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Indicadores de Qualidade do Solo 29

Capítulo 2

O Papel da Ecologia Microbiana


e da Qualidade do Solo
na Sustentabilidade
dos Agroecossistemas

Gustavo Ribeiro Xavier


Jerri Edson Zilli
Flávia Venâncio Silva
Joana Falcão Salles
Norma Gouvêa Rumjanek

Indicadores microbiológicos

O desenvolvimento de uma agricultura sustentável exige a


seleção de indicadores capazes de atestar o estado geral da qualidade
do agroecossistema que possibilite uma avaliação das práticas de
manejo aplicados ao solo. A biota do solo, componente fundamental na
ciclagem de nutrientes, influencia vários níveis da cadeia trófica por
meio da sua atuação nos processos bioquímicos do solo, como a

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decomposição da matéria orgânica, estabelecendo um processo de


interdependência com a cobertura vegetal (NÜSSLEIN; TIEDJE, 1999).
Esses processos envolvem a participação de componentes da fauna e
microrganismos do solo, notadamente fungos e bactérias. Além dos
decompositores, também estão presentes no solo microrganismos de
reconhecida importância para o crescimento vegetal, tais como fungos
micorrízicos e bactérias fixadoras de nitrogênio, que afetam a absorção
e a disponibilidade de nutrientes e a estabilidade da matéria orgânica
no solo. Uma maior estabilidade do sistema tem sido associada a uma
alta diversidade da microbiota do solo, o que resulta em redundância de
grupos funcionais e é uma característica capaz de garantir resiliência
do agroecossistema a estresses ambientais e/ou antrópicos.
Um bom indicador ecológico deve ser capaz de detectar as
perturbações, refletir o funcionamento do ecossistema, apresentar
facilidade de monitoramento com viabilidade econômica, ter distribuição
universal e ainda mostrar especificidade individual aos padrões de tempo
e espaço no ambiente (HOLLOWAY; STORK, 1991). Por essas razões, a
microbiota do solo tem sido considerada um dos mais sensíveis e úteis
marcadores biológicos para classificar agroecossistemas sob distúrbios
antrópicos (TURCO; BLUME, 1999; KENNEDY, 1999; ROGERS; TATE III,
2001).
Vários fatores podem levar à alteração da comunidade microbiana
no solo, como o tipo de solo, o teor de matéria orgânica, a época do
ano, a espécie vegetal e a região da raiz, e o nível de impacto de cada
um desses fatores na microbiota do solo pode ser variável. Rogers &
Tate III (2001), analisando a população microbiana em uma floresta nativa
de pinheiros, mostraram que por meio da análise da população
bacteriana e atividade enzimática (desidrogenase) foi possível observar
diferenças na sazonalidade, enquanto a biomassa microbiana se
manteve semelhante. Esses autores observaram ainda diferenças no
padrão de diversidade metabólica da população oriunda do horizonte
O e A, demonstrando a importância da matéria orgânica no estabeleci-
mento de indicadores de qualidade do solo. No horizonte O, talvez
pela grande variabilidade de nutrientes/nichos proporcionada pela
matéria orgânica presente em diferentes estágios de decomposição,
encontra-se uma grande diversidade de microrganismos, o que torna

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difícil o estabelecimento de um perfil de comunidade capaz de


caracterizar um indicador de qualidade. Por sua vez, no horizonte A, a
microbiota é bastante dependente dos exsudatos radiculares, o que
promove uma interação direta com a composição florística.
Impactos antrópicos e/ou diferentes tipos de manejo que resultem
em diferentes níveis de estresse para as plantas refletem na composição
da microbiota do solo, que se torna um indicador sensível capaz de
alertar para perdas na qualidade de um ecossistema. A comparação
entre perfis de comunidades microbianas de áreas cultivadas e/ou
perturbadas com áreas nativas é uma estratégia que permite avaliar o
impacto ambiental e orientar medidas de remediação nas áreas
impactadas pela determinação de faixas de normalidade de propriedades
físicas, químicas e biológicas.
A caracterização da diversidade, é comumente mensurada por
meio de dados de abundância e de distribuição de espécies ou taxa
de microrganismos no solo, tem sido objeto constante da pesquisa.
Nos últimos anos, o Laboratório de Ecologia Molecular Microbiana
da Embrapa Agrobiologia concentrou esforços em microrganismos-
alvo objetivando compreender melhor o seu papel nos agroecossistemas
e flutuações na dinâmica populacional dependente de impactos
diversos.

Dinâmica de populações de rizóbio e pseudomonas

Bactérias do grupo rizóbio são capazes de promover a formação


de nódulos em raízes e caules de leguminosas. Essas bactérias apresentam
facilidade de isolamento e cultivo, uma vez que podem ser isoladas a
partir de nódulos de plantas-isca.
A população de rizóbio, originária do Nordeste brasileiro, é
capaz de nodular o caupi e apresenta uma proporção crescente de
isolados de crescimento rápido quando se avança do litoral, onde o
clima é mais ameno, com regime de chuvas regulares, para o semi-
árido, onde predominam condições adversas de temperatura elevada
e baixa umidade (MARTINS et al., 1997). Comparando-se estirpes de
rizóbio isoladas de nódulo de caupi de amostras de solo do Cerrado

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e do Semi-Árido, também foi observada, nesta última região, uma maior


incidência de estirpes de crescimento rápido (NDAW et al., 2000).
Tem sido observada em solos cultivados na região da Floresta
Amazônica (SILVA et al., 1999) e Mata Atlântica (ZILLI et al., 1999) uma
população numerosa de rizóbio capaz de nodular caupi, porém de baixa
diversidade. De modo geral, a diversidade desse grupo de bactérias
nessas áreas está diretamente correlacionada com a diversidade
florística, sendo menor em áreas de monocultivo. Além disso, ao se
acompanhar o desenvolvimento da sucessão vegetal, desde matas
secundárias até matas clímax locais, observa-se um aumento gradativo
da diversidade desse grupo de microrganismos à medida que avança a
sucessão vegetal.
Bactérias do grupo pseudomonas que apresenta ampla dispersão
no ambiente têm despertado também muito interesse, dada a capacidade
de produção de diversos hormônios, antibióticos, vitaminas e metabólitos
secundários, interferindo em outros componentes biológicos dos
sistemas. Por essas características, esses grupo têm sido reconhecidos
como rizobactérias promotoras de crescimento em plantas (RPCP).
Zago et al. (2000) identificaram, de acordo com características
fisiológicas e genotípicas baseadas na análise de RFLP/16S rDNA,
isolados de Pseudomonas spp. obtidos de solo, rizosfera, rizoplano e
interior de tecido radicular de alface e cenoura cultivadas no Sistema
Integrado de Produção Agropecuária – Sipa –, em Seropédica, RJ. Foram
observados 8 grupos de isolados, sendo a maioria classificada como
P. putida, e uma pequena fração, como P. fluorescens. Nesse estudo, foi
detectado que a comunidade das bactérias associadas à alface difere
em termos de composição daquela associada à cenoura. Foi observado
também que as populações de bactérias isoladas de rizoplano e dos
tecidos radiculares apresentavam composição diferente das isoladas
diretamente de amostras de solos. Fonseca et al. (2000) confirmaram
esses dados estudando diversas culturas do Sipa e determinaram, por
meio de análise de correspondência, que a composição da população
de pseudomonas é dependente do compartimento estudado: rizosfera,
rizoplano e interior de raiz. Já Ferreira et al. (2001) observaram

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predomínio de Pseudomonas fluorescens no rizoplano de trigo cultivado


em sistema de plantio direto ou convencional no Campo Experimental
da Embrapa Trigo, situado em Passo Fundo, RS, enquanto as amostras
de solos das entrelinhas foram isoladas com uma maior proporção de
P. putida. A rotação de culturas utilizada não teve efeito aparente sobre
a composição da população de pseudomonas.
Embora haja dificuldades inerentes à caracterização da complexa
comunidade de microrganismos do solo realizada a partir de isolamento
em meios de cultura, os dados obtidos indicam que a organização
estrutural e/ou funcional dessa comunidade está intimamente associada
à presença do genótipo vegetal. Por essa razão, alterações promovidas
nessa variante são capazes de alterar a estrutura da comunidade da
microbiota, que pode ser usada como um bioindicador.

