Você está na página 1de 16

ÁGUAS E ALIMENTOS- 2 FREQUÊNCIA TEÓRICA

OMS MICROBIOLOGIA ALIMENTAR


2 milhões crianças/ano morrem com infeções Desde a antiguidade que existem referências a
diarreicas devido à ingestão de alimentos/água microrganismos nos alimentos quer a nível da
contaminados com microrganismos conservação quer a nível da fabricação de outros
alimento
SEGUNDO OMS UNICEF
• 1,1 mil milhões de pessoas no planeta não têm ANTIGUIDADE
água potável;
Manufactura de cerveja 7000AC
• 2.6 mil milhões não têm saneamento básico;
Babilónia
• estima-se que 1,8 milhões de pessoas morrem
devido a doenças gastrointestinais,das quais 90% Derivados do leite 3000AC
são crianças com menos de 5 anos; Sumérios
• 88% das doenças gastrointestinais estão
relacionadas com sistemas de abastecimento de IDADE MÉDIA
água não seguros, má higiene e sistemas
Intoxicação matou 40000 pessoas
inadequados de saneamento básico,
ERGOTISMO- desconhecia-se a toxina
• em Portugal estima-se que 800000 pessoas não (Claviceps purpurea)
possuem água canalizada 3 ao domicílio (INE,
2005). Século XVIII
Microbiologia como ciência só se desenvolve nos Primeiras tentativas de explicação das intoxicações
finais do século XIX alimentares
Factos que levaram a esse desenvolvimento: 1809 Appert conservação pelo calor
1845 e 1857 Pasteur responsabilizou microrganismos
Invenção do microscópio;
pela alteração de vinho e leite
Transmissão da doença contagiosa;
Geração expontânea; 1876 Tyndall bactérias que alteram alimentos estão
Fermentação/alteração de alimentos; presentes no ambiente próximo
1880 início da pasteurização industrial do leite
LOUIS PASTEUR
1894 Denys associa pela 1ª vez um estafilococo a uma
Os seus trabalhos levaram ao surgimento da intoxicação alimentar
Microbiologia como Ciência 1895 Von Geuns faz as primeiras contagens de
Demonstrou que não é possível a geração bactérias do leite
espontânea; 1896 Von Ermengem descobre botulismo –
Preconizou um processo de conservação de Clostridium botulinum
alimentos – Pasteurização; 1945 Clostridium perfringens toxinfecções alimentares
Estudos sobre doenças provocadas por agente do agente de
microrganismos levaram a estudos de prevenção e
1968 virus Norwalk pela 1ª vez responsável de
à criação de vacinas
gastroentrite
1981 Primeiros casos de Listeria monocytogenes
Louis Pasteur foi também o com alimentos primeiro
associada a doença de origem alimentar
atribuindo cientista a relacionar microrganismos a
esta relação uma importância que originou um ramo 1982 Primeiros casos de colite hemorrágica (E.coli
específico da microbiologia. O157:H7).
ÁGUA: IMPORTANTE CONSTITUINTE DAS CÉLULAS VÍRUS:
VIVAS
Partículas Infecciosas de pequenas dimensões;
• Via de transmissão de doenças Parasitas celulares obrigatórios possuindo elevada
• 1ª ligação entre água e doença: resistência;
• 1854-1855: epidemia de cólera em Londres Constituídos por um ácido nucleico (RNA ou DNA);
▪Novembro 2014 – Legionella Este ácido nucleico está envolvido por uma
estrutura proteica – Capside;
• Água: Recurso renovável e cada vez mais
Estão associados a Toxinfecções Alimentares (TIA)
escasso!!!
sendo difícil a sua deteção;
O seu envolvimento nas TIA não está
MICRORGANISMOS completamente esclarecido

Vírus (Norwalk, Hepatite A): BACTÉRIAS


20 a 200 nanómetros (10-9);
Organização muito simples; Procariotas unicelulares de reduzidas dimensões
Capside proteica e acido nucleico Microscópio (0,2 - 10µm);
eletrónico. Assumem variadas formas(cocos e bastonetes ou
bacilos as principais)
Bactérias (E.coli, Salmonella):
1 a 5 micrómetros (10-6); Estrutura celular:
Organização celular procariota (sem núcleo Parede celular;
definido); Membrana celular;
Parede celular. Cromossoma;
Citoplasma;
Protozoários (Toxoplasma): Ribossomas;
Cerca de 12 micrómetros; Flagelos, cápsula ou esporo – estruturas que
Organização unicelular; surgem nalgumas espécies bacterianas;
Móveis por cílios, flagelos ou deformações do
citoplasma. Esporo (endosporo):
Organito de resistência;
Fungos (Candida,Aspergillus): Endosporo livre está em estado de dormência e as
Alguns micrómetros; suas atividades metabólicas praticamente nulas
Organização celular eucariota;
Unicelulares ou não. Quanto ao tamanho:
Deformante ou não deformante.
Vermes Parasitas (Taenia):
Quanto à posição:
Milímetros a metros; Central, subterminal ou terminal.
Organização pluricelular complexa.
Desenvolvem-se em aerobiose ou anaerobiose
Muitas bactérias agrupam-se após a divisão
celular.
CURVA DE CRESCIMENTO BACTERIANO PARASITAS

