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BRUNNA RODRIGUES OLIVEIRA– N437340

EDUARDA SAYURI FURUYA FERREIRA- N432675

GIULIA MOURA BAÍA –D90JEA6

IZADORA RAMOS DA SILVA – N3966F0

RELATÓRIO DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA NO COLÉGIO ESTADUAL


SENADOR ONOFRE QUINAN

Goiânia

2023
BRUNNA RODRIGUES OLIVEIRA– N437340

EDUARDA SAYURI FURUYA FERREIRA- N432675

GIULIA MOURA BAÍA –D90JEA6

IZADORA RAMOS DA SILVA – N3966F0

RELATÓRIO DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA NO COLÉGIO ESTADUAL


SENADOR ONOFRE QUINAN

Relatório de Intervenção Psicológica na


escola, apresentado ao CPA/UNIP como
requisito parcial para conclusão do
estágio supervisionado em Estratégias de
Intervenções Psicológicas na área de
Intervenção Psicológica na escola,
orientado pela Professora Especialista
Mariana Fachini Esperança.

Goiânia

2023
RELATÓRIO DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA NO COLÉGIO
ESTADUAL SENADOR ONOFRE QUINAN

INTRODUÇÃO
I -. Apresentação.

Autores : Brunna Rodrigues Oliveira RA: N43340


Eduarda Sayuri Furuya Ferreira RA: N432675
Giulia Moura Baía RA: D90JEA6
Izadora Ramos Da Silva RA: N3966F0
Interessados: CPA/UNIP
Cliente: Colégio Estadual Senador Onofre Quinan
Município: Goiânia
População: Alunos do Ensino Médio
Assunto: Intervenções Psicológicas na escola
Período:

II – DESCRIÇÃO DA DEMANDA E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A demanda apresentada é de adolescentes de 14 a 18 anos de idade,


do período matutino, alunos do Colégio Estadual Senador Onofre Quinan, uma
escola estadual da cidade de Goiânia. A instituição sendo Diretor,
Coordenadora e professores solicitou que fosse trabalhado o tema de
ansiedade, pois foi identificado que a intervenção possibilitaria uma melhora do
bem-estar da instituição. A ansiedade, segundo Dalgalarrondo (2000), pode ser
compreendida como um incômodo desagradável interno, que interfere no
humor, deixando a pessoa com uma sensação desconfortável, uma inquietação
interna junto às percepções negativas sobre o futuro e manifestando sintomas
somáticos e fisiológicos, como sudorese, tensão muscular, tonturas, entre
outros, e sintomas psíquicos, por exemplo, apreensão e desconforto mental.

Além disso, a ansiedade é considerada um estado psicológico e fisiológico,


caracterizada por aspectos cognitivo, somático, emocional comportamental
(Seligman, Walker, & Rosenhan, 2001; Craske & cols., 2009). Trata-se de uma
condição orientada para o futuro, acompanhada de uma apreensão relacionada
com a percepção de falta de controle e previsão de eventos potencialmente
aversivos (Barlow, 2002). Conforme pontuado por Oliveira e Sisto (2002),
essas manifestações da ansiedade podem estar relacionadas a eventos
passageiros ligados a algo específico ou ser uma forma permanente do
indivíduo lidar com as situações do dia-a-dia, como parte da sua própria
constituição da personalidade.

A escola é um contexto que pode gerar situações que causam


ansiedade no aluno, como as regras a serem cumpridas e as avaliações
(Asbahr, 2004; Mychailyszyn, Mendez, & Kendall, 2010). Há estudos que
sugerem que a ansiedade deve sempre ser considerada no ambiente escolar
para compreender melhor os comportamentos e o rendimento do aluno, como
por exemplo, as pesquisas de Furlam, Rosas, Heredia, Piemontesi, e Illbele
(2009), Fonseca, Cardoso, Muszkat, e Bueno (2011), Pereira, Barros, e
Mendonça (2011), e Fernandes e Silveira (2012). Apesar das pesquisas já
realizadas sobre a ansiedade e o ambiente escolar, os instrumentos utilizados
para avaliar a ansiedade não são específicos das situações escolares e
tendem a diferir no conteúdo, sendo uns mais delimitados a sintomas físicos,
outros mais aos psicológicos (Oliveira & Sisto, 2002). A ansiedade, em geral,
está relacionada ao bom desenvolvimento na vida escolar, mas assim como
ocorre com o construto do autoconceito, é interessante que também se
investigue a ansiedade nesse particular, ainda mais considerando que a
ansiedade pode derivar de algo contingencial. Nesse sentido em 2002, Oliveira
e Sisto desenvolveram a Escala de Ansiedade Escolar, que será utilizada no
presente estudo

A literatura aponta que a pressão psicológica, sobrecarga de atividades


escolares, a pressão familiar com relação à escolha profissional, a indecisão
com o futuro, a dificuldade para estabelecer a própria identidade, contribuem
para que estudantes do ensino médio sejam vulneráveis ao transtorno
de ansiedade.

Polanczyk e Lambert (2012), destacam que os transtornos de ansiedade


estão entre as doenças psiquiátricas mais comuns na adolescência, visto de
uma prevalência entre 10% a 30%. Logo, quando se aborda o termo
adolescência, analisa-se também a vulnerabilidade em que o adolescente está
sujeito, pois, no cotidiano do estudante são encontradas perceptivas falas e
comportamentos naturais voltados à pressão que ele sofre no contexto familiar,
social e escolar. Nesse ínterim, Petersen (2011) descreve sobre a variabilidade
de humor:

Embora a ansiedade seja uma emoção dentre tantas


outras vivenciadas pelos indivíduos, sua intensidade e
frequência poderão variar conforme o período de vida em
que a pessoa se encontra. Sendo a adolescência uma
fase complexa, muitas vezes o indivíduo pode manifestar
mudanças no humor e dificuldades de ordem emocional
que se não trabalhadas podem estar associadas ao
desenvolvimento de outras psicopatologias na vida
adulta, como a depressão, transtornos de ansiedade, uso
de substâncias psicoativas e desajustamento escolar ou
social. (PETERSEN, 2011, p. 41).

A adolescência é uma etapa do desenvolvimento humano carregada de


inúmeras transformações biológicas, psicológicas, sociais e familiares. Dessa
forma, o sujeito depara-se com dúvidas e desafios diante das mudanças que
experimentam, predispondo-os a alteração psicoafetivas (GROLLI; VAGNER;
DALBOSCO, 2017).

É válido ressaltar que estudantes do ensino médio apresentam altos


índices de ansiedade, o que poderá provocar em desestabilização e insucesso
escolar, principalmente, quando os estudantes colocam a vida escolar como
um componente decisivo em sua vida. Ou seja, isso gera uma alta pressão e
expectativa e tornar o espaço estudantil um causador de sofrimento psicológico
(GROLLI; VAGNER; DALBOSCO, 2017).

De acordo com Andrade, De Souza e De Castro (2018), muitos


estudantes se encontram em alta pressão psicológica. Por vezes, a família
cobra o sucesso do estudante para ser reconhecido na sociedade. Ademais, a
escolar exige um nível elevado de todas as matérias apresentadas para a
obtenção da nota máxima. Além desses, outro ponto contribuinte é a
autocobrança que é internalizada pelo próprio jovem, que escuta tanto sobre a
perspectiva de futuro da idealizada faculdade ou emprego de sucesso. Nesse
viés, é importante discutir e pesquisar sobre ansiedade nos jovens, pois ela
está em volta de extremos fatores que se limitam na decisão e no agir durante
uma caminhada longa do jovem até sua formação ou entrada no mercado de
trabalho, tratando-se de um “ritual de passagem” para o mundo adulto (DE
SOUZA, 2020).

A adolescência se caracteriza como superação da infância e, após


entrada na vida adulta. Das características físicas desta fase ressalta-se o
desenvolvimento de pêlos no corpo, o crescimento e o desenvolvimento das
características sexuais, no âmbito emocional surgem as rebeldias, as
insatisfações, a onipotência, as crises geracionais. As possíveis alterações
físicas e psíquicas no adolescente podem ser problematizadas pelo excesso de
pressões familiares, escolares e também sociais, o que acaba tornando a
saúde mental frágil para suportar questões cotidianas.

III – OBJETIVOS

O objetivo principal deste trabalho consiste em realizar intervenções e


gerenciar a ansiedade, a fim de desenvolver estratégias eficazes para
promover o bem-estar geral da instituição. Além disso, temos um objetivo mais
específico que é trabalhar a ansiedade vivenciada tanto nos alunos quanto nos
professores
METODOLOGIA

I- QUEM SÃO OS SUJEITOS?

Alunos e professores da instituição Onofre

II- PROCEDIMENTOS

A Psicologia Escolar é uma área profissional da Psicologia que se


dedica ao processo de escolarização. Segundo Antunes (2008), seu objetivo
principal é compreender e intervir nas relações estabelecidas dentro da escola,
embasando-se nos conhecimentos da Psicologia da Educação e de outras
áreas de conhecimento. O psicólogo escolar atua por meio de intervenções
direcionadas às escolas, com o propósito de estimular reflexão,
problematização e promover a reversão de situações relacionadas ao fracasso
escolar e problemas de comportamento. Essa atuação busca desenvolver
abordagens diferenciadas que possibilitem uma transformação social
significativa (SOUZA, 2007).

Pensando na intervenção grupal como uma ferramenta eficaz da


Psicologia Escolar, foi pensado como uma atuação frente á demanda
apresentada pelo Colégio Estadual Senador Onofre Quinan referente á
ansiedade que os alunos e os professores estão enfrentando. Foi pensado uma
dinâmica onde será colocado 2 caixas onde os alunos e professores poderão
inserir nas mesmas suas opiniões acerca da ansiedade, fraquezas e
pensamento a cerca deste sentimento, já na outra caixa, os alunos e
professores irão inserir frases de motivação e de enfrentamento elaborado por
eles mesmos.

O recolhimento dos papeis da caixa ocorrerá quinzenalmente, ás


quintas, das 08:00 ás 09:00 horas, nos meses de Agosto e Setembro, com o
recolhimento dos cartões ocorrerá um grupo aberto com a participação de
alunos e professores onde será debatido técnicas e métodos para controlar os
pensