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MICROBIOLOGIA

de multiplicação chamou-se abiogênese.


1 INTRODUÇÃO
A geração espontânea de seres vivos in-
Segundo algumas teorias científicas, acre- dagou muitos cientistas, tendo desta forma
dita-se que os microrganismos apareceram uma longa existência de pensamento. A ideia
na terra há bilhões de anos a partir de um da geração espontânea teve origem na Gré-
material complexo de águas salgadas, ou até cia Antiga, onde acreditavam que alguns ani-
mesmo pelo processo de vaporização, que mais, como rãs e minhocas surgiam de forma
acarretava em chuvas e que desta forma cir- espontânea, de um pequeno lago ou lama. Já
culavam na terra. Os microrganismos são an- outras pessoas, acreditavam que larvas de in-
tigos, porém a microbiologia é jovem, pois os setos e moscas eram produzidas a partir de
microrganismos foram evidenciados somente carne em decomposição. Porém após alguns
há 300 anos, e só foram estudados e com- estudos de observação, essas ideias foram
preendidos 200 anos depois. A Microbiologia perdendo força, pois um médico italiano de-
é uma ciência que foi impulsionada com a monstrou que as larvas encontradas na carne
descoberta do microscópio por Leuwenhoek em putrefação eram na realidade larvas de
(1632 – 1723). ovos de insetos e não um produto da geração
espontânea. Pasteur foi um cientista muito
Leuwenhoek fez observações sobre a reconhecido por seus estudos, onde hoje em
estrutura microscópica das sementes e em- dia ele impulsionou a tecnologia de alimentos,
briões de vegetais, animais invertebrados, pois ele impôs o processo de preservação dos
espermatozoides, sangue, circulação sanguí- alimentos pela pasteurização.
nea, entre outros materiais biológicos. Com
isto, os estudos da biologia (bio = vida, logia 2 CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS
= estudo) ficou muito mais enriquecida, pois
todos os tipos principais de microrganismos Os seres vivos são constituídos de unida-
que hoje conhecemos – protozoários, algas, des microscópicas, que são conhecidas por
fungos e bactérias foram primeiramente des- células, que em conjunto formam estruturas
critos por Leuwenhoek. organizadas. A composição das células são:
núcleo e citoplasma. Quando o núcleo celu-
• BIOGÊNESE E ABIOGÊNESE:
lar é envolto por uma membrana nuclear ou
Os cientistas começaram a indagar a ori- carioteca, os organismos são chamados de
gem dos seres e dividiram suas opiniões em EUCARIÓTICOS, os que não possuem célu-
como é a origem dos microorganismos, então las com carioteca são os PROCARIÓTICOS
eles criaram dois pensamentos: a exemplo das bactérias.
Biogênese: Teoria proposta por Loius Pas- Os seres vivos são classificados em reinos:
teur, onde nesta, alguns cientistas acredita-
• Monera: Procariotos.
vam que as “sementes” dos seres microscó-
picos estão sempre presentes no ar, de onde • Protista: Eucariotos unicelulares: Protozo-
ganham acesso aos materiais e ali crescem ários (sem parede celular) e Algas (com pare-
desde que as condições do ambiente sejam de celular).
adequadas e favoráveis ao seu desenvolvi- • Fungi: Eucariotos aclorofilados.
mento.
• Plantae: Vegetais.
Abiogênese: Outros cientistas acredita-
vam que os microrganismos se formavam es- • Animalia: Animais.
pontaneamente a partir da matéria orgânica • Os vírus não estão inseridos em nenhum
em decomposição ou putrefação, essa forma reino.
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2.1 - CARACTERÍSTICAS DOS CINCO REI- • Fezes;
NOS DOS SERES VIVOS: • Tecido;
Todas as espécies que fazem parte de um • Líquido cefalorraquidiano;
determinado reino têm características seme-
lhantes quanto a desenvolvimento e funciona- • Muco do nariz, garganta ou região genital.
mento. 3.3 - VIROLOGIA:
• Nutrição: Autotrófica (produzem seu pró- Ciência que estuda os vírus. Muitos auto-
prio alimento) ou heterotrófica (se alimentam res não classificam os vírus como microrga-
de outros seres vivos); nismos e também a sua classificação como
• Organização celular: Unicelulares (pos- ser vivo foi muito questionada. O termo mais
suem apenas uma célula) ou pluricelulares utilizado no aspecto clínico é agente infeccio-
(têm duas ou mais células). so.
FIGURA 29 - REPRESENTAÇÃO DOS VÍRUS
• Tipos celulares: Eucariontes (o material
genético tem uma membrana) ou procarion-
tes (não possuem membrana).
• Respiração: Aeróbia (necessitam de oxi-
gênio) ou anaeróbia (não utilizam oxigênio).
• Reprodução: Sexuada, assexuada ou por HIV Vírus da Hepatite B
esporos.
• Locomoção: Autônoma ou imóvel.