Metodologia para estudos de comunidade


microbiana independentes de cultivo

Os estudos de diversidade e estrutura da comunidade microbiana


do solo são baseados na caraterização ou identificação dos indivíduos
em meio seletivo e medidas microbiológicas in situ, que resultam numa
série de dificuldades tais como complexidade da comunidade, influência
de fatores ambientais e heterogeneidade do solo. Um dos maiores
problemas está relacionado com a metodologia utilizada. As técnicas
clássicas baseadas no isolamento, cultivo e caracterização morfofisioló-
gicas dos microrganismos são conhecidas por sua seletividade, não
considerando a extensão da comunidade bacteriana. A proporção de
células cultiváveis que pode ser estimada representa, nas previsões mais
otimistas, menos de 10% da população total, sendo, portanto, pouco
informativa sobre a composição dessas comunidades (COWAN, 2000;
RANJARD et al., 2000).
Por essa razão, tem-se buscado métodos mais eficientes de
caracterização da diversidade e dinâmica de comunidades microbianas
em amostras ambientais. Técnicas baseadas em ácidos graxos (PLFA,
FAME, MIDI-FAME) e em ácidos nucléicos (Microarray, FISH,
rep-PCR, ARDRA, T-RFLP, RISA, DGGE, TGGE e SSCP) são as mais

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recentes e não dependem do cultivo dos microrganismos (RONDON


et al., 1999; KOZDRÓJ; VAN Elsas, 2001). A aplicação de técnicas
baseadas em ácidos graxos e moleculares tem permitido aos pesquisadores
mostrarem a redução da diversidade microbiana em solos contaminados
e alterações significativas na estrutura da comunidade microbiana,
destacando-se o desaparecimento de espécies do gênero Crenarchaeota
(SANDAA et al., 1999) e Acidobacterium e o favorecimento de outras,
como Viriovorax sp. (EL FANTRUSSI et al., 1999). Por intermédio desses
métodos tem sido possível identificar organismos que, por não serem
cultiváveis, nunca haviam sido detectados (BIANCIOTTO et al., 1996).

Extração de ácidos nucléicos de


amostras de comunidade microbiana

Métodos baseados na análise de ácidos nucléicos envolvem a


lise das células bacterianas da amostra ambiental para a extração dos
ácidos nucléicos. Existem dois métodos de extração: indireto e direto.
No método indireto, inicialmente, as células são extraídas por passos
repetitivos de suspensão e centrifugação e, então, são lisadas, liberando
o conteúdo celular. No método direto, o DNA é diretamente extraído
da matriz do solo após lise das células, seguido de separação dos restos
celulares e impurezas, por meio de etapas de purificação.
Em termos de vantagens, enquanto o primeiro processo rende DNA
com maior pureza, o segundo processo apresenta um maior rendimento
de DNA, que costuma estar associado a substâncias contaminantes,
tais como substâncias húmicas que são co-extraídas e podem vir a
interferir nas etapas posteriores. Nos últimos anos, muitos pesquisadores
vêm utilizando o método direto de extração de DNA do solo (INSAM,
2001). Várias etapas do processo de extração de DNA (direto ou indireto)
podem vir a influenciar não só a qualidade do DNA extraído, mas
também a representatividade desse DNA. Alguns organismos, como as
bactérias gram-positivas e fungos, apresentam estruturas celulares que
são difíceis de romper, e por isso, dependendo do método de lise
empregado no processo de extração de DNA, não é possível ter certeza
que toda a comunidade microbiana está sendo avaliada (FROSTEGÅRD
et al., 1999).

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Amplificação

A análise de DNA de comunidades é realizada por meio da


amplificação de seqüências-alvo com primers específicos, por meio de
Reação em Cadeia da Polimerase – PCR. Para análise da diversidade
bacteriana, tem sido utilizado com mais freqüência o gene que codifica
para a subunidade 16S do RNA ribossomal (16S DNAr), o espaço
intergênico entre o 16S e o 23S DNAr, e o gene rpoB.
A molécula do 16S DNAr tem sido tradicionalmente utilizada em
estudos de ecologia bacteriana, porque: a) está presente em todos os
organismos; b) é originária de um ancestral comum; c) por apresentar a
mesma função, é altamente conservada em algumas regiões e variável
em outras; d) contém grande número de informações nas seqüências
em virtude do tamanho da molécula; e) apresenta domínios indepen-
dentes, podendo ser discriminada de outras moléculas; f) apresenta
grande número de seqüências disponíveis em base de dados (appud
ROSADO et al., 1997).
Na reação de PCR, a seqüência-alvo de DNA é amplificada por
meio de três etapas distintas: desnaturação da fita dupla do DNA,
anelamento do primer à fita de DNA e extensão da cadeia pela
polimerização dos nucleotídeos com o auxílio de uma DNA polimerase
termoestável.

