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Sumário
NOSSA HISTÓRIA ..................................................................................................... 3
- Escherichia .............................................................................................................. 7
- Shigella .................................................................................................................... 8
- Yersinia .................................................................................................................... 9
- Vibrio ........................................................................................................................ 9
- Brucella .................................................................................................................... 9
- Clostridium ............................................................................................................. 10
- Campylobacter ....................................................................................................... 10
- Listeria ................................................................................................................... 11
- Clostridium botulinum............................................................................................. 12
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- Plantas: .................................................................................................................. 17
- Utensílios ............................................................................................................... 17
- Ar e pó ................................................................................................................... 19
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NOSSA HISTÓRIA
3
MÓDULO ESPECÍFICO I
- Na idade média houve morte por Ergotismo, que é uma intoxicação aguda
por ingestão de cereais contaminados pelo fungo (Claviceps purpurea).
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Na indústria alimentícia as análises laboratoriais são fatores essenciais no
controle microbiológico dos alimentos, para identificar microrganismos presentes nos
alimentos. A indústria alimentícia tem como dever legal e moral de fornecer
aos consumidores, alimentos que atendem a todos quesitos de segurança e
qualidade estabelecida.
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Cada tipo de alimento deteriora-se pela ação de um tipo de microrganismo. O
tipo de deterioração depende: Do alimento, do microrganismo envolvido, do número
de microrganismos presentes.
Nos frutos: Leveduras presentes na casca das uvas causam fermentação para
fabricação do vinho, onde o pH 2,3-5,0 baixa incidência de bactérias.
Nas carnes: O corte e manuseio aumentam a incidência de bactérias
proteolíticas, lipolíticas e fungos.
No leite: As bactérias presentes são microbiota característica do ambiente,
bactérias como pseudomonas, bactérias do ácido lático, leveduras, coliformes,
esporulantes.
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enterotoxinas (toxinas que atuam no intestino), de cuja iteração se criam condições
patológicas que resultam em doença. Os principais gêneros e espécies bacterianas
envolvidos neste mecanismo são os seguintes:
- Escherichia
Este gênero inclui uma única espécie bacteriana, a E. coli, porventura o ser vivo
mais estudado e mais conhecido do homem. Esta espécie é caracterizada por células
em forma de bastonetes retos, de 1,1 a 1,5 por 2 a 6 micrometros, móveis por flagelo
peritríqueos ou imóveis, não esporulados, Gram negativos e anaeróbios facultativos.
Constitui um habitante normal do intestino do homem e dos outros animais e só em
determinadas situações pode causar infecções. Conhecem-se, no entanto, três
estirpes diferentes desta espécie, de acordo com a natureza da infecção que podem
provocar:
Estirpes oportunistas que são, em geral, inócuas no seu habitat natural, mas
podendo causar problemas se alcançarem outros locais ou tecido do
hospedeiro;
Estirpes enteropatogénicas que provocam acções lesivas na mucosa do tracto
intestinal, causando gastrenterites agudas, principalmente em recém-nascidos
e crianças até aos dois anos;
Estirpes enteroxinogénicas, que, embora não tenham capacidade de invadir a
mucosa intestinal, produzem enterotoxinas que actuam ao nível da membrana
das células epitiliais.
- Salmonella
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O gênero Salmonella inclui várias espécies patogênicas para o homem e
outros animais. Tal como a E. coli, este gênero pertence à família
das Enterobacteriaciae e os principais focos de infecção são as fezes humanas e de
animais. Este gênero é constituído por bastonetes de 0,5 a 0,7 por 1 a 3 micrómetros,
móveis por flagelos peritríquios, não esporulados, Gram negativos e anaeróbios
facultativos. Nas espécies mais importantes incluem-se o agente da febre
tiróide, S.typhi, e as espécies mais associadas às infecções alimentares têm sido
identificadas como S. typhimurium, S. enteritidis e S. newport, correspondendo à S.
typhimurium a responsabilidade pelos maiores incidentes. Esta última espécie produz
uma enterotoxina de natureza lipopolissacarídica com elevado peso molecular. Os
alimentos mais susceptíveis à contaminação por Salmonelas são o leite, queijos,
chocolates, carnes frescas, nomeadamente, carcaças de aves.