3 PRINCIPAIS ÁREAS DA
MICROBIOLOGIA
3.1 - FICOLOGIA: Adenovírus Influenza

Ciência que estuda as algas. A microbiolo-


gia estuda as algas unicelulares procariontes
e eucariontes, já a Botânica estuda as algas
pluricelulares.
3.2 - BACTERIOLOGIA:
Papilomavírus Rotavírus
Ciência que estuda as bactérias, abran-
gendo a morfologia, ecologia, genética e bio-
química.
FIGURA 28 - REPRESENTAÇÃO DAS BACTÉRIAS

Vírus da Raiva
Bacteriófago

Vírus do Herpes simples Vírus Ebola

TODA MATÉRIA (2018)


TODA MATÉRIA (2018) Os vírus são seres acelulares que neces-
Principais amostras para solicitação de sitam parasitar algumas células para conse-
exames: guirem reproduzir-se, por isso, são chamados
parasitas intracelulares obrigatórios. Eles
• Sangue; infectam os linfócitos, por isso a solicitação
• Escarro; de um hemograma se faz importante, para
• Urina; detectar uma possível contaminação viral ou
bacteriana.
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MICROBIOLOGIA
Alguns exemplos de infecção são:
4 BACTERIOLOGIA
• Gripe;
Dentro da bacteriologia, estuda-se as ca-
• Sarampo; racterísticas que são utilizadas para a iden-
• Febre amarela tificação e classificação das bactérias, o que
inclui a morfologia celular, reações de colo-
• Meningite;
ração, motilidade, morfologia colonial, oxi-
• Caxumba; genação, exigências nutricionais, atividades
• Hepatite; bioquímicas e metabólicas, patogenicidade,
sequência de aminoácidos, sequência de pro-
• HIV; teínas, bem como a composição genética.
• Varíola. 4.1 - MORFOLOGIA BACTERIANA:
3.4 - PROTOZOOLOGIA: Existem diversas bactérias conhecidas,
Ciência que estuda os protozoários. Per- mas as de importância médica são caracteri-
tencem ao Reino Protista, junto com as algas zadas morfologicamente através de:
que são organismos aquáticos que têm a ca- ► Tamanho;
pacidade de realizar fotossíntese. Elas po-
dem ser micro ou macroscópicas, eucariontes ► Forma;
ou procariontes. ► Arranjo.
FIGURA 30 - REPRESENTAÇÃO DOS PROTOZOÁRIOS
• Tamanho: As bactérias são seres unice-
lulares, e possuem um tamanho microscó-
pico, geralmente variam de 0,3 por 0,8 μm
Esporozoários
(micrometro), até 10 por 25 μm. As espécies
Rizópodes
de maior interesse médico medem entre 0,5 a
1,0 μm por 2 a 5 μm.
• Forma:
FIGURA 31 - MORFOLOGIA BACTERIANA: FORMA
Ciliados

