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Abstract: This article presents a reference of Facebook and as a false news, term used to
refer to a fictitious profile newspaper that circulates on the internet. For the presented
protections and features of social networks, processes that spam, and the post-truth, that
perpass the characteristics that become the Facebook prophet for the dissemination of false
news. It can be observed that through Facebook To combat falsities, there may be a spread
in its scope, however, it does not interfere in other aspects that allow its sharing, as well as
harming the reach of other publications in the organic way.
INTRODUÇÃO
Dentre as redes sociais de ampla divulgação no ocidente temos o Facebook com mais de 2
bilhões de seguidores e conhecidos como um dos mais lucrativos negócios da atualidade.
Se tornando assim uma plataforma midiática que atrai diversos tipos de divulgação,
inclusive de divulgação de notícias. Essas são facilmente compartilhadas pelos mecanismos
da plataforma. Assim as fake news antes já possuíam uma boa divulgação tomaram
proporções desmedidas.
Como é apontado por Damazo; Valente (2018, p.158) ao apresentar o relatório Digital News
Report do Reuters Institute que sugerem que os usuários sentem que a combinação de
ausência de regras e algoritimos estão encorajando a disseminação rápida de
conteúdos.
Dove-se destacar também as ações dos individuos que ao se depararem com uma noticia
amplamente divulgada ja a toma como verdadeira, principalmente quando essas
corroboram diretamente ao desejo do individuo sobre a realidade.
“Por outro lado, esse novo mecanismo de produção gera um novo cenário onde a facilidade
de acesso e o grande volume de informações possibilitam também a circulação de
informações equivocadas ou distorcidas por diversos motivos.” (SASTRE; DE
OLIVEIRA; BELDA, 2018, p. 7)
FILTRO-BOLHA
De acordo com Pariser (2011), o “filtro bolha” é um conceito utilizado para denominar a
ação dos algoritmos como filtros no ambiente virtual, que atuam como motores de
previsão que influenciam e direcionam o acesso de conteúdo baseado no perfil e hábitos
de consumo do usuário dando a sensação de eficiência na busca de ideias e
informações, mas restringindo a maneira com a qual é realizada a pesquisa, ou mesmo,
a definição de conteúdo. Esse mecanismo é muito utilizado, por exemplo, por
ASTRE; DE
buscadores como Google ou mídias sociais como o Facebook. (apud S
OLIVEIRA; BELDA, 2018, p. 6)
No seu conjunto, e de forma sumária, este processo pode ser descrito em três momentos:
num primeiro momento, o da utilização, o utilizador decide visitar um site que, mediante
critérios mais ou menos implícitos e tácitos, considera como credível; num segundo
momento, o da pesquisa, os estudos empíricos tornam explícitos os critérios de
credibilidade usados, de forma implícita e tácita, pela maioria ou pela média dos
utilizadores; num terceiro momento, o da aplicação, os construtores dos sites constroem
estes tendo em conta os critérios de credibilidade explicitados pela pesquisa. (SERRA,
2006, p.7-8)
Neste cenário, começou a circular no Facebook notícias de jovens acadêmicos que haviam
ganho prêmios de Física, mas não obtiveram destaque midiático devido a cobertura da
presença do Brasil na copa1. Estas notícias, no entanto, eram completamente falsas. O que
entregou a farsa a muitas pessoas foi o uso da imagens de atores e atrizes da indústria
pornográfica estadunidense. Em uma das postagens um jovem inclusive usa uma jaqueta
com o nome da produtora pornográfica Brazzer. As postagens também apareciam em
páginas de língua espanhola.
Em resumo, a viralização desta notícia ilustra o que é dito por Marteleto (2001) ao falar
sobre a valorização de elos informais em relação aos hierárquicos, a reprodução do “filtro
1
ARES, Saturno. Os "estudantes de física" compartilhados por aí são atores pornô. 2018. Disponível em:
<https://canaltech.com.br/bizarro/fake-news-os-estudantes-de-fisica-que-andam-compartilhando-sao-atores-porn
o-116666/>. Acesso em: 27 jun. 2018.
bolha” descrita por Delmazo e Valente (2018) onde o que determina o compartilhamento por
determinado grupo é o fato da notícia reforçar determinada visão de mundo.
Quando estas notícias não são elaboradas por especialistas, ou por pessoas com
conhecimentos mínimos, os autores apontam que isso pode se tornar um problema de
saúde pública. Citando Moretti; Oliveira e Silva (2012) eles apontam que isto se dá devido
ao crescimento de usuários, em grande maioria leigos, buscando na internet informações de
saúde. Estes usuários, muitas vezes, não apresentam as competências necessárias para a
identificação de informações falsas.
Como exemplo, apresentamos outra notícia que circulou no Facebook no mês de julho de
2018. A postagem afirma que é preciso ter cuidado com as cebolas porque, segundo o
2
texto, elas absorvem bactérias, como as da gripe. Para comprovar, uma passagem relata
uma história de 1919, na qual um médico descobriu que a esposa de um fazendeiro tinha
um segredo para que sua família não pegasse gripe; cortar cebola e colocar em todos os
cômodos da casa. Com base nisso, chegou-se a conclusão que as cebolas absorvem
bactérias e não devem ser consumidas após cortadas, ou podem ser utilizadas para este
fim. No entanto não existe nenhuma pesquisa científica que comprove tal afirmação, tão
pouco se sabe ou é explicitado quem seriam o médico, o fazendeiro ou sua esposa.
