O material capsular das células bacterianas apresenta, Alcaligenes viscolatis,
na geralmente, apresenta aspecto mucilaginoso. Isso ocorre Enterobacter spp, Klebsiella
viscosidade em baixas temperaturas axytoca, lactobacillus spp.
Lactococcus lactis
Produção de Geralmente acompanhada pela acidificação do leite e Bacillus, Clostridium spp,
Gás derivados, com a produção de CO² e H² coliformes, bactérias propiônicas e
heteroláticas
Figura 6. Alterações encontradas no leite e micro-organismos deteriorantes associados (adaptado).
Fonte: Franco e Landgraf,1996.
Vamos conhecer um pouco da legislação que nos guia para o controle de qualidade
microbiológico dos alimentos?
Acesse o link: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/inspecao/produtos-
vegetal/legislacao-1/biblioteca-de-normas-vinhos-e-bebidas/resolucao-rdc-no-12-de-2-de-
janeiro-de-2001.pdf
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PARASITOLOGIA DE ALIMENTOS
1. Definição
Parasitas são organismos que vivem em associação com outros aos quais retiram os
meios para a sua sobrevivência, normalmente prejudicando o organismo hospedeiro, em um
processo conhecido por parasitismo. Portanto, Parasitologia é a ciência que estuda os
parasitas.
Atualmente, parasitismo é principalmente conceituado como a “relação entre dois
elementos de espécies (ou grupo e espécie, no caso dos vírus) diferentes onde um destes,
apresenta uma deficiência metabólica (parasita) que faz com que se associe por período
significativo a um hospedeiro (hospedador), visando suprir tal carência”. Todas as doenças
infecciosas e as infestações dos animais e das plantas são causadas por seres considerados,
em última análise, parasitas.
O efeito de um parasita no hospedeiro pode ser mínimo, sem lhe afetar as funções
vitais, como é o caso dos piolhos, até poder causar a sua morte, como é o caso de muitos
vírus e bactérias patogênicas. Neste caso extremo, o parasita normalmente morre com o seu
hospedeiro, mas em muitos casos, o parasita pode ter-se reproduzido e disseminado seus
descendentes, que podem ter infectado outros hospedeiros perpetuando assim a espécie.
Algumas espécies são parasitas apenas durante uma fase do seu ciclo de vida: o cuco, por
exemplo, é parasita de outra ave apenas na fase de ovo e juvenil, enquanto que os adultos
têm vida independente
CAMPOS DA PARASITOLOGIA
Fazem parte, todos os vírus, algumas espécies de: Bactérias, Fungos, Protozoários,
Platelmintos, Nematelmintos, Artrópodes e de Algas microscópicas. No entanto, por razões
convencionais são alocados somente algumas espécies de: Protozoários, Helmintos e
Artrópodes compreendendo também em algumas instituições de ensino o estudo dos Fungos
parasitas.
CLASSIFICAÇÃO
Os parasitas podem classificar-se segundo a parte do corpo do hospedeiro que atacam:
Ectoparasitas: Atacam a parte exterior do corpo do hospedeiro;
Endoparasitas: Vivem no interior do corpo do hospedeiro. Outra forma de classificar os
parasitas tem que ver com os hospedeiros em cuja associação podem viver:
Parasitas obrigatórios: Atacam apenas os indivíduos de uma única espécie e parasitas
facultativos podem atacar indivíduos de espécies diferentes, como é o caso das
sanguessugas.
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PRINCIPAIS TIPOS DE PARASITISMO
Acidental - Quando o parasita é encontrado em hospedeiro anormal ao esperado. Exemplo:
Adulto de Dipylidium caninum parasitando humanos.
Errático - Se o parasita se encontra fora de seu habitat normal. Exemplo: Adulto de Enterobius
vermicularis em cavidade vaginal.
Obrigatório - É o tipo básico de parasitismo, onde o parasita é incapaz de sobreviver sem
seu hospedeiro. Exemplo: A quase totalidade dos parasitas.
Proteliano - Expressa uma forma de parasitismo exclusiva de estágios larvares, sendo o
estágio adulto de vida livre. Exemplo: Larvas de moscas produtoras de miíases.
