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P1 Doenças Infecciosas

Aula 2 - Colibacilose
Colibacilose: doença que ocorre em todas as
especies animais, inclusive seres humanos
Causada pela bactéria Escherichia coli (mais de
150 sorotipos)
Diferentes formas clínicas
● Quadros entéricos (principalmente em
jovens)
● Diarreia aquosa (mais frequente) Enterotoxinas
● Disenteria (menos frequente) Termolábil - LT
● Septicemia ● Proteína imunogênico muito semelhante a
● Outras enfermidades (urogenitais, enterotoxina da cólera
mastites) ● Ativa adenil-ciclase (AMPc) - bloqueio da
Distribuição mundial absorção de cloreto de sódio pelas
Zoonose células apicais da mucosa, estímulo da
Diarreia é a principal causa de morte excreção deste sal pelas células das
Presente em exame bacteriológico da água - criptas. Aumento na quantidade de líquido
indica contaminação fecal na luz intestinal e consequente diarreia.
● Bovinos: 1000 E. coli por grama de vezes ● Se degrada/ desintegra/ desnatura com a
● Equinos: 10000 E. coli por grama de fezes ação do calor
● Carnívoros: maior abundância de E. coli Termoestável - STa e STb
do que herbívoros ● Pequena molécula não imunogênica que
Fatores de virulência altera o metabolismo celular
Antígenos de superfície ● STa: ativa gaunidil-ciclase, o que provoca
Fatores de virulência o acúmulo de GMPc nas células da
● Somáticos - O (parede celular) mucosa intestinal - inibe a absorção de
● Capsulares - K (confere resistência à sódio e cleros pela membrana celular
fagocitose) ● STb: através da prostaglandina E2,
● Flagelares - H aumenta a secreção de eletrólitos e água
● Fímbriais - F (confere capacidade de para o lúmen intestinal
aderência a diversos tecidos do Citotoxinas
hospedeiro - adesivas: especificidade de Verotoxina (VT) ou toxinas shiga-like (SLT)
especie ou órgão) ● Efeito citotoxico irreversível para as
Antígenos O e K resistem por uma hora a 100C células Vero
Classificação de antígenos baseada em ● Semelhante as toxinas de Shigella na
● Biotipagem estrutura e modo de ação
● Testes de fatores de virulência ● Letais para camundongos
● Sorotipagem dos antígenos O, K e H ● Penetram nas células por endocitose
São reconhecidos ● Atuam nos ribossomo, causando danos
● 173 antígenos O celulares: resulta em lesões no trato
● 100 antígenos K intestinal e endotélio vascular
● 57 antígenos H (cpas NM - nao moveis) ● Causa vasculhe: eventualmente leva a
Combinação de antígenos - possibilidade de necrose hemorrágica
sorotipos ● Associada a 3 síndromes
- Diarreia
- Colite hemorrágica (animais com 3
semanas de idade)
- Síndrome uréica-hemolítica Via de eliminação: fezes, leite e urina
(caracterizada por falha renal Via de eliminação: fezes, leite e urina
aguda e anemia hemolítica) Via de transmissão: alimentos (pastagem) e
● VT1: pode ser neutralizada por anticorpos fomites contaminados com fezes e leite de vacas
anti-toxina Shiga com mastite e E. coli
● VT2: semelhante biologicamente a VT1, Porta de entrada: mucosa do aparelho digestivo
mas nao é neutralizada por anticorpos e, eventualmente, nasal
anti-VT1 e anti-toxina Shiga Suscetíveis: animais jovens, principalmente os
● VTe: anteriormente denominado EDP recém-nascidos de até 4 dias de vida, animais
(toxina da doença do edema) mal nutridos e submetidos a estresse
Hemolisina Comunicante: animais recém-adquiridos de
● Lisam hemácias para obtenção de ferro, propriedades que tiveram ocorrência de E. coli
utilizando no metabolismo bacteriano Patogenia
Fator necrosante citotóxico - CNF Equilíbrio da microbiota
● CNF1 e CNF2: habilidade de alterar a Ao nascer o trato intestinal é estéril
função de proteínas celulares Rapidamente colonizado por coliformes,
● CNF1: codificada pelo DNA cromossomal lactobacilos e anaeróbicos obrigatórios
● CNF2: codificada por plasmídeo E. coli coloniza o intestino
● Associadas a enterite infantil no homem e ● Pouca quantidade no intestino delgado
enterite dos leitões e bezerros ● Grande quantidade no intestino grosso
Lipossacarídeo - LPS A localização no trato intestinal e a relação da
Endotoxina: presente na parede celular idade do hospedeiro com diferentes cepas,
Efeitos endotoxins são determinados por seu parecem estar relacionados com a presença ou
componente lipídico ausência de receptores para fímbrias especificas
Altas concentrações de LPS sao observadas na epiteliais
corrente circulatória nade a endotoxina exerce Equilíbrio intestinal é mantido por vários
seus efeitos fatores
● Descolamento das celulas epiteliais da Ph baixo
membrana basal ● Ácido secretado no estômago
● Infiltrado de células inflamatórias ● Especies de lactobacillus, anaerobias
● Congestão vascular facultativas, Gram+
● Aumento da permeabilidade vascular Ingestão de imunoglobulina e outros fatores de
Epidemiologia proteção do colostro e leite
Hospedeiros: todas as especies animais Estabelecimento dos lactobacilo com
Fatores predisponentes micro-organismos dominantes no estômago e
