Você está na página 1de 17

GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

ARQUIMEDES ALCANTARA DE SOUSA JÚNIOR- RA: 00339086

BRUNA HELOISA RODRIGUES DA SILVA - RA: 00214529

MILENA ALVES DE OLIVEIRA – RA: 00337497

RAQUEL SILVA NASCIMENTO- RA: 00340386

SOFRIMENTO PSÍQUICO NAS UNIVERSIDADES – UM LEVANTAMENTO


BIBLIOGRÁFICO

São Paulo- SP

2022

4
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

SOFRIMENTO PSÍQUICO NAS UNIVERSIDADES – UM LEVANTAMENTO


BIBLIOGRÁFICO

ORIENTADOR: LEONARDO ANDRÉ ELWING


GOLDBERG

São Paulo- SP

2022

5
Sumário
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................................ 4
2. METODOLOGIA............................................................................................................................. 4
3. DEFINIÇÕES DE ANSIEDADE.................................................................................................. 5
3.2.  Ansiedade nas Universidades............................................................................................................. 7
4. DIAGNÓSTICO............................................................................................................................. 11
5. COMO A UNIVERSIDADE PODE INTERVIR...................................................................... 13
CONCLUSÃO........................................................................................................................................ 15
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 16

6
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo realizar um levantamento sobre como


a psicologia tem pensado no sofrimento psíquico nas universidades. Para isso,
centralizamos o tema de ansiedade pressupondo que esse seja um dos grandes
sintomas contemporâneos. Sendo assim, abordamos o assunto levantando
autores que trabalham a ansiedade e artigos que tratam um ponto de intersecção
entre o sofrimento psíquico e a universidade.

2. METODOLOGIA

A escolha do tema se deu após um primeiro levantamento em fobia social,


após os primeiros artigos científicos que revisamos e orientação do nosso tutor
decidimos procurar de uma forma mais abrangente, e acabamos todos lendo
sobre a ansiedade no âmbito das universidades e foi o que escolhemos para este
trabalho.

Sendo assim o trabalho consiste em uma revisão bibliográfica, onde a


pesquisa teve início em o que é a ansiedade, quais são os sintomas, como as
pessoas adquirem e o porquê elas adquirem, tudo através de artigos científicos e
depois desse primeiro levantamento focamos em ansiedade no âmbito das
universidades e nos universitários. 

Nesse ponto da revisão bibliográfica nos deparamos com a falta de


projetos dentro das universidades para lidar com a ansiedade dos alunos, ou até
mesmo programas que falem sobre a ansiedade, que conscientizem ou falem
sobre de uma maneira mais acolhedora, e as pesquisas revelaram também a
quantidade de universitários que sofrem com a ansiedade, e como eles
descobrem ou desenvolvem na própria universidade.

7
3. DEFINIÇÕES DE ANSIEDADE

A ansiedade pode ser definida como um mal estar físico e psíquico frente a
situações  de estresse, momentos de perigo real ou imaginário, podendo ser
dividida em ansiedade estado e ansiedade traço  a primeira refere-se a estados
passageiros, transitórios e, a segunda, a características mais estáveis,
relacionadas a indivíduos mais reativos. No entanto, para alguns autores, a
ansiedade ainda é considerada um construto unidimensional, ou seja, um
conceito teórico não observável e indivisível. Para Dractu e Lader, a ansiedade é
uma experiência humana funcional de interação com o meio ambiente que,
quando persistente, surgem os sintomas do estresse ou desencadeia algum
distúrbio psiquiátrico. Neste contexto Mululo:
  
 
As situações sociais são evitadas ou suportadas com
grande ansiedade e sofrimento por esses pacientes,
embora exista o desejo de realizar o contato social
temido. O comportamento fóbico-evitativo determina
grave prejuízo no funcionamento do indivíduo, seja no
trabalho, na escola ou nas relações sociais habituais.
(MULULO, 2009, p.1)
 
 
Segundo Picon (2003), até a década de 80, os casos de ansiedade eram
descritos na literatura da área de Psicologia como timidez patológica, ansiedade
de encontro ou mesmo insegurança. De acordo com a American Psychiatric
Association, no Diagnostic Statistical Manual of Mental Disorders, os transtornos
de ansiedade estão agrupados em: Transtorno de ansiedade generalizada (TAG),
Transtorno obsessivo - compulsivo (TOC), Transtorno de Pânico e Agorafobia,
Transtorno de ansiedade social, Fobia específica, Transtorno de estresse pós-
traumático (TEPT) e Transtorno de Estresse Agudo.

