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RESOLUÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DE CONFLITOS NO

ÂMBITO ESCOLAR : Questões de gênero

Mariana Claudia Teixeira Araujo - Usuário: BRFPMME4914953


Mariele Rosa dos Santos - Usuário: BRFPMME5058228
Marielly da Silva Medeiros - Usuário: BRFPMME4936825

Orientador: Nívia Núñez

Código: FP080
Curso: Mestrado em Educação
Grupo: RTCAE 2022-10
Data: 26/04/2023

2023

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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
…………………………………………
…………………………...2
2 OBJETIVO
…………………………………………
………………………………..3
3 JUSTIFICATIVA
…………………………………………
……………………...…..3
4DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO E MEDIAÇÃO DO CONFLITO …………………………4

5 CONCLUSÃO
…………………………………………
…………………………….6
6 FRASE
…………………………………………
…………………………………….7
7 REFERÊNCIAS
…………………………………………
……………………….… 9
1 INTRODUÇÃO
Questionar e solucionar os conflitos que ocorrem no ambiente escolar, primeiro
devemos nos perguntar, por que? Quais motivos frequentes que levam às possíveis
causas dos conflitos escolares? Os professores têm se utilizado de procedimentos
didáticos que ajudem a combater o conflito e que haja aprendizagem? Em que medida
a insatisfação dos alunos com as aulas e outros processos da escola é responsável
pela indisciplina? Paulo Freire (1996), fala que o educador deve conhecer o dia-a-dia
do aluno, porque é nessa realidade que o aluno desenvolve seus instintos e
desabrocha a indisciplina. Desta forma, o âmbito escolar passou a ser, atualmente,
para os profissionais da educação, um dos principais problemas pedagógicos. A
indisciplina não é resultado de fatores isolados, mas da multiplicidade de influências
que recaem sobre o adolescente e sobre a criança ao longo do seu desenvolvimento.
As manifestações de conflitos em sala de aula e na hora dos intervalos causam
transtornos, falta de atenção, desinteresse e por consequência, baixo rendimento
escolar.

Desta forma para resolver um conflito temos que compreendê-lo, pois tal
processo é interativo e sempre dinâmico, Nesse sentido, a resolução satisfatória de
um conflito exige que toda a equipe pedagógica falsa use dos princípios
imprescindíveis para mediação dos mesmos. Do nosso ponto de vista para
contemplarmos, simultaneamente, rever as operações de reciprocidade e síntese, pois
ocorrem outros pontos de vista diferentes e, por muitas vezes, opostos aos nossos.
Para tanto, faz-se necessário analisar a situação enfrentada, expor adequadamente o
problema e buscar soluções que permitam resolvê-lo de maneira satisfatória para os
envolvidos.
É imprescindível que a escola seja um espaço de diálogo e interação, que o
ambiente seja agradável ao convívio, pacífico e que todas as relações sejam pautadas
em um processo democrático, mas que respeitem as leis e a ordem estabelecidas
para o convívio social.
A resolução de conflitos interpessoais é um elemento essencial no contexto
escolar para a formação psicológica e social dos seres humanos, um caminho para a
construção de sociedades culturais, democráticas e sensíveis para à ética nas
relações humanas, pois a de se inserir o trabalho sistematizado com situações
conflitivas no cotidiano escolar.

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2 OBJETIVO
Descrever o processo de mediação de um conflito ocorrido na escola entre
uma aluna que se identifica como menina, sendo do sexo masculino e outra aluna que
não entendia e adotou postura intolerante, sobre o direito do individuo ser o que
exatamente ele quer .

3 JUSTIFICATIVA
Não podemos esquecer os princípios fundamentais para a mediação em
conflitos relacionados à questões de gênero, o que é muito polémico hoje. Por muito
tempo as escolhas sexuais dos indivíduos foram ignoradas ou tratadas com
hostilidade, hoje temos um panorama diferente na teoria, mas na prática muitos
conflitos ainda são visíveis em nossa sociedade.