- Shigella
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- Yersinia
- Vibrio
- Brucella
Este gênero é constituído por pequenos cocobacilos de 0,4 a 0,6 por 1,5
micrometros, imóveis, não esporulados., Gram negativos e aeróbios. As três espécies
deste gênero com capacidade de produzir doença no Homem e animais são
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a B. abortus (bovinos), a B. melitensis (caprinos) e a B. suis (suínos). Qualquer
destas três espécies tem capacidade de infectar o Homem, sendo a via preferencial
por ingestão de leite e/ou lacticínios (queijos frescos) provenientes de animais
infectados, originando a conhecida febre de Malta.
- Clostridium
- Campylobacter
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apresenta bastonetes espiralados, não esporulados, móveis por um único flagelo
polar, Gram negativos e microaerofílicos. Possui como habitats preferenciais o tracto
intestinal e oral de animais, como ovinos, aves, cães e gatos. As infecções
alimentares associadas a esta espécie têm ocorrido pela ingestão de produtos
lácteos.
- Listeria
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espécies bacterianas associadas às intoxicações alimentares, que passamos a
descrever:
- Clostridium botulinum
- Bacillus cereus
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exotoxina, dependendo da estirpe. A enterotoxina é de natureza protéica, termolábel,
podendo ser destruída a uma temperatura de 60º C durante 20 minutos, enquanto a
exotoxina é de natureza peptídica, termorresistente, exigindo para ser destruída uma
temperatura de 126º C durante 90 minutos. Os seus habitats preferenciais são o ar,
o solo, águas e diferentes alimentos de origem vegetal (cereais), lacticínios e produtos
cárneos.
- Staphylococcus aureus
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destruídas. Isto significa que alimentos de origem animal (carne e leite) podem estar
contaminados por micotoxinas se o animal tiver sido alimentado por rações
previamente contaminadas.
De referir, também, a hepatite viral do tipo A, uma doença de origem vírica transmitida
por alimentos e pela água.
- Acidez estomacal;
- Enzimas digestivas;
- Mucosa intestinal (barreira mecânica);
- Ácidos biliares;
- Motilidade intestinal;
- Flora normal intestinal;
- Imunidade inespecífica (fagócitos, sistema complemento) e especifica ( humoral e
celular).
Obs: Além dos mecanismos de defesa, os microrganismos precisam encontrar
condições físicas ideais para sua multiplicação.
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organolépticas (sabor, textura, etc..) mais desejável. Neste grupo estão todos os
microrganismos utilizados na fabricação de alimentos fermentados: queijo, vinhos,
cerveja, pães, iogurtes, manteiga etc..
Segue uma tabela com exemplos de alimentos e seus microorganismos
produtores:
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Cerveja Grãos de cereais Saccharomyces Leveduras
spp.
Vinho Suco de uva Saccharomyces Leveduras
cerevisiae Sacch.
champagnii
Salames e Porco/Gado Pediococcus Cocos, Gram +
salsichas cerevisiae
Presunto curado Porco Aspergillus, Fungos
Penicillium
Tabela 1: Alimentos e seus microorganismos produtores.
O kumiss é um leite de égua acidificado e fermentado, muito apreciado em toda
a região da Ásia Central. Também é assim chamada quando preparada a partir do
leite de camelo ou de mula.
Kefir: alimento à base de leite preparado por microrganismos - Originário do
Cáucaso, “um presente de Alá”.
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e o desmatamento. Os danos causados pela contaminação do solo são: redução da
fertilidade do solo, aumento de sua erodibilidade, perda de nutrientes, desequilíbrio
ecológico, aumento da salinidade, redução da vegetação, problemas de saúde
pública, liberação de gases poluentes, entupimento de encanações, contaminação de
alimentos e desertificação.
Água poluída é aquela que apresenta alterações na cor, no sabor e no cheiro, mas
nem sempre provoca doenças. Água contaminada é aquela capaz de colocar em
risco a saúde da população graças a presença de agentes patogênicos,tais como
bactérias e protozoários, substâncias tóxicas como metais pesados.
Para evitar a contaminação do solo e da água faça reciclagem e coleta seletiva,
diminua seu lixo, faça compostagem dos resíduos orgânicos, tenha preferência por
produtos orgânicos, tente não usar fertilizantes em hortas caseiras, não jogue nenhum
tipo de resíduo na privada, não jogue tintas ou solventes nos ralos, use a água
corretamente evitando desperdícios.