A palavra ansiedade se origina do grego anshein, que significa estrangular,


sufocar, oprimir. Fazendo uma correlação à angústia, seria oriunda do latim
angor, traduzido como falta de ar e opressão. Um dos sintomas mais
marcantes dos processos ansiosos:  a dificuldade de respirar.  Outros sintomas
relacionados são dores no peito, palpitações, distúrbios do sono, xerostomia,

8
tensão muscular, fadiga, inquietação e dificuldade de concentração. Essa
morbidade vem aumentando expressivamente na população humana desde o
último século, associado às profundas transformações ocorridas no âmbito
econômico, social e cultural. Tais mudanças acabaram por exigir que as
populações se adaptassem a um novo ritmo de vida, tornando o século XX
conhecido como a era da ansiedade.

Existe também um modelo cognitivo-comportamental proposto por


Heimberg, Juster, Hope e Mattia (1995), que presume a existência de
predisposição para o desenvolvimento da fobia social na infância ou na
adolescência, a partir d e fatores herdados que acabam sensibilizando indivíduo
nos aspectos produzidos nas situações sociais, aprendidos como sendo
ameaçadores. 
 
“Tais fatores podem incluir os pais com ansiedade social,
padrões exagerados de perfeição no funcionamento,
superproteção e/ou isolamento dos contatos sociais. Estes
mesmos autores, indicam que estes fatores vividos na infância
ou adolescência aumentam a probabilidade de a pessoa entrar
em situações sociais de forma apreensiva, desta maneira
sentindo muita ansiedade ou tentando evitá-las. Estas pessoas
formam cognições de que as situações sociais são perigosas e
que a única maneira de prevenir resultados negativos é evitá-
las. Consequentemente tendem a antecipar uma possível
humilhação e embaraço, e devido a isto evitam as situações
sociais ou de desempenho; e quando não conseguem evitá-
las sofrem em demasia antes e durante a situação”
(HEIMBERG et al., 1995 apud D'EL REY & PACINI, 2006).
 
 
Desde então, a ansiedade tem sido estudada e relacionada às situações
vivenciadas pelos indivíduos em seu cotidiano e às exigências decorrentes dela,
como o processo de ingressar em instituições de ensino superior. Tais
investigações apresentam-se de extrema importância e relevância nos meios
científicos e assistenciais, já que a presença e intensidade dos sinais e sintomas
de ansiedade podem trazer consequências prejudiciais para as condições de vida
e de saúde da população em geral, uma vez que níveis elevados de ansiedade
podem provocar percepções negativas quanto às habilidades motor as e
intelectuais do indivíduo. Isso, por sua vez, interfere na atenção seletiva e na

9
codificação de informações na memória, bloqueando a compreensão e o
raciocínio.

De acordo com o psicólogo Charles Spielberger, desenvolvedor de um dos


maiores e mais utilizados instrumentos de estudos para a ansiedade:

 "O enfrentamento da tensão e da ansiedade constitui um


requisito diário para o crescimento e desenvolvimento
humanos normais. Ir à escola ou ao emprego pela
primeira vez, separar-se dos pais ou de outros entes
queridos, dúvidas sobre a própria adequação nos
relacionamentos com outras pessoas, as pressões do
trabalho e os limites de prazo, o ato de falar ou atuar em
público estão entre as muitas fontes possíveis de tensão"
(SPIELBERGER, 1981, p. 4).

3.2.  Ansiedade nas Universidades


A ansiedade e a depressão têm sido muito frequentes no meio universitário
que é muito antigênico, principalmente quando o jovem acaba de ser introduzido
em uma universidade. Um ambiente novo com um nível de exigência alto onde a
pessoa perde aquele local restrito de familiaridade que tem na escola com
pessoas da mesma sala e até do mesmo bairro e acaba indo para um ambiente
muito grande e novo, até por isso na maioria das universidades de São Paulo
existem sistemas e programas e apoio a esses jovens que sofre com esses
problemas, mas a maioria acaba tentando ignorar esse problema e não tenta
conseguir ajuda e com isso causa diversos problemas como a desistência de seu
curso.