A situação de conflito que iremos apresentar, refere-se à questão de gênero e


a forma como é abordada nas escolas. Focamos na discriminação de genero que
ocorre nos ambientes escolares, que advem das construções familiares, religiosas,
sociais, politicas. Que é vivenciada diariamente pelos alunos e alunas, professores e
professoras em todas as escolas de todo mundo. Mas acreditamos também que cabe
à escola gerir projetos que promovam a busca por igualdade de gênero. Assim muitos
dos conflitos existentes sobre a questão de gênero, que são fenômenos complexos
que requererem enfrentamento, pois é uma questão em que os sentimentos pessoais,
causa nas pessoas o sentimento de exclusão e invisibilidade social, além de causar
danos psicológicos e/ou irreversíveis, principalmente quando se trata de adolescentes,
que estão se descobrindo e reconhecendo sua sexualidade.

Esses conflitos refletem interações entre histórias pessoais e interpessoais que


usam diferenças de gênero para dar a algumas pessoas uma vantagem sobre outras.

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Principalmente quando a sala de aula deixa de ser um lugar de aprendizagem para se
tornar espaço de confusão, preconceito, intolerância e tumulto, onde temos a certeza
que as perdas são significativas. Estas ações de injustiças, apontam que o tempo
despendido dessas ações negativas reflete no desgaste emocional e nos prejuízos
que jogam contra o sucesso do processo educativo do aluno e do professor.

Contornar as dificuldades e os conflitos logo que surgem é a melhor maneira


para solucionar os problemas em salas de aula e também o melhor caminho a seguir.

4 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO
E MEDIAÇÃO DO CONFLITO

A situação descrita será a EEEFM - Escola Estadual de Ensino Fundamental e


Médio (Escola Pública Estadual) no estado do Pará.
Na escola, um aluno de 2º ano do ensino médio, surpreendeu os colegas ao
retornar das férias vestido de menina e identificar-se como Maria. Esta aluna foi
ridicularizada durante dias por alguns alunos de sua sala e de outras salas.
Simplesmente por ter a coragem de assumir o que desejava ser! O professor da sala
ao perceber que a aluna Maria, chegava em sala sempre agressiva e muito
aborrecida. Levou a questão para a orientadora da escola, mas o comportamento não
foi resolvido, o professor conversou com a aluna Maria e ficou sabendo do bullying que
vinha sofrendo por assumir seu gênero femino, o professor decidiu desenvolver um
projeto em que abordassem as questões sobre respeito, tolerância e questões de
gênero. Assim como colocar a Maria para se sentar perto dele, tratando-a com mais
atenção e carinho, principalmente quando notava que ela estava irritada. Em alguns
momentos, pedia que ele fosse à sala do Serviço de Orientação Educacional.

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A situação tomou grandes proporções quando a aluna vai ao banheiro feminino
(que é seu direito, enquanto indivíduo) onde encontra-se com outra aluna denominada
Ana, aluna do 1º ano do ensino médio sentiu-se constrangida (alegação da aluna), e
reforçou não desejar usar o mesmo espaço da aluna Maria, promovendo uma
discussão generalizada. outros alunos que estavam por perto, começam a assumir
posições favoráveis ou desfavoráveis ao direito da Maria utilizar o banheiro feminino e
antes que esta suposta polêmica, ocasionada pela falta de conhecimento e falta de
respeito ao direito do outro, avançar para fora dos muros da escola. A direção,
juntamente com a equipe pedagógica e o professor, atentos às situações ocorridas
anteriormente ampliaram o projeto para uma ação de sensibilidade para solucionar os
conflitos em sala de aula e na escola como um todo. O Projeto desenvolvido e
ampliado tem como objetivo o resgate aos valores com postura acolhedora expressa
por meio do diálogo e da abertura ao outro, respeitando a dignidade de cada um, de
modo que todos se responsabilizem mutuamente e aprendam uns com os outros.
Neste primeiro momento da mediação, os professores falam do papel da
escola que é voltada para uma educação permeada nos valores humanos, Sendo que
é primordial e faz parte dos conteúdos que abordam a pluralidade cultural, o respeito
às diferentes culturas, etnias, ideologias, religiões, identidade de gênero entre outros.
Também foram desenvolvidas ações para a integração dos alunos, a capacidade de
empatia, solidariedade com o próximo, assim como o processo na habilidade de ouvir
e compreender o sentimento do outro e demonstrar um interesse verdadeiro para se
conectar com a realidade de escolha do indivíduo.
Maria e Ana serão ouvidas, assim como todos os participantes da escola entre
alunos, professores, convidados e terão que expor suas opiniões e sentimentos, para
que o planejamento da intervenção mediadora possa acontecer de forma que
contemple as duas visões de mundo, que na verdade, irão representar as posições
dos demais estudantes, na situação de resolução do conflito.
As estratégias planejadas tiveram como alternativas como a realização de um
debate por turma abordando as questões de gênero, possibilitando diferentes olhares,
dentro da comunidade escolar, e trazendo para a discussão dos aspectos sociais,
culturais e psicológicos presentes nos conflitos de gênero e proporccionando ações
para a prevenção, identificação e atuações contra as exclusões, os preconceitos e as
discriminações advindas das diferenças de sexo.
Logo após esse debate, ocorridas em todas as turmas, a escola irá promover
um seminário com apresentações dos resultados obtidos e organizar palestras com
profissional experiente e renomado, com relatos de experiências de pessoas que já
vivenciaram situações semelhantes, e que deverão abordar o assunto com suas