Seres que vivem à custa de outro sem benefício


deste;
Unicelulares e multicelulares;
Normalmente transmitidos através das fezes de
animais;
Muitas vezes presentes em alimentos havendo
Fase de latência – Adaptação ao novo meio; grupos de parasitas que se destacam nesta área;
Fase exponencial – Período mais ativo da A água pode também ser fonte de contaminação;
multiplicação; Legumes crus e carne e peixe mal cozinhados são
Fase estacionária – Nº constante de bactérias os alimentos mais suscetíveis de estarem
vivas no meio; contaminados;
Fase de decréscimo – Diminuição do nº de Medidas preventivas devem ser tomadas.
bactérias.
MICRORGANISMOS MUITO FREQUENTES NOS
ALIMENTOS
LEVEDURAS
Prejudiciais:
Unicelulares de forma ovoide ou alongada;
Causadores de alteração dos alimentos;
Reproduzem-se assexuadamente por gemulação
Causadores de Toxinfecções Alimentares.
ou fissão binária;
Temperatura ótima de crescimento entre 20ºC e
30ºC, boa resistência osmótica; Benéficos:
Colónias regulares e de aroma agradável; Utilizados na fabricação de novos alimentos.
Utilização industrial largamente difundida. Ex.
produção de pão e cerveja;
BACTÉRIAS, VIRUS, FUNGOS E PARASITAS
Agentes de alteração nos alimentos;
microrganismos relacionados com alimentos, no
Não são causadoras de TIA.
entanto, são as bactérias que maior importância têm
em Microbiologia de Alimentos
BOLORES

Multicelulares desenvolvem-se formando


MICRORGANISMOS PRESENTES NA ÁGUA
filamentos muito finos – HIFAS;
Conjunto de hifas é um micélio; MICRORGANISMOS PATOGÉNICOS
Só se desenvolvem na presença de oxigénio;
Muito resistentes, crescem em condições Baixa dose infetante;
adversas; Baixa concentração na amostra;
Algumas espécies são toxinogénicas (Ex. Contaminações:
aflotoxinas); ✓ Esporádicas;
Nos alimentos em geral são indicação de má ✓ Intermitentes;
conservação e armazenamento; ✓ Curta duração.
Algumas espécies utilizadas na indústria. Multiplicidade de agentes patogénicos;
Pesquisa:
✓ Grandes volumes de amostra;
✓ Métodos de isolamento e identificação
complexos e caros.
MICRORGANISMOS INDICADORES LABORATÓRIO IMPLEMENTA SISTEMA DE GESTÃO DA
QUALIDADE- RESULTADOS “CORRETOS”!
Existem em grandes quantidades;
Mais resistente aos agentes desinfetantes que os Falso positivo:
microrganismos patogénicos; Impacto financeiro (Eliminação desnecessária de um
Perfeitamente reconhecidos ou identificados produto alimentar).
dentro de uma espécie ou população definida; Falso negativo:
Fácil e barato de detetar;
Implicações em Saúde Pública.
Higiénicos:
Microrganismos cultiváveis
ISO 7218: 2007

Contaminação Interhumana: Norma transversal a todas as normas específicas num


Staphylococcus laboratório de microbiologia de alimentos estando de
acordo com os requisitos técnicos.
Normas específicas BPL ISO/IEC 17025.
Contaminação fecal:
Coliformes;
ISO 7218:2007, AMD 1:2013
Enterococos;
Clostridium perfringens. Instalações e condições ambientais:
✓ Zona limpa;
Origem Hídrica: ✓ Zona suja.
Transporte e armazenamento das
Pseudomonas aeruginosa. amostras;
Equipamento;
Segurança;
VIAS DE CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA: Condições preparação amostras;
Ingestão: Regras gerais análise;
Meios de cultura;
Giardia lamblia intestinalis; Leitura e interpretação;
Rotavírus; Expressão resultados.
Leptospira;
Salmonella; DOENÇAS DE ORIGEM ALIMENTAR
Cianobactérias.
Origem nutricional;
Inalação: Originadas pela ingestão de alimentos / águas
contaminados por microrganismos e/ou pelas
Naegleria;
suas toxinas.
Legionella.

Contacto: Os alimentos são microrganismos, são um meio de


cultura ideal para o desenvolvimento microbiano.
Pseudomonas aeruginosa;
Staphylococcus;
Fungos. Conforme o tipo de microrganismos presentes,
pode resultar produção e conservação ou
contaminação dos alimentos.

Bioprocessamento de alimentos:
Microrganismos adicionados a matérias primas de
origem animal ou vegetal produzem diferentes
alimentos.
Degradação microbiana de alimentos: MÉTODOS ANALÍTICOS
Ocorre em consequência do crescimento de
microrganismos da produção de toxinas e libertação Adequados para o ensaio de forma a poder
satisfazer as necessidades do cliente
de enzimas.

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA Normalizados: De acordo com as normas de


referência para o método.
Ferramenta útil em Segurança alimentar;
Importante ser bem direcionada; Validados: Validados segundo a norma ISO 16140
legislação: de cumprimento obrigatório: face às normas de referência para o método -
✓ (Regulamento 2073)
comerciais ou internos.
Normalização: podem ser obrigatórias ou não

