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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS


DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
DISCIPLINA: METODOLOGIA CIENTÍFICA
PROFA. DRA. ALLYSSON VASCONCELOS LIMA ROCHA

DAYANE DE ARAÚJO DOS REIS


JULLYANA REGYA LOPES COSTA
KELLY KAUANNE CAMPELO DOS SANTOS
LIVIA ASSIS GONÇALVES DE JESUS
VITOR AUGUSTO CARDOSO TORRES
YHASMIN JULLYA SANTOS MARQUES

TRABALHO ESCRITO DE METODOLOGIA CIENTÍFICA


GRUPO 6 - FAKE NEWS

SÃO LUÍS, 2023


DAYANE DE ARAÚJO DOS REIS
JULLYANA REGYA LOPES COSTA
KELLY KAUANNE CAMPELO DOS SANTOS
LIVIA ASSIS GONÇALVES DE JESUS
VITOR AUGUSTO CARDOSO TORRES
YHASMIN JULLYA SANTOS MARQUES

TRABALHO ESCRITO DE METODOLOGIA CIENTÍFICA


GRUPO 6 - FAKE NEWS

Trabalho escrito referente à


apresentação sobre Fake
News e as teorias de
conspiração da matéria de
Metodologia Científica que
compõem a nota da terceira
unidade.

SÃO LUÍS, 2023


GRUPO 6 - FAKE NEWS E AS TEORIAS DE CONSPIRAÇÃO

O termo Fake News tem ganhado relevância no Brasil desde a pandemia,


após discussões feitas por grupos políticos onde havia falsas notícias falando sobre
o Covid-19 e sobre as vacinas. Contudo, a circulação de fake news sob o conceito
de desinformação foi originada desde que os meios de circulação de notícias foram
criados. O alcance dessas notícias é vinculado com o avanço da internet, onde são
disseminados através das redes sociais, ou de maneira tradicional, por conversas
entre familiares ou amigos.
As veiculações das Fake News tem virado um problema pois podemos
observar um maior uso durante período eleitoral, onde o uso de tal serve como meio
de atacar um candidato assim trazendo uma onda de ódio. Desse modo, é
observado a circulação de imagens ou vídeos manipulados vinculados à notícias
para influenciar os pensamentos dos eleitores e difamar os candidatos. Há também
as Fake News vinculadas a teorias da conspiração, onde encontramos informações
sem embasamento científico para explicação de algo (Exemplos: teoria da Terra
plana ou a teoria que a indústria farmacêutica tem nos envenenado). Elas
geralmente apelam ao emocional do leitor/ouvinte para manipular as pessoas sem
que tenha a confirmação de tais fatos, tendo assim um grande poder de persuasão.
Por mais que seja algo que tenha ganhado relevância recentemente, esse conceito
de conteúdo falso vem sendo usado há séculos e não possui uma origem oficial.
O conceito de Fake News pode conter várias definições, porém o comum
delas é falar que este termo representa um conjunto de desinformações. É um
termo originado do inglês onde Fake significa falsa e News significa notícia, sendo
traduzido no literal, notícia falsa. Segundo Reilly: “Fake news representa informações de
várias vertentes que são apresentadas como reais, mas são claramente falsas, fabricadas, ou
exageradas ao ponto em que não mais correspondem à realidade; além do mais, a informação
opera no interesse expresso de enganar ou confundir um alvo ou audiência imaginada.”.
Logo, podemos deduzir que o objetivo da Fake News é justamente a manipulação
de pensamentos e enganar para fortalecer um ideal.
Segundo o entrevista do site Sul21 (Das fake news à terra plana), há uma
democratização da informação, através dos especialistas e de pesquisas científicas,
porém com o avanço da tecnologia, começou uma disseminação de informações
através da internet. Podemos observar que na internet, qualquer pessoa pode criar
um site/blog e adicionar informações sem embasamento, as quais são visualizadas
por sua própria bolha, mesmo quando outras pessoas afirmam que seriam
estúpidas. As pessoas que defendem tais teses acreditam nessas crenças e
valores, definindo assim sua identidade. Por conta disso, há essa grande oferta de
informações falsas que são lidas e defendidas por pessoas que possuem crenças
parecidas.
O que acaba levando às pessoas acreditarem em tais fake news, é
justamente a procura de uma identificação própria. Como não possuem
especialização ou entendimento em tais assuntos e, além disso, esses assuntos vão
contra seus valores, elas pesquisam teorias que fundamentam seus pensamentos e,
assim, se isolam em uma bolha. Com isso, podemos citar os ataques contra as
universidades pois são nelas onde temos as formações de especialistas (que pra
eles diferem suas crenças e identidades) e criação de pensamentos racionais com
base no grande nicho de pensamentos variados e de discussão sobre o mesmo.
Porém, sem a discussão de pensamentos, não ocorre a criação de novos
conhecimentos, o que pode levar à diminuição do conhecimento. Ernesto Perini diz,
durante esta entrevista, que “A base evidencial, é inacessível à experiência ordinária. Se
você não for um especialista, você sequer sabe qual é a base evidencial a partir da qual
determinada teoria é construída.”
Além disso, temos a pós-verdade, que é definida como: “relativo ou referente
a circunstâncias nas quais os fatos objetivos são menos influentes na opinião
pública do que as emoções e as crenças pessoais.” (Dicionário de Oxford). Isso
quer dizer que esta crença dá mais razão ao emocional do que ao racional, levando
a uma manipulação através deste apelo emocional. Desse modo, a pessoa só
acredita no que lhe convém e no que lhe faz sentido.
Durante a entrevista, Ernesto Perini relata que as pessoas possuem um
mecanismo meta-cognitivo onde checamos as informações através do que já
sabemos sobre o assunto. Porém, por algum motivo, esse mecanismo acaba sendo
bloqueado durante o encontro dessas informações, pois as crenças identitárias
possuem um valor maior do que a verdade. Mesmo que essa procura identitária seja
algo bom de modo individual, no coletivo, pode trazer uma perda de conhecimento,
visto que as pessoas não querem ir contra seus pensamentos e valores.
Visto isso, podemos pensar em algumas maneiras de como combater a
disseminação das Fake News, visando um melhor conhecimento do público.
a) Verificação de fatos: a partir de ler/ouvir alguma notícia ou teoria, verificar os
fatos para saber se é concreto ou não. Além disso, já existem sites que
propõem investigar se a notícia possui informações falsas. Há também redes
sociais que possuem iniciativas para a verificação de fatos. Como por
exemplo, o Facebook tem um programa de verificação de fatos para
identificar e sinalizar conteúdos falsos na plataforma.
b) Incentivar o pensamento crítico: como foi dito anteriormente, nós como seres
humanos possuímos um mecanismo metacognitivo que acaba sendo
bloqueado durante algumas Fake News. Porém, nós devemos questionar se
tal pensamento ou notícia pode vir a ser enganoso antes de compartilhá-las.
Isso poderia ser mais incentivado a partir da abertura das universidades para
que o público busque mais conhecimento.
c) Bloqueio de Fake News: devemos combater essa disseminação que pode
prejudicar seus leitores, logo deve-se ser criado um monitoramento das
criações de sites ou blog para que não haja a criação de Fake News.