- Plantas: Tudo o que está no solo às plantas absorvem para o seu crescimento. Tem
que se ter cuidado ao preparar o solo para o plantio e observar a água que irá irrigar
as plantações pois podem ser fonte de metais pesados entre outros. Existem plantas
sendo utilizadas para captar as impurezas do solo processo chamado de fitoextração,
que é uma tecnologia emergente para despoluição de solos contaminados por metais
pesados que usa plantas para transferir metais do solo para a parte aérea, a qual
pode ser removida da área poluída. O principal objetivo da fitoextração é reduzir a
concentração de metais em solos contaminados dentro de um período de tempo
razoável. O processo de extração depende da capacidade que as plantas
selecionadas têm de crescer e acumular metais sob condições específicas de clima
e solo do local que está sendo tratado. Somente alguns micro-organismos presentes
no solo e na água conseguem sobreviver e multiplicar na superfície de plantas. Para
tanto, é necessário que possuam um mecanismo de adesão à superfície das plantas
para obtenção dos nutrientes necessários. Determinados micro-organismos são
fitopatogênicos, ou seja, causadores de doenças em plantas, entre os quais se
destacam os Corynebacterium, Xanthomonas, Pseudomonas e certos fungos.
- Utensílios: Bandejas, recipientes, facas, equipamentos, placas de corte, superfícies
de contato desempenham importante papel na contaminação dos alimentos.
Limpezas precárias acompanhadas de desinfecções inadequadas resultam na
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transmissão de micro-organismos de um alimento a outro (contaminação cruzada) e
ainda levam à formação dos biofilmes microbianos.
Utensílios de cozinha mal conservados podem trazer riscos à saúde. Para amenizar
os danos, uma das dicas é descartar colheres e tábuas de madeira, as esponjas de
lavar a louça devem ser trocadas regularmente, pois absorve água, o que facilita a
proliferação de bactérias, a geladeira deve ser limpa semanalmente, com um pano
embebido com solução de água e vinagre. Os legumes, verduras e frutas precisam
estar livres de bactérias e larvas. Sendo assim, depois de lavar estes alimentos,
deixe-os de molho. Ovos devem ser lavados em água corrente e posteriormente
devem ser colocados em uma solução de água com 10 gotas de hipoclorito por 20
minutos, enxaguando-os novamente. Caso contrário, na hora de quebrar a casca, ela
mesma poderá contaminar a clara e a gema.
- Trato intestinal do homem e animais: O conteúdo intestinal é rico em quantidade e
diversidade de micro-organismos, sendo a principal fonte de contaminação dos
alimentos por espécies enteropatogênicas, tais como Escherichia coli, Salmonella,
Campylobacter, Shigella, entre outras. Escherichia coli é um microorganismo
presente nas fezes humanas e de animais que pode atuar como um organismo
comensal, colonizando o intestino humano algumas horas após o nascimento. Essa
interação com as células epiteliais intestinais é benéfica e, nesse contexto, E. coli
atua por competição, impedindo a colonização por patógenos. E. coli também pode
se comportar como um organismo oportunista, ocasionando doenças em hospedeiros
suscetíveis e infecções em órgãos ou tecidos normalmente estéreis. Outra habilidade
de E. coli é agir como um patógenos extremamente especializado, ocasionando
doenças em hospedeiros sadios. Infecções ocasionadas por E. coli podem ser
limitadas à colonização de superfícies mucosas ou podem se disseminar através do
organismo, tendo sido implicadas em processos de infecção, meningite e infecções
gastrointestinais. (NATARO; KAPER, 1998)
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Quem manipula alimentos deve seguir uma série de boas práticas para qualidade do
alimento preparado. A contaminação de pessoas através de alimentos contaminados
é uma preocupação constante em todos os países do mundo. Muitos microrganismos
presentes em alguns alimentos provocam o aparecimento de intoxicações
alimentares, mas infelizmente esses alimentos não apresentam alterações em seu
cheiro, sabor ou aspecto. A cozinha deve ter lixeiras de fácil limpeza, com tampa e
pedal. Retirar sempre o lixo para fora da área de preparo de alimentos em sacos bem
fechados. Após o manuseio do lixo, deve-se lavar as mãos. O lixo, além de atrair
insetos e outros animais para a área de preparo dos alimentos, é um meio ideal para
a multiplicação de micróbios patogênicos, conforme dados da ANVISA (2004). A
maioria dos microrganismos pode ser destruída através das boas práticas de higiene
e fabricação e práticas adequadas de manipulação e armazenamento.
- Pele dos animais: Importante fonte de contaminação para o leite quando este é
obtido sem os cuidados higiênicos necessários. O leite é frequentemente
contaminado pela microbiota do úbere, pele e cauda das fêmeas.
