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Universidade Federal do Maranhão

Departamento de Ciências Fisiológicas


Laboratório de Pesquisa e Pós-Graduação
em Farmacologia
Potencial O NT pode causar nas membranas SNC:
pós-sinaptico
POTENCIAL PÓS-SINAPTICO EXCITATÓRIO
PA a) Despolarização
NT entrada de cátions

POTENCIAL PÓS-SINAPTICO INIBITORIO


a) Hiperpolarizaçâo
entrada de ânions
saída de cátions

Hipnóticos e Ansiolíticos

Prof. Antonio Carlos ROMÃO Borges

São Luís

PSICOTRÓPICOS Farmacologia dos Hipnóticos e Ansiolíticos

PSICOLÉPTICOS PSICOANALÉPTICOS PSICODISLÉPTICOS Insônia Ansiedade


Depressores Estimulantes Perturbadores
 Distúrbio na  Reação cognitiva,
NOOLÉPTICOS
Hipnóticos
qualidade do emocional e física a
NOANALÉPTICOS
Barbitúricos Estimulantes da sono uma situação de
Vigília ALUCINÓGENOS ameaça ou perigo
Anfetamínas Despersonalizantes
NEUROLÉPTICOS Adaptativa  Adaptativa
Cafeína Maconha
Timolépticos ou
Mescalina
Antipsicóticos
Psilocibina
Fenotiazínicos
LSD
Butirofenonas
TIMOANALÉPTICOS
Estimulantes do Patologia
TRANQUILIZANTES Humor  Patologia
Ansiolíticos Atidepressivos
Benzodiazepínicos

1
INSÔNIA INSÔNIA

• SINTOMAS: fadiga, irritabilidade, reduz


• Pode ocorrer em diferentes fases do sono: concentração, aprendizagem, memória, etc
• Início (indução) • CLASSIFICAÇÃO:
• Despertar (terminal) • TRANSITÓRIA: circunstancial
• Interrupções (manutenção) • SUB-AGUDA : 1 a 6 semanas
• Idosos tem < duração e > interrupções • CRÔNICA : > 6 semanas
• Recém-nascidos > duração > interrupções • SONO SATISFATÓRIO : independe do
número de horas dormidas ( média > 6 < 9)

INSÔNIA: PRINCIPAIS CAUSAS


 Fase 1
• estresse, ansiedade, depressão  Melatonina é liberada, induzindo o sono
(sonolência)
• dores ocasionais ou crônicas,  Fase 2
• efeitos colaterais de fármacos,  Diminuem os ritmos cardíaco e respiratório,
(sono leve) relaxam-se os músculos e cai a
• uso de cafeína e álcool, temperatura corporal
• alterações no ciclo circadiano,  Fases 3 e 4
 Pico de liberação do GH e da leptina; cortisol
• alterações comportamentais, começa (sono profundo) a ser liberado até
• alterações fisiológicas e patológicas. atingir seu pico, no início da manhã

2
INSÔNIA
• COMO EVITAR:
• horário constante: dormir/acordar,
Fase 5
• relaxado e tranquilo ao deitar,
-Fase do pico de atividade cerebral, quando • mesmo local e banho quente ou frio,
ocorrem os sonhos; • exercícios regulares,
-O relaxamento muscular atinge o máximo,
voltam a aumentar as frequências cardíaca e • evitar: dormir excessivo, sonecas diurnas,
respiratória. café , álcool, fumo, refeições pesadas a noite.

OUTROS DISTÚRBIOS DO SONO Manejo da ansiedade


• Ansiedade: Manifestação emocional
• MIOCLONIA NOTURNA (preocupação e medo) q nos prepara
para os enfrentamentos, essencial p
• APNÉIA DO SONO desempenho das atividades diárias;
• SONAMBULISMO • Se duradoura ou muito intensa – causa
• SONOLÊNCIA EXCESSIVA prejuízo no desempenho e sofrimento
– exige intervenção terapêutica.
• NARCOLEPSIA
• TERROR NOTURNO