A postagem teve ampla divulgação, mas, apesar de relativamente inocente, demonstra pelo
os perigos que as notícias falsas tem ao induzir determinadas atitudes que podem colocar
em risco a saúde das pessoas.
2
MATSUKI, Edgard. Cuidado com as cebolas: elas absorvem bactérias e são venenosas. 2018. Disponível em:
<http://www.boatos.org/saude/cuidado-cebolas-absorvem-bacterias.html>. Acesso em: 27 jun. 2018.
Segundo Jamieson & Solon (2016 apud DELMAZO; VALENTE, 2018) no ano de 2016 a
direção do Facebook anunciou um conjunto de intenções, entre as quais a implantação de
barreiras para o patrocínio de publicações falsas, a possibilidade de os utilizadores
denunciarem notícias falsas, estabelecimento de parcerias com fact checkers para a
marcação dos conteúdos questionáveis nas linhas do tempo.
Nestas medidas, foi realizada a alteração dos critérios de newsfeed com o objetivo de
reduzir a circulação e o impacto das fake news. Um dos objetivos era inibir o alcance de
orgânico das publicações. Delmazo e Valente (2018) ainda apontam que a empresa afirmou
que dificultou a criação de contas falsas e que desativaria os conteúdos pagos que
reincidissem em partilhar notícias falsas.
Estas medidas, que em teoria podem contribuir para a redução do impacto das fake news
no Facebook, fizeram com que algumas empresas se sentissem lesadas. Em fevereiro de
2018, após o anúncio destas mudanças, o Jornal Folha de São Paulo, um dos principais
jornais do Brasil, abandonou a rede social4, pois, segundo a empresa, as medidas também
reduzem a visibilidade do jornalismo profissional.
3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
É consenso que as redes sociais contribuem para a produção cada vez maior de conteúdo e
que, de certa forma, esta facilidade, a sua supervalorização - no ponto de vista de conteúdo-
fazem dela um ambiente propício para a propagação de fake news. Estas notícias falsas
podem afetar várias esferas sociais; como economia, política e até a esfera pessoal (com o
linchamento moral) o que demonstra que é primordial estudá-las como um fenômeno social a
3
ROSA, Natalie. Facebook anuncia novas medidas para o combate das fake news. 2018. Disponível em:
<https://canaltech.com.br/redes-sociais/facebook-anuncia-novas-medidas-para-o-combate-das-fake-news-11642
2/>. Acesso em: 27 jun. 2018.
4
FOLHA DE SÃO PAULO. -. Folha deixa de publicar conteúdo no Facebook. São Paulo. 2018. Disponível
em:
<https://canaltech.com.br/redes-sociais/facebook-anuncia-novas-medidas-para-o-combate-das-fake-news-11642
2/>. Acesso em: 27 jun. 2018.
fim de identificar suas principais características e desenvolver formas de combatê-las - seja
instruindo usuários de forma a identificá-las, seja por meio de tecnologias que inibam o seu
compartilhamento e produção.
Trouxemos diversos conceitos, mas destacamos de “filtro bolha” citados por Delmazo e
Velente (2018), além de Sastre, Oliveira e Belda (2018) que demonstram que a disseminação
de fake news está intimamente ligada ao tipo de informação que é “disponibilizada” pelos
algoritmos de busca, principalmente no caso do Facebook. Por pré-selecionadas informações
que teriam mais a ver com a “bolha” do usuário o Facebook limita o seu acesso a outras
informações que podem ser mais confiáveis e utilizadas para contestar as informações falsas.
A utilização das notícias falsas para reforçar pontos de vista pessoas - que desencadeiam na
sua produção ou no compartilhamento sem uma verificação prévia das informações - também
podem ser apontadas como uma das principais causas da evidência das fake news no
ambiente das redes sociais.
Inferimos que as medidas do Facebook para combater as notícias falsas podem surtir algum
efeito e reduzir a sua produção e compartilhamento, no entanto, pode haver como efeito
colateral o abandono da rede por parte de empresas, principalmente as de “mídia oficial”,
como ocorreu com a Folha de São Paulo. Outras empresas também poderão deixar a rede por
verem o seu alcance orgânico (o que não é patrocinado) reduzido pelos novos algoritmos.
REFERÊNCIAS
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<https://www.merriam-webster.com/words-at-play/the-real-story-of-fake-news>. Acesso em:
28 jun. 2018.
FALLON, Claire. De onde vem o termo "fake news"? Da década de 1890, ao que tudo
indica. 2017. Disponível em:
<https://www.huffpostbrasil.com/2017/04/05/de-onde-vem-o-termo-fake-news-da-decada-de
-1890-ao-que-tudo_a_22027223/>. Acesso em: 28 jun. 2018.
SASTRE, Angelo; DE OLIVEIRA, Claudia Silene Pereira; BELDA, Francisco Rolfsen. A
influência do “filtro bolha” na difusão de Fake News nas mídias sociais: reflexões sobre as
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Disponível em: http://www.revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis/article/view/366>
Acesso em: 28 jun. 2018.
DA COSTA SILVA FILHO, Rubens; SILVA, Leila Morás; LUCE, Bruno. Impacto da
pós-verdade em fontes de informação para a saúde. RBBD. Revista Brasileira de
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<https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/view/892>