Idade dos animais (principalmente os mais intestino delgado
jovens) Bactérias anaeróbicas que sao mais prevalentes
Falhas de higiene no íleo e cólon
● Saneamento precário das instalações e A doença acontece quando ocorre um
do meio ambiente desequilíbrio da microbiota, permitindo a
● Manejo intensivo e deficiente proliferação e predominância de uma espécie
recolhimento de dejetos bacteriana em relação aos demais
Manutenção de animais infectados na Desequilíbrio da microbiota intestinal
propriedade principalmente portadores (adults) ● Erros alimentares
Introdução de animais oriundos de propriedades ● Uso indiscriminado de antbióticos
com colibatose endêmica Estresse e higiene deficiente: predispõem a
Esquema deficiente de imunização passiva ou infecção clinica
ativa Septicemia por E. coli: ocorre do 1 ao 4 dia de
Aglomeração idade. Porta de entrada geralmente é a cavidade
Fonte de infecção: portadores e doentes
oral, mas pode ser umbigo, mucosa nasal ou Diarreia aquosa, com muco (normalemente sem
orofaringe sangue),febre e desidratação
Embora todo o trato intestinal posssa ser
acometido, o cólon é o local mais comumente
afetado
Lesões similares ocorrem em suínos, cordeiros e
cães
EPEC ocorre em bezerros de 2 dias a 4 meses
de idade e determinam deficiência na absorção e
digestão, perda de proteína
Bezerros com mais de 4 meses de idade podem
ser afetados por EPEC
Associado a falta de higiene e saneamento
básico
Infecção por E. coli enterotoxigenica (ETEC) Crianças de baixo nível socio-economico estão
Aderam fracamente a membrana os enterocitos frequentemente expostas a EPEC e geralmente
através das fímbrias adquirem imunidade após o primeiro ano de vida
Vários tipos de toxinas foram identificavas Infecção por E. coli entero-hemorrágica (EHEC)
● Termolábil (LTI e LTII) Produzem diferentes tipos e grandes quantidade
● Termoestavel (STa e STb), predominam de verotoxinas (Shiga-like)
produtoras de STa As cepas EHEC aderem intimamente as células
epiteliais de ceco e cólon
Causam destruição das células por inibição da
síntese proteica
Há lesão vascular, algumas invadem a lâmina
própria da mucosa intestinal e produzem severa
hemorragia
Maioria dos casos de colibatose entérica em
Sinal característico é disenteria
bezerros e leitões
● Fezes com sangue
Bezerros
● Muco
Diarreia ocorre em animais com menos de uma
● Pus
semana de idade
● Sangue
As cepas de ETEC mais comuns são: 08, 09 e
Afetam bezerros com 4 a 28 dias de idade
0101
Vacinas (bacterinas comerciais) nao costumam
Leitões
proteger contra estes tipos (uso de vacinas
Diarreia do desmame: a maioria dos casos ocorre
autógenas)
durante a primeira semana de vida ou durante as
O tipo clássico de colite hemorrágica é acusada
duas semanas após o desmame
pela cepa O157:H7
Infecção por E. coli enteropatogenica (EPEC) Escherichia coli O157:H7
Capazes de adesão aos enterócitos: destroem as Diarreia sanguinolenta e ocasionalmente falha
microvilosidades, as lesões envolvem todo o renal em seres humanos
intestino Via de transmissão fecal-oral
A diarreia é decorrente aos danos as vilosidade Contato pessoa-a-pessoa ou pela ingestão de
Os enterócitos ao quais as bactérias estão alimentos
aderidas parecem apresentar tamanho menor Alimentos associadas a infeção
que os adjacentes não infectados ● Carne bovina mal cozida
As vilosidade ficam mais espessaras e ● Vegetais crus
ocasionalmente fundidas ● Leite contaminado
A mucosa apresenta erosões como resultado ● Água contaminada
rodando celular Prevenção da infecção
● Cozinhar convenientemente carnes ● Em suínos é responsável pela síndrome
● Evitar ingestão de leite nao pasteurizado metrite-mastite-Agalaxia
● Lavar bem as mãos antes da preparação Pneumonia
de alimentos ou sua ingestão Feridas
● Adoção de medidas preventivas durante o Abortamentos
abate de animais e processamento de Diagnóstico
produtos cárneos Isolamento e identificação do agente etiológico -
● Frutas e vegetais devem ser, sempre, antibiograma
bem lavados Provas sorológicos para tipificação
● Produtores de vegetais devem também Imunofluorescencia direta (colonização de
adotar medidas preventivas durante o porções do intestino)
crescimento, colheita e processamento de Provas moleculares (PCR)
verduras Tratamento
Infecção por E. coli uropatogenica (UPEC) Terapia de suporte e cuidados gerais:
Muitas cepas produzem uma exotoxina que é ● reidratação parenteral ou oral (4 a 6 litros
uma hemolisina (HyIA), a qual ‘capaz de formar por dia de soluções)
portos na membrana celular ● correção do desbalanceamento
Responsaveis por quadros de infecção urinaria ● eletrolíticoestabilização do equilíbrio
no homem e animais ácido-básico
É a causa mais frequente de infecção no trato Antibioticoterapia por 5 a 7 dias nos casos
urinário em cães e gatos severos
Em suínos são responsáveis por quadros como ● colher material para análise antes de
cistite, uretrites, prostratites e mesmo pielonefrite administrar o antibiótico
