ATIVIDADES PRÁTICAS – RTCAE

ATIVIDADES PRÁTICAS

Nome e sobrenome(s) do aluno: Irisdene Meneses da Silva

Grupo: BRFPMME3729985

Data: 24 de agosto de 2020

Resolva, de forma individual, os três casos que são expostos no documento:

RTC-AmbitoEscolar_Casos (disponível na seção “Materiais de avaliação”, dentro
do ícone “Atividades práticas”). A reflexão sobre os temas propostos deve
basear-se sempre nos conteúdos e nas leituras da disciplina, sendo
complementadas com a experiência pessoal. Em nenhum caso deve
fundamentar-se unicamente em vivências pessoais.

CASO 1: Isto são maus-tratos entre companheiros?

RESPOSTA:
Infelizmente, até os dias de hoje, sempre são noticiados em meios televisivos casos
de violência nas escolas e não somente nas escolas, mas em âmbito familiar, o que
pode influenciar negativamente no desempenho escolar, consequentemente a
desmotivação, a falta de interesse em frequentar as aulas, aumento de agressividade,
causando os problemas psicológicos e etc.

Há vários tipos violências: violência sexual, física, psicológica e outros.

E não sabemos ainda, apesar de vários estudos, como impedir, prevenir e tratar casos
de violência nas escolas, principalmente.

Contudo, muitas escolas estão implantando medidas de prevenção, aumentando as

normas disciplinares, outras escolas inserindo programas de mediação de conflitos,
que tem obtidos ótimos resultados e pode ser a solução para alguns problemas de
violência nas escolas.
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Mas antes de relacionar se seriam casos de maus-tratos nos exemplos dados,

precisamos definir o que seriam maus-tratos entre companheiros ou pares.

Maus-tratos é uma conduta agressiva que acontece entre companheiros, em que

alguém mais forte ou em número maior (em grupo), abusa várias vezes de uma vítima
indefesa. É diferente de brigas e confrontos físicos ocasionais entre pares, segundo
Smith & Morita (1999) e Olweus (1995).

Frequentemente, aparecem vários tipos de maus-tratos: os físicos, os verbais, os

psicológicos, e os sociais. Fundação Universitária Iberoamericana [FUNIBER] (2020).

 Então, no primeiro exemplo, não seria um caso de maus-tratos entre

companheiros ou colegas, pois não relata ter uma vítima indefesa e um
agressor, os dois colegas se agridem mutuamente. Seria mais um caso de
briga, confrontos físicos e conflitos interpessoais. Mesmo porque, não
conhecemos toda a história. Como tudo de originou. Resposta: Letra C - Isso
não é maus-tratos entre colegas.
 Nesse segundo caso, há indícios que comprovam ser caso de maus-tratos
entre colegas, pois há rejeição social, vitimização, práticas abusivas visando
submeter e controlar outros. As duas meninas rejeitam o colega, mentem e
ainda levam os outros colegas a rejeitá-lo. Caracterizando um tipo social de
maus-tratos.
Maus-tratos do tipo social: Quando há a negação em falar com alguém; impedir
que alguém participe de uma atividade; com o intuito de prejudicar alguém,
difundi rumores ou mentiras; E por fim, obriga alguém a fazer algo que não
queira. (FUNIBER,2020). Resposta: Letra A – Isso é claramente maus-tratos
entre colegas.
 No terceiro caso, também, há maus-tratos entre colegas, porque um aluno é
vítima dos colegas há algum tempo, há desequilíbrio de poder, repetição e
indefensão. Típico caso de maus-tratos verbal, por seus colegas fazerem
piadas, provocar e insultar. Há relações de domínio-submissão.
(FUNIBER,2020) Resposta: Letra A – Isso é claramente maus-tratos entre
colegas.

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 No quarto caso, é um exemplo de maus-tratos do tipo social entre colegas,

tendo em vista que os colegas se negam a falar com o outro colega. Resposta:
Letra A – Isso é claramente maus-tratos entre colegas.
 No último caso, não é constatado caso de maus-tratos entre colegas ou iguais,
pois o grupo se agride verbalmente entre elas, apesar de constantemente elas
estarem se insultando, não há submissão ou relação de poder de uma sobre a
outra, não há domínio-submissão que possa caracterizar maus-tratos, é mais
qualificado como conflitos interpessoais. (FUNIBER,2020). Resposta: Letra C –
Isso não é maus-tratos entre colegas.

CASO 2: Negociação entre professora e mãe.

