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GUIA DE ATIVIDADE 

ATIVIDADE: Fake News 


DURAÇÃO: Uma hora a Uma hora e meia.  
PÚBLICO: Ensino médio, fundamental (anos finais). Público em geral.  
MATERIAIS NECESSÁRIOS: Datashow; Folhas e canetas (Dependendo da 
turma, dinâmicas e número de pessoas).  
 
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O conteúdo desta atividade foi realizado com base em 2 estudos do Instituto 
Tecnologia & Equidade. São eles: Recomendações sistêmicas para combater a 
desinformação nas eleições do Brasil e Desinformação em Eleições - Desequilíbrios 
acelerados pela tecnologia.  
 
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Vamos falar hoje sobre Fake News (ou, notícias falsas). Para isso, trouxemos 
alguns exemplos de notícias para vocês verem:  
 
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Alguém já viu esta esta notícia em algum lugar? (​Ler notícia em voz alta).  
 
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E esta? ​(Ler notícia em voz alta).  
 
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Qual das duas é falsa? Ou nenhuma é falsa e todas são reais?  
(Esperar turma trazer sua visão e parecer).  
 
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Na realidade, a primeira é falsa e a segunda é verdadeira. Mas ambas parecem 
bem verídicas, não é?  
No caso, a primeira foi alterada no computador, apesar de parecer bem real. 
Como isso é feito? Alterando o código fonte com o navegador (não é difícil fazer isso).  
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Com isso tudo, fica a pergunta: Por qual motivo criados mentiras? No caso, 
notícias falsas? Porque que acreditamos nisso?  
A psicologia explica isso com 2 características que todos nós, seres humanos, 
possuímos: 
 
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Primeiro, o realismo ingênuo.  
 
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Ou seja, a percepção de que apenas o meu ponto de vista sobre os diversos 
problemas que temos é a certa. Lembremos que política, gosto musical ou de filme não 
é igual matemática: Existem diversas formas de resolver os problemas em questão e 
diversas formas de lê-los.  
 
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O segundo, é o Viés de Confirmação  
 
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Ou seja, nós somos motivados, sempre, a acreditar naquilo que reforça as 
nossas próprias crenças.  
Quer um exemplo? Quem aqui tem pai ou mãe muito religiosos. Qual é a visão 
que eles possuem de quem não segue nenhum religião? Ou alguém conhece um ateu e 
sabe qual é a visão dele perante as religiões?  
Perceba que não é alguém certo ou errado. Mas existem pessoas que possuem 
uma visão sobre este tema e tudo que leem é para confirmar que religião ou ateísmo é 
o correto. Isso nós vemos constantemente nas discussões políticas (principalmente nas 
redes sociais).  
Umas das recomendações para isso é que nós tenhamos conhecimento de 
notícias que vão contra nosso viés de confirmação.  
 
 
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(Formar grupos de 3 pessoas para as atividades subsequentes).  
Por isso, gostaria que vocês discutam entre si: As notícias que você lê, 
costumam reforçar as suas visões ou você tenta ler notícias de todas as visões 
possíveis?  
(Após a discussão, realizar uma pequena colheita com o grande grupo).  
 
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Após vermos as diversas notícias que conversamos aqui, jogo a pergunta: Como 
nos informamos? Alguém poderia dar exemplos?  
(Fazer pequena colheita).  
 
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Listamos 3 principais pilares com os quais nos informamos.  
Primeiramente, temos o que chamamos de fundamentos sociais. Ou seja, nossas 
visões e, consequentemente, as notícias as quais teremos contatos, estão muito ligadas 
com o nosso viés social: o grupo o qual participamos, a cidade em que vivemos, enfim. 
Estas informações que lemos estão ligadas com a necessidade do ser humano em criar 
uma identidade e autoestima, bem como firmar nossa relação com grupos.  
Depois, temos a mídia tradicional. Historicamente, a mídia tradicional era a 
principal forma de informação: Jornais, emissoras de tv e rádio. E é muito comum eles 
utilizarem nosso viés de confirmação nas notícias, reportagens e afins.  
E, mais recentemente, tivemos as mídias sociais: Facebook, Instagram, twitter… 
Essas formas de informação são muito rápidas e a informação está chegando a todo o 
instante. Além de as mídias sociais explorarem nosso viés de confirmação e realismo 
ingênuo, elas criam outros dois efeitos que impactam na nossa (des)informação. As 
contas maliciosas e o efeito Câmara de Eco.  
 
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As contas maliciosas são perfis feitos especificamente para dar a sensação que 
determinada notícia possua a apoio ou uma grande repercussão. Quem nunca viu 
aquele perfil, com a pessoa que sempre tá em festa, e tal?  
E, por fim, as Câmara de Eco. As redes sociais possuem um algoritmo que visa 
mostrar sempre o que você mais curte. E nisso, entram as notícias. Ou seja, se você 
curtiu algo relacionado a um candidato A ou B, a mídia vai mostrar, antes, alguma 
notícia relacionada a isso. Assim, dificilmente você lerá notícias que falem contra a sua 
visão. Isso faz com que fiquemos em “bolhas”, não tem uma visão de todos os pontos 
que, de fato, abordam determinados temas.  
 