Clonagem

Os fragmentos amplificados podem ser ligados a um vetor de


clonagem pela ação da DNA ligase. Em seguida, é realizada a
caracterização de uma parcela dos clones via seqüenciamento ou
análise de restrição.

Separação eletroforética

Uma outra alternativa para a caracterização dos fragmentos


amplificados é por meio de análise em gel de eletroforese. A eletroforese

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consiste na migração de moléculas ionizadas, de acordo com suas cargas


elétricas e pesos moleculares em campo elétrico. O DNA apresenta
saldo de cargas negativo e quando exposto a um campo elétrico migra
no gel para o polo positivo. Fragmentos menores apresentam maior
mobilidade que os fragmentos maiores. A eletroforese em gel desnaturante
é especialmente útil para estudos de comunidade, uma vez que
possibilita a separação de moléculas de DNA com o mesmo tamanho,
mas com seqüência de nucleotídeos diferentes. Esses estudos têm sido
cada vez mais freqüentes, abrangendo diversos enfoques da diversidade
microbiana como: efeito de pesticidas (EL FANTROUSSI et al., 2000),
efeito de resíduos de petróleo (DUARTE et al., 2001); variação da
população microbiana em cultivos (GOMES et al., 2001) e avaliação
de alterações microbianas em solo sob cultivo de plantas geneticamente
modificadas (HEUER et al., 2002).
Dentre as técnicas de eletroforese com gel desnaturante, a técnica
de Denaturing Gradient Gel Eletrophoresis – DGGE – é a mais difundida.
DGGE foi originalmente desenvolvido para detectar mutações específicas
no genoma humano e posteriormente adaptado para análise da
comunidade microbiana (MUYZER et al., 1993), estudo de estrutura
genética de grupos funcionais (GRIFFITHS et al., 1999), distribuição
espacial de população de bactérias (FELSKE; AKKERMANS, 1998) e
estudo de impacto ambiental na comunidade microbiana do solo
(ENGELEN et al., 1998). Essa técnica é baseada primeiramente na
amplificação do DNA por meio de PCR, em que um dos primers
apresenta uma região rica em G+C (grampo) para impedir a total
desnaturação da dupla fita do DNA durante a eletroforese. Os fragmentos
obtidos por PCR, de mesmo tamanho, são separados de acordo com
a sua composição nucleotídica, por intermédio de eletroforese em
géis de poliacrilamida contendo gradiente desnaturante (uréia e
formamida). A seqüência de nucleotídeos determina o momento em
que o DNA, inicialmente em fita dupla, passará para uma estrutura de fita
simples, em que as duas fitas simples se mantêm ligadas pelo grampo.
Nessa condição, a velocidade de migração no gel é extremamente
reduzida.

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Análise da comunidade bacteriana


por meio de clonagem do 16S DNAr

Dados gerados a partir da clonagem do 16S DNAr têm possibili-


tado a caracterização da estrutura da microbiota presente em uma
determinada amostra e a identificação de espécies predominantes, que
podem ser utilizadas como indicadoras de qualidade do solo. Por
exemplo, baseado nessas técnicas, foi mostrado que os microrganismos
do gênero Nitrosomonas, ao contrário do que se pensava, não são o
grupo mais importante dentre as bactérias do solo que oxidam amônia,
tendo sido identificada uma bactéria dominante de outro táxon, que, no
entanto, não é cultivável nos meios de cultura tradicionais (LIESACK;
STACKEBRANDT, 1992; FELSKE et al., 1997).
Em outro estudo, foi mostrado que pelo menos 50% dos clones
seqüenciados eram bactérias do solo metabolicamente ativas,
pertencentes ao gênero Bacillus (FELSKE et al., 1998). Cerca de 20%
destes não eram, no entanto, cultiváveis e apresentaram alta similaridade
com B. benzovorans. A presença no solo de clones variados que agrupam
com a-proteobacteria é bastante comum e já foi relatada em vários
estudos de diferentes países.
Do mesmo modo, ao se estudar a diversidade microbiana na
Floresta Amazônica, foi observado que 80 dos 100 clones analisados
apresentaram seqüências desconhecidas, não sendo possível a
determinação das espécies (BORNEMAN; TRIPLETT., 1997). Estes
autores verificaram também alterações nas populações microbianas
quando compararam áreas de florestas transformadas em pastagens.
Na área de floresta, 18% dos clones seqüenciados eram do gênero
Clostridium, que somente foram encontrados nessa área, e bactérias do
gênero Bacillus mostraram-se quatro vezes mais abundantes que na
área de pasto.
Estudos com clonagem mostraram que a população microbiana
variou de acordo com o grau de conversão de floresta em pastagem
(NÜSSLEIN; TIEDJE, 1999). Nesse caso, a população microbiana da
área de pasto apresentou, além de maior conteúdo G+C que a população
da área de floresta, grupos diferentes de microrganismos raros e dominantes.

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Na área de floresta, predominaram bactérias do grupo Fibrobacter e


Syntrophomonas, enquanto no pasto predominaram Burkholderia,
Rhizobium e Agrobacterium, consideradas bactérias com maior
versatilidade metabólica.
Apesar de eficiente, o uso do método de clonagem para análise
da diversidade microbiana total deve ser considerado com cautela, pois
o número de clones avaliados deve ser representativo da população total.
A análise de diversos modelos de distribuição tem mostrado que, para
avaliar a diversidade total de uma determinada amostra, o número total
de clones a serem seqüenciados deve ser bastante elevado (DUNBAR
et al., 2002), o que representa uma desvantagem, por encarecer muito
a aplicação dessa técnica.

Análise da comunidade microbiana via DGGE/TGGE

Assim como a análise de clones, as técnicas de DGGE/TGGE


vêm sendo amplamente utilizadas, e, por meio da análise desses géis,
tem sido possível demonstrar o efeito de certas práticas sobre a comuni-
dade microbiana.
Estudos com DGGE e Biolog em solos expostos durante um período
de 10 anos aos herbicidas à base de fenil-uréia (Diuron, Linuron e
Clorotoluron) mostraram que tanto a estrutura quanto o potencial
metabólico da microbiota do solo foram afetados pela longa exposição
aos herbicidas (EL FANTROUSSI et al., 2000). Eles concluíram ainda,
após o seqüenciamento de bandas isoladas do DGGE, que o efeito negativo
da aplicação de linuron se deu mais profundamente sobre bactérias
não cultiváveis agrupadas em uma divisão chamada Acidobaterium.
Entretanto, em certas circunstâncias, esse herbicida favoreceu o
aparecimento de Variovorax sp., não encontrado nos solos-testemunha.
O efeito da adição de substâncias complexas ao solo foi demons-
trado também por Duarte et al. (2001), que, estudando a contaminação
por petróleo, observaram que o número de bandas do gel desnaturante
decai com o aumento do conteúdo de óleo no solo, apresentando
também uma mudança progressiva em relação ao tempo de exposição

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a esse composto. O seqüenciamento de três bandas predominantes


sugere ser actinomicetos, Arthrobacter sp. e outra bactéria ainda
desconhecida, microrganismos mais abundantes nessas condições,
provavelmente pela habilidade de utilizar tais compostos como
substrato.
Embora o DGGE/TGGE permita avaliar a comunidade microbiana
total, pelo uso de primers universais para bactérias e fungos, estudos
mais recentes têm se baseado também no uso de primers específicos,
que podem caracterizar um determinado gênero ou grupo. A principal
vantagem desses primers é que eles permitem o acesso a um grupo que
pode ter um efeito importante sobre a comunidade, mas que por ter
uma população menor que a população bacteriana total não é detectado
por PCR. Um exemplo da aplicação de primers gerais e específicos foi
dado por Heuer et al. (2002), que estudaram a comunidade microbiana
durante 3 anos consecutivos, visando à caracterização de alterações
na microbiota associada a raízes de batatas transgênicas, contendo o
gene da Lisozima T4. Foram utilizados primers para bactérias,
actinomicetos e a- ou b-Proteobacteria. Após seqüenciar diversas bandas
separadas no DGGE e comparar os resultados polifásicos entre as
cultivares transgênicas e selvagens, os autores concluíram que a
expressão do gene Lisozima T4 não influenciou a comunidade microbiana
da rizosfera, enquanto fatores como as estações do ano tiveram
influência significativa.
A diversidade e a dinâmica da população microbiana na rizosfera
de duas cultivares de milho (Nitrofliting e Nitrodent) cultivadas em solo
tropical foram avaliadas por meio do uso de primers para Eubacteria,
a-, b-Proteobacteria e actinomicetos (GOMES et al., 2001). A análise da
população culturável revelou diferenças significativas somente aos 40
dias após a semeadura, para ambas as cultivares. Já a análise da
população total revelou que, independentemente dos primers, o padrão
foi bastante similar para ambas as cultivares. Esses autores observaram
ainda que a influência da sazonalidade foi mais intensa para Eubacteria,
a- e b-Proteobacteria e menos intensa para actinomicetos. O efeito
rizosférico foi muito mais pronunciado nas raízes de plantas jovens
comparadas com as de plantas maduras, indicando um maior efeito do
estágio de desenvolvimento da planta, com plantas maduras apresentando