Infecção por E. coli septicemica(SEPEC) Não suspender o leite por mais de 24 horas
Septicemia, sepse, sépsis ou choque séptico: Produtos que contém metoscopolamina e
ïnfeccao generalizada” atropina que diminuem o peristaltismo são
Porta de entrada contra-indicados
● Tecidos na nasofaringe Profilaxia
● Trato intestinal Aula 3 - Salmoneloses
● Umbigo Introdução
Animais muito jovens e particularmente aqueles Infecção bacteriana que afeta todas as espécies
que estão hi[po-gamaglibulemicos devido a animais
absorção insuficiente de anticorpos colostrum’s Pode causar infecção alimentar
estão propensos a desenvolver a colisepticemia Também conhecida como paratifoide
Cepas que causam colisepticemia geralmente Distribuição cosmopolita
sao invasivas Zoonose
A patogênese exata da colisepticemia ainda nao Prejuízo à saúde pública
foi adequadamente elucidado, mas acredita-se Taxonomia
que a endotoxina desempenha um papel Espécies
importante na ocorrência de choque ● Salmonella enterica
A permeabilidade intestinal aumentada para ● Salmonella bongori
macromolecules no recém-nascido pode Diferenças antigênicas em
predispor a invasão dedos tecidos por cepas O (somáticos): presente em todas as cepas,
indutoras de septicemia glicolipidico, termorresistete, essencial à
Animais que sobrevivem a colisepticemia podem virulência
desenvolver meningite fibrinopurulenta ou artrite H (flagelar): proteico, termolábil
Patogenia- Outras enfermidades Vi ou K (capsular): glicoproteico, termorresistente
Infecções da glândula mamaria Mais de 2500 sorotipos
● Mastitis em todas as fêmeas mamíferas Fatores de virulência
Endotoxina: lipossacarídeo, alem de contribuir ● Estresse
para a resistência à ação do complementos e ● Criação intensiva (confinamento)
desempenhar uma função importante na ● Criação extensiva sem rotação de pasto
colonização do epitélio intestinal ● Uso de adubo nao tratado
Citotóxica: age inibindo a síntese proteica, em ● Alimentos contaminados
parte responsável por danos à mucosa intestinal ● Água contaminada
Enterotoxinas: três descritas: uma enterotoxina ● Presença de portadores
está associada à parede celular e as duas outras ● Trabalhadores com vestimentas
aumentam a permeabilidade vascular. contaminadas
Termoestável de ação rápida, produzido resposta Sorotipos mais prevalentes foram
após uma hora de ingestão. Termolábil, e de ● S. Enteritidis (32,7%)
ação lenta, após 18 horas da ingestão provoca ● S. Senftenberg (10,3%)
resposta ● S. Hadar (6,8%)
Agente etiológico ● S. Agona (5,1%)
Bastonete gram negativo ● S. Typhimurium (2,4%)
Móveis (flagelos peritríquios) Barreiras do organismo
Não esporulam Enzimas salivares - ação lactoperoxidase
Anaeróbios facultativos Ph ácido do estômago
Produzem gas a partir da glicose Secreção da mucosa
Temperatura ótima de crescimento: 37C Peristáltico impedindo adesao
Oxidase negativa Competição pelos sítios de adesao com outras
Catalase positiva bactérias
Vermelho de metila e citrato de Simons positivos Secreção de imunoglobulina pelas placas de
H2S positivo Peyer
Lactose/sacarose negativas Patogenia
Urease negativa A evolução da doença depende do sorotipo do
Podem sobreviver por ate 9 meses em solo hospedeiro
úmido ao abrigo de luz Característica do sorotipo influencia sua
Suportam ph entre 4 e 9 virulência
Sensíveis a ● Adesina da fímbria
● Peróxido de hidrogênio ● Citotoxina
● Ácido acético ● Enterotoxina
● Acido lático ● LPs
● Cloro
● Formaldeído
● Fenóis
● Glutaraldeido
● Amônia quaternária
● Iodo
Epidemiologia
Hospedeiros: todos os animais de sangue quente
e répteis
Reservatórios: os animais são considerados
reservatórios para os humanos
Via de eliminação: fezes
Via de transmissão: alimentos, água, solo
(fecal-oral) Septicemia
Período de incubação: algumas horas ate dias Potros e bezerros recém-nascidos e leitões de
(portador saudável?) até 4 meses de idade
Fatores de risco Febre alta
Depressao profunda
Apatia Septicemia: manchas vermelho escuras na pele,
Prostração hemorragias petéquias, sinais neurológicos
Óbito entre 24 e 48 horas Enterite aguda: enterite associada a sinais
Enterite aguda respiratórios e neurológicos
Animais adultos de todas as espécies Estenose retal
Febre alta, pode reduzir com o início da diarreia Salmonelose equina
Diarreia líquida intensa, pode apresentar muco Ocorrência esporádica
ou sangue Septicemia: em potros com ate 2 dias de idade
Palpacao retal leva à dor extrema Enterite aguda: jovens e adultos
Dor abdominal Salmonelose canina e felina
Anorexia Rara
Desidratação Portadores
Toxemia Em cães pode ser uma complicação a
Morte em 75% dos casos sem tratamento quimioterapia para linfossarcoma
Enterite crônica Abortos e morte perinatalogia canis foram
Forma comum em suínos, bovinos e equinos atribuídos ao S. Panama
adultos após um surto Descrição de um surto hospitalar com
Febre moderada gastroenterite e septicemia em gatos jovens
Diarréia intermitente ou persistente, pode internados