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Para isso, vamos para mais uma reflexão:  
Quais bolhas vocês se encontram atualmente? Listem visões de mundo que você 
constantemente vê em seu feed de notícias. Liste grupos os quais você mais se 
relaciona. O que está confirmando o seu viés de confirmação?  
(Ao fim, fazer uma pequena colheita).  
 
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Pessoal, até o momento discutimos como nos informamos e como nós mesmos 
(mesmo sem querer) contribuímos para nossa própria desinformação. Mas, como 
funciona todo o mecanismos de criação e disseminação de notícias falsas?  
 
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No ecossistema das fake news, destacam-se: Os consumidores (nós); os árbitros 
(a própria mídia tradicional, as próprias redes sociais e órgãos do governo); e os 
criadores de fake news.  
Os consumidores consistem em qualquer pessoa que esteja lendo alguma 
informação. As principais características de quem consome informação (independente 
de qual meio usa) são: Inabilidade de checar o conteúdo das fontes e, principalmente, 
utilizar facebook, youtube e whatsapp como principais formas de informação.  
Para averiguar isso, vamos fazer uma pequena pesquisa aqui: quem ai vai 
verificar a fonte da notícia quando recebe uma montagem/imagem/vídeo no 
whatsapp? Ou, no facebook, quem vai pesquisar mais sobre a página que publicou a 
notícia? Quem procura a fonte das informações?  
 
Os criadores são quaisquer páginas de facebook, pessoas, instituições… ou até 
mesmo robôs! Os criadores são principalmente estimulados a espalharem fake news 
para ter maior influência política e, além disso, lucro. Também estão protegidos, pois a 
internet possibilita o anonimato e ainda faltam leis específicas para punir quem divulga 
notícias falsas.  
 
Os árbitros podem ser:  
Mídias tradicionais, ao desmentir boatos e, geralmente, buscarem um 
embasamento maior nas suas notícias. Além disso, na internet, temos diversas agências 
especializadas na checagem de notícias e dados na internet. São as chamadas “Fact 
Checking”.  
Órgãos do governo: por exemplo, podemos ver a atuação do TSE no dia das 
eleições para desmentir diversos boatos que surgiram.  
Além disso, as próprias redes sociais tem tomado ações para minimizar o 
impacto das fake news. O Facebook por exemplo, retirou diversas páginas e perfis 
falsos que estavam na rede social, pois identificou-se que estavam divulgando grande 
quantidade de fake news. Além disso, o facebook tem diminuído o alcance de algumas 
notícias tidas como falsas (basta denunciar qualquer irregularidade que você veja).  
 
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Para termos maior compreensão, quero que vocês discutam:  
1) Quem você identifica como árbitro, atualmente? Quais páginas ou sites?  
2) Quem você sabe que consome muitas fake news?  
3) Quais são as principais páginas e sites que, a seu ver, compartilham fake 
news?  
(Ao fim, fazer colheita).  
 
Slide 25 
Existem vários tipos de notícias falsas.  
 
 
 
Slide 26 
Aqui estão listados os principais tipos. Vamos passar alguns exemplos de cada 
tipo.  
Nos slides 27 ao 33, discutir com o público cada tipo de fake news e seus exemplos. 
Tente trazer com eles outras notícias falsas que não estejam listadas.  
No slide 28 os títulos descritos referem-se àquelas chamadas que buscam apenas 
cliques, mas o conteúdo é pouco relevante ou não possui conexão com o título.  
 
Slide 34  
Nos slides 34 a 45, faremos uma “gincana” de descobrir fake news. Utilize celulares, 
internet, ou qualquer forma que o trio possa de informar para ver se a notícia é falsa ou não.  
O trio que desmentir a notícia com maior rapidez e mostrar a fonte ou porque a 
notícia é falsa, leva um ponto. Você pode inserir mais notícias se quiser aumentar o tempo de 
dinâmica.  
 
Slide 35 
Faça uma explicação breve sobre os principais passos para desmentir uma notícias ou 
buscar a sua veracidade.  
 
Slide 46 
Lembra das agências de checagem de fatos que falamos anteriormente? 
Trouxemos elas aqui, como ferramentas para sabermos se tal notícia é falsa ou não.  
 
Slide 47 
Estas são as principais agências de checagem de dados. É interessante até para 
termos acessos a vários estudos e dados e, assim, enriquecer nosso conhecimento 
sobre vários temas :)  
 
Slide 48 
Finalize a atividade.  
 
 
 
 
 
 
 
 

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