A partir da leitura dos textos disponibilizados e das pesquisas realizadas, o


grupo entrou em discussão para contarmos as nossas opiniões. Concordamos pelo
o que foi dito por Ernesto Perini durante sua entrevista, porém não achamos que
conseguimos mudar as crenças através da abertura da universidade pois isso vem
ao contrário do que eles creem. Atacam as universidades por conta desse
amontoado de ideologias e por conta disso repudiam às entradas de pessoas nesse
meio. Porém não são todas que se recusariam a adentrar as universidades, o que
poderia fazer se questionarem se os seus pensamentos/crenças estão corretos e
aos poucos poderia ir mudando.
A partir desses pensamentos, podemos concluir que a disseminação de
notícias falsas tornou-se um problema recorrente, principalmente com a era da
internet e das redes sociais durante a pandemia. Essas informações tem cunho
discriminatório, manipulatório e difamatório, sendo considerado perigoso para a
sociedade. Dessa forma, aspectos como a busca por identificação e o dinamismo
das emoções diante das divulgações impulsionam para a influência e a crença nas
fake news. No entanto, há medidas que podem ser tomadas para solucionar esse
fenômeno, como o incentivo ao pensamento crítico, busca por fontes de
informações confiáveis, verificação dos fatos e educação em mídias sociais.
Além disso, para obter a disseminação de notícias corretas deve-se contar
com a responsabilidade dos usuários de mídia, a supervisão através das
organizações de checagem de fatos e colaboração entre plataformas digitais. Dessa
maneira, se tornará mais fácil chegar à informações proporcionais aos fatos
ocorridos, porém, é essencial que essas medidas de intervenção sejam postas em
prática de forma equilibrada, respeitando a liberdade de expressão, mas, também,
sendo baseado na legislação que se responsabilizará por usuários oriundos de
notícias falsas.
Desse modo, conclui-se que o combate à circulação de informações duvidosas
é um desafio complexo que necessita de apoio conjunto e contínuo de usuários das
mídias, empresas de tecnologia, esforços, atenção e colaboração de governos.
Então, ao conscientizar quanto seu impacto, inserir a cultura de verificação dos fatos
e da formulação do pensamento crítico, promoverá uma sociedade mais resistente à
desinformação, mais forte e competente para tomar decisões fundamentadas para
seguir com o progresso da sociedade.

REFERÊNCIAS
O fenômeno das fake news: definição, combate e contexto. Disponível em:
<https://revista.internetlab.org.br/o-fenomeno-das-fake-news-definicao-combate-e-
contexto/>.
O que é Fake News? | Nerdologia SHORTS. Disponível em:
<https://youtube.com/shorts/9lwJJYQbwzA?feature=share>. Acesso em: 3 jul.
2023.
SUL 21. Das fake news à terra plana: pesquisador estuda “epidemia” de
ideias falsas que ameaçam o conhecimento e a democracia. Disponível em:
<https://sul21.com.br/entrevistasz_areazero/2019/11/das-fake-news-a-terra-plana-p
esquisador-estuda-epidemia-de-ideias-falsas-que-ameacam-o-conhecimento-e-a-d
emocracia/>.

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