Flagelados
esporos bacterianos
cocos diplococos
TODA MATÉRIA (2018)
Alguns protozoários são parasitas, cau-
sadores de doenças, geralmente ocupam bactéria flagelada
ambientes úmidos ou o interior de outros or-
ganismos. Entre as doenças causadas por estreptococos estafilococos
protozoários estão: amebíase, giardíase, ma-
lária e doença de chagas. O parasitismo ocor-
re quando um organismo (parasita) vive em vibriões
associação com outro organismo (hospedei- espirilos bacilos
ro), do qual retira os meios para sua sobrevi-
vência, causando prejuízos.
3.5 - MICOLOGIA: Esférica: Cocos - grupo homogêneo em
Micologia é uma área da ciência respon- relação ao tamanho, sendo células menores
sável por estudar os fungos; termo de origem (0,8 a 1,0 μm). Ex. Staphylococcus aureus.
grega, onde mykes significa fungo, ou cogu- Cilíndrica: Bacilos – Possuem forma de
melo e logos, estudo. Especialistas que estu- bastão, podendo ser longos ou delgados, pe-
dam estes organismos são os micologistas, quenos ou grossos, extremidade reta, ou ar-
ou micólogos. redondada.
Os fungos estão muito mais presentes no Espiralada: Espirilos - possuem corpo rí-
nosso dia a dia do que imaginamos. Estão gido e se movem às custas de flagelos exter-
presentes em alimentos, medicamentos, be- nos. Ex: Helycobacter pilori.
bidas, bolor, etc..
Espiroquetas: são flexíveis e locomovem-
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MICROBIOLOGIA
se às custas de contrações do citoplasma. dois grandes grupos: Gram positivas e Gram
Ex. Treponema pallidum. negativas, e a diferenciação celular micros-
Estreptococos: Cocos unidos como uma cópica dá-se com base na capacidade das
cadeia. Ex. Streptococcus pyogenes. paredes celulares fixarem um corante, que
é conhecido como violeta cristal. Quando se
Esporos bacterianos: são uma forma de tem uma bactéria Gram-positiva, o corante fi-
“sobrevivência” de certos gêneros bacteria- xa-se na parede celular e irá corar em roxo,
nos que mostram extrema resistência à inati- já as bactérias Gram-negativas, coram-se em
vação química e física. Os esporos bacteria- vermelho.
nos servem principalmente como um estágio FIGURA 32 - PAREDE CELULAR NA BACTÉRIA
de repouso do ciclo de vida bacteriano, aju-
dando a preservar a bactéria por períodos de
condições desfavoráveis.
Diplococos: Se apresentam como duas
células associadas geralmente esféricas,
quando se apresentam em mais agrupamen-
tos são chamados de Estreptococos.
Vibrião: É um tipo de bactéria dotada de
mobilidade, em forma de bastonetes curvos,
como uma vírgula. Ex. Vibrio cholerae.
• Arranjo:
Diplobacilos: Bacilos organizados aos pa-
res.
Estreptobacilos: Bacilos organizados em FONTOURA (2007)
cadeias.
A parede celular de bactérias Gram-positi-
Paliçada: Bacilos organizados lado a lado. vas é composta basicamente por peptideogli-
cano, que constitui uma espessa camada ao
redor da célula. Outros polímeros, tais como
4.1 - CITOLOGIA BACTERIANA: ácidos lipoteicóicos e polissacarídeos, tam-
Elementos estruturais: bém podem estar presentes nessa camada.
• Parede celular: 10 a 20 nm, formando um Nas bactérias Gram-negativas o peptideo-
muco complexo; glicano constitui uma camada basal delgada,
sobre a qual se encontra outra camada, de-
• Membrana citoplasmática: bicamada fos- nominada membrana externa que é compos-
folipídica possui o modelo do Mosaico Fluido; ta por lipoproteínas, fosfolipídios, proteínas e
• DNA (corpúsculos de cromatina): nu- lipopolissacarídeos.
cleoide 4.2 - REPRODUÇÃO:
• Plasmídeo: cromossomo livre, responsá- • Reprodução Binária (Cissiparidade): A
vel por várias características genéticas das reprodução mais comum nas bactérias é as-
bactérias sexuada, e ocorre por bipartição ou cissipari-
• Estruturas externas: Glicocalice, fimbrias/ dade. Ocorre a duplicação do DNA bacteriano
fimbrilas e flagelos. e uma posterior divisão em duas células. As
bactérias multiplicam-se por este processo
4..1.1 - PAREDE CELULAR:
muito rapidamente quando dispõem de con-
É uma estrutura rígida que está presente dições favoráveis (em torno de 20 minutos).
em quase todas as bactérias e localiza-se A separação dos cromossomos irmãos con-
acima da membrana citoplasmática. Ela con- ta com a participação dos mesossomos, que
tém polímeros conhecidos como peptidiogli- são pregas internas da membrana plasmática
canos, que são responsáveis pela rigidez. A nas quais existem também as enzimas parti-
parede celular impede que a célula estoure, cipantes da maior parte da respiração celular.
e atua como uma barreira de proteção contra
• Esporulação: Algumas espécies de bac-
determinados agentes químicos e físicos ex-
térias originam, sob certas condições am-
ternos. As bactérias podem ser divididas em
bientais, estruturas resistentes denominadas
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esporos. A célula que origina o esporo se de- 4.5 - EXEMPLOS DE BACTÉRIAS DE IM-
sidrata, forma uma parede celular grossa, o PORTÂNCIA MÉDICA:
que faz com que sua atividade metabólica se • Staphylococcus: (S. aureus, S. epider-
torne mais lenta. Certos esporos são capazes midis e S. saprophyticus) - São microorga-
de se manter em estado de dormência por nismos esféricos, imóveis, gram-positivos e
dezenas de anos. Ao encontrar um ambiente que crescem em forma de cachos de uva.
adequado, o esporo se reidrata e origina uma Ocasionam em algumas patologias, como:
bactéria ativa, que passa a se reproduzir por furúnculos, impetigo, osteomielite, abcessos
divisão binária. de tecidos, pneumonia, meningite, artrite pu-
Os esporos são muito resistentes ao calor rulenta, etc. O S. aureus pode produzir uma
e, em geral, não morrem quando expostos à enterotoxina, o que pode ocasionar em uma
água em ebulição. Por isso, ambientes hos- intoxicação alimentar quando o mesmo for
pitalares, laboratoriais ou que necessitem de ingerido. Algumas infecções do trato urinário
total esterilização, fazem a assepsia de ma- são ocasionadas por S. aureus e o S. sapro-
teriais de forma com que todas as bactérias phyticus.
(inclusive esporos) morram, utilizando a técni- • Streptococcus: se apresentam em for-
ca de Autoclavagem. O aparelho onde é feita ma de cadeia ou aos pares, e são bactérias
a esterilização, a autoclave, utiliza vapor de gram-positivas. De interesse médico são S.
água a temperaturas acima de 120ºC, sob Viridans de hemólise beta, os Enterocococ-
uma pressão que é o dobro da atmosférica. cus faecalis e o S. pneumoniae. Podem oca-
Após 1 hora nessas condições, mesmo os es- sionar exsudato purulento em lesões, e po-
poros mais resistentes morrem. dem aparecer no sangue de pacientes febris
• Reprodução sexuada: e em garganta.
Para certos autores, qualquer troca de ma- • Pneumococos: são os Streptococcus
terial genético realizada por uma célula bacte- pneumoniae. São diplococos gram-positivos
riana configura-se um caso de reprodução se- aos pares. São flora normal das vias aéreas
xuada. Nesse processo, o material genético superiores e podem causar pneumonia, sinu-
é passado de uma célula (bactéria doadora) site, otite, meningite, bronquite, entre outros.