apresentar muco ou sangue Diagnóstico
Perda de peso Necropsia
Aborto Isolamento e identificação bacteriana
Pode ocorrer em bovinos e ovinos Sorotipagem (antígenos de superfície)
Bactéria multiplica-se na placenta ELISA por captura (ag)
Lesão placentária leva ao abortamento PCR
Salmonelose bovina ELISA indireto (ac) aglutinação
Surtos graves são raros, mas estresse, restrição Tratamento
hídrica ou alimentar podem desencadear o Tratamento de suporte
quadro Antibioticoterapia
Septicemia: RN a poucas semanas de vida Ruminantes: trimetoprima-sulfadoxina, ampicilina,
Enterite aguda: bezerros com mais de 1 semana amoxicilina
e bovinos jovens Equinos: trimetoprima-sulfadoxina,
Enterite crônica: adultos que passaram pela gentamicina-ampicilina, cloranfenicol
enterite aguda Suínos: trimetoprima-sulfadoxina, clortetrociclina
Abortamento (124 a 270 dias de gestação) Lembrar de colher o material para análise antes
Gangrena seca terminal das extremidades: de administrar o antibiótico
bezerros apresentam claudicação, edema abaixo Antibiótico de amplo espectro, enquanto aguardo
dos boletos e separação da pele acima dos o resultado do isolamento e antibiograma (porem
boletos pode acabar com a microbiana normal e
Salmonelose ovina privilegiar a salmonella)
Septicemia: rara, mas pode ocorrer nas fases Substituir a antibioticoterapia por medicamento
iniciais do surto específico após definição do antibiograma
Enterite aguda: forma mais comum O tratamento pode induzir a ocorrência de
Abortamento: ovelhas podem morrer após portadores são
abortamento ● Controlar fontes de infecção
Salmonelose caprina ● Controlar fatores de risco
Rara ● Higiene
Septicemia superaguda: recém-nascidos ● Desinfeção
Enterite aguda: semelhante aos bovinos ● Vacinação
Salmonelose suína
● Uso profilático de antibióticos Fonte de infecção: animais que posssuem
(controverso- resistência) agentes no TGI
● Água e alimento de qualidade e origem
Via de eliminação: fezes
controlada
Aula 4 - Clostridiososes Via de transmissão: solo contaminado por fezes
Introdução Porta de entrada: ferimentos acidentais ou
Clostridium spp.: agentes etiológico primários de
cirúrgicos, umbigo
enfermidades (raramente secundários),
produtores de exotoxinas que definem Suscetíveis: mamíferos
patogenicidade Periodo de incubação:2 dias a 4 semanas
Bacilos anaeróbicos
Elevada taxa de mortalidade
Gram positivos
Móveis e esporulamos Longo período de convalescência
Produtores de uma ampla gama de toxinas Fatores de virulência: exotoxinas
potentes e letais ● Tetanopasmina - neurotóxico (SNC)
Encontrados em:
● Trato digestivo (animais e homem) ○ Ascende pelos neurônios
● Solo periféricos e liga-se aos
● Matéria orgânica interneuronicos inibitórios da
● Água
medula espinhal
● Sedimento marinho
Altamente resistentes (forma esporulara) ○ Via sanguínea, atravessa a
● Dessecação (à sombra): vários anos barreira hemao-encefalica
● Sol: 2 semanas
○ Inibição de glicina e GABA=
● Fervura: 1 a 3 horas
Sensíveis a contrações tetânicas da
● Fenol 5% por 10 a 12 horas musculatura após estimulacao
● Autoclavagem a 121C por 15 a 20 min
normal (inibição do relaxamento
muscular)
● Tatnolisina - hemolitica
○ Aumenta necrose tecidual e acao
antifagocitica
● Toxina nao espasmogenica - neurotoxica
(SNP)
○ Paralisia de sistema nervoso
periférico
Clostridium tetani Patogenia
Tétano: doença infecciosa nao contagiosa Agente não invasivo, é inoculado na lesão
caracterizada por espasmos musculares, Multiplicação em anaerobiose
hipertensia, paralisia espástica e convulsões Produção de exotoxinas
Sinais são devido a acao de exotoxinas
produzidas pelo C. Tetani
Acomete animais e humanos
Distribuição mundial
Epidemiologia
Sinais clínicos
Sítio de replicação bacteriana Foco de infecção
Quantidade de exotoxinas produzidas ● Debridamento e remoção de tecido
Susceptibilidade do hospedeiro necrosado
● Equinos: sao mais sensíveis e ● Limpeza e desinfecção com água
apresentam quadros mais graves oxigenada 10 vol
● Ruminantes e suínos: moderadamente Soro antitetânico (antitoxina - sorohiperimune)
suscetíveis Penicilina G, tetraciclina ou metronidazole
● Cães: tétano localizado (terminações Anticonvulsivante, sedativos, relaxantes
nervosas locais) musculares
● Aves domesticas: nao sao suscetíveis Isolamento em ambiente tranquilo, se possível
Sinais clínicos em uma baia de pouca luminosidade e distante
● Locomoção dificultada dos ruídos (colocar algodão nos ouvidos)
● Espasmos musculares Profilaxia
● Constipação Vacinação: duas doses iniciais e revacinacao
● Dispineia/ disfagia anual
● Brandi e taquicardia Colostro (fêmeas vacinaras)
● Opistótono Prevenção de lesões
● Mialgia Tratamento de ferimentos
● Convulsões Procedimentos cirúrgicos executamos com
● Prolapso terceira pálpebra/ anal higiene e desinfecção, utilizando materiais
● Apneia estéreis
● Timpanismo/ coloca Clostridium botulinum
● Morte Botulismo: intoxicação pela neurotoxina