- Ar e pó: Teoricamente todos os micro-organismos podem ser encontrados tanto no
ar quanto no pó, entretanto, os que melhor se adaptam e por isso frequentemente são
encontrados são as bactérias gram-positivas e os fungos.
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limites para todos os tipos de alimentos. Os principais micro-organismos
regulamentados são aqueles que podem indicar as condições sanitárias do
processamento,como coliformes à 45º C, bolores e leveduras. Micro-organismos que
representam riscos à saúde do consumidor também estão regulamentados,como
Estafilococos coagulase positiva, Salmonela, Bacilos cereus e Listeria
monocitogenes.
Os padrões microbiológicos estão regulamentados para alimentos de origem
animal e vegetal, sendo divididos por grupos de alimentos. O grupo8 se refere ao leite
de todas as espécies, estabelecendo padrões para todos os tipos de processamentos
térmicos: pasteurização e ultra-alta temperatura(UAT). Também regulamenta
padrões para derivados, como queijos e doces. A terceira parte, intitulada de
“Conclusão e Interpretação dos Resultados das Análises Microbiológicas de
Alimentos Destinados ao consumo humano”, discorre sobre a interpretação dos
resultados de análises microbiológicas de alimentos, classificando o produto ou o lote
em satisfatório ou insatisfatório em relação à condição sanitária e consumo humano.A
Resolução ainda discorre sobre alguns procedimentos e instruções de coleta e
acondicionamento das amostras, bem como a interpretação dos planos de
amostragem. O item a seguir traz a RDC completa, porém os “Padrões
Microbiológicos Sanitários para Alimentos” foi resumido apenas com os padrões
referentes (leite e derivados).
7.5. Legislação:
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norma fundamental para garantir a qualidade microbiológica dos produtos
alimentícios e evitar as Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs).
Justamente por isso, o controle das chamadas DTAs é fundamental para evitar
situações que possam comprometer a segurança na hora de consumir esses
alimentos.
Vale destacar que, existe uma diferença entre um alimento contaminado por
um agente infeccioso específico ou por uma toxina por ele produzida.
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produtos alimentícios. Além disso, os Valores Máximos Permitidos (VMP) podem
variar caso o produto possa ser próprio para consumo ou após cocção.
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Saiba que os principais órgãos do Governo envolvidos com a segurança dos
alimentos são o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) e
a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Lista de algumas legislações utilizadas no Brasil que garantem a
segurança dos alimentos:
Água Mineral e Água Natural
Resolução – RDC nº 274, de 22 de setembro de 2005;
Resolução – RDC nº 275, de 22 de setembro de 2005;
Portaria MME nº 470, de 24 de novembro de 1999;
Portaria nº 387, de 19 de setembro de 2008;
Portaria nº 388, de 19 de setembro de 2008;
Portaria nº 540, de 18 de dezembro de 2014.
Alimentos Semi-Prontos ou Prontos para o Consumo
Resolução – RDC nº 273, de 22 de setembro de 2005
Cereais e derivados
Resolução – RDC nº 263, de 22 de setembro de 2005
Condições Higiênicos – Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para
Estabelecimentos Produtores / Industrializadores de Alimentos
Portaria nº 326 – SVS/MS de 30 de julho de 1997
Frutas e Produtos de Frutas
Resolução – RDC nº 272, de 22 de setembro de 2005
Ingestão Diária Recomendada – IDR
Resolução – RDC nº 182, de 3 de outubro de 2006
Resolução – RDC nº 269, de 22 de setembro de 2005
Microbiologia de Alimentos
Resolução – RDC nº 12 de 2 de janeiro de 2001
Palmito em conserva
Resolução – RDC nº 300, de 1º de dezembro de 2004
Resolução – RDC nº 81, de 14 de abril de 2003
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária criou um
regulamento técnico sobre os padrões microbiológicos para alimentos, cujo objetivo
é estabelecer os padrões microbiológicos sanitários para alimentos e determinar os
critérios para a conclusão e interpretação dos resultados das análises microbiológicas
de alimentos destinados ao consumo humano.
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Os critérios para estabelecimento de padrão microbiológico podem ser considerados
isoladamente ou em conjunto conforme a seguir:
- Caracterização dos micro-organismos e ou suas toxinas consideradas de interesse
sanitário;
- Classificação dos alimentos segundo o risco epidemiológico;
- Métodos de análise que permitam a determinação dos micro-organismos;
- Plano de Amostragem para a determinação do número e tamanho de unidades de
amostras a serem analisadas;
- Normas e padrões de organismos internacionalmente reconhecidos, Codex
Alimentarius e outros organismos;Outros critérios, quando evidências científicas o
justifiquem.