para outra (bactéria receptora), levando à jun- • Neisserias: são cocos gram negativos aos
ção do material das duas. Após esse proces- pares. São patogênicos, os gonococos e os
so, a bactéria divide-se, assim como observa- meningococos, que podem ocasionar em me-
do na reprodução assexuada. Como após a ningites.
troca de material as células separam-se para
depois se dividir, muitos autores consideram • Enterobacteriácias: bactérias das fezes.
que há apenas uma recombinação genética, • Patogênicas: Escherichia coli, Salmo-
e não uma reprodução sexuada. nellas, Shiguellas, Yersínia, Campylobcter.
4.3 - FASES DO CRESCIMENTO BACTE- • Ricketsias: bactérias parasitas responsá-
RIANO: veis pelo tifo (transmitido pelas fezes de car-
• Fase estacionária: semeadura; rapatos e piolhos)
• Fase de latência: crescimento lento; • Corinebactérias: Corynebactérias diph-
theriae, ocasiona em difteria.
• Fase logarítmica: velocidade máxima;
• Bacilos gram-positivos: Clostridium te-
• Segunda fase estacionária: equilíbrio en- tani e Clostridium botulinum. Causam tétano
tre as bactérias neo-formadas e que morrem; e butolismo (enlatados e defumados causam
• Fase de declínio: morte dos microrganis- paralisia respiratória).
mos. • Espiroquetas: Treponema pallidium, cau-
4.4 - RESPIRAÇÃO BACTERIANA: sador da sífilis.
• Aeróbicas: crescem em presença de oxi- FIGURA 33 - S. aureus - Representação
gênio (O2);
• Microaeróbicas: só crescem em baixo
teor de oxigênio;
• Anaeróbicas: Só crescem na ausência de
O2.
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TABELA 2 – PRINCIPAIS DOENÇAS CAUSADAS POR BAC- partículas que infectam eucariontes (organis-
TÉRAS: mos cujas células têm carioteca), enquanto o
MODO DE termo bacteriófago é utilizado para descrever
DOENÇA aqueles que infectam procariontes (bactérias
TRANSMISSÃO
Bacilo de Koch (Mycobacte- e cianofíceas).
TUBERCULOSE rium tuberculosis), atacam os 5.1 - COMPONENTES BÁSICOS DA PAR-
pulmões.
TÍCULA VIRAL:
Transmitida pelo bacilo de
Hansen (Mycobacterium le- • Ácidos Nucléicos: DNA ou RNA. São mo-
HANSENÍASE
prae), ocasiona em lesões de léculas portadoras da informação genética,
pele e nas mucosas. apresentando filamento único (RNA) ou duplo
Causada pelo bacilo diftérico, (DNA).
DIFTERIA ataca principalmente crianças
sem saneamento básico FIGURA 34 - ESTRUTURA VIDAL DO VÍRUS SARS-CoV-2
Ataca principalmente crian-
ças, produz uma tosse seca Spike (S)
COQUELUCHE e é ocasionada pela bactéria Membrane (M)
Bordetela pertussis.
Produzido pelo bacilo do té- Nucleocapsid (N)
tano (Clostrydium tetani), que
TÉTANO penetra no organismo através
de feridas na pele Envelope (E)
É transmitida através da urina
de ratos na água, alimentos e
LEPTOSPIROSE objetos contaminados com a
Genome RNA
Leptospira interrogans.
É um Gonococo transmitido
através de relações sexuais,
GONORRÉIA conhecido por Neisseria go-
norrheage
Transmitida através do Trepo-
SÍFILIS nema pallidum por relações
sexuais
MENINGITE Meningoccoco transmitido SBAC (2020)
MENINGOCÓCICA através de aerossóis
Shigella e Salmonella, são • Capsídios: É uma cápsula protetora dos
DESINTERIAS transmitidas através da in- ácidos nucléicos de natureza proteica que
BACTERIANAS gestão de líquidos e comidas também podem atuar como antígenos.
contaminados.
• Capsômeros: É um envoltório encontrado
em determinados tipos virais, que envolve os
5 VIROLOGIA capsídios externamente. É de natureza pro-
Os vírus, ainda não possuem classificação téica, glicoproteica ou lipídica apresentando
oficial e não possuem um reino próprio, são propriedades antigênicas.
agentes infecciosos compostos de uma parte • Virion: é a designação dada a unidade in-
central de ácido nucléico (RNA ou DNA), e de fecciosa como um todo. Os vírus podem in-
uma capa protetora proteica. Não se reprodu- fectar: micoplasmas, bactérias, algas e todos
zem fora das células vivas. Nos vírus provi- os animais e plantas superiores.
dos de DNA (DNA vírus ou Adenovírus), este
entra em competição com o DNA da célula 5.2 - DIFERENÇAS ENTRE BACTÉRIAS E
hospedeira e assume a direção das ativida- VÍRUS:
des dela. Nos vírus que contém RNA (RNA • Bactérias: Possuem um metabolismo pró-
vírus ou Retrovírus), este atua como mensa- prio, além de fazerem síntese e reprodução.
geiro na célula parasitada, associando-se aos Em seu material genético, encontramos RNA
Ribossomos e servindo como modelo para a e DNA.
síntese das proteínas. Por isso diz-se que os • Vírus: Possuem RNA ou DNA em seu ma-
Vírus são partículas acelulares conhecidas terial genético para codificar sua própria repli-
como parasitas intracelulares obrigatórios, cação. A multiplicação é efetuada pela célula
que se reproduzem através da invasão ce- hospedeira.
lular. O termo vírus geralmente refere-se às
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5.3 - MODOS DE TRANSMISSÃO DO VÍ- • DOENÇAS DO FÍGADO: hepatite A (hepa-
RUS: pite infecciosa) e do tipo B (hepatite sérica),
• Transmissão direta de pessoa-pessoa: febre amarela, rubéola;
Ocorre através de contato com aerossóis, ou • DOENÇAS DAS GLÂNDULAS SALIVA-
partículas contaminadas, Ex: (influenza, sa- RES: caxumba, citomegalovirus;
rampo, varíola); • DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMIS-
• Transmissão através da via digestiva: SÍVEIS: herpes simples, vírus hepatite B, ví-
alimento e bebidas contaminados (enterovi- rus do papiloma, AIDS;
rus, hepatite infecciosa); • DOENÇAS DO TUBO GASTROINTESTI-
• Transmissão por mordida (raiva); NAL: Rotavírus.
• Transmissão através de um vetor artró- 5.4.2 - VACINAS VIRAIS:
pode (arbovírus) (dengue, febre amarela). As vacinas são soluções médicas eficazes
5.4 - DOENÇAS HUMANAS VIRAIS: para prevenir algumas infecções virais. Elas
Assim como muitos parasitas, os vírus são podem ser produzidas a partir de vírus inati-
patogênicos aos seres vivos. Ao invadirem as vados ou atenuados, ou a partir de subunida-
células de um indivíduo, eles prejudicam o des de proteínas virais. Uma vez introduzidos
funcionamento normal dessas células e, con- num indivíduo, os componentes das vacinas
sequentemente, provocam doenças. Entre são capazes de estimular o organismo a pro-
as principais viroses humanas estão: gripe, duzir uma resposta imunológica humoral e/
hepatite (A, B e C), caxumba, sarampo, vari- ou celular. O indivíduo desenvolve memória
cela (catapora), SIDA (AIDS), raiva, dengue, imunológica quando é exposto uma ou algu-
febre amarela, poliomielite (paralisia infantil), mas vezes aos antígenos presentes na vaci-
rubéola, meningite, encefalite, herpes, pneu- na. A vacinação é empregada com o objetivo
monia, covid, entre outras doenças. Recen- de prevenir a manifestação de doenças virais
temente foi mostrado que o câncer cervical é futuras. Portanto, vacinas não são aplicadas
causado ao menos em partes pelo papiloma- com o intuito de curar viroses já instaladas,
vírus (que causa papilomas, ou verrugas), re- mas sim para evitar o desenvolvimento da
presentando a primeira evidência significante doença, pois o organismo começa a produzir
em humanos para uma ligação entre câncer e anticorpos contra os antígenos do vírus.
agentes virais. FIGURA 35 - MECANISMO DE AÇÃO DE VACINAS