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uma comunidade mais complexa, quando comparado com o efeito


cultivar. O seqüenciamento de clones provenientes de bandas de TGGE
indicaram que a população dominante encontrada em todos os estágios
do crescimento das plantas apresentaram alta similaridade com o gênero
Arthobacter.
Silva et al. (2003) avaliaram, por intermédio do uso de primers
específicos, a diferença da população de Paenibacillus associada á raiz
de quatro cultivares de milho, em solos de Cerrado e Várzea. A análise
dos géis de DGGE indicaram uma grande similaridade entre as amostras
oriundas do mesmo tipo de solo, independente da cultivar analisada,
indicando que o tipo de solo era o principal fator determinante da
diversidade do gênero Paenibacillus. Entretanto, esses autores puderam
observar ainda pequenas diferenças entre cultivares, em que a
comunidade oriunda de cultivares de ciclo curto tendiam a se agrupar
separadamente da comunidade oriunda de cultivares de ciclo mais longo.
Essas diferenças entre cultivares podem ser explicadas por diferenças
no estágio fisiológico da planta, uma vez que as amostragens foram
realizadas na mesma época.
Salles et al. (2002a) mostraram que a técnica de DGGE foi capaz
de caracterizar a diversidade dentro do gênero Burkholderia. Pelo uso
de primers específicos, esses autores demonstraram diferenças nas
comunidades das espécies de Burkholderia presentes em duas áreas de
pastagens. Além disso, as comunidades obtidas de solos rizosféricos
apresentaram perfis mais complexos do que aquelas estudadas de
amostras de solos não associados. Resultados semelhantes foram
observados por Salles et al. (2002b), analisando a comunidade de
bactérias do gênero Burkholderia oriunda de solos com diferente
histórico agrícola. Embora métodos tradicionais de cultivo tenham
mostrado não haver diferença entre solos sob rotação de cultura ou
pastagem permanente, a análise da população total mostrou diferenças
claras, sendo o solo sob pastagem mais diverso que o sob cultivo.
A análise dos isolados obtidos em ambas as áreas indicou ainda um
forte efeito da pastagem na seleção de espécies de Burkholderia capazes
de controlar Rhizoctonia solani, um fungo fitopatogênico, sugerindo que
os solos sob pastagem são mais supressivos que os sob cultivo.

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Além da análise da diversidade total e de determinados grupos


de microrganismos, pelo DGGE é possível também analisar a diversidade
de grupos funcionais, ou seja, de organismos que estão envolvidos em
determinados processos, como por exemplo os organismos fixadores
de nitrogênio. Como esses organismos estão distribuídos por diversos
grupos de bactérias, o desenvolvimento de primers baseados no 16S
DNAr seria inviável. A alternativa então seria o desenvolvimento de
primers baseados em genes responsáveis pelo processo de fixação
biológica de nitrogênio. Lovell et al. (2000) utilizaram primers específicos
para o gene nifH, que codifica para um dos genes estruturais da
nitrogenase, para determinar a diversidade da comunidade diazotrófica
associada à rizosfera de Spartina alterniflora. Após a separação de
diferentes fragmentos por DGGE, esses fragmentos foram cortados,
clonados e seqüenciados, e a análise da seqüência determinou que um
grande número de organismos diazotróficos pertencia a γ-Proteobacteria,
enquanto poucos clones pertenciam a α-Proteobacteria. Os resultados
demonstraram que a diversidade de organismos diazotróficos era grande,
e composta principalmente por organismos ainda não conhecidos.
Esses estudos mostram o avanço rápido nos conhecimentos das
comunidades microbianas edáficas proporcionado por técnicas baseadas
em DNA total extraído diretamente do solo. A identificação da dinâmica
populacional em áreas sob impactos humanos e/ou climáticos será um
elemento importante na caracterização de bioindicadores que possam
atestar a qualidade do solo. Novas técnicas, tais como microarray,
permitirão que cada vez mais se compreenda a flutuação dessas
populações, facilitando a interferência técnica diante de situações de
degradação ambiental.

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42 Capítulo 2

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