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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
CURSO DE PSICOLOGIA

DENNIS UILLIAN DE SOUZA DA SILVA

A utilização da Realidade Virtual no consultório: vencendo


Ansiedade social

Niterói
2017
DENNI UILLIAN DE SOUZA DA SILVA

A utilização da Realidade Virtual no consultório: vencendo Ansiedade social

Projeto apresentado à Disciplina de


ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA PARA
TCC I do curso de Psicologia da
Universidade Salgado de Oliveira –
UNIVERSO, como parte dos requisitos para
conclusão do curso.

Orientador: Renata Alves Paes


Mestre e Doutor em Neurociências
Psicóloga Cognitivo-Comportamental e
Neuropsicóloga
Tutora Cogmed e Facilitadora do Programa
de Resiliência Friends

Niterói
2017
A utilização da Realidade Virtual no consultório: vencendo Ansiedade social

Niterói
2017
Objetivo geral

Discutir o uso da realidade virtual no tratamento do transtorno de ansiedade social

Objetivos específicos

*apresentar critérios diagnósticos da ansiedade social

*diferenciar ansiedade social de timidez

*apresentar as formas de tratamento da ansiedade social

*Definir o uso da realidade virtual

* Discutir o uso realidade virtual como tratamento da ansiedade social

Niterói
2017
O conceito de fobia social, utilizado por Marks e Gelder, foi adoptado em 1980 no
DSM III (DSM-III; American Psychiatric Association, 1980) que estabelece como
critérios de inclusão para o seu diagnóstico o medo excessivo de observação ou
avaliação em situações de desempenho ou execução sociais específicas, o
reconhecimento pelo doente que o seu medo é excessivo ou irrazoável, e que
provoca sofrimento e interferência significativa na vida do doente. Como critério de
exclusão, é especificado a existência de um distúrbio evitativo de personalidade. Ao
incluir este critério de exclusão, o DSM III limitava o diagnóstico de fobia social às
situações de medo ou desconforto em situações sociais específicas de
desempenho, não reconhecendo a heterogeneidade deste quadro clínico e
eliminando a possibilidade de muitos indivíduos com ansiedade de interação social
generalizada serem diagnosticados como fóbicos sociais.

A fobia social é considerada um dos transtornos mentais mais prevalentes no


mundo atual. O termo fobia social ou transtorno de ansiedade social é usado para a
ansiedade intensa em situações sociais e de desempenho, que leva ao sofrimento a
situação de exposição ao publico gerando muita vezes perdas de oportunidades
para o portado
O conceito de fobia social, utilizado por Marks e Gelder, foi adaptado
em 1980 no DSM III (DSM-III; American Psychiatric Association, 1980)
que estabelece como critérios de inclusão para o seu diagnóstico o
medo excessivo de observação ou avaliação em situações de
desempenho ou execução social específica, o reconhecimento pelo
doente que o seu medo é excessivo ou irrazoável, e que provoca
sofrimento e interferência significativa na vida do doente. Como critério
de exclusão, é especificada a existência de um distúrbio evitante de
personalidade. Ao incluir este critério de exclusão, o DSM III limitava o
diagnóstico de fobia social às situações de medo ou desconforto em
situações sociais específicas de desempenho, não reconhecendo a
heterogeneidade deste quadro clínico e eliminando a possibilidade de
muitos indivíduos com ansiedade de integração social generalizada ser
diagnosticados como fóbicos sociais. A progressiva identificação de
indivíduos que têm dificuldades acentuadas em várias situações de
integração social, mas não apresentam necessariamente ansiedade.
(Ansiedade Social: Da Timidez à Fobia Social. Gouveia, José Pinto,
pag20).

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A ansiedade social caracteriza-se por ansiedade clinicamente significativa
provocada pelas exposições sociais ou de desempenho, como falar em público, as
interações sociais do dia-a-dia, como ir a uma festa, uma entrevista de emprego,
etc. As pessoas diagnosticadas como fóbicas sociais apresentam uma
hipersensibilidade a críticas, mantêm uma avaliação negativa a respeito de si
mesma, sentimentos de inferioridade.