5.4.1 - CLASSIFICAÇÃO DOS VÍRUS


PELA SINTOMATOLOGIA:
a) Doenças generalizadas: o vírus se dis-
semina pelo organismo através da corrente
sanguínea e acomete diversos órgãos: Ex.
Varíola, sarampo, rubéola, varicela, febre
amarela, dengue etc.;
b) Doenças que acometem basicamente
órgãos específicos: O vírus dissemina-se
através da corrente sanguínea, ao longo dos
nervos periféricos ou por outras vias.
• DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO: po-
liomelite, meningite asséptica, raiva, encefali-
te, herpes simples; Doenças das vias aéreas
superiores: influenza, farigite por adenovirus,
resfriado (causados por muitos vírus);
• DOENÇAS LOCALIZADAS NA PELE
E MUCOSAS: herpes simples (geralmente
oral), e tipo 2 (geralmente genital), verrugas,
herpes zoster e outros;
• DOENÇAS DOS OLHOS: conjuntivite por
adenovirus, conjuntivite hemorrágica etc; FONTE: CDC

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MICROBIOLOGIA
TABELA 3 – PRINCIPAIS DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS:
MODO DE
DOENÇA SINTOMAS PROFILAXIA
TRANSMISSÃO
INGESTÃO DE SALIVA
VACINA, SANEAMENTO
POLIOMELITE OU FEZES CONTAMI- PARALISIA MUSCULAR
BÁSICO
NADA
CONTATO COM PARTÍ-
CATAPORA E VARI-
CULAS NO AR CONTA- LESÕES PELO CORPO VACINA E ISOLAMENTO
CELA
MINADOS OU LESÕES
CONTATO COM PARTÍ- INFLAMAÇÃO NAS
CAXUMBA CULAS NO AR CONTA- GLÂNDULAS SALIVA- VACINA, E ISOLAMENTO
MINADOS OU SALIVA RES
CONTATO COM PARTÍ-
MANCHAS VERMELHAS
SARAMPO CULAS NO AR OU SA- VACINA E ISOLAMENTO
PELO CORPO, FEBRE
LIVA
CONTATO COM PARTÍ-
CEGUEIRA E MÁ FOR-
RUBÉOLA CULAS NO AR OU SA- VACINA E ISOLAMENTO
MAÇÃO FETAL
LIVA
CONTATO COM SALIVA
HIDROFOBIA, SISTEMA
RAIVA DE CACHORROS CON- VACINAÇÃO
NERVOSO CENTRAL
TAMINADOS
CONTATO COM LE- ISOLAMENTO E NÃO
HERPES SÕES CONTAMINA- FERIDAS PELO CORPO COMPARTILHAR OBJE-
DAS TOS
CONTATO COM O VÍ-
GRIPES E RES- RUS ATRAVÉS DE PAR- TOSSE, FEBRE, DOR
NO CORPO, DOR DE VACINA E ISOLAMENTO
FRIADOS TÍCULAS SUSPENSAS
GARGANTA, LETARGIA
NO AR
CONTATO COM O VÍ-
TOSSE, FEBRE, DOR
RUS ATRAVÉS DE PAR-
COVID NO CORPO, DOR DE VACINA E ISOLAMENTO
TÍCULAS SUSPENSAS
GARGANTA, LETARGIA
NO AR
CONTATO COM O VE- COMBATE AO MOSQUI-
DENGUE HEMORRAGIA E FEBRE
TOR Aedes aegypti TO
CONTATO COM O VE- PROBLEMAS HEPÁTI- VACINA, E COMBATE AO
FEBRE AMARELA
TOR Aedes aegypti COS MOSQUITO
SALIVA E CONTATO
VARÍOLA FERIDAS PELO CORPO VACINA
COM LESÕES
FEZES (A), CONTATO
SEXUAL E MATERIAIS
PROBLEMAS HEPÁTI- VACINA (A e B), SEXO
HEPATITES BIOLÓGICOS (SAN-
COS PROTEGIDO (B e C)
GUE, SALIVA, SÊMEN,
ETC0