Diagnóstico produzida pelo C. Botulinum
Essencialmente clínico Intoxicação : ingestão da toxina pré-formada
Laboratorial (mais importante)
● Exame direto (esfregaço + gram) Toxinfeccao: multiplicação bacteriana e
● Isolamento (anaerobiose) e identificacao producao de toxinas no TGI
● Soroneutralizacao em animais de Ferimentos: multiplicação bacteriana e producao
laboratório (toxinas) de toxinas na ferida
● PCR Epidemiologia
Diagnóstico diferencial Fonte de transmissão: animais com agente no
● Raiva TGI
● Meningite Via de transmissão: alimentos e água com
● Traumatismos cranianos toxinas pré-formadas ou contaminados com
● Intoxicação por estricnina agente
● Traumatismo muscular (localizado) Porta de entrada: TGI
● Hipocalcemia em parturientes (eclampsia) Susceptíveis: mamíferos, aves e peixes
Tratamento Período de incubação: 3 a 17 dias
8 toxinas antigenicamente distintas Sinais clínicos
A, B, C1, C2, D, E, F, G ● Midríase (pupilas dilatadas)
Resistentes ao suco gástrico ● Mucosas secas
Elevada capacidade de ultrapassar barreiras ● Xerostomia (hipossalivacao)
mucosas ● Flacidez na língua
Permanece viável no interior de ossos por ate 10 ● Disfagia
anos ● Incoordenação
Toxina biológica conhecida mais potente (dose ● Marcha rigida seguida de paralisia flacida
letal para humanos = 0,1 a 1 ug) ● Decúbito
Toxinas podem ser inativadas ● Parada respiratória
● Pelo calor (30 min a 80C, por qualquer Ocorrência em humanos
tempo a 100C) Alimentos enlatados em envasados em vidros
● Pelo hipoclorito de sódio 0,1% por 30min Industrializado: subprocessamento ou
● Exposição a raios solares por 1 a 3 horas contaminação pós processo
● Em aerobiose e na escuridão por 12 Conservas caseiras: subprocessamento e acidez
horas Mel: fonte significativa de C.botulinum
● Cloração clássica (tratamento de agua Diagnóstico
potável): destrói 84% das toxinas em 20 Histórico e quadro clínico
minutos Comprovação com auxílio de testes laboratoriais
Patogenia em amostras de material coletado em animais
suspeitos (soro sanguíneo, extrato hepático,
líquido ruminal e conteúdo intestinal)
Bimensais: inoculação intraperitoneal de
amostras, centrifugadas e filtradas, em
camundongos (observação de manifestação de
Locais de acao da toxina botulínica quadro clinico, por 3 ou 4 dias)
● Junção neuromuscular Outros: prova de soroneutralizacao e teste de
● Terminais nervosos colinergicos microfixacao de compleemento, RIFD, ELISA,
● Gânglios autonomos PCR (intoxicação de toxinas pelo uso de toxinas
● Terminações nervosas parassimpaticas botulínica C e D)
pós-ganglionares Tratamento
Mecanismo de acao Indicado em casos subjugados ou crônicos
● Interferência com a função do cálcio no Tratamento sintomático devido à indisponibilidade
terminal nervoso de antitoxina no mercado
● Inibe a liberação de acetilcolina ● Soluções hidroeletroliticas
● Nao abole a condução dos nervos ● Soluções injetáveis de cálcio e fósforo
motores, mas impede a passagem dos ● Purgativos (tentativa de remover a toxina
impulsos nervosos para os músculos do TGI)
(paralisia flacida) ● Hepatoproteotres
● Vitaminas do complexo B
● Uso de antibióticos (prevenir ou controlar
o aparecimento de infecções secundarias)
Profilaxia
Vacinas dos animais (duas doses com um mês
de intervalo - 1 mês antes de confinar o animal) Multiplicação intensa
Correto armazenamento de feno, de silagem e de ● Ingestão de grandes quantidades de
ração para evitar material em decomposição concentrado
Adoção de uma mistura mineral de boa ● Alteração repentina da dieta
qualidade, associada a eficaz remoção de ● Alto parasitismo intestinal
carcaças e ossos das pastagens ● Rescem-nascidos: microbiota em
Clostridium perfringens formação
Enterotoxemia: toxinfecção alimentar que Enterotoxemia pelo C.perfringens tipo A:
podem causar distúrbios e TGI, SNC, rins, vasos ● clostridiose intestinal equina: diarreia
sanguíneos e morte súbita aquosa profusa, cólica, alta mortalidade
C. Perfrigens tipo A e E: produção de diferentes ● diarreia em suínos: diarreia amarela,
exotoxinas imunologicamente distintas, alem das aquosa, em leitões com até 5 dias de
toxinas secundarias idade, alta morbidade
Alfa: fosfolipase C (lecitinase): hemolitica, ● doenças hemolíticas: repentina
aumentar permeabilidade capilar, degeneração depressão, palidez de mucosas, icterícia,
de membrana plasmática de células musculares dispneia, alta mortalidade
Beta: necrotizante- necrose da mucosa intestinal ○ doença hemolítica em ovinos e
Épsilon: necrotizante e neurotóxica - lesão de bovinos
células endoteliais do cérebro ○ doença do cordeiro amarelo
Iota: necrotizante, letal - necrose de mucosa ○ enterite hemorrágica aguda em
intestinal bovinos
Delta: hemolisina ○ enterotoxemia em potros
Theta: hemolisina ○ gastrenterite hemorrágica canina
Kappa: colagenose Enterotoxemia pelo C.perfringens tipos B, C e E:
Mi: hialuronidase ● enterite hemorrágica (ou necrótica) dos
Epidemiologia suínos: RNs morrem em 24 horas.