Segundo o DSM-V- (APA, 2014), a fobia social é caracterizada por um medo


acentuado e persistente a exposição social ou de desempenho. A pessoa teme agir
de um modo ou mostrar sintomas. Ansiedade que lhe sejam humilhantes e
embaraçosos, e a exposição à situação social temida provoca uma resposta de
ansiedade intensa, que pode chegar a um ataque de pânico. A pessoa geralmente
evita estas situações ou as suporta com intenso Sofrimento.

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Critérios Diagnósticos segundo o DSM-V

A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações sociais em


que o indivíduo é exposto a possível avaliação por outras pessoas. Exemplos
incluem interações sociais (p. ex., manter uma conversa, encontrar pessoas que
não são familiares), ser observado (p. ex., comendo ou bebendo) e situações de
desempenho diante de outros (p. ex., proferir palestras). Nota: Em crianças, a
ansiedade deve ocorrer em contextos que envolvem seus pares, e não apenas em
interações com adultos. Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social) 203

B. O indivíduo teme agir de forma a demonstrar sintomas de ansiedade que


serão avaliados negativamente (i.e., será humilhante ou constrangedora; provocará
a rejeição ou ofenderá a outros).

C. As situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade. Nota: Em


crianças, o medo ou ansiedade pode ser expresso chorando, com ataques de raiva,
imobilidade, comportamento de agarrar-se, encolhendo-se ou fracassando em falar
em situações sociais.

D. As situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso medo ou


ansiedade.

E. O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real apresentada pela


situação social e o contexto sociocultural.

F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais de seis


meses.

G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou


prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da
vida do indivíduo.

H. O medo, ansiedade ou esquiva não é consequência dos efeitos fisiológicos de


uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou de outra condição
médica.

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I. O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado pelos sintomas de
outro transtorno mental, como transtorno de pânico, transtorno dismórfico corporal
ou transtorno do espectro autista.

J. Se outra condição médica (p. ex., doença de Parkinson, obesidade,


desfiguração por queimaduras ou ferimentos) está presente, o medo, ansiedade ou
esquiva

é claramente não relacionado ou é excessivo. Especificar se: Somente


desempenho: Se o medo está restrito à fala ou ao desempenhar em público

(DSM V APA 2014 PÁGINA 202 E 203)

Critérios Diagnósticos CID-10 F41.10

Medo de ser exposto à observação atenta de outrem e que leva a evitar situações
sociais. A fobia social graves se acompanham habitualmente de uma perda da
auto-estima e de um medo de ser criticado.

As fobia social podem se manifestar por rubor, tremor das mãos, náuseas ou
desejo urgente de urinar, sendo que o paciente por vezes está convencido que uma
ou outra destas manifestações secundárias constitui seu problema primário. Os
sintomas podem evoluir para um ataque de pânico.

Grupo de transtornos nos quais uma ansiedade é desencadeada exclusiva ou


essencialmente por situações nitidamente determinadas que não apresentam
atualmente nenhum perigo real. Estas situações são, por esse motivo, evitadas ou
suportadas com temor.

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As preocupações do sujeito podem estar centradas sobre sintomas individuais tais
como palpitações ou uma impressão de desmaio, e freqüentemente se associam
com medo de morrer, perda do autocontrole ou de ficar louco. A simples evocação
de uma situação fóbica desencadeia em geral ansiedade antecipatória.

A ansiedade fóbica freqüentemente se associa a uma depressão. Para determinar


se convém fazer dois diagnósticos (ansiedade fóbica e episódio depressivo) ou um
só (ansiedade fóbica ou episódio depressivo), é preciso levar em conta a ordem de
ocorrência dos transtornos e as medidas terapêuticas que são consideradas no
momento do exame.