MÉTODOS CONVENCIONAIS VERSUS ALTERNATIVOS


Objetivos:
Métodos convencionais
Controlo do processo de produção;
Verificação da conformidade de um produto; Meios de cultura evidenciando o crescimento
Monitorização da implementação sistemas microbiano
segurança alimentar; Deteção visual pelo aspeto cultural:
Esclarecimento de surtos de Toxinfeções ✓ Colónias em meio sólido;
alimentares. ✓ Alterações químicas em meios líquidos.
+ Demorado;
+ Material utilizado;
Distribuição de microrganismos; - Rastreabilidade;
Condições de colheita/amostragem; + Influência da contaminação inicial da matriz.
Tempo decorrido até à análise;
Condições de transporte; Inoculação em meio de cultura em placa:
Método utilizado. ✓ Incorporação;
✓ Espalhamento;
✓ Isolamento.
INDICADORES MICROBIOLÓGICOS:
Inoculação de meios líquidos
Higiene/Alteração: Método do Número Mais Provável
Microrganismos a 30 0C;
Leveduras e Bolores;
Enterobacteriaceae; Métodos alternativos
Listeria spp.
Equipamento automatizado
Testes em kit
Potencialmente Patogénicos: Evidencia uma característica do microrganismo:
Escherichia coli; ✓ Química;
Estafilococos Coagulase positiva; ✓ Física;
Bacillus cereus; ✓ Material genético.
Clostridium perfringens.
+ Simples
+ Específico
Segurança: + Custos
Salmonella spp.; + Interferência composição da matriz
Listeria monocytogenes; Necessidade confirmação positivos
Cronobacter sakazakii.
Para deteção de vírus:
MÉTODOS ALTERNATIVOS AUTOMATIZADOS
Extração inicial dos vírus dos alimentos;
Tempo: Adição de controlo (vírus artificial/inativado);
Extração dos ácidos nucleicos.
Equipamento BioMérieux automático para
enumeração de microrganismos de qualidade Microrganismos a 30ºC
baseado na técnica do Número mais que Provável
Todos os microrganismos viáveis presentes na
(NMP). Faz leitura por Fluorescência.
amostra e que se desenvolvem a 30ºC em 72 h em
condições de aerobiose (aeróbios mesófilos).
1. Preparação da suspensão mãe: Diluição 1/10;
2. Cartas preenchidas, fechadas e seladas no TEMPO Importantes indicadores de higiene e de alteração dos
Filler, de modo a evitar riscos de contaminação; alimentos uma vez que estão englobadas todas as
espécies de bactérias e fungos que se desenvolvam
3. incubação em estufa tradicional;
nestas condições.
4. Leitura e interpretação automáticas no Tempo
Reader. Enterobacteriaceae

Origem:
Método VIDAS: Trato gastrointestinal de animais de sangue
quente;
Matérias-primas cruas de origem vegetal;
Ambiente.

Alimentos não processados:


Podem causar alteração

Alimentos processados:
Contaminação final ou tratamento insuficiente.

MÉTODOS MOLECULARES Associado a um aumento da probabilidade da


presença de patogénicos (Salmonella,Shigella,Yersinia)
Amplificação de ácidos nucleicos:
✓ PCR –Polimerase chane reaction Primers,
oligonucleotidos, enzima (taq polimerase) Listeria spp.
– Ciclos de desnaturação, annealing e É encontrada no ambiente;
amplificação; Desenvolve-se bem a temperaturas de
✓ Convencional – Amplificação; refrigeração;
✓ Tempo Real- Amplificação e quantificação Produção de biofilmes;
Adição de reagentes isolados; Associada à probabilidade de presença de L.
Kits; monocytogenes.
Exige treino Ambiente controlado.
Fungos
Microbiologia Alimentar
Bolores e Leveduras;
Para deteção de Bactérias: Indicadores de Higiene e/ou de Alteração;
Exige métodos iniciais de enriquecimento; Perigo de alguns poderem produzir micotoxinas;
Extração dos ácidos nucleicos; A utilização de algumas estirpes no fabrico, dificulta a
Se positivo confirmação pelos métodos clássicos deteção de fungos contaminantes.
preconizados por normas especificas.
Escherichia coli Bacillus cereus

Enterobactéria comensal Bastonete Gram positivo, anaerobio facultativo


É um indicador de higiene, tanto na cadeia de esporulado e o esporo é termorresistente;
produção, como durante a conservação; Produz duas toxinas diferenciadas;
Presença em água e alimentos é um indicador de Este bacilo é encontrado no solo e é um
contaminação fecal; contaminante comum de cereais e outros
Indicador da possível presença de outros alimentos, sobretudo com amido;
patogénicos de origem fecal; Alguns esporos poderão sobreviver à confecção e
Algumas estirpes patogénicas. tomar forma vegetativa que poderão crescer e
✓ Deficientes práticas higiene e fabrico; produzir toxina.
✓ Tratamento térmico inadequado; Período de incubação.
✓ Estirpes patogénicas ou patotipos.
Entre 6 e 16 horas com um início súbito de
sintomas, diarreia aguda e vómitos ocasionais;
A maioria das estirpes de E.coli não é patogénica, Entre 1 e 6 horas após a ingestão do alimento
contudo, é reconhecida a importância desta bactéria contaminado e manifesta-se por vómitos,
como causadora de doença diarreica. náuseas e eventualmente diarreia.

Este bacilo é encontrado no solo e é um


Enteropatogénico (EPEC) – diarreia aquosa no
contaminante comum de cereais e outros
RN;
alimentos com amido;
Enterotoxigénico (ETEC) - diarreia do viajante;
Esporos termorresistentes - alguns poderão
Enteroinvasivo (EIEC);
sobreviver à confeção;
Enterohemorrágicos (EHEC ou VTEC) –
Indicador de higiene geral do ambiente;
Produtores de Verotoxinas ou toxina Shiga-like:
Condições inadequadas – Possibilidade de
✓ Ex: O157:H7, caracteriza-se por a dose
multiplicação - Números elevados – Produção de
infeciosa ser muito baixa (<100 ufc/g).
toxinas (TIA).
Enteroagregativos (EAEC);
Aderente difuso (DAEC).
✓ Contaminações cruzadas;
Estafilococos coagulase positiva ✓ Preparação com antecedência;
✓ Temp. manutenção / refrigeração;
Cocos (em cacho) Gram-positivos, não formadores de ✓ Sobras.
esporos. Esta bactéria é encontrada na cavidade nasal
e na pele de pessoas e também de animais. Clostridium perfringens
É um indicador relacionado com a higiene pessoal;
Bactéria anaeróbia proveniente do solo e
O seu desenvolvimento em produtos crus é
largamente disseminada;
limitado pela competição com a flora existente;
Produz esporos;
Capaz de produzir enterotoxinas
Esporulação intestino / produção enterotoxina;
termorresistentes que causam doença no homem
Frequente em produtos cárneos e alimentos
com surgimento muito rápido de sintomas.
embalados que permitam o seu desenvolvimento;
Níveis >105 ufc/ g - Reg. (CE) N.º 2073/2005.
O binómio tempo/temperatura pouco controlado
na preparação e/ou conservação pode levar ao
✓ Deficientes práticas higiene e fabrico;
seu desenvolvimento.
✓ Contaminação humana;
✓ Binómio tempo / temperatura; ✓ Confecção insuficiente / germinação esporos;
✓ Flora competitiva. ✓ Contaminações cruzadas;
✓ Binómio tempo / temperatura;
✓ Arrefecimento / Reaquecimento.
Salmonella spp. MICRORGANISMOS CULTIVÁVEIS
Mésofilos, germes totais ou microrganismos
Bacilo Gram- pequeno; viáveis;
Habitat - intestino homem e animais – Zoonose; São bactérias, leveduras e outros fungos capazes
2 Espécies - Inúmeros serotipos; de formar colónias em aerobiose em ou sobre
Não se desenvolve temperaturas <7 ºC; meio de cultura não seletivo nutritivo;
Facilmente eliminada com o calor (cozedura)( Pesquisa a 22ºC e a 37ºC:
65ºC durante 30 minutos); ✓ 22ºC – Saprófitas da água, condições do
Presente em alimentos prontos a comer: meio ambiente e características sazonais;
✓ Crus contaminados; ✓ 37ºC –Reservatório natural são animais de
✓ Cozinhados mal passados e/ou sangue quente como o homem, que
contaminação cruzada. dificilmente sobrevivem na água –
implicações higiénicas.
✓ Profilaxia aviários;
BACTÉRIAS COLIFORMES
✓ Conservação e confecção inadequadas;
✓ Contaminações cruzadas.
Coliformes Totais.
Família Enterobacteriaceae.
Listeria monocytogenes Habitam no intestino de animais.
Associadas a decomposição de matéria orgânica
Ubiquitária;
no geral.
Desenvolve-se a temperaturas de refrigeração;
Frequente em saladas e produtos de charcutaria;
Limite <100 ufc/g (legislação); Estas bactérias são:
Grupos de risco: gravidas e imunodeprimidos. Bactérias Gram negativas;
Aero-anaeróbias facultativas;
✓ Alimentos risco; São oxidase negativa;
✓ Cozedura / Lavagem deficientes; Não formam esporos;
✓ Contaminações frigorífico; Fermentam a lactose a 37º C num meio de cultura
✓ Prazo validade. lactosado diferencial e seletivo, com a produção
LISTERIOSE – UMA DOENÇA PRIORITÁRIA de ácido em (21 ± 3) h.