As metodologias para amostragem, colheita, acondicionamento, transporte e
para análise microbiológica de amostras de produtos alimentícios devem obedecer
ao disposto pelo Codex Alimentarius; “International Commission on Microbiological
Specifications for Foods” (I.C.M.S.F.); “Compendium ofMethods for the
Microbiological Examination of Foods” e “Standard Methodsfor the Examination of
Dairy Products” da American Public Health Association(APHA)”; “Bacteriological
Analytical Manual” da Food and Drug Administration, editado por Association of
Official Analytical Chemists (FDA/AOAC), em suas últimas edições e ou revisões,
assim como outras metodologias internacionalmente reconhecidas.
Caso sejam utilizados outros métodos laboratoriais, ou suas modificações, que
não estejam referendados nos dispostos indicados na metodologia citada, os mesmos
devem ser validados por estudos comparativos intra e inter laboratoriais que
certifiquem que os resultados obtidos por seu uso sejam equivalentes aos das
metodologias citadas. Os registros dos processos de validação das metodologias
também devem estar disponíveis sempre que necessário e devem cumprir com os
expostos na metodologia.
Deve-se proceder a colheita de amostras dos alimentos em suas embalagens
originais não violadas, observando a quantidade mínima de 200g ou 200mL por
unidade amostral. Quando se tratar de produtos a granel, ou de porções não
embaladas na origem, deve-se cumprir as Boas Práticas de Colheita constantes nas
referências da metodologia, respeitando-se a quantidade mínima necessária.
No caso de alimentos comercialmente estéreis, cada unidade da amostra
indicativa deve ser composta de no mínimo 3 (três) unidades do mesmo lote,para fins
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analíticos. Da mesma forma, quando se tratar da aplicação do plano de amostragem
estatística, deve-se efetuar a colheita de, no mínimo, 3 conjuntos de unidades
amostrais.
Dispensa-se a colheita da amostra sempre que o produto estiver alterado e ou
deteriorado.Entende-se por produto alterado ou deteriorado o que apresenta
alteração(ões)e ou deterioração(ões) físicas, químicas e ou organolépticas, em
decorrência da ação de micro-organismo e ou por reações químicas e ou físicas.
Nestes casos, as intervenções legais e penalidades cabíveis não dependem das
análises e de laudos laboratoriais.
As amostras colhidas para fins de análise de controle e fiscal devem atender
aos procedimentos administrativos estabelecidos em legislação específica.
A amostra deve ser enviada ao laboratório devidamente identificada e em
condições adequadas para análise, especificando as seguintes informações: a data,a
hora da colheita, a temperatura (quando pertinente) no momento da colheita e
transporte, o motivo da colheita, a finalidade e o tipo de análise, as condições da
mesma no ponto da colheita e outros dados que possam auxiliar as atividades
analíticas.
No laboratório, a amostra é submetida à inspeção para avaliar se apresenta
condições para a realização da análise microbiológica. Nas seguintes situações, a
análise não deve ser realizada, expedindo-se laudo referente à condição da amostra:
a) quando os dados que acompanham a amostra revelarem que a mesma, no
ponto de colheita, se encontrava em condições inadequadas de conservação ou
acondicionamento;
b) quando a amostra embalada apresentar sinais de violação;
c) quando a amostra não embalada na origem tiver sido colhida e ou acondicionada
e ou transportada em condições inadequadas;
d) quando a amostra apresentar alterações ou deterioração visível.
A amostra deve vir acompanhada de relatório adicional com informações que
permitam direcionar a determinação analítica pertinente. Produtos em condições
sanitárias satisfatórias são aqueles cujos resultados analíticos estão abaixo ou igual
aos estabelecidos para amostra indicativa ou amostra representativa. Produtos em
condições sanitárias insatisfatórias são aqueles cujos resultados analíticos estão
acima dos limites estabelecidos para amostra indicativa ou amostra representativa.
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Toda empresa de alimentos deve seguir as normas da ANVSA para continuar
no mercado com qualidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução RDC no 12, de 02
de janeiro de 2001. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 jan. 2001.Seção 1, p. 45-
54;
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15/03/2017];
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Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Circular n° 176, de 16 de maio de 2005b.
Disponível em: . Acesso em: 10/02/2016 ;
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