3
M
Maanniiffeessttaaççõõeess PPssííqquuiiccaass ddaa A
Annssiieeddaaddee

Manifestações somáticas da Ansiedade A


Aggrreessssiivviiddaaddee
A
Apprreeeennssããoo
Boca seca Cefaleia D
Deesseejjoo ddee eessccaappaarr ddee cceerrttaass ssiittuuaaççõõeess
Dor ou desconforto torácico Insônia de conciliação ou intermediária D
Deessppeerrssoonnaalliizzaaççããoo
Parestesias (adormecimento ou formigamento) Midríase D
Deessrreeaalliizzaaççããoo
Reação de sobressalto exagerada, sensação de instabilidade, hiperrreflexia IIddeeaaççããoo ssuuiicciiddaa
Sinais de tensão motora (tremores, fasciculações, tensão/dor muscular, inquietação, IImmppuullssiivviiddaaddee
fatigabilidade fácil, fraqueza) IIrrrriittaabbiilliiddaaddee
Sintomas cardiovasculares (aumento da PA e da FC, palpitações, extrassístoles) N
Neerrvvoossiissm
moo
Sintomas gastrintestinais (náuseas, vômitos, diarréia, alterações do apetite, dor epigástrica) M
Meeddoo ddee ffiiccaarr lloouuccoo oouu ffoorraa ddee ssii
Sintomas genitourinários (aumenta nº de micções, redução da libido, impotência, ejaculação M
Meeddoo ddee ppeerrddeerr oo ccoonnttrroollee
precoce, frigidez etc.) MMeeddoo ddee m moorrrreerr
Sintomas respiratórios (sensação de falta de ar (sufocamento), aumento da frequência
respiratória, encurtamento dos movimentos respiratórios) PPrreejjuuíízzoo ddaa aatteennççããoo//ccoonncceennttrraaççããoo
Sintomas vasomotores (extremidades frias, calafrios, ondas de calor, rubor, palidez, sudorese) PPrreeooccuuppaaççõõeess ddeessnneecceessssáárriiaass ee eexxaaggeerraaddaass
Sono entrecortado e/ou pouco repousante Tonturas / Vertigem S
Seennssaaççããoo ddee ddeessaassssoosssseeggoo,, mmaall--eessttaarr
Visão borrada Zumbido S
Seennssaaççããoo ddee ““eessttaarr nnoo lliim
miittee””
S
Seennssaaççããoo ddee ““eessttaarr sseem
mpprree lliiggaaddoo””,, ““eessttiim
muullaaddoo””
S
Seennssaaççããoo ddee ppeerriiggoo iim
miinneennttee

INSÔNIA E ANSIEDADE
BARBITURATOS
• FÁRMACOTERAPIA:
• Até 1960 eram os sedativos-hipnóticos mais
• benzodiazepínicos
utilizados;
• agonistas serotonérgicos
• barbitúricos
• Profundos depressores do SNC inclusive do
• antidepressivos Centro Respiratório.
• anti-histamínicos
• melatonina
• bloqueadores b-adrenérgicos

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Receptor gabaérgico
BARBITÚRICOS

-Potencializam e/ou prolongam a ação do GABA

-Principal uso = anestésicos e anticonvulsivantes

-Tolerância cruzada com benzodiazepínicos

-Alta toxicidade: maior depressão do SNC e


habilidade em indução de enzimas hepáticas.

Barbiturato R5a R5b


Amobarbital Etil Isopropil
Aprobarbital Alil Isopropil
Butabarbital Etil sec-butil
Butalbital Alil isobutil
Mefobarbital* Etil fenil
Metarbital* Etil etil
Metoexital* Alil 1-metil-2-pentanil
Pentobarbital Etil 1-metilbutil
Fenobarbital Etil fenil
Secobarbital Alil 1-metilbutil
Talbutal Alil sec-butil
Tiamilal Alil 1-metilbutil
Tiopental Etil 1-metilbutil
*R3 = H exceto quanto ao mefobarbital, metarbital e metoexital, nos
quais tal radical é substituído por CH3.
O, exceto para o tiamilal e tiopental, em que é substituído pelo S.