Os clostridios estão naturalmente na microbiota ● Animais com mais de 2 semanas
intestinal dos hospedeiro desenvolvem quadro crônico. Apatia,
Desequilíbrio da microbiota leva a multiplicação anorexia, fezes com sangue.
do agente, gerando quadro clinico Enterotoxemia pelo C.perfringens tipos B, C e E:
● Falhas de manejo ● disenteria do cordeiro: clima frio, animais
● Mudanças repentinas na dieta de 1 dia a 3 semanas
● Influências ambientais
Patogenia
● enterotoxemia em potros e bezerros: rara, ● presença de gases
ocorre em animais com até 10 dias, Tratamento
enterite hemorrágica grave e fatal antibioticoterapia: penicilina, tetraciclina
● enterotoxemia em ovinos: Inglaterra, assepsia e oxigenação das lesões
morte súbita fasciotomia: cuidado com infecções secundárias
Enterotoxemia pelo C.perfringens tipo D: Profilaxia
● doença do rim polposo ou da vacina: duas doses com intervalo de 1 mês e
superalimentação: ruminantes, revacinação anual
principalmente cordeiros Clostridium haemolyticum
● dieta rica gera amido parcialmente Hemoglobinúria bacilar: infecção endógena –
digerido que segue para o intestino, ótimo endósporos dormentes no fígado
substrato para os clostrídios Bovinos, ocasionalmente ovinos
● sinais nervosos e morte Fator desencadeante: lesões hepáticas, podem
● na necrópsia é possível encontrar os rins estar associadas a migração de fascíolas ou
autolisados outros parasitas
Clostridium chauvoei Toxina beta: lecitinase
Carbúnculo sintomático: ministério infecciosa – causa hemólise intravascular com necrose
(inflamação de músculos esqueléticos causada hepática – hemoglobinúria
por clostrídeo) Sinais clínicos
Também denominado black leg ou peste da início súbito
manqueira interrupção da ruminação, alimentação, lactação
Infecção endógena: endósporo dormentes e defecção
Fator desencadeante: contusão, trauma edema em peito – morte
Patogenia Profilaxia
Vacinação
Manejo
Controle de verminoses
Multicausal
Gangrena gasosa, edema maligno ou miosite
necrosante: infecção aguda de ferida por
Sinais clínicos
clostrídios
● claudicação, dificuldade de locomoção
C. perfringens tipo A
● mialgia
C. septicum
● lesões fétidas
C. novyi tipo A
● crepitação do músculo à palpação
C. sordelli
● morte súbita
C. chauvoei
Necropsia
Enfermidades agudas, septicêmicas, tóxicas e
● Coloração enegrecida do músculo
gangrenosas
(necrose) secreções sero-sanguinolentas
Fatores predisponentes
anaerobiose Actinobacillus lignieresii
isquemia Cocobastonete Gram negativo
pH ácido Crescem em agar sangue
Patogenia Não hemolítico
Entrada do agente por via traumática Podem produzir 3 citolisinas (hemolisina): Apx I,
fatores predisponentes levam a proliferação dos II e III
agentes Capazes de destruir macrófagos, neutrófilos,
produção de toxinas e enzimas eritrócito, e com habilidade para formar poros na
liberação de gás (crepitação típica) membrana da célula hospedeira
Sinais clínicos: Actinobacilose
● febre alta Doença infecciosa nao contagiosa, crônica e
● rigidez, claudicação piogranulomatosa
● necrose tecidual Afeta os tecidos moles
● edema com crepitação subcutânea Sinonímia: língua de pau
● toxemia (apatia, depressão) Comensal de TGI
● morte súbita Invasão oportunista
● ovinos: edema de cabeça Qualquer idade e sexo pode ser afetado
● suínos: lesões sem crepitação Ocorrência esporádica, raramente surtos
Diagnóstico Fatores de risco
Clínico ● Solução de continuidade
Laboratorial: sangue, pus e fragmentos tecidos ● Forragens abrasivas ou espinhosas
detecção do agente: Epidemiologia
● isolamento Fonte de infecção: animais com lesões
● RIFD supuradas por portadores
● PCR Via de eliminação: secreções eliminadas a partir
● IHQ de lesões
Tratamento Via de transmissão: ambiente e alimentos
drenagem da lesão e irrigação com H2O2 contaminados
antibioticoterapia (sistêmica e infiltração local) Porta de entrada: mucosas com solução de
suporte continuidade (lesao)
Prevenção Susceptiveis: bovinos (lesões em língua e
Evitar contaminação de feridas com terra linfonodos)
Cirurgia: evitar contaminação fecal ● Raro: ovinos, suínos, equinos e humanos
Vacinação sistemática do rebanho com (lesões na pele)
bacterinas e toxóides específicos
Práticas adequadas de manejo
Aula 5 - Actinobacilose, Actinomicose,
Dermafilose
Actinobacilose
Sinais clínicos Actinomicose
Salivação intensa Doença infecciosa que acomete a mandíbula
Movimentos mastigatório (raramente a maxila), caracterizada por
Dificuldade de se alimentar osteomielite rarefaciente crônica localizada)
Glossite difusa: língua dura, sensível e dolorosa Sinonímias: mandíbula nodular ou cara inchada)
Lesões: lábios, palato, faringe, fossas nasais e Qualquer idade e sexo pode ser afetado