Facultativo - É o caso de algumas espécies que podem ter um ciclo em sua integra de vida
livre e opcionalmente podem ser encontrados em estado parasitário. Exemplo: Algumas
espécies de moscas que normalmente se desenvolvem em materiais orgânicos em
decomposição no solo (cadáveres ou esterco), podem sob determinadas condições, parasitar
tecidos em necrose, determinando o estado de miíases necrobiontófagas
CICLO VITAL (ONTOGÊNICO, BIOLÓGICO OU DE VIDA) DOS PARASITAS
É a sequência das fases que possibilitam o desenvolvimento e transmissão de
determinado parasita. Quanto ao número de hospedeiros necessários para que o mesmo
ocorra, podemos ter dois tipos básicos de ciclos:
Monoxeno: Onde é o bastante um hospedeiro para que o mesmo se complete. Ex. Ascaris
lumbricoides e Trichomonas vaginalis.
Heteroxeno: Onde são necessários mais de um hospedeiro para que o ciclo se complete,
existindo pelo menos uma forma do parasita, exclusivo de um tipo de hospedeiro. Quando
existem dois hospedeiros, é denominado ciclo dixeno (Ex: Gên. Taenia e Trypanosoma cruzi);
Quando são necessários mais de dois hospedeiros, temos um ciclo polixeno (Ex:. Gên.
Diphyllobothrium).
TIPOS DE HOSPEDEIRO
Definitivo: Quando o parasita se reproduz neste, de forma sexuada e/ou é encontrado em
estágio adulto.
Intermediário: Se o parasita no hospedeiro só se reproduz de forma assexuada ou se
encontra exclusivamente sob forma larvar (helmintos). Obs.: Se um protozoário não apresenta
em seu ciclo reprodução sexuada em nenhum dos hospedeiros, estes são conhecidos como
hospedeiro vertebrado e invertebrado respectivamente.
Reservatório: É representado pelo (s) hospedeiro (s) vertebrado (s) natural (is) na região em
questão.
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Vetor: O termo vetor é utilizado como sinônimo de transmissor, representado principalmente
por um artrópode ou molusco ou mesmo determinado veículo de transmissão, como água ou
alimentos, que possibilite a transmissão parasitária.
Vetor biológico: Quando ocorre no interior deste animal a multiplicação e/ou o
desenvolvimento de formas do parasita (se constituindo em hospedeiro)
Vetor mecânico: Situações em que o parasito não muda de forma e/ ou se multiplica neste
vetor
2. PARASITOS DE IMPORTÂNCIA PARA A INDUSTRIA DE ALIMENTOS
Algumas das doenças veiculadas por alimentos são consideradas zoonoses, ou seja,
ocorrem devido à interação entre os humanos e os animais, seus produtos e ambientes,
podendo ser de origem viral, bacteriana ou parasitária. Dentre os parasitos, os principais se
encontram em meio aos protozoários e helmintos. Agora, iremos conhecer cada um deles
2.1 PROTOZOÁRIOS
Os protozoários são seres microscópicos, que variam em tamanho: os menores
protozoários conhecidos, principalmente os simbiontes ou parasitas intracelulares, têm entre
1 e 10 μm de tamanho e são todos microscópicos. Todos os protozoários podem se reproduzir
assexuadamente e muitas espécies também se reproduzem sexuadamente. Existem vários
modos de reprodução assexuada ou sexuada* que variam conforme a espécie e em
complexidade.
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Os protozoários são importantes para a fertilidade dos solos e do plâncton por
excretarem amônia e fosfato, em altas taxas, como subprodutos de seu metabolismo; em
processos de tratamento de esgotos e efluentes industriais.
Vários grupos de protozoários estabeleceram estreitas associações simbióticas com
insetos e animais superiores, como cupins e herbívoros. Nos tratos alimentares desses
animais algumas espécies de protozoários produzem enzimas que degradam a celulose
proveniente da dieta, utilizando a glicose liberada como fonte de carbono. Ao morrerem, esses
organismos liberam aminoácidos, açúcares e outros nutrientes essenciais para a nutrição do
animal.