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Benzodiazepínico R1 R2 R3 R7 R2’

Benzodiazepínicos Alprazolam

Clordiazepóxidoa
(Anel triazolo fechado)b

(--)
(Anel triazolo fechado)b

-NHCH3
-H

-H
-Cl

-Cl
-H

-H

Clonazepam -H =O -H NO2 -Cl

Clorazepato -H =O -COO- -Cl -H

Demoxepam a,1 -H =O -H -Cl -H

 Utilizados para tratar ansiedade e insônia Diazepam -CH3 =O -H -Cl -H

Flurazepam -CH2CH2N(C2H5)2 =O -H -Cl -F

Halazepam -CH2CF3 =O -H -Cl -H


 Possuem efeitos ansiolíticos, sedativos, hipnóticos, Lorazepam -H =O -OH -Cl -Cl

relaxante muscular, anticonvulsivante e coadjuvantes Midazolam (Anel triazolo fechado)c (Anel triazolo fechado)c -H -Cl -F

anestésico. Nitrazepam -H =O -H NO2 -H

Nordazepam 2 -H =O -H -Cl -H

Oxazepam -H =O -OH -Cl -H

 Também afetam a memória, a coordenação motora e o Prezepam -CH2-C3H6 =O -H -Cl -H

desempenho cognitivo. Temazepam -CH3 =O -OH -Cl -H

Triazolam (Anel triazolo fechado)b (Anel triazolo fechado)b -H -Cl -Cl

Ro 15-1788a (Anel triazolo fechado)d (Anel triazolo fechado)d -H -F =O, C5

a=Não há radical na posição 4, exceto p/ o clordiazepóxido e o demoxepam, que são N-óxidos. R4 é CH3 em Ro, no qual
não existe dupla entre 4 e 5. 1Principal metabólito do clordiazepóxido. 2Principal metabólito do diazepam

Benzodiazepínicos:
Mecanismo de ação
 Agem através da potencialização das sinapses gabaérgicas no
sistema límbico, caracterizada por elevada densidade de
receptores GABAA.

6
Mecanismo de ação dos benzodiazepínicos Benzodiazepínicos:
Mecanismo de ação

 Agem em receptores GABAA facilitando a abertura de


canais de Cl-, ativados pelo GABA.
 Hiperpolarização da membrana
  a excitabilidade neuronal

 Ligam-se a um sítio regulatório no receptor, distinto do


sitio de ligação do GABA.
 Ação moduladora

 Aumentam a afinidade do receptor pelo GABA de


forma alostérica.

Benzodiazepínicos
 Administrados por via oral ou parenteral.
Metabolização dos Benzodiazepínicos
 O pico de concentração plasmática é geralmente em 1h. TODOS SÃO METABOLIZADOS NO FÍGADO

 Metabolismo: N-desalquilação, hidroxilação e conjugação c/ ác. glicurônico.

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Benzodiazepínicos
 Efeitos Adversos:
– Aumento do tempo de reação;
– Falta de coordenação motora;
– Confusão e amnésia anterógrada;
– Sedação;
– Náusea , vertigem, cefaléia;
– Desconforto epigástrico, etc.
 Na sobredosagem causam sono prolongado sem depressão
grave respiratória ou cardiovascular.
 Interação medicamentosa:
 Inibidores enzimáticos: rifampicina, omeprazol, nifedipina;
 Depressores do SNC.
 Apresentam potencial de dependência e uso abusivo.
 A interrupção prematura do tratamento leva à recidiva,
aumento da ansiedade e convulsões (Sindrom Abstine)
 São fármacos seguros, podendo ser fatais quando
associados a outros depressores do SNC.

Buspirona
Utilizada para tratar ansiedade generalizada.
Mecanismo de ação:
– Liga-se a receptores 5-HT1A dos circuitos corticolímbicos,
envolvidos com comportamento emocional (  da liberação de
5-HT);
– Também se liga a receptores da dopamina;
– Inibe a atividade noradrenérgica.
Tem início de ação lento.
Apresenta propriedades ansiolíticas moderadas.
Não causa sedação, tolerância, abstinência ou
falta de coordenação motora.
Tem menor potencial de abuso.
Efeitos adversos: náusea, tontura, cefaléia.

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Almorexant, Lemborexant, Filorexant (Em estudos clínicos)

9
•Terapias não farmacológicas p/ controle da
•insônia e ansiedade

Mesmo horário
Prática de esportes

Dieta

Local confortável Evitar estimulantes

10

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