COLIFORMES FECAIS
CRONOBACTER SPP. (C.sakazakkii) 70
Pertencente aos coliformes totais;
Fórmulas infantis desidratadas para lactentes;
São bactérias termo tolerantes, que se
Doenças:
reproduzem a 44ºC±0,5ºC, em menos de 24 horas;
✓ Meningite neonatal;
Fermentam a lactose a 44ºC±0,5ºC;
✓ Enterocolite necrosante.
Este grupo é associado às fezes de animais de
Mortalidade 40-60%;
sangue quente.
Grupo de Risco: Crianças com menos de 1 ano
(prematuros, imunodeprimidos, baixo peso).
ESCHERICHIA COLI
Método
• Resultado direto. É um coliforme fecal • Fermenta lactose a
automatizado
44ºC±0,5ºC.
Placas Produz a enzima β - D glucoronidase, que em
consideradas em Վ ⬚𝐶
mais de uma • 𝑥 = 𝑉 𝑥 1,1 𝑥 𝑑 presença do substrato MUG (Methylumbelliferyl β
diluição - D glucuronide), emite fluorescência.
Placa da 1ª diluição •1 a 3: Presente <4xd
Produz a enzima triptofanase que decompõe o
com contagem até •Entre 4 e 9: Número estimado aminoácido triptofano, com a produção de indol
9 colónias (NE)
ENTEROCOCOS INTESTINAIS ✓ Reduz os nitratos a nitritos, estando essa
redução associada a sua respiração
São bactérias gram positivas, comensais do estritamente anaeróbia.
aparelho digestivo e urinário do Homem;
Antigos streptococcus fecais, do grupo D de
Lancefield; PSEUDOMONAS AERUGINOSA
Na coloração de Gram os cocos apresentam-se em
Bacilo Gram negativo;
cadeia;
Bactéria móvel - flagelos polares e de um só lado;
São bastante resistente à bílis e a soluções com
Saprófita da água, solo húmido e nos vegetais;
elevadas concentrações de sal;
É um patogénico oportunista;
Possuem gelatinase (hidrolisam a gelatina, o
A sua resistência natural associada a um grande
colagénio e a hemoglobina) - permite invadir o
número de antibióticos e antisséticos torna-a um
epitélio e a corrente sanguínea;
dos principais e mais importantes microrganismos
São capazes de reduzir o cloreto de
causadores de infeções hospitalares;
2,3,5trifeniltetrazolium a formazina;
Possui dois pigmentos:
Hidrolisam a esculina a 44ºC;
✓ Piocianina - verde azulado , que é
A transmissão de infeções causadas por essas
produzido por mais de 90% das estirpes;
bactérias pode ser de origem endógena, alimentar
✓ Pioverdina ou fluoresceína, solúvel em
ou através da água.
água (98% das estirpes).
Oxidase positiva;
ESPOROS DE BACTÉRIAS ANAERÓBIAS SULFITO Catalase positiva;
REDUTORAS (CLOSTRÍDIOS) Aeróbia estrita;
Cresce em meio com cetrimida;
Família Bacillaceae e ao Género Clostridium; Geralmente reduz os nitratos para lá do estádio
Bacilos Gram positivos; de nitritos e produz amónia a partir da acetamida;
Produtores de esporos; A maioria das estirpes são capazes de se
Anaeróbios sulfito-redutores; desenvolver a 42ºC mas não a 4ºC (P. fluorescens
Multiplicam-se rapidamente à temperatura desenvolve-se a 4ºC mas não a 42ºC);
ambiente, sendo o microrganismo mais difundido Liquefaz a gelatina;
no meio ambiente – contaminando um grande Hidrolisa a caseína, hidrolisa o amido.
número de alimentos consumidos pelo homem
(água, carne, peixe e vegetais);
Sobrevivem mais tempo que os coliformes, E.coli e LEGIONELLA SPP.
os enterococos – indicador de contaminação Características Gerais:
antiga;
Habitat - intestino grosso do homem, animais e no Bacilos gram-negativos;
solo; Móveis, exceto Legionella oakridgensis;
Nem sempre os esporos são inativados por Algumas espécies exibem fluorescência quando
desinfeção com cloro – não representam perigo à observadas sobre luz U.V;
saúde pública. L-cisteína e sais de ferro;
Crescem em BCYE e GVPC;
CLOSTRIDIUM PERFRIGENS
Aspeto “vidro-martelado”;
Mais importante clostrídio sulfito redutor; 61 espécies e 70 serogrupos distintos;
Esporos termo resistentes - pesquisa a 44ºC. Pelo menos 26 espécies de Legionella estão
associadas a doenças no ser humano, como por
exemplo,Legionella micdadei,L.bozemanii,
Esta bactéria é:
L.dumoffii, e L. longbeachae;
✓ Anaeróbia estrita;
Legionella pneumophila (16 serogrupos) é
✓ Imóvel;
responsável por 70 a 90% das infeções no
✓ Fermenta a lactose;
Homem.
✓ Produz gelatinase - liquidifica a gelatina;
HABITAT: Temperatura óptima de crescimento é 37ºC;
Fermentam o manitol;
Ambiente: rios, lagos, ribeiros, nascentes, solos Toleram elevadas concentrações de cloreto de
húmidos e águas subterrâneas sódio;
Reservatórios artificiais: torres de arrefecimento Catalase positiva;
de ar condicionado, sistemas de distribuição de Imóveis;
água, condensadores, entre outros; Saprófitas do Homem (cavidade nasal e na pele) –
Capazes de se multiplicarem em 14 espécies de indicação de contaminação inter-humana;
amibas e em 2 espécies de protozoários ciliados; Algumas substâncias utilizadas na desinfeção de
Tornam-se mais resistentes a condições adversas piscinas, como o cloro, têm uma ação irritante
quando associadas a biofilmes. sobre as mucosas do Homem – potencia a
virulência.
CONDIÇÕES FAVORÁVEIS AO DESENVOLVIMENTO DA ESTAFILOCOCOS PRODUTORES DE COAGULASE
LEGIONELLA
Microrganismos que causam infeções ao homem;
Temperatura da água entre 20ºC e 45ºC; Produzem a enzima coagulase - formam coágulo
Redução dos níveis de cloro; quando em contacto com plasma.
Estagnação da água, pontos “mortos” na rede de
abastecimento; ÁGUAS DESTINADAS AO CONSUMO HUMANO
Matéria orgânica, sedimentos, biofilmes; Decreto-Lei nº 152/2017 de 7 de dezembro, que
Presença de algas, fungos, protozoários e outras modifica 306/2007, de 27 de Agosto
bactérias;
Reservatórios de água artificiais: corrosão,
incrustações. Artigo 2º (Decreto-Lei 306-2007):
q) «Parâmetros indicadores» os parâmetros cujo valor
INFEÇÕES E SINTOMAS PROVOCADOS NOS SERES deve ser considerado como valor guia, nos termos do
HUMANOS presente decreto-lei;
r) «Parâmetros obrigatórios» os parâmetros cujo valor
LEGIONELOSE: Doença dos Legionários (pneumonia): não pode ser ultrapassado, nos termos do presente
Má disposição (dores de cabeça e tosse); decreto-lei;
Febres muito altas, arrepios; v) «Qualidade da água para consumo humano» a
Diarreia e vómitos; característica dada pelo conjunto de valores de
parâmetros microbiológicos e físico-químicos fixados
Período de incubação: nas partes I, II e III do anexo 1, do presente decreto-lei
e que dele faz parte integrante.
2 a 10 dias.

Artigo 5º Âmbito de aplicação:


Febre de Pontiac (síndrome gripal):
1 - O presente decreto-lei aplica-se às águas
Sintomas idênticos a uma constipação
destinadas ao consumo humano.
Artigo 6.º Normas de qualidade:
Período de incubação:
1— água destinada ao consumo humano deve
24 a 48 horas.
respeitar os valores paramétricos dos parâmetros
constantes do anexo I ao presente decreto -lei, do
ESTAFILOCOCOS TOTAIS qual faz parte integrante
2 — Quando a proteção da saúde humana assim o
Família Micrococcaceae e género Staphylococcus; exija, a DGS fixa os valores aplicáveis a outros
Cocos Gram positivos; parâmetros não incluídos no anexo I do presente
Coloração de Gram - aspeto de cachos e uvas decreto-lei, cujos valores paramétricos devem
(staphylé – palavra em grego para cacho de uvas);
respeitar o disposto no n.º 2 do artigo 8.º .
Não formadoras de esporos;
(a) Não contenha nenhum microrganismo, parasita ou Controlo inspeção:
substância em quantidade ou concentração que possa Tem como objetivo obter as informações
constituir um perigo potencial para a saúde humana. necessárias para verificar o cumprimento dos
valores paramétricos do presente decreto-lei;
Valores paramétricos para água destinada ao A determinação dos parâmetros correspondentes
consumo humano fornecida por: redes de ao controlo de rotina 2, implica, em simultâneo, a
distribuição; fontenários não ligados à rede de determinação dos parâmetros de rotina 1 e,
distribuição; pontos de entrega; navios ou identicamente, o controlo de inspeção implica os
camiões cisternas; reservatórios não ligados à controlos de rotina 1 e 2.
rede de distribuição ou utilizada numa empresa da ÁGUAS DE PISCINA
indústria alimentar;
Valores paramétricos para as águas colocadas à Norma Portuguesa 4542:2017
venda em garrafas ou outros recipientes; “Destinada a piscinas de uso público de forma a
Valores paramétricos para água destinada ao garantir que a sua composição físico-química e
consumo humano fornecida por: redes de microbiológica é compatível com os usos
distribuição; fontenários não ligados à rede de previstos, sem pôr em risco a saúde pública.”;
distribuição; pontos de entrega; navios ou “ A água para alimentação das piscinas deve ser
camiões cisternas; reservatórios não ligados à proveniente de uma rede de abastecimento de
rede de distribuição ou utilizada numa empresa da água potável”.
indústria alimentar ;
Nota 5 — Caso se verifique o incumprimento deste
valor paramétrico, deve ser investigado todo o
sistema de abastecimento para identificar a causa e
avaliar o risco para a saúde humana devido à presença
de outros microrganismos patogénicos, por exemplo,
o Criptosporidium e ou a Giardia. Os resultados de
todas as investigações devem ser comunicados à Legionella spp e Legionella pneumophila – realizar
ERSAR para serem incluídos no relatório trienal. apenas em piscinas com dispositivos que promovam
a formação de aerossóis.

Nota 13 — Não é desejável que o número de colónias


a 22°C e a 37°C seja superior a 100 e 20,
respetivamente.
Nota 14 — Sem alteração anormal significa, com base
num histórico de análises, resultados dentro dos
critérios estabelecidos pelas entidades gestoras.
Quando ocorre uma alteração anormal, é desejável
que a entidade gestora averigue as respetivas causas.
CONTROLO DE QUALIDADE DA ÁGUA
ÁGUAS MINERAIS E DE NASCENTE
Controlo de rotina:
Decreto-Lei nº 156/98, de 6 de Junho
tem como objetivo fornecer regularmente
informações sobre a qualidade organolética e Artigo 4º. Características Microbiológicas
microbiológica da água destinada ao consumo 1 — À saída da captação, o teor total de
humano, bem como sobre a eficácia dos microrganismos suscetíveis de se desenvolverem nas
tratamentos existentes, especialmente a águas minerais naturais deve corresponder ao seu
desinfeção, tendo em vista determinar a microbismo normal e revelar uma proteção eficaz da
conformidade da água com os valores captação contra qualquer contaminação.
paramétricos estabelecidos no presente decreto-
lei.
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS

Resultados da análise microbiológica de água:


Nº de colónias confirmadas expressar;
resultado diretamente em ufc/V (volume
analisado);
Interpretar os resultados face á legislação para
cada tipo de água.

6 — Sem prejuízo do disposto no número anterior,


bem como das condições de exploração previstas no
anexo II ao presente diploma, que dele faz parte
integrante, durante a fase de comercialização o teor
total em microrganismos revivificáveis das águas
minerais naturais apenas pode resultar da
multiplicação normal da flora natural de emergência
ÁGUAS MINERAIS NATURAIS (ESTABELECIMENTOS
TERMAIS)

Portaria nº 1220/2000 de 29 de Dezembro


Resultados:
O Decreto-Lei nº 156/98, de 6 de Junho, embora
estabeleça regras relativas às características
microbiológicas que as águas minerais naturais e de
nascente devem possuir, aplica-se unicamente às
águas destinadas ao engarrafamento.

INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS

Depende da finalidade da análise a sua interpretação:


Controlo ao longo do processo (HACCP -Hazard
Analysis and Critical Control Point);
Alínea c) “O teor de microrganismos viáveis de uma
Avaliação Produto face regulamento (Fim
água mineral natural deve corresponder ao seu
processo ou período vida útil);
microbismo normal e revelar a preservação da
Alimentos prontos para consumo .
qualidade da água até aos pontos da sua utilização”;

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA Reg. (CE) n.º 882/2004


Os valores apresentados para os microrganismos Artigo 2.º
viáveis têm de ser respeitados, salvo se for
comprovado que correspondem ao desenvolvimento Objetivo: Produto, lote, procedimentod;
do seu microbismo natural. Objeto: Matéria-prima, produto intermédio/final,
ambiente;
Motivo: Autocontrolo, controlo, monitorização
(dados), vigilância (MC), investigação.
HACCP 6. Estabelecer procedimentos de verificação:
Hazard Analysis and Critical Control Point/Análise Estabelecer processos, a efetuar regularmente,
de Perigos e Controlo de Pontos Críticos. para verificar que as medidas referidas nos
Desenvolvido, no final da década de 60, projeto princípios de 1 a 5 funcionam eficazmente;
APOLO, de forma a desenvolver técnicas seguras 7. Criar sistema de registo para todos os controlos
para o fornecimento de alimentos para os efetuados: Elaboração de documentos e registos
astronautas da NASA. adequados à natureza e dimensão das empresas,
Nos anos 70 foi aplicado à indústria conserveira a fim de demonstrar a aplicação eficaz das
americana e em 1980 a OMS/FAO recomendam a medidas referidas nos princípios 1 a 6
sua aplicação às pequenas e médias empresas, de
forma a garantir a segurança dos produtos. Análises dos produtos nos pontos críticos – Resultados
Directiva 93/43/CEE, o HACCP começa a fazer comparados com os limites:
parte da regulamentação europeia, tendo por Se fora dos limites: rever a situação→ Repetir a
base de aplicação os princípios expressos no análise.
Codex Alimentarius.
Regulamento (CE) nº 852/2004, relativo à higiene
dos géneros alimentícios, que revoga a Directiva FASE EM QUE O CRITÉRIO SE APLICA
93/43/CEE, estipula, no seu artigo 5º, que todos
os operadores do setor alimentar devem criar, Critérios de Segurança dos Géneros Alimentícios:
aplicar e manter um processo ou processos Aceitabilidade (produto /lote);
permanentes baseados nos 7 princípios do HACCP. Aplicação: produtos colocados no mercado,
período de vida útil e em alimentos importados.

Os 7 princípios Critérios de Higiene dos Processos:


Aceitabilidade processo fabrico;
De acordo com o Codex Alimentarius, para a
Estabelece um valor de contaminação indicativo
implementação de um sistema HACCP, devem ser
(medidas corretivas);
considerados os seguintes princípios:
Aplicação: produção ao consumo.

1. Identificar os perigos e medidas preventivas: Alimentos prontos para consumo


Identificar quaisquer perigos que devam ser
evitados, eliminados ou reduzidos para níveis Grupo 1 – Alimentos que sofreram tratamento
aceitáveis; térmico;
Grupo 2 – Alimentos compostos de alimentos
2. Identificar os pontos críticos de controlo:
totalmente cozinhados/pasteurizados,
Identificar os pontos críticos de controlo (PCC) na
adicionados de componentes crus ou carne ou
fase ou fases em que o controlo é essencial para
peixe crus, prontos para consumo;
evitar ou eliminar um risco ou para reduzir para
Grupo 3 – Alimentos compostos de alimentos
níveis aceitáveis;
totalmente cozinhados/pasteurizados,
3. Estabelecer limites críticos para cada medida
adicionados de componentes crus ou carne ou
associada a cada PCC: Estabelecer limites críticos
peixe crus, prontos para consumo;
em pontos críticos de controlo, que separem a
Grupo 4 – Alimentos ou seus componentes
aceitabilidade da não aceitabilidade com vista à
contendo flora específica própria.
prevenção, eliminação ou redução dos riscos
identificados;
4. Monitorizar/controlar cada PCC: Estabelecer e Superfícies do ambiente de preparação e distribuição
aplicar processos eficazes de vigilância em pontos alimentar
críticos de controlo; Valores encontrados após a expressão de resultados
5. Estabelecer medidas correctivas para cada caso são comparados com os Valores Guia INSA:
de limite em desvio: Estabelecer medidas SATISFATÓRIO;
corretivas quando a vigilância indicar que um QUESTIONAVEL;
ponto crítico não se encontra sob controlo; NÃO SATISFATÓRIO.
ACTIVIDADES CONTROLO ANALÍTICO ÂMBITO Colónias (profundidade/superfície);
INVESTIGAÇÃO SURTOS Leitura: < 150.

Contaminação
Picar 5 colónias de cada placa contável(<150 col.)
Consumo
para nutriente agar ou TSA (24h/37ºc);
Doença
Fazer a prova da Oxidase deve ser negativa;
Métodos Microbiológicos (Alimentos) Semear por picada central Glucose Agar (tubos
fervidos 15min. e arrefecidos a 37ºC), incubam
Incorporação:
24h/37ºC;
Microrganismos totais a 30ºC Consideram-se glucose positiva tubos totalmente
amarelos.
Norma ISO 4833-1:2013 Microbiology of the food ✓ Se algumas provas da glucose forem
chain — Horizontal method for the enumeration of negativas há que aplicar a fórmula para
microorganisms cada placa.
Part 1: Colony count at 30°C by the pour plate
𝐵𝑥𝐶 (𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑑𝑎𝑠)
technique A=
𝐴 (𝑡𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑎𝑠)
Meio utilizado - Plate Count agar Método-
Incorporação (Direto ou de diluições decimais
sucessivas);
CONTAGEM DE ESCHERICHIA COLI EM ALIMENTO
Temperatura de incubação – 30ºC ± 1ºC;
Norma: ISO 16649-2: 2001:
Tempo de incubação – 72 horas;
“Método horizontal para enumeração de
Plate Count agar;
Escherichia coli betaglucuronidase-positiva;
Composição:Caseina Pancreática Digerida, Extrato
Part 2: Técnica de contagem a 44 ºC usando 5-
de Levedura, Glicose, Agar;
bromo-4- cloro-3-indolilbeta-D-ácido glucurónico.
Meio não seletivo, nutritivo, que permite o
crescimento de microrganismos aeróbios totais a
30ºC; Preparação do meio de cultura:
Contagem:< 300 colónias (deve-se contar até 334 se a Fundir a 100 ºC e manter, até à sua utilização, a
dil. anterior até 50 col); 44-47 ºC.
Características das colónias: opacas de cor branca
ou amarelada; Sementeira:
Expressão de resultados usando a fórmula geral da Incorporação: 1ml inóculo (10-1) + 15 ml meio
norma ISO7218. fundido.
✓ O tempo que medeia entre a distribuição
Placas do inoculo na placa e a colocação do meio
consideradas em Վ ⬚𝐶 de cultura não pode exceder os 15
mais de uma • 𝑥 = 𝑉 𝑥 1,1 𝑥 𝑑 minutos.
diluição
Incubação:
CONTAGEM DE ENTEROBACTERIACEAE
44 ºC ± 1 ºC – 18-24 h;
Norma : ISO 21528-2:2004 ✓ No caso de se suspeitar da presença de
Meio de cultura: Violet Red Bile Glucose Agar colónias em situação de stress, incubar
(VRBG); por um período inicial de 4 h a 37 °C, e
Composição: peptona, extracto de levedura, depois incubar a 44 °C por 18 h a 24 h.
cloreto de sódio, sais biliares, cristal violeta,
glucose, vermelho neutro, agar o (Fermentação Leitura:
da glucose, acidifica o meio, sais biliares e cristal <150 colónias/placa;
violeta inibem Gram+); ✓ Contar as colónias azuis em cada placa
Sementeira: incorporação 1ml inóculo diluições contendo menos de 150 ufc típicas e
sucessivas; menos de 300 ufc no total (típicas e não
Incubação: 30 ºC – 24 h; típicas).
A cor azul–esverdeada das colónias é muito CONTAGEM DE CLOSTRIDIUM PERFRINGENS
fácil de identificar e diferenciar da flora
envolvente, pelo que não é necessário Norma: ISO7937
efectuar testes de confirmação; Meio de cultura:Tryptone Sulfite Cycloserine Agar
A incubação a 44 ° C no máximo de 24 horas, (TSC Agar);
permite o crescimento da maioria das Composição: triptona, extracto de levedura,
bactérias contaminantes seja reduzida; metabisulfito de sódio, citrato de amónio férrico,
A acção combinada da alta temperatura (44 D-cicloserina, agar;
ºC) e dos sais biliares do TBX inibe o Sementeira: incorporação 1ml inóculo + 15 ml
crescimento de bactérias Gram positivas e de meio fundido + 2ª camada;
flora interferente; Incubação: 37 ºC – 24 h anaerobiose;
Cerca de 3-4% de E. coli são β-D-glucuronidase Colónias (leitura imediata);
negativas (caso do E.coli O157:H7 (não Leitura: < 150;
aparece no meio TBX com cor azul). Confirmação.

1. Meio Tioglicolato c/ parafina:


EXPRESSÃO DOS RESULTADOS: Extractolevedura, hidrolisado enzimático,
Dextrose,tioglicolato sódio, L-cistina, cloreto
Վ𝑥𝐶 sódio, Rezasurina (Regenerar);
A=
𝑉 𝑥 1,1 𝑥 𝑑 37 ºC- 24 h.

Em que: 2. Lactose Sulfite Broth (LS):


c – somatório das colónias contadas nas duas placas riptona, extracto levedura, hidrocloreto
das duas diluições sucessivas, em que pelo menos cisteína, lactose,cloreto sódio, metabisulfito
uma das placas contém pelo menos 10 colónias azuis. sódio, citrato amónio férrico;
V – volume do inoculo semeado em cada placa, em 46 ºC- 24 h.
mililitros.
d – factor de diluição correspondente à 1ª diluição CONTAGEM DE STAPHYLOCOCCUS COAGULASE
considerada. POSITIVA

Baixos números: Norma: ISO 6888


Se o nº de colónias for menor do que 10 colónias e Meio de cultura: Baird Parker agar (BPA);
superior ou igual a 4: calcular o resultado e Composição: 3 peptonas, extracto levedura,
reportá-lo como número estimado (NE); extracto carne, glicina, cloreto de lítio, piruvato
Se o total for entre 1 e 3: “Presente < 4/d por sódio, telurito potássio, solução gema ovo, agar;
grama ou mililitro”; Sementeira: à superfície - 0,1ml inóculo;
Se a placa não contiver colónias azuis, expressar o Incubação: 37 ºC – 24 h / 48 h;
resultado “. Colónias;
CONTAGEM DE BACILLUS CEREUS Leitura: < 150;
Confirmação.
Norma:ISO7932
Meio de cultura: Bacillus cereus Agar (acc.to
Mossel;
Composição: triptona, extracto de carne,
Dmanitol, cloreto de sódio, vermelho fenol,
emulsão gema ovo, polimixina B, agar;
Sementeira: à superfície - 0,1ml inóculo;
Incubação:30 ºC – 24 h / 48 h;
Colónias;
Leitura:< 150;
Confirmação.
METODO MICROBIOLÓGICO (ÁGUAS) Espalhamento

Incorporação: Legionella spp e Legionella pneumophila:


Microrganismos Cultiváveis, mésofilos, germes Habitat natural: água;
totais ou microrganismos viáveis Prolifera nos sistemas artificiais criados pelo
22ºC – Saprófitas da água, refletem as condições Homem;
do meio ambiente e características sazonais. ISO 11731.
37ºC – Implicações higiénicas;
EN ISO 6222:1999.

Filtração:
Escherichia coli e bactérias coliformes.

Método validado.
Meio de Lauril sulfato deteta coliformes
presuntivos, tem na composição extrato de levura
e peptona de caseína, lactose, lauril sulfato de
sódio e vermelho de fenol. As colónias suspeitas
são amarelas a 37ºC às 24h..Confirmação.

Norma ISO 9308-1:

De acordo com a norma ISO 9308-1: 2014 Chromogenic


Coliform Agar (CCA) é usado para a deteção e
enumeração de Escherichia coli e bactérias coliformes
em águas com baixa contaminação bacteriana (menos
de 100 colónias totais) substratos cromogénico põem
em evidencia as enzimas: βgalactosidase and
βglucuronidase. Colónias rosa -Coliformes Colónias
azuis- E.coli a 37ºC em 24 horas.

Clostridium perfringens

Sobrevivem mais tempo que os coliformes, E.coli e


os enterococos – indicador de contaminação
antiga;
Método interno;
Norma ISO 14189.

Estafilococos totais e produtores de coagulase:

Saprófitas do Homem (cavidade nasal e na pele);


NP 4343.
Pseudomonas aeruginosa:

Saprófita da água, solo húmido e nos vegetais;


Método interno.

Você também pode gostar