face Ocorrência esporádica, raramente surtos
Linfadenite em região da cabeça e pescoco, Fatores de risco
linfonodos aumentados e indolores ● Solução de continuidade (lesão em
Nódulos em outras regiões do corpo mucosa, erupção de dentes)
Diagnostico ● Forragens abrasivas ou espinhosas
Clinico Epidemiologia
Laboratorial Fonte de infecção: animais com lesões ou
● Coleta de material: exudato portadores
● Exame direto Via de eliminação: secreções
● Isolamento do agente Via de transmissão: ambiente e alimentos
● Identificação do agente contaminados, microbiota oral
Tratamento Porta de entrada: mucosas com solução de
Iodeto de potássio: oral 4 a 10g diariamente por 7 continuidade (lesão)
a 10 dias Susceptíveis: bovinos
Iodeto de potássio ou sódio (1g/12kg) em solução ● Raro: outros mamíferos
a 10% por via intravenosa em única dose Sinais clínicos
(intoxicação: hipersalivação, anorexia e vômito) Dificuldade de mastigação
Antibioticoterapia Perda de alinhamento dos dentes
● Penicilina e aminoglicosídeos Tumefacao de consistência dura e indolor no
● Sulfonamidas início
● Isoniazida oral 10 a 20 mg/kg por 30 dias Dor e perda dos dentes com o avançar do quadro
Profilaxia Ulceração da pele, fístulas, presença de pus
Evitar forragens secas e grosseiras (favorece Emagrecimento progressivo e emaciação
lesões) Diagnostico
Isolar os animais doentes Clinico
Actinomicose Laboratorial
Actinomyces bovis ● Coleta de material: exsudato
Gram positivo ● Exame direto
Anaeróbicos facultativos ● Isolamento do agente
Bacilos imóveis ● Identificação do agente
Formam filamentos Dermatofilose
Microbiota normal de cavidade oral Dermatophilus congolensis
Invasão importunista Actinomicetos
● Citologicamente: sao procarioto
● Morfologicamente: assemelham-se a
fungos - produzem esporos assexuados e
possuem micélio (hifas)
Bactéria (actinomiceto) gram-positiva anaeróbica
facultativa
Sinais clínicos
Zoósporos móveis em forma de cocos
Pápulas foliculares e não foliculares, pústulas,
Encontrados no solo e pele de animais saudáveis
rapidamente elas se coalescem e se tornam
Potencialmente zoonótico
exsudativas
Dermatofilose
Lesões ativas contêm pus espesso, cremoso,
Doença caracterizada por dermatite pustular
amarelado ou esverdeado que se adere à
exsudativa infecciosa nao pruriginosa
superfície da pele e superfície interna das crostas
Sinonímias:
Esses exsudatos formam crostas e os pêlos
● Senkobo
ficam grudados
● Esporotricose cutânea
Lesões inicialmente no dorso, depois observadas
● Dermatite micótica (mas nao é fungo)
no escroto, períneo,
● Não confundir com dermatofitose (que é
úbere e porções distais dos membros
fungo)
Peles claras (focinho, porção distal dos
Importância econômica: desvalorização de couro
membros) são mais afetadas e podem exibir
e lã
eritema como resultado de fotodermatite
Fatores de risco
Lesões dolorosas mas não pruriginosas
● Clima úmido e quente (pele úmida)
Diagnostico
● Traumas em pele (tosquia, picadas de
Coloração e/ou cultura de pus ou crostas
inseto, lesões)
Biópsia da pele
● Falhas de manejo (higiene, estresse,
Diferencial
nutrição)
● Dermatofitose
Epidemiologia
● Foliculite e furunculose por estafilococos
Fonte de infecção: portadores saudáveis e
● Pênfigo foliáceo
doentes
Tratamento
Via de eliminação: crostas e pele descamada
Lesões localizá-las
Via de transmissão: contato direto, vetores
● Remoção das crostas (cuidado com a
mecânicos, solo e agua contaminados
contaminação ambiental)
Porta de entrada: pele com lesões
● Tratamento tópico com clorexidina ou
Susceptiveis: ovinos, bovinos e equinos
iod-povidine
● Raro: caprinos, suínos, cães, gatos e
Animais com lesões disseminadas e quadros
humanos
crônicos
Patogenia
● Antibioticoterapia sistêmica (penicilina
procaina + estreptomicina ou eritromicina)
Profilaxia Produz diferentes toxinas - varia de acordo com a
Remover fatores predisponentes cepa - patogenicidade
● Melhorar higiene, nutrição e praticas de Esfingomielinase ou hemolisina (fosfolipase
manejo D)
● Evitar traumas na pele Exotoxina (glicoproteína)
● Controle de insetos e artrópodes Possui acao necrosante
● Evitar traumas mecânicos na pele Importante na patogenia e no diagnostico
Animais afetados devem ser isolados sorológico
Animais previamente infectados nao Age nas celulas endoteliais
desenvolvem imunidade significativa ● Causa hemólise, aumento da
Aula 6- Linfanidite caseosa permeabilidade dos vasos sanguíneos e
Introducao linfáticos
Enfermidade crônica contagiosa, caracterizada ● Facilita a invasão bacteriana
por lesões purulentas e caseosas nos gânglios Citotóxica e induz a caseificacao
linfáticos (“mal do caroço) Camada lipídica promove a proteção contra a