RESPOSTA:
Segundo Aguilar (2012) mediação “é um método de resolução de conflitos, onde duas
partes em confronto recorrem, de forma voluntária, a um terceiro elemento para os
ajudar a resolver o conflito. O terceiro elemento tem de ser imparcial e não possui o
poder de impor uma resolução para o conflito, este vai apenas ajudar a encontrar uma
solução que seja benéfica para ambas as partes em conflito.”

Para que haja mediação de conflitos, todos os envolvidos deverão ter disposição,
vontade, iniciativa para participar da mediação e resolver o conflito. Deverá haver
principalmente comunicação entre as partes.

Visando resolver o conflito deverá ocorrer uma reunião entre as partes interessadas no
qual será utilizado um processo de solução pelos seguintes passos: FUNIBER (2020)

1- Planejamento e reflexão

Nessa primeira etapa cada um precisará compreender os interesses e sentimentos do

outro, identificar os pontos centrais e subjacentes do problema, conhecer as posições
de exigências, a real necessidade, definir um ambiente apropriado e tempo suficiente
para tratar o problema. FUNIBER (2020)

2- Resolução do problema

Na segunda etapa desse processo, temos a resolução do problema que há alguns

passos que devem ser seguidos também, como: estabelecer o tom que dará início a
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discussão cara a cara, definir e discutir o problema para que todos possam
compreender o problema, identificando seus interesses e necessidades, ouvir
cuidadosamente e ter certeza que estão compreendendo e que está sendo
compreendido, resumir o problema para se chegar a definição e identificação das
soluções possíveis, e ainda, explorar soluções alternativas que sejam aceitáveis,
específicas e equilibradas para ambas as partes. E por fim estabelecer um tempo
para acompanhamento logo após terminada a reunião para animar as partes do que
foi acordado. FUNIBER (2020)

Pois, de acordo com Aguilar (2012) a mediação tem grandes vantagens que são a
confidencialidade, voluntariado, flexibilidade, criatividade e custo reduzido.

Particularmente, expressando a minha opinião sobre a resolução do conflito desse

caso, a tutora deveria conversar com mãe antes de se negar a trocar o assento,
observar mais de perto o comportamento da aluna e do colega que senta próximo a
ela. Se comprovado os maus-tratos. Deve levar a monitora, que por sua vez deverá
convocar os alunos para uma conversa e tentar resolver a questão entre eles.

Se os conflitos pararam, então assunto resolvido.

Caso prossiga, a monitora deveria convocar para uma reunião os pais dos alunos e a
tutora para que possam resolver esse conflito durante mediação na escola.

Deveria também haver convocação geral para decidirem melhor sobre a disposição
dos assentos.

CASO 3: Mediação entre aluno e aluna.

RESPOSTA:
Para resolver esse impasse de conflito interpessoal, seria melhor que o professor
convidasse os dois estudantes para usarem o espaço da cadeira-orelha e da cadeira-
boca num lugar reservado e privado, onde a escola já tenha toda essa estrutura
montada com a colocação das cadeiras para realizar essa atividade, pois os alunos
poderão resolver sozinhos através de conversas e negociação. Já que eles querem
resolver de forma voluntária, então esse mecanismo funcionaria bem.

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Eles recorreriam a esse espaço, onde eles poderiam falar um de cada vez e ouvir o
colega atentamente, dizer como se sente, porque tomou certa atitude, tenta se
desculpar, e dizer o que quer. E depois resolvido tudo, poderiam voltar a se falar.
Deixariam claros seus argumentos, sempre seguidos de feedbacks para verificarem se
compreenderam o lado um do outro. Fariam todo esse processo até chegar à
resolução do conflito. Depois eles deveriam comunicar ao professor que encontraram
e qual foi a solução, para que o professor acompanhe o ocorrido, o professor então
pergunta se estariam contente de verdade com a solução e pede que voltem as suas
atividades na sala de aula. (FUNIBER,2020)

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Aguilar, Catarina Paulo Martinho (2012). Mediação escolar e relação escola-família.

Disponível em 29 agosto, 2020, em:

https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/8191/1/ulfpie043223_tm.pdf

FUNIBER (2020). Resolução/ transformação de conflitos no âmbito escolar. pág. 13 e

pp.118-119.

Martins, Maria José D., (2007). Violência Interpessoal e maus-tratos entre pares, em
contexto escolar. Disponível em 24 agosto, 2020, em:
https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/4343/1/Martins%20RE%202007.pdf