tozoários, é feita geralmente com base no tipo


6 PROTOZOOLOGIA ou na ausência de estruturas locomotoras.
Os protozoários são organismos unicelula- • CILIADOS: possuem um complexo de or-
res ou coloniais eucariotos, que pertencem a ganelas, especialmente como parte da pelí-
vários Filos. Muitas espécies são móveis e he- cula, na camada externa da célula. Os cílios
terotróficas, o que é considerado um caráter são utilizados FIGURA 36 - PROTOZOÁRIO CILIADO
animal. Os protozoários são encontrados no na natação e,
mar e na água doce sendo a maioria de vida em alguns or-
livre, e muitas espécies vivem em associação ganismos, na
com outros organismos como parasitas. alimentação.
6.1 - CLASSIFICAÇÃO: Alguns ciliados
são predadores
Os protozoários são divididos em 4 Clas- e outros são
ses: ciliados, flagelados, sarcodíneos e espo- filtradores. Ex: 50 μm
rozoários. A divisão em classes, entre os pro- Paramécios.
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MICROBIOLOGIA
• FLAGELADOS: incluem os protozoários FIGURA 38 - PROTOZOÁRIO SARCONÍDEO

que têm apenas um núcleo e um ou mais fla- Membrana

gelos, geralmente não mais do que oito. Sua


locomoção em água é bastante rápida, e ge- Vacúolo Núcleo
alimentar
ralmente são organismos de dimensões bas-
tante grandes (alguns podem ser vistos a olho
nu). Ex: Tripanossomos
FIGURA 37 - PROTOZOÁRIOS FLAGELADOS

Pseudópodo
Vacúolo
contráctil

Endoplasma Ectoplasma
Giardia Trichomonas Trypanosoma Leishmania sp. SILVA (2018)
intestinalis vaginalis brucei (leishmaniose) • ESPOROZOÁRIOS: são protozoários pa-
(giardíase) (Tricomoníase) gambiense
(doença do sono) rasitas de invertebrados e vertebrados e al-
guns deles necessitam de dois hospedeiros.
TODA MATÉRIA (2020)
Não há nenhum tipo de estrutura de locomo-
• SARCODÍNEOS: incluem todos os proto- ção. Entre os esporozoários causadores de
zoários que se locomovem a partir de estrutu- doenças encontra-se o famoso Plasmodium,
ras denominadas Pseudópodos. São bastan- que é o agente causador da malária, o qual
te comuns em água doce, e o exemplo mais ataca preferencialmente eritrócitos humanos.
comum é o da ameba (Amoeba, Entamoeba FIGURA 39 - ESPOROZOÁRIOS
e outros gêneros).

Esporozoíto Esquizonte Gametócito Trofozoíto Merozoíto Ovo


BIOLOGIA ALÉM DOS OLHOS (2017)

TABELA 4 – PRINCIPAIS DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS:

MODO DE
DOENÇA PARASITA HOSPEDEIRO SINTOMAS
TRANSMISSÃO
DIARRÉIA; ÚLCERA INTESTI-
AMEBÍASE Entamoeba histolytica HOMEM INGESTÃO DE CISTOS NAL; NECROSE HEPÁTICA,
PULMONAR E CEREBRAL
FEZES DE BARBEIROS
TRIPANOSSOMÍASE CARDIOPATIA; MEGACÓLON;
HOMEM E INSETO CONTAMINADOS; TANSFU-
OU DOENÇA DE CHA- Trypanossoma cruzi MEGAESÔFAGO; HEPATOES-
"BARBEIRO" SÃO SANGUÍNEA; LEITE
GAS PLENOMEGALIA
MATERNO;
Tryopanosoma gambiense / PICADA DE MOSCA DO GÊ-
DOENÇA DO SONO HOMEM LETARGIA
Trypanossoma rhodesiense NERO "TSÉ-TSÉ"
LEISHMANIOSE HOMEM; MOS- PICADA DO MOSQUITO ÚLCERAS PELA PELE E LIN-
Leishmania brasiliensis
CUTÂNEA QUITO CONTAMINADO FAGITE
GIARDÍASE Giardia lamblia HOMEM INGESTÃO DE CISTOS DIARREIA
RELAÇÕES SEXUAIS DES- URETRITE, PRURIDO E LEU-
TRICOMONOSE Trichomonas vaginalis HOMEM
PROTEGIDAS CORREIA
HOMEM, MOS-
PICADA DA FÊMEA DO FEBRE, CALAFRIO, ANEMIA E
MALÁRIA Plasmodium sp. QUITO DO GÊNE-
MOSQUITO PREGO HIPERTROFIA HEPÁTICA
RO ANOPHELES

7 MICOLOGIA produzem toxinas. Induzem a uma hipersen-


Os fungos possuem cerca de 100.000 es- sibilidade aos seus componentes químicos.
pécies descritas e estima-se que existam 1.5 Nos termos da microbiologia, para citar
milhões de espécies no mundo, onde cerca de uma espécie de um gênero que não tenha
100 dessas espécies causam doenças huma- sido identificada ainda, faz-se uso da abrevia-
nas. Os fungos são organismos unicelulares, tura “sp.”, que significa “espécie”, e quando
eucariotos, heterótrofos e possuem habitats temos a abreviatura “spp”, significa uma es-
diversos. Fungos patogênicos em geral não pécie de vários gêneros.
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MICROBIOLOGIA
7.1 - MORFOLOGIA DOS FUNGOS DE 7.4 - CLASSIFICAÇÃO DAS MICOSES:
INTERESSE MÉDICO: • Micoses superficiais: Localizadas nas
• Leveduras: Formas unicelulares arredon- camadas mais superficiais da pele, dos pelos
dadas que se multiplicam por brotamento; e unhas, só invadem tecido queratinizado, po-
• Filamentosos: ou como micélio- filamento dem ser crônicas e resistentes ao tratamento.
composto de hifas constituídas por várias cé- • Micoses cutânea ou dermatomicoses:
lulas arranjadas em cadeia septadas ou não; Localizam-se na pele, pelo ou unhas e muco-
• Dimórficos: possuem formas de levedura sa em maior extensão. Podem provocar a mí-
em parasitismo e micélio em vida saprofítica. cides: reação alérgica onde não se encontra o
fungo, que é distante do foco primário.
Os fungos filamentosos em cultura produ-
zem longos filamentos ramificados, sendo que • Micoses subcutâneas: Localizada na
cada filamento é uma hifa. Estas hifas podem pele e tecido subcutâneos. São causadas por
se dividir e são chamadas de hifas septadas. fungos do solo e vegetais em decomposição.
Continuam a crescer e se ramificar surgindo o As lesões se espalham lentamente quando
micélio aéreo se ficar acima do meio de cul- introduzidos no tecido subcutâneo. A dissemi-
tura (substrato) e vegetativo o que penetra no nação ocorre através dos vasos linfáticos.
meio absorvendo os alimentos. • Micoses sistêmicas e profundas: Atin-
Para citar uma espécie de um gênero, mas gem principalmente órgãos internos e vísce-
que não tenha sido identificada, faz-se uso da ras, podendo abranger muitos tecidos e ór-
abreviatura “sp.”, que significa “espécie”. gãos diferentes. São causadas por fungos do
solo. Adquirida por inalação, geralmente as-
FIGURA 40 - CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DOS FUN-
GOS
sintomático, quando ocorre de a infecção ser
sintomática, pode ocorrer em qualquer órgão
e geralmente é fatal.
• Micoses oportunistas: Os fungos que
usualmente não causam doenças podem ter
ação patogênica em pacientes imunodeprimi-
dos/imunocompetentes. Como a Cândida sp.
hifa verdadeira pseudo-hifa levedura e outras leveduras podem ser adquiridas.
FIGURA 41 - Candida tropicalis

CÂMARA (2016)
7.2 - REPRODUÇÃO DOS FUNGOS:
A maioria se reproduz de forma assexuada
(mitose)
• Fragmentação do micélio.
SCIENCE SOURCE (2012)
• Esporulação (diferentes tipos de conídios).
FIGURA 42 - Agaricus bisporus - CHAMPIGNON DE PARIS
7.3 - IMPORTÂNCIA MÉDICA DOS FUN-
GOS:
São organismos oportunistas. Alguns fun-
gos fazem parte da microbiota (fungos e bac-
térias) normal do corpo, ou seja, é natural a
vida desses microrganismos em nosso corpo.
Fungos que afetam o nosso organismo de
forma negativa, são causadores de micoses.
• Micose: Nome genérico dado a várias in-
fecções causadas por fungos.

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MICROBIOLOGIA
TABELA 5 – PRINCIPAIS DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS:
MODO DE
DOENÇA PARASITA SINTOMAS TIPO DE CÉLULAS
TRANSMISSÃO
PITIRÍASE VERSICO- MANCHAS PELA PELE, DES-
Malassezia furfur LEVEDURAS BAIXA IMUNIDADE
LOR CAMAÇÃO
Plaeoannellomyces LESÕES PAPULOSAS DE CO- VEGETAIS CONTAMINA-
TINHA NEGRA LEVEDURAS
werneckil LORAÇÃO ESCURA DOS
NÓDULOS EM REGIÕES ÚMI- HIFAS SEPTADAS COM
PIEDRA BRANCA Trlchosporon beigelii BAIXA IMUNIDADE
DAS BLASTOCONÍDEOS
NÓDULOS ESCUROS NOS HIFAS SEPTADAS ESCU-
PIEDRA PRETA Piedraia hortae PÊLOS (PRINCIPALMENTE RAS COM CLAMIDEOCONÍ- BAIXA IMUNIDADE
NOS CABELOS) DEOS
LESÕES DE PELE Trichophyton concen-
LESÕES DESCAMATIVAS HIFAS BAIXA IMUNIDADE
GLABRA tricum
TONSURANTE (LE- Trichophyton e Micros- PONTOS NEGROS RENTE AO
HIFAS BAIXA IMUNIDADE
SÃO DE PÊLO) porum COURO CABELUDO
LESÕES SEMELHANTES A ESTRESSE, BAIXA IMU-
ALOPÉCIA Tricophyton shoenlelnti FAVOS DE MEL, ATINGEM A HIFAS NIDADE, DEFICIÊNCIA
PELE DE FERRO, PROTEÍNA
ONICOMICOSE Tinea unguium LESÕES PELA UNHA HIFAS BAIXA IMUNIDADE
DERMATOFITOSE DO PREDISPOSIÇÃO EM
Trichophyton rubrum LESÕES PELA UNHA HIFAS E PSEUDOHIFAS
PÉ (PÉ DE ATLETA) PÉS FERIDOS
MUCOSAS, TECIDO CUTÂ-
Candida albicans,
CANDIDÍASE NEO, PODENDO SER LE- LEVEDURAS BAIXA IMUNIDADE, DST
Candida spp.
SÕES SISTÊMICAS
Corynebacterium mi- INFECÇÃO CRÔNICA DA CA- BASTONETE GRAM POSI-
PSEUDOMICOSES IMUNIDADE BAIXA
nutissimum MADA CÓRNEA DA PELE TIVO
DOENÇA DE JORGE
FORMA ALTERAÇÕES DÉRMI- IMPLANTAÇÃO TRAU-
LOBO (LOBOMICO- Lacazia loboi LEVEDURAS
CAS CRÔNICAS MÁTICA DO FUNGO
SE)
MICOSE SISTÊMICA QUE
PARACOCCIDIOIDO- Paracoccidioides bra- INALAÇÃO DE ESPO-
ACARRETA LESÕES PULMO- LEVEDURAS E HIFAS
MICOSE siliensis ROS
NARES
Histoplasma capsula- LESÕES CUTÂNEAS E MANI- INALAÇÃO DE ESPO-
HISTOPLASMOSE LEVEDURAS
tum FESTAÇÕES PULMONAR ROS