Acomete ovinos e caprinos digestão por enzimas celulares- proprociona ao
Ocasionalmente pulmões, baço, rins e fígado agente prolongado tempo de sobrevivencia
Causa lindadenite ulcerativa em equinos e Epidemiologia
abscessos superficiais em bovinos, suínos, Prevalente em vários países: tropicais e
cervos e animais de laboratório subrtropicais
Agente etiológico Endêmica no Brasil: morbidade de 30%
Corynebacterium pseudotuberculosis Todas as raças, estações do ano, sendo os
Bactéria Gram positiva animais adultos os mais comumente acometidos
Pleomorficas Prevalência com o passar dos anos pode chegar
Imóveis a 50%. Nos rebanhos criados extensivamente a
Anaeróbica facultativa doenca nao excede 30%, mas a frequência de
Formas de cocos, de clavas ou bacilos ovinos infectados aumenta com os anos
Em esfregaços aparecem isoladas, em paliçadas Conteúdo dos abcessos que supuram e
paralelas ou foram “letras chinesas” contaminam o ambiente
colônias pequenas, que tornam-se secas, friáveis O microorganismo penetra em pele intacta ou
e de cor creme escarificada, no subcutâneo o na mucosa
Comensal de membranas Transmissão: contato direto com secreções ou
Resistente à dessecação durante meses, fomites e líquidos de banhos de imersão
permanecendo viva na carne congelada, fezes, contaminados com o agente
exsudato purulento, solo, locais úmidos e Inalação do material infectante: desenvolvimento
escuros, pele, vísceras infectadas e intestinos de abcessos nos pulmões ou pneumonia nos
Pode sobreviver no solo contaminado com pus ovinos
por ate 8 meses e nas instalações por 4 meses
Ingestão de material infectante: relatado moo Abscessos pulmonares podem eventualmente
causa do desenvolvimento de abscessos romper e contaminar o meio ambiente
mandibulares em caprinos Sinais clínicos
O período de incubação ate os abscessos serem Aumento de tamanho de linfonodos superficiais:
notados nos linfonodos superficiais é de pré- escapulares, parótideo, submandibular,
aproximadamente 2 a 6 meses retrofarigeo, pré-crural, supramamarios e poplíteo
Transmissão é facilitado no sistemas de criação Tamanho das lesões varia e depende de fatores
onde há como virulência
● Alta densidade populacional Localização dos abscessos geralmente depende
● Animais com ferimentos na pele do local onde ocorreu a lesao primaria (porta de
● Alta umidade entrada)
● Condições precárias de higiene 75 a 87% ocorrem na região da cabeça e
Patogenia pescoço
1. Penetração no hospedeiro através de Natureza encapsulada dos abscessos
uma solução de continuidade pulmonares e ausento de exsudato nas vias
2. Bactéria livre ou no interior de macrofagos aéreas:crepitações pulmonares habitualmente e
segue para a circulação linfática ate um nao sao auscultadas
linfonodo Raramente o micro-organismo pode alcançar o
3. Infiltração massoca de leucócitos sistema nervoso central, a glândula mamaria,
polimorfonucleares escroto e articulações
4. Formação de micro abscessos na area "Síndrome da ovelha magra”(abscessos
cortical do linfonodo acometido viscerais)
5. O abscesso rapidamente se torna ● Perda de peso crônica
encapsulado com uma area central ● Subfertilidade
necrosada, onde a fagocitose continua, ● Queda na producao de leite
carreando um processo de ● Nascimentos de menor numero de
reencapsulamento, responsável pela cordeiros
aparência laminar (cebola) da lesao Diagnostico
Persistência e progresso a infecção envolve Clinico: presença de um abscesso de
fagocitose, multiplicação intracelular do consistência firme e ligeiramente flutuante na
microorganismo e degeneração celular região anatômica de um linfonodo
resultando em aumento do abscesso Completementares
Piogranuloma na linaddfenite caseosa: ● Necropsia com achados patológicos
mecanismo de defesa (Limita a disseminação compatíveis
bacteriana sistêmica) ● Cultura microbiológica
Pode se disseminar por via linfática e ● CAMP test
hematogena para os pulmões e outras partes do ● Sorológicos (anticorpos contra a toxina)
organismo sem envolver o linfonodo próximo da ○ Teste de imunodifusao
porta de entrada ○ ELISA
○ Inibição sinérgico da hemólise
(ISH): pode diagnosticar infeccoes
precoces, antes do aparecimento
de abscessos subcutâneos, e
pode auxiliar nos casos de
abscessos internos
Diagnostico
Linfodenina
Inoculação de 0,1ml de linfadenina por via
intradérmica na região omoplata
Animais portadores da doenca desenvolvem
reações alérgicas locais, com maior intensidade
após 48 horas e com aumento da espessura da
dobra da pele variando entre 1,6 a 12,2 mm
Animais livres da doenca a variação é de 0 a
1,55mm

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