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Microbiologia do solo

INTRODUÇÃO
Microbiologia do Solo

 A Microbiologia do solo é o ramo da ciência que trata do estudo dos micro-organismos


que vivem neste ambiente, suas atividades e como eles afetam as propriedades do
solo, tanto em ambientes naturais ou agrícolas.
Microbiologia do Solo

 Os principais micro-organismos do solo são representados pelas bactérias,


fungos, arquéias, algas, protozoários e microfauna. Compõem este sistema
também os vírus, parasitas intracelulares obrigatórios, que desempenham
funções importantes no controle das populações no solo. Os micro-organismos
representam uma fração muito pequena da massa do solo e ocupam um
volume de menos de 1% de seu total.
Microbiologia do Solo

 Os microrganismos atuam na manutenção da


fertilidade do solo através da ciclagem de
nutrientes, influenciando sua disponibilidade,
melhorando a estrutura do solo, apoiando o
crescimento saudável das plantas e degradando
poluentes orgânicos.
• A microbiologia do solo
exerce um papel
fundamental no sucesso
das lavouras agrícolas.
Microbiologia do Solo

Benefícios da microbiologia do solo

 Degradação da matéria orgânica;


 Ciclagem e transporte de nutrientes;
 Fluxo de energia;
 Fixação biológica de nitrogênio;
 Controle de patógenos;
 Decomposição de xenobióticos
 O solo encontra-se estruturado de maneira heterogênea e descontínua, o que
possibilita a ocorrência de micro-hábitats que irão variar entre si em função
das suas características físicas e químicas e da disponibilidade de nutrientes,
sendo essa variação também em função do tempo e do espaço. Além disso, a
formação dos micro-hábitats encontra se associada com a formação de
agregados de solo (MOREIRA; SIQUEIRA, 2009; DUCHICELA et al., 2013).
 Os agregados são formados por diferentes proporções de areia, argila e silte,
que funcionam como um suporte físico para a aderência microbiana e
proporcionam condições diferenciadas de aeração e disponibilidade de
nutrientes que possibilitam a coexistência de milhares de microrganismos,
com diferenciadas habilidades metabólicas, nessas regiões (Figura 2.1)
(DUCHIELA et al., 2013).
Figura Esquema da estrutura, composição e organização
de um agregado de solo.
Fatores que regem a diversidade
microbiana dos solos
 A diversidade microbiana encontra-se diretamente relacionada com um
conjunto de fatores abióticos (atmosfera, temperatura, água, pH, potencial
redox, fontes nutricionais, entre outros) e bióticos (genética microbiana, a
interação entre os microrganismos, entre outros) que permitem o
desenvolvimento microbiano e a estruturação da comunidade viva dos solos
Ecologia

 Interações positivas

 Relações Simbióticas Mutualísticas: neste tipo de interação os organismos se


auxiliam numa relação mútua, sendo ambos beneficiados. Exemplos disso são
a interação de microrganismos como bactérias diazotróficas ou os Fungos
Micorrízicos Arbusculares (FMA) com as plantas, que resultam em ganho
mútuo; auxiliando os vegetais na aquisição de nutrientes, e beneficiando os
microrganismos, que recebem parte destes nutrientes das plantas num
ambiente oligotrófico como o solo.
Interações negativas

 Predação: Neste processo um organismo consome o outro, atacando e


digerindo a sua presa, sendo o exemplo mais claro o de protozoários que
consomem bactérias do solo.
Figura Modelo de recrutamento de microrganismos benéficos na rizosfera das
plantas. São mostradas algumas características que podem resultar em benefícios
para determinados microrganismos do solo, os quais serão selecionados.
Disponível em:
https://www.esalq.usp.br/biblioteca/sites/default/files/Microbiologia_solo.pdf
Atividade

 MAPA MENTAL MICROBIOLOGIA DO SOLO


REFERÊNCIA

 Microbiologia do solo e seu papel para uma agricultura de sucesso


 https://www.tmffertilizantes.com.br/microbiologia-do-solo-
importancia/#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20microbiologia%20do,%2C%20fung
os%2C%20protozo%C3%A1rios%20e%20v%C3%ADrus.

 https://sbmicrobiologia.org.br/areas/microbiologia-do-solo/

 https://www.esalq.usp.br/biblioteca/sites/default/files/Microbiologia_solo.p
df
Microbiologia da Água
Microbiologia da água

 Águas naturais
 Rios
 Estuários
 Oceanos
 Água potável
Análise microbiológica da água

 investigar a presença de microrganismos potencialmente patogênicos em


concentrações que comprometam o uso da água para os fins a que se destina:
 Consumo humano e animal
 Recreação
 Navegação
 Irrigação
 Paisagismo
Microrganismos patogênicos presentes
na água
 Bactérias
 Salmonella spp.
 Vibrio cholerae
 Shigella spp.
 Yersinia enterocolitica: gastroenterite aguda
 Escherichia coli: linhagens patogênicas: enterites
 Clostridium perfringens: enterite, gangrena gasosa
 Vibrio parahaemolyticus: gastroenterites
 Pseudomonas aeruginosa: infecções nos olhos, ouvidos
 Staphylococcus aureus: infecções cutâneas, garganta e intoxicações alimentares
Leptospira: hepatite, conjuntivite e insuficiência renal
Microrganismos patogênicos presentes
na água
 Fungos
 aquáticos: saprófitas, parasitas de peixes
 oriundos do solo: leveduras
Candida albicans: infecções da pele, mucosas
 fungos dermatófitos
Geotrichum
Microrganismos patogênicos presentes
na água
 Protozoários
ciliados
Giardia lamblia: esporos resistentes ao cloro
amebas
Entamoeba hystolytica (amebíase-doença intestinal)
Microrganismos patogênicos presentes
na água
 Vírus –
 Hepatites A e B
 Gastroenterite infecciosa não bacteriana
 Poliomielite
Exame colimétrico da água

 Avaliar as condições sanitárias da água, investigando a presença de bactérias


do grupo coliforme, que atuam como indicadores de contaminação fecal.
Contaminação fecal

 Podem estar presentes nas fezes:


 Bactérias patogênicas
 Pseudomonas
 Enterococcus
 Salmonella
 Shigella
 Vibrio
Contaminação fecal

 Coliformes totais
 Escherichia coli • Coliformes fecais
 Enterobacter • E. coli
 Klebsiella
• Coliformes termotolerantes
 Citrobacter
• E. coli e Enterococcus
Organismos indicadores

 Coliformes totais , fecais e termotolerantes são indicadores de contaminação


fecal.
 Características dos microrganismos indicadores: Ocorrência e
desaparecimento concomitante com patógenos;
 Densidade populacional diretamente relacionada com o grau de
contaminação;
 Maior sobrevida que os patógenos;
 Ausência em água potável;
 Fácil detecção e recuperação laboratorial;
 Não prejudicial às pessoas e animais;
 Manipulação segura.
Coliformes totais

 Bacilos gram-negativos;
 Aeróbios ou anaeróbios facultativos;
 Não formadores de esporos; Oxidase negativos; Capazes de se desenvolver na presença de sais biliares
ou agentes tensoativos; Fermentam a lactose com produção de ácido, gás e aldeído a 35,0 ± 0,5 ° C em
24-48 horas;
Coliformes fecais – E.coli

 Fermenta lactose e manitol, com produção de ácido e gás a 44,5 ± 0,2 °C em


24 horas; Produz indol a partir do triptofano; Oxidase negativa; Não hidrolisa
a uréia; Atividade de B-galactosidase e B-glucoronidase; Mais específico
indicador de contaminação fecal recente e de eventual presença de
organismos patogênicos.
Coliformes termotolerantes

 Subgrupo dos coliformes.


 Fermentam lactose a 44,5 ± 0,2 °C em 24 horas.
 E. coli é o principal representante
 Enterococcus – grupo dos estreptococos fecais

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