EXERCÍCIOS 03. A pessoa infectada pelo vírus da AIDS


01. A estrutura que mantém a forma bacteria- apresenta queda acentuada de imunidade
na é: devido à redução do número de:

a) Cápsula. a) linfócitos.

b) Parede celular. b) monócitos.

c) Membrana celular. c) neutrófilos.

d) Mesossomos. d) hemácias.

e) Área nuclear. e) macrófagos.

02. As bactérias Gram-negativas, diferem das


Gram-positivas: 04. Algumas doenças graves são causadas
por protozoários, como a Doença de Chagas,
a) pela presença da peptídeoglicana. que é causada pelo:
b) pela presença da membrana externa. a) Trypanosoma cruzi.
c) pela presença dos antígenos polissacarí- b) Leishmania braziliensis.
deos.
c) Trichomonas vaginalis.
d) pela ausência do N-acetil murâmico na
parede celular. d) Balantidium coli.
e) pela presença de ácido aracdônico. e) Pneumocystis carinii.
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MICROBIOLOGIA
05. Considerando que a falta de saneamen- 08. Os protozoários apresentam diversos
to básico é responsável pela proliferação de meios de locomoção que frequentemente são
uma série de doenças, assinale verdadeira utilizados para a sua classificação. Dentre os
(V) ou falsa (F) em cada uma das afirmativas meios de locomoção dos protozoários, pode-
a seguir: mos citar os pseudópodes, que são prolon-
( ) A hepatite infecciosa é causada por um gamentos citoplasmáticos que permitem o
vírus presente nas fezes dos indivíduos con- deslocamento e captura de alimento. Além
taminados. dos pseudópodes, os protozoários podem se
( ) A disenteria amebiana é causada por uma locomover por:
bactéria cujos cistos são eliminados através a) Flagelos e pés ambulacrais.
de diarréia dos indivíduos contaminados. b) Cílios e cistos.
( ) A esquistossomose é causada por vermes
do gênero ‘Schistosoma’, cujos ovos presen- c) Flagelos e Cistos.
tes nas fezes dos indivíduos doentes são os d) Flagelos e cílios.
agentes infecciosos humanos.
e) Cistos e pés ambulacrais.
A seqüência correta é:
a) V - F - F.
09. As dermatofitoses são doenças de pele
b) V - V - V. causadas pela contaminação por três gêne-
c) F - F – V. ros de fungos. Observe as alternativas a se-
d) V - F - V. guir e marque o único gênero que não é con-
siderado um dermatófito.
e) F - V - F.
a) Microsporum.
b) Trichophyton.
06. Frequentemente, quando uma pessoa
está doente, ouvimos a frase: Deve ser ape- c) Saccharomyces.
nas uma virose! Entretanto, chamamos de vi- d) Epidermophyton.
roses todas as doenças causadas por vírus,
que podem variar de uma simples gripe até
a AIDS. De acordo com seu conhecimento 10. Os fungos são utilizados pela indústria far-
sobre viroses, marque alternativas em que macêutica na fabricação de medicamentos,
encontramos apenas doenças causadas por principalmente antibióticos. Estas substân-
vírus. cias bactericidas foram descobertas na déca-
da de 1920, por Flemming. Qual o gênero do
a) Hepatite, raiva e caxumba. fungo utilizado nesta pioneira descoberta:
b) Hepatite, dengue e cólera. a) Clostridium.
c) Raiva, dengue e gonorreia. b) Bacillus.
d) Dengue, herpes e tétano. c) Penicilium.
e) Dengue, cólera, gonorreia. d) Saccharomyces.
e) Rhyzopus.
07. O uso de preservativos no ato sexual evita
doenças como:
a) sífilis, AIDS e cólera. GABARITO
b) sífilis, AIDS e hepatite B. 01. B 06. A
c) tuberculose, AIDS e cólera. 02. A 07. B
d) tuberculose, AIDS e hepatite B. 03. A 08. C
e) tuberculose, sífilis e hepatite B. 04. A 09. C
05. D 10. C

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