Para o médico psiquiatra Dr. Sergio Luiz Lorusso, tem-se como definição
do termo saúde mental a seguinte afirmação:

 A saúde mental é o equilíbrio emocional entre o


patrimônio interno e as exigências ou vivências externas.
É a capacidade de administrar a própria vida e as suas
emoções dentro de um amplo espectro de variações
sem, contudo, perder o valor do real e do precioso. É ser
capaz de ser sujeito de suas próprias ações sem perder
a noção de tempo e espaço. É buscar viver a vida na sua

10
plenitude máxima, respeitando o legal e o outro
(LORUSSO, 2011, p. 1).

 
Uma das maiores dificuldades de um ansioso e em apresentações de
trabalho, o nervosismo misturado com a ansiedade acaba trazendo grandes
dificuldades em uma apresentação que pode até trazer uma nota não tão boa por
seu desempenho nela, com isso a ansiedade se mistura com a comparação por
ver outros alunos menos dedicados muitas vezes e com um desempenho melhor,
o que a frustração acaba fulminando ainda mais a ansiedade nesse jovem que
fica ainda mais preocupado na próxima atividade que vai ter nessa universidade.
Segundo Dalgalorrondo (2008) o quadro de ansiedade caracteriza-se pela
presença de sintomas ansiosos excessivos, durante grande parte dos dias, ou por
pelo menos 6 meses. Em que a pessoa vive angustiada, tensa, preocupada,
nervosa ou irritada. As síndromes ansiosas são ordenadas inicialmente em dois
grandes grupos: quadros em que a ansiedade é constante e permanente
(ansiedade generalizada, livre e flutuante), o que acontece com a maioria dos
universitários com ansiedade, ou quadros em que há crises de ansiedade
abruptas e mais ou menos intensas, que podem vir em um momento estressante
como prova e apresentação de trabalho. Se

A ansiedade teve o seu maior aumento na pandemia, sete a cada dez


universitários brasileiros (76%) declaram que a pandemia trouxe na saúde
mental, o maior índice registrado em 21 países analisados, segundo uma
pesquisa divulgada em fevereiro de 2021. Para a maior parte (87%), houve
aumento de estresse e ansiedade. Apenas 21% buscou ajuda, e 17% declararam
ter pensamentos suicidas. O estudo ´´Global Student Survei´´ ouviu 16,8 mil
estudantes de 18 a 21 anos. Os dados apontam que não só os universitários
brasileiros sentem impactos na saúde mental na época da pandemia, outros
países como os EUA, Canadá e Argentina também registraram altos índices:
75%, 73% e 70%.

 Para a psicóloga e professora da UniCesumar, Valesca Passafaro, esse


alto índice de ansiedade se deve a fatores socioeconômicos, como o desemprego
e o medo de não conseguir arcar com os pagamentos de sua faculdade ou

11
conseguir arcar com as despesas, mas passar algumas dificuldades em sua
residência. Outro fator muito grande é a carga horária de seu trabalho que trás
uma grande carga de estresse e com isso trazendo ansiedade.

Boa parte do mal-estar entre esses jovens está associada ao ambiente de


pressão e instabilidade em áreas como vida profissional, vida acadêmica e a vida
pessoal, especialmente quanto à vida profissional. Para o pesquisador Ilton
Teitelbaum, realizador da pesquisa na PUC_RS, os jovens brasileiros, (nascidos
entre 1995 e 2010), estão enfrentando as primeiras diversidades de suas vidas.
De acordo com o pesquisador Teitelbaum, esses universitários foram preparados
por seus pais pra uma vida estável e chegam a vida adulta e se separam com o
desemprego e com o dever de ter um ensino superior e essas "obrigações" são
um grande estressor para um jovem que pode ter ansiedade e até depressão.

12
 Para a psicóloga e professora da UniCesumar, Valesca Passafaro, esse
alto índice de ansiedade se deve a fatores socioeconômicos, como o desemprego
e o medo de não conseguir arcar com os pagamentos de sua faculdade ou
conseguir arcar com as despesas, mas passar algumas dificuldades em sua
residência. Outro fator muito grande é a carga horária de seu trabalho que trás
uma grande carga de estresse e com isso trazendo ansiedade.
Boa parte do mal estar entre esses jovens está associada ao ambiente de
pressão e instabilidade em áreas como vida profissional, vida acadêmica e a vida
pessoal, especialmente quanto à vida profissional. Para o pesquisador Ilton
Teitelbaum, realizador da pesquisa na PUC_RS, os jovens brasileiros, (nascidos
entre 1995 e 2010), estão enfrentando as primeiras diversidades de suas vidas.
De acordo com o pesquisador Teitelbaum, esses universitários foram preparados
por seus pais para uma vida estável e chegam a vida adulta e se separam com o
desemprego e com o dever de ter um ensino superior e essas "obrigações" são
um grande estressor para um jovem que pode ter ansiedade e até depressão.

13
4. DIAGNÓSTICO

A ansiedade foi descrita pela primeira vez como uma disfunção da atividade
cerebral por Augustin-Jacob Landré-Beuvais (1772-1840) no ano de 1813, Jacob
descreve a ansiedade como uma síndrome composta por reações fisiológicas e
por aspectos emocionais. Já Jean Baptiste Felix Descurate em 1844 relacionou a
ansiedade com as enfermidades. O psicólogo Daniel Friedrich (2021) cita que:

‘’A ansiedade como um afeto negativo e entendida como


patologia aparece em escritos gregos e romanos há, pelo
menos, 2500 anos. E se estendermos a investigação
histórica para outros continentes e distintos povos, é
bastante provável que haja menções sobre afecções
similares representadas sob outras formas’' (DANIEL
FRIEDRICH, 2021).

Porém, através de Sigmund Freud em seu trabalho nas clínicas é que os


transtornos de ansiedade foram classificados de forma sistemática pelas
primeiras vezes. Freud classificou a ansiedade em três modelos, sendo eles
moral, realista e neurótico. O modelo de ansiedade moral irá se referir ao medo
de ser punido, por exemplo, sentir culpa por fazer algo que está querendo fazer, o
realista tem relação com o medo de alguma punição externa e o modelo neurótico
é o medo inconsciente onde não se sabe qual é o objeto.
Em seus casos clínicos Freud descreveu quadros clínicos onde as
disfunções eram relacionadas com a ansiedade e as denominou como crise
aguda de angusta, expectativas ansiosas e neurose de angústia, estes quadros
nos dias de hoje recebem o nome de ataque de pânico, ansiedade generalizada e
transtorno de pânico. 
Já o escritor Augusto Cury (Ansiedade, como vencer o mal do século p. 5,
2013), acrescenta o modelo de ansiedade vital:

''A ansiedade vital, gerada pela solidão da consciência


virtual, é saudável pois movimenta todo o processo de

14
construção do psiquismo, sejam pensamentos, ideias,
personagens, ambientes, desejos, aspirações''.
(AUGUSTO CURY, 2013, p. 51)

A ansiedade vital descrita por Augusto Cury irá se tornar algo doentio no
momento em que contrai o prazer de viver e outros prazeres do indivíduo.
Nos dias atuais a ansiedade já consta no DSM-V como um transtorno
mental descrito como um transtorno diferente de uma mera sensação de medo ou
ansiedade, por serem excessivos e por atuarem por um período além do
considerado natural.

15
 
 
5. COMO A UNIVERSIDADE PODE INTERVIR 

Segundo um artigo publicado no ano de 2022, a ansiedade é um dos


sofrimentos psíquicos mais comum entre os universitários. O artigo informa que
ao analisar em torno de 1.237 prontuários de alunos, foi identificado que cerca de
33,2% deles tinham sido diagnosticados com transtornos de ansiedade, levando
em consideração o alto índice de alunos com ansiedade as universidades
compreendem em sua maioria a necessidades de intervenções para a prevenção
e cuidado com esse e outros transtornos.
Levando em conta o dado apresentado, é extrema relevância que as
universidades invistam e programas que venham viabilizar o acolhimento dos
alunos que se encontram matriculados na instituição, mas para que esses alunos
saibam e sejam acolhidos por esses programas, a universidade deve também
investir em divulgação de forma simples e clara. Com relação a importância dos
serviços de apoio à saúde mental nas universidades, Cerchiari, Caetano e
Faccenda (2005) citam: 

