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ATIVIDADE PRÁTICA
Código: FP080
Grupo: 2021-02
Data: 10/09/2021
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SUMÁRIO
1 Situação de mediação..................................................................................................... 3
a) Descrição do caso.................................................................................................. 3
b) Mediação dos conflitos........................................................................................... 3
c) Análise da situação................................................................................................ 4
d) Transformação dos conflitos.................................................................................. 4
2 Princípios presentes na situação de mediação.............................................................. 5
3 Frases de alerta para a RTC no âmbito escolar............................................................. 5
4 Referências..................................................................................................................... 6
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1 Situação de mediação
A mediação é uma técnica usada na resolução de conflitos, especialmente no
âmbito escolar guiada por princípios de suma relevância como a neutralidade,
voluntariedade e confidencialidade das partes envolvidas no processo (FUNIBER, 2021).
a) Descrição do caso
O caso apresentado se refere a diversos conflitos ocorridos no âmbito escolar,
pontualmente na turma do 1° ano do ensino fundamental de uma escola pública
municipal, onde encontramos como ator comum uma discente de apenas 06 (seis) anos
de idade que chamaremos de “Malala”. Após apresentar mudança súbita e inexplicada
em seu comportamento, Malala porta-se desapropriadamente perante professores e
colegas.
A conduta conflituosa apresentada pela discente diante da professora é de
indisciplina, externando desmotivação, contrariedade e resistência na realização das
atividades escolares.
Em relação aos colegas o conflito se faz presente na ocorrência de agressividade,
chegando por vezes a demonstração de violência. Os atos agressivos ocorrem
cotidianamente, tal como xingamentos e o uso de palavrões.
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discente sempre realizava suas atividades, estava comprometida e participativa, sendo
que há cerca de um mês houve essa mudança comportamental abrupta, externando:
dificuldade na concentração e aprendizagem, desinteresse pelas atividades escolares,
queda na frequência escolar, preferência ao isolamento e silêncio que ao diálogo e
interação.
c) Análise da situação
Ao realizar a escuta ativa ficou evidenciado que os conflitos tiveram origem a
partir de uma mudança comportamental de Malala, mudança tal que carece ser
investigada para uma melhor compreensão do caso. No geral, como bem diz FUNIBER
(2021, p.20), “os conflitos que se apresentam no âmbito escolar podem ter sua origem
fora dos muros da escola”, e nesse caso fica evidente a intromissão de fatores externos
que tiveram reflexo no âmbito escolar.
Posto isto, a decisão tomada foi inserir outros atores do entorno na cooperação do
processo de mediação. Ato contínuo, a família de Malala foi acionada para uma conversa,
pois como sabemos o primeiro contato social é o familiar, o qual se reproduz na vida
escolar e social da criança.
A família ficou ciente que toda a conversa realizada seria mantida em sigilo, pois
como citado em Morgado e Oliveira (2009) qualquer processo de mediação deve
desenrolar-se de acordo com uma série de princípios, dentre eles o da confidencialidade
que garante maior disponibilidade na manifestação acerca do conflito, tornando as partes
mais aptas a propor alternativas para a resolução.
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essa, muitas famílias não sabem como agir para que isso não traga impactos na vida da
criança ou perpassem para a vida adulta.
Restou então requerer junto a equipe multiprofissional da rede municipal de
ensino o atendimento assistencial e psicológico a Malala como forma de prover apoio
profissional especializado.
Em meio ao andamento da resolução e transformação de conflitos ocorrida no
educandário, procedeu-se a comunicação do Conselho Tutelar, conforme previsto no art.
56 do Estatuto da Criança e Adolescente.
O Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS) foi
acionado para dar assistência também a família, visto que é com ela que a discente
passará a maior parte do tempo e poderá observar outros comportamentos que caberá
investigar para fins de uma resposta mais adequada.
No estabelecimento escolar diversas atividades foram desenvolvidas para
estimular uma cultura de paz além de tornar o ambiente mais propício a facilitar
naturalmente a revelação de abuso sexual que porventura algum outro estudante possa
estar sofrendo. Da mesma maneira os profissionais da educação foram capacitados para
identificar os sinais externados por vítimas de abuso sexual.
Tendo em vista todos os aspectos observados percebe-se que o poder de quem
faz a mediação é limitado, pois existem conflitos que por sua complexidade precisam de
uma resolução em outras instâncias (FUNIBER, 2021).
Por outro lado, o mediador ao estimular e expressar diferentes formas de solução
aos problemas também deve instigar a presença da paz, pois como dito por Dupret
(2002) a violência já está bastante denunciada e é hora de começarmos a convocar a
presença da paz em nós, entre nós, entre nações, entre povos.
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“A violência é demonstração de ressentimentos e amargura sofridos, o diálogo e a
restauração produzem a paz que o coração necessita!”
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4 Referências
Dupret, Leila (2002). Cultura de paz e ações sócio-educativas: Desafios para a escola
contemporânea. Psicol. Esc. Educ., 6 (1), 91-96.
https://doi.org/10.1590/S1413-85572002000100013
Morgado, Catarina & Oliveira, Isabel (2009). Mediação em contexto escolar: transformar o
conflito em oportunidade. Exedra: Revista Científica, 1646-9526 (1), 43-56.