Cryptosporidium parvum
De acordo com Portal do Agronegócio (2020), infecções parasitárias como
criptosporidiose provocam uma diarreia que é uma das principais causas de morte em
bezerras e é também uma das causas mais importantes de perdas no desenvolvimento. Os
pecuaristas pouco conhecem essa doença e, por isso, ela se torna ainda mais perigosa.
Doença causada: Criptosporidiose
Morfologia: Nas células do hospedeiro = fase assexuada (merontes + merozoitos); fase
sexuada com a formação de oocistos. Os oocistos são resultado da fecundação de
microgameta e macrogameta, que formam uma dupla membrana e são lançados ao meio
ambiente.
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Vias de transmissão: Inalação de oocistos que podem ser encontrados no ambiente,
água (para consumo ou recreação; irrigação de alimentos, frutas e verduras. Indivíduos
imunocomprometidos; tratadores de animais (parasito geralmente presente em animais
jovens, como bezerros e cordeiros). Além disto, a oferta de diferentes itens alimentares, como
legumes, verduras, frutas, algas marinhas, fanerógamas e peixes para as diversas espécies
de mamíferos aquáticos cativos, podem constituir como fonte de infecção. Em diversas
pesquisas (AQUINO et al, 2019) vem sendo relatada a veiculação de oocistos de
Cryptosporidium através de tais alimentos, seja decorrente da contaminação em sua origem
ou após o processo de manipulação.
Sintomatologia: Cólicas abdominais e diarreia. As pessoas adquirem a infecção ao
consumir água ou alimentos contaminados ou ao ter contato com pessoas ou animais
infectados. As cólicas abdominais e diarreia aquosa podem começar de repente, às vezes
acompanhadas por enjoo, vômito, febre e fraqueza.
Profilaxia: Condições sanitárias adequadas e a lavagem criteriosa das mãos podem
ajudar a prevenir a propagação da infecção, assim como o tratamento adequado da água.
Ciclo de vida:
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Ciclo de vida:
Entamoeba histolytica
Doença causada: Amebíase
Morfologia: Conhecida popularmente como ameba, é a única espécie de ameba
patogênica para o ser humano. Trofozoíto: forma ameboide, devido a emissão de
pseudópodes, mede cerca de 20 a 40 micrômetros, citoplasma com único cariossomo central,
podendo conter hemácias nas formas invasivas. Pré-cisto: Fase intermediária entre trofozoíto
e o cisto com forma arredondada, núcleo semelhante ao do trofozoíto, podendo conter corpo
cromatóide no citoplasma. Cisto: Forma de resistência, arredondada, medindo 8 a 20
micrômetros de diâmetro.
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Figura 6. Trofozoito e cistos de E. histolytica. Fonte:
https://www.microbiologybook.org/Portuguese/para-port-chapter1.htm
Habitat: Localização primária: intestino grosso; secundária: períneo, fígado, pulmão,
cérebro, pele e outros locais
Vias de transmissão: Ingestão de cistos maduros presentes em água e alimentos
(sólidos ou líquidos)
Sintomatologia: A maioria das pessoas infectadas apresenta poucos ou nenhum
sintoma. No entanto, elas excretam os cistos nas fezes e, dessa forma, podem disseminar a
infecção. Os sintomas de amebíase normalmente se desenvolvem ao longo de uma a três
semanas e podem incluir diarreia, às vezes com sangue visível nas fezes, dor abdominal
acompanhada de cólicas, perda de peso e febre. Em casos graves, o abdômen fica dolorido
ao toque, podendo desenvolver diarreia grave com fezes que contêm muco e sangue
(disenteria). Algumas pessoas sofrem cólicas abdominais intensas acompanhadas de febre
alta e a diarreia pode levar à desidratação. Pode haver debilitação progressiva do organismo
(emaciação) e anemia em pessoas com infecção crônica. Às vezes, grandes protuberâncias
(amebomas) podem se formar no interior do intestino grosso (cólon)
Profilaxia: Condições sanitárias adequadas e a lavagem criteriosa das mãos podem
ajudar a prevenir a propagação da infecção, assim como o tratamento adequado da água
Ciclo de vida:
Habitat: No homem e nos animais, vive no sangue periférico e nas fibras musculares,
especialmente as cardíacas e digestivas. Os barbeiros (vetores do agente biológico) abrigam-
se em locais muito próximos à fonte de alimento e podem ser encontrados na mata,
escondidos em ninhos de pássaros, toca de animais, casca de tronco de árvore, montes de
lenha e embaixo de pedras. Nas casas escondem-se nas frestas, buracos das paredes, nas
camas, colchões e baús, além de serem encontrados em galinheiro, chiqueiro, paiol, curral e
depósitos.
Vias de transmissão: Contato com sangue contaminado; fezes do vetor (barbeiro)
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Sintomatologia: Febre, aparecimento de gânglios, crescimento do baço e do fígado,
alterações elétricas do coração e/ou inflamação das meninges nos casos graves. Na fase
aguda, os sintomas duram de três a oito semanas. Na crônica, os sintomas estão relacionados
a distúrbios no coração e/ou no esôfago e no intestino. Cerca de 70% dos portadores
permanece de duas a três décadas na chamada forma assintomática ou indeterminada da
doença
Profilaxia: Ainda não há vacina contra a doença de Chagas e sua incidência está
diretamente relacionada às condições habitacionais (casas de pau-a-pique, sapê, etc).
Cuidados com a conservação das casas, aplicação sistemática de inseticidas e utilização de
telas em portas e janelas são algumas das medidas preventivas que devem ser adotadas,
principalmente em ambientes rurais. A melhor forma de prevenção é o combate ao inseto
transmissor.
Ciclo de vida:
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HELMINTOS DE IMPORTÂNCIA PARA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS
Helmintos ou vermes são animais metazoários muitos dos quais parasitos que vivem
em várias partes do corpo humano. Podem-se classificar em três grandes grupos: nematódeos
(ou vermes cilíndricos); cestoides (ou vermes chatos); e trematódeos providos de ventosas.
Figura 11. Formas da Taenia solium. 1. Ovo; 2. Escólex com ventosas e acúleos; 3. Proglote
grávido; 4. Proglote maduro com ovário acessório. Fonte:
http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/206104.
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Sintomatologia: As tênias adultas, as quais vivem no intestino das pessoas, geralmente
não causam nenhum sintoma, mas podem causar desconforto abdominal, diarreia e perda de
peso. Vermes adultos podem produzir sintomas GI leves ou passagem de segmentos móveis
nas fezes. Na cisticercose, os sintomas geralmente estão ausentes, exceto se larvas
invadirem o sistema nervoso central, resultando em neurocisticercose, a qual pode causar
convulsões e vários outros sinais neurológicos. A infecção cerebral (neurocisticercose) pode
provocar sintomas graves, decorrentes do efeito de massa e da inflamação induzidos pela
degeneração dos cisticercos e liberação de antígenos.
Profilaxia: Pode-se prevenir a infecção intestinal por T. solium cozinhando cortes
inteiros de carne de porco a ≥ 63 °C aferidos com termômetro alimentar colocado na parte
mais espessa da carne, permitindo a seguir que a carne descanse por 3 minutos antes de
cortar ou consumir. Deve-se cozinhar a carne de porco moída a ≥ 71 °C. A carne de porco
moída não requer um período de descanso. A identificação e o tratamento dos portadores
de T. solium adultas são uma importante medida de prevenção da cisticercose. Lavar as mãos
com cuidado é importante, especialmente ao manusear alimentos. Ao viajar para as regiões
endêmicas com más condições de saneamento, as pessoas devem ter o cuidado de evitar
alimentos que possam estar contaminados por fezes humanas e evitar o consumo de carne
de porco crua ou inadequadamente cozida.
Ciclo de vida:
Figura 13. Formas da Taenia saginata. 1. Ovo; 2. Escólex com ventosas; 3. Proglote grávido; 4.
Proglote grávido; 5. Escólex com ventosas; 6. Verme adulto. Fonte:
http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/206104.
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Ciclo de vida:
Figura 15. Formas evolutivas de S. mansoni. Da esquerda para a direita e de cima para baixo. 1.
Ovo; 2. Miracídio; 3. Cercaria; 4. Ventosa Oral e ventral no macho; 5. Fêmea; 6. Macho; 7. Casal; 8.
Reação granulomatosa em torno do ovo. Fonte:http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/206104.
Habitat: Maturação sexual e local onde vivem os vermes adultos: sistema porta-
hepático e veias mesentéricas.
Via de Transmissão: Por meio da penetração ativa das larvas cercarias pela pele e
mucosa do hospedeiro definitivo. As cercarias podem ser encontradas na água doce e atingem
a densidade máxima por volta das 11horas.
Sintomatologia: Ascite, hepatomegalia, esplenomegalia, astenia, icterícia, urticária,
mal-estar geral, anorexia, febre profusa e diarreia com sangue ou constipação
Profilaxia: Combate ao caramujo transmissor; construção de fossas e redes de esgotos;
não entrar em contato com a água contaminada e trataras pessoas doentes
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Ciclo de vida:
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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ALIMENTOS
Padrões microbiológicos
Os padrões microbiológicos estabelecem os limites máximos toleráveis de contaminação de
um grupo ou espécie de microrganismo para cada tipo de alimento. Esses limites são
determinados por metodologias estipuladas, visando proteger a saúde pública e/ou o alimento
contra deterioração (aumentando seu tempo de prateleira). Os padrões têm caráter legal
podendo ser federal, estadual ou municipal.
Análises microbiológicas
As análises microbiológicas constituem em uma das etapas mais importantes do controle de
qualidade. Nela, os alimentos são submetidos a testes que visam detectar a presença de
microrganismos patogênicos ou decompositores, como bactérias e fungos.
O controle da qualidade através de análises microbiológicas em alimentos, de uma forma
geral, é uma ferramenta que auxilia desde a melhoria e manutenção da qualidade dos
alimentos, quer seja de segurança ou sensorial, e que podem explicitar a forma de como as
matérias-primas são armazenadas, bem como, os alimentos são processados, armazenados
e distribuídos.
Ao realizar análises microbiológicas em alimentos, o primeiro critério é sobre a qualidade
sanitária dos alimentos que consumimos.
As análises são necessárias para que possamos obter informações sobre as condições
higiênicas e sanitárias durante os processos de fabricação, armazenamento, distribuição,
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além da determinação do seu shelf life, bem como, levantar todos os perigos relacionados à
segurança dos alimentos e integridade dos consumidores.
Os resultados das análises microbiológicas são capazes de nos dar informações como, por
exemplo, se há contaminações nos alimentos, qual o microrganismo envolvido e a quantidade,
para que possamos ter subsídios para a eliminação e/ou controle dos mesmos, ainda mais se
foram patológicos, que causam doenças transmitidas por alimentos (DTAs).
Plano de amostragem
Os planos de amostragem são desenvolvidos com a finalidade de avaliar as condições
microbiológicas de lotes e permitir um julgamento sobre a sua aceitação ou rejeição. Planos
de amostragem foram inicialmente propostos pela Comissão Internacional de Especificações
Microbiológicas para Alimentos (ICMSF – International Commission on Microbiological
Specifications for Foods) em 1974, e vêm sendo revistos desde então.
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O Codex Alimentarius, órgão internacional formado pela FAO (Food and Agricultural
Organization) e pela OMS (Organização Mundial da Saúde), ambos da Organização das
Nações Unidas (ONU), é atualmente o fórum de discussão destes assuntos. A Organização
Mundial do Comércio, que normatiza a comercialização de alimentos entre diferentes países,
recomenda a adoção de padrões, orientações e normas desenvolvidos pelo Codex
Alimentarius.
Segundo a ICMSF, os diferentes planos de amostragem podem pertencer a quinze categorias
distintas, de acordo com o grau de risco que os microrganismos contaminantes nos alimentos
oferecem ao consumidor. Este grau de risco é determinado pelo tipo de microrganismo
presente, pela sua quantidade no alimento e pela probabilidade de seu número aumentar,
diminuir ou se manter estável no alimento até o momento de ser consumido.
Alguns microrganismos são importantes porque deterioram os produtos, outros são
indicadores da possível presença de microrganismos patogênicos, outros são patogênicos,
mas causam doenças brandas e de difusão restrita, outros são patogênicos mas causam
doenças brandas mas difusão extensa e outros são patogênicos e causam doenças graves.
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causadores das doenças de origem alimentar também mudam, permitindo a ocorrência de
patógenos emergentes, antes desconhecidos.
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