‘’compreende-se a necessidade de investir em estudos


que aprofundem a reflexão sobre o real papel das
universidades, onde se possa construir meios para
equacionar os problemas através de soluções criativas e
contribuir para uma formação profissional intelectual
completa, em que o amadurecimento pessoal e o bem-
estar possam ser valorizados como condição para o
desenvolvimento de uma personalidade equilibrada e
madura’’.

O papel da universidade não se dá apenas no momento da formação, mas


em todo o processo que o universitário irá percorrer até o encerramento do curso,
também é oportuno frisar a importância de investir em qualificação aos docentes
para que possam atuar junto com a direção das universidades no papel do
acolhimento dos discentes.

16
A implementação de grupos de apoio com a participação dos docentes e
coordenação, rodas de conversas com psicólogos, palestras com psicólogos em
períodos de provas e seminários, essas implementações contribuiriam como uma
tentativa de acalmar o universitário em épocas de atividades avaliativas. Outro
ponto importante seria pensar em estratégias de avaliações visando mais o
desempenho e a aprendizagem do que a nota em si. No geral as universidades
possuem um grande apoio a saúde mental com as clínicas escolas mas ao
procurar esse atendimento o universitário pode encontrar grande dificuldade, as
universidades não divulgam de forma clara esse e qualquer outro serviço que vise
o cuidado com a saúde mental dos universitários, ao entrar no site da faculdade o
universitário será ‘’bombardeado’’ por diversas informações como, área do aluno,
cursos, matrículas, propagandas e outros mas para encontrar esse auxilio ele irá
precisar  de mais alguns minutos na busca, o que nem sempre termina com
sucesso. A FAM (Faculdade das Américas), possui o NÚCLEO DE ATENÇÃO AO
ESTUDANTE (NAE) que tem como finalidade ajudar o aluno com informações e
orientações para a prevenção e também a superação de possíveis dificuldades
psicopedagógicas, porém o NAE também não é exposto de forma clara e muitos
dos estudantes não sabem de sua existência.

No ano de 2022 o Grupo Liberal publicou uma matéria divulgando que a


FAM estaria realizando plantões de atendimento psicológico gratuito, mas ao
olhar no site da universidade não é possível encontrar informações com relação a
esses plantões.

Levando em considerações as informações trazidas, fica evidente a


necessidade das universidades investirem em preparações para que os docentes
podem auxiliar neste processo, assim como é válido a criação de grupos de
apoio, rodas de conversa, palestras de prevenção ao transtorno de ansiedade,
psicólogos disponíveis para o auxílio dos alunos em épocas de provas, além
disso, seria de extrema importância que as universidades divulgassem esses
serviços de apoio com uma maior clareza para que os alunos pudessem ter o
conhecimento de sua existência assim como também o acesso a eles.

17
CONCLUSÃO

Através dessa revisão bibliográfica nós concluímos que se faz necessário


uma participação ativa das universidades no suporte dos universitários que
apresentam transtornos de ansiedade, levando em consideração o estudo
‘’Global Student Survey’’, onde cerca de 76% dos universitários entrevistados
declaram sofrer com ansiedade. Também identificamos a falta de divulgação das
universidades no que se trata de serviços de suporte aos universitários prestados
pelas instituições, conseguimos identificar que mesmo que a universidade tenha
projetos de auxílio a esses universitário, os mesmos não são divulgados, o que
faz com que grande parte das pessoas não tenham o conhecimento desses
suportes. 

18
REFERÊNCIAS

ALMEIDA, BRUNO: Os 3 Tipos de Ansiedade para Freud, Psicologia msn,


Disponível em: <Os 3 Tipos de Ansiedade para Freud | Psicologia MSN - Tudo
sobre Psicologia> Acesso em: 7 de Out. de 2022.

CURY, AUGUSTO. Ansiedade como enfrentar o mal do século. 2003, P. 51.