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diversas nuances e implicações, levando os alunos a perceberem que a resolução de
conflitos interpessoais é um processo contínuo e necessário no contexto escolar e nas
suas atitudes, enquanto cidadãos conscientes, responsáveis pelas futuras relações
democráticas e éticas. Assim como a aplicação de cartazes informativos espalhados
pelo espaço da escola.
Os princípios que pretendemos apresentar foram:
a) Sensibilidade: b) Ética: c) Supremacia dos direitos humanos: d) Capacidade de
escuta e) capacidade comunicativa f) estilo cooperativo e criatividade.

5 CONCLUSÃO
As situações de conflitos são vistas como uma relação natural e inevitável da
existência humana que, se for administrado de forma correta pode constituir uma
importante experiência para o desenvolvimento pessoal. A aprendizagem de
competências de resolução de problemas deve, assim, constituir uma oportunidade
para os indivíduos construírem soluções mais positivas e mais pacíficas para os seus
conflitos.
Conforme podemos constatar na atividade de mediação proposta, após ações
praticadas pela escola, esta deverá apresentar um estatuto para acolhimento aos
direitos e deveres de todos, assim como de uso dos banheiros, elaborado em
consonância com as conclusões acordadas a partir dos debates e ajustadas no
seminário. O estatuto deve representar a vontade da maioria e ser acatado por todos.
Assim, consideramos que existem várias maneiras de amenizar os conflitos no
ambiente escolar, como: promover um ambiente agradável e seguro; programas que
levam os estudantes a se desenvolver algo com criatividade de interações
intergrupais; promoção de lugares apropriados às suas ideias e construção de
saberes. Isto, sim, é promover um ambiente positivo na sala de aula ou instituição
escolar.

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6 FRASE
Frase 1- Respeito às diferenças - Entenda as diferenças.

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Fonte: capturado da internet - como forma de demonstração da frase
Frase 2- igualdade de gênero é um direito humano

Fonte: capturado da internet - como forma de demonstração da frase

Frase 3 - O preconceito de gênero é um desrespeito com a individualidade e a


existência do outro.

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Fonte: capturado da internet - como forma de demonstração da frase

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REFERÊNCIAS

Morgado, Catarina; Oliveira, Isabel (2009) Mediação em Contexto Escolar: transformar


o Conflito em Oportunidade Revista Científica Exedra, p. 43-56.

Morin, E. (2000). Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo:


Cortez.

Vygotsky, L. (1988). A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos


psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes.

BARDIN, Laurence (1994). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições Setenta.

MEDEIROS, S.D. (2002) Sinais dos tempos: marcas da violência em diferentes modos
de linguagem da criança. Campinas: Autores Associados.

FREIRE, P. (1996) Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa.


São Paulo: Paz e Terra.

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