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TRATAMENTO

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A ansiedade social tende a colocar muita importância na opinião dos outros. É
como se a pessoa estivesse com o centro de sua mente no olhar do outro e ela
dependesse deste olhar do outro para ficar bem ou se sentir péssima. É necessário
trazer a pessoa de volta, para o seu centro interno.
A TCC é uma das opções terapêuticas mais investigadas no tratamento da fobia
social em adultos. Ela inclui essencialmente as seguintes técnicas
: (1) relaxamento objetiva a redução dos sintomas fisiológicos em situações
provocadoras de ansiedade;
(2) treinamento de habilidades social objetiva a aquisição de habilidades e o
domínio da ansiedade para lidar com situações sociais;
(3) exposição objetiva auxiliar no enfrentamento de situações temidas e evitadas
com controle dos sintomas fisiológicos até a habituação e extinção destes;
(4) técnicas de reestruturação cognitiva objetiva gerar pensamentos alternativos
que substituam os pensamentos automáticos disfuncionais de maneira mais realista;
(5) exposição e reestruturação cognitiva combinada

Há dois subtipos de ansiedade Social:


1) Generalizada (presente na maior parte das situações sociais): fobia social. É o
tipo mais incapacitante, com um índice alto de comorbidades, origem familiar e
curso crônico;
2) Não generalizada ou circunscrita (restrita a uma ou duas situações): em geral
ligada ao desempenho: falar em público, escrever ou comer na frente de outras
pessoas.

ansiedade Social subtipo não generalizado A TCC, principalmente a terapia de


exposição, isolada ou em associação com outros fármacos, é à base do tratamento
da Fobia Social não generalizada. A escolha farmacológica recai sobre os
bloqueadores em regime se necessário. Os benzodiazepínicos podem ser utilizados
como segunda escolha, mas deve-se evitar o uso de doses que possam causar
sedação e/ou dificultarem a desempenho, a habituação e a extinção do
comportamento fóbico.
A ansiedade social não generalizada, onde situações de desempenho causadoras
de medo ocorrem ocasionalmente e são previsíveis (e.g. músicos, apresentações de
trabalho), apresenta resposta moderada aos agentes betabloqueadores, como o
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propranolol e o atenolol. Propranolol Atenolol - Estas drogas diminuem os sintomas
de hiperatividade adrenérgica taquicardia, tremor e rubor facial - aliviando,
sobretudo, a ansiedade de desempenho (ex.: falar em público). Se os
betabloqueadores forem ineficazes, contraindicados ou ocasionarem efeitos
adversos (confusão, alterações de memória, sedação, fadiga, boca seca, tonturas),
uma alternativa é o uso de um benzodiazepínico. Infelizmente a dose necessária
para controlar a ansiedade pode causar sedação e interferir no desempenho.
ansiedade Social subtipo generalizada À ansiedade social generalizada, dos
transtornos de ansiedade, é o mais crônico, em geral presente por várias décadas, e
com início precoce na vida. Este padrão sugere que uma melhora espontânea seja
rara. A melhora dos sintomas de ansiedade social pode se dar no início do
tratamento, mas geralmente a recuperação é contínua e lenta. No tratamento
farmacológico da Fobia Social generalizada são considerados determinados passos
que serão descritos a seguir, lembrando que o objetivo do tratamento é buscar a
remissão dos sintomas:
1) Início do tratamento com um inibidores seletivos da recaptação da serotonina;
2) Se não há resposta ou se há resposta parcial: aumento da dose;
3) Se após o passo 2 permanece com resposta parcial ou não houve resposta:
troca de medicamento ou potencializarão;
4) Manutenção após a remissão
Após a eliminação dos sintomas de forma sustentada deve-se fazer o tratamento
de manutenção por um período de 6 a 12 meses. Depois desse período pode-se
tentar a suspensão do tratamento, embora se saiba que até dois anos depois a
chance de recaída seja alta. Por esse motivo a retirada lenta e gradual é mais
recomendada. A associação de TCC ajuda a manter a melhora no longo prazo
mesmo após a retirada da medicação

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Referência bibliografia:

DSM-V APA 2014 EDITORA ARTMED

CID 10

Ansiedade Social: Da Timidez à Fobia Social. Gouveia, José Pinto

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