Sem Autor: Índice de ansiedade entre universitários é preocupante. Uni
cesumar, 10 de maio de 2019. Disponível
em:<https://www.unicesumar.edu.br/nai/indice-de-ansiedade-entre-universitarios-
e-preocupante/> Acesso em: 7 de Out. de 2022.

FRIEDRICH, DANIEL: Um pouco sobre a história da ansiedade. Daniel


Friedrich, 22 de jul. de 2021, Disponível em:
<https://www.danielfriedrich.com.br/post/um-pouco-sobre-a-historia-da-ansiedade
> Acesso em: 9 de Out. de 2022.

GAZZETTA, M.E. Fam realiza plantão psicológico gratuito para a população,


Grupo Liberal, 3 de Out. de 2022, Disponível em:
<https://liberal.com.br/cidades/americana/fam-realiza-plantao-psicologico-gratuito-
para-a-populacao-1843598/ > Acesso em 7 de Out. de 2022.

HEIMBERG, R. G., Juster, H. R., Hope, D. A. & Mattia, J. I. Cognitive-


behavioral group treatment: Description, case presentation, and empirical
support. In M. B. Stein. Social phobia: Clinical and research perspectives, (pp.
293-321). Washington, DC: American Psychiatric. 1995.

KNAPP, P. & COLS. Terapia Cognitivo-Comportamental na Prática


Psiquiátrica. Porto Alegre: Artes Médicas (Artmed), 2004.
 
 
LIEBOWITZ, M.R.; Gorman, J.M.; Fyer, A.J.;Klein, D.F. Social phobia: Review of
a neglected anxiety disorder. Arch Gen Psychiatry; 42:729 -36, 1985.

MEDEIROS, L.R et al: Cartografia dos serviços de acolhimento ao acadêmico


em sofrimento psíquico nas universidades públicas brasileiras, Scielo, 27 de
2022. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/cenf/a/fgwKNykxCZszg8cK5pzfL8s/abstract/?lang=pt >
Acesso em: 7 de Out. de 2022.

19
MULULO, S. C. C.; Menezes; G. B.; Fontenelle; L.; Versiani, M. Eficácia do
tratamento cognitivo e/ou comportamental para o transtorno de ansiedade
social, 2009, P1.

 OLIVEIRA, ELIDE: Brasil tem maior índice de universitários que declaram ter
saúde mental afetada na pandemia, diz pesquisa. G1, 26 de Fev. de 2021.
Educação, Disponível em: 
<https://g1.globo.com/educacao/noticia/2021/02/26/brasil-tem-maior-indice-de-
universitarios-que-declaram-ter-saude-mental-afetada-na-pandemia-diz-
pesquisa.ghtml> Acesso em: 7 de Out. de 2022.

PICON, Patrícia. Terapia Cognitivo-Comportamental do Transtorno de


Ansiedade Social, In: Caminha, R.M; Wainer, R.; Oliveira, M.;Piccoloto, N.M.
Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais: teoria e prática. São Paulo: Casa
do Psicólogo, 2003.

RODRIGUES, M.D.S et al. Transtorno de Ansiedade Social no Contexto da


Aprendizagem Baseada em Problemas. Scielo, Jan-Mar 2019. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/rbem/a/Hc8Mn7wsyR78KPqLmRT3XMp/?lang=pt>
Acesso em: 7 de Out. de 2022.

VIANA, B.V et al: Histórico, diagnóstico e epidemiologia da ansiedade


infanto-juvenil. Pepsic, Rio de Janeiro, Dez. de 2010, Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-
56872010000200003#:~:text=A%20primeira%20descri%C3%A7%C3%A3o
%20de%20ansiedade,emocionais%20e%20por%20rea%C3%A7%C3%B5es
%20fisiol%C3%B3gicas> Acesso em: 7 de Out. de 2022.

Sem autor: Como o transtorno de ansiedade é classificada no DSM-5?,


Descomplica, 8 de Set de 2021, Disponível em:
<https://descomplica.com.br/blog/ansiedade-dsm-v/ > Acesso em: 7 de Out. de
2022.

Sem autor: Estrutura Organizacional, Vem pra Fam, Disponível em <Estrutura


Organizacional – Fam (vemprafam.com.br)> Acesso em: 7 de Out. de 2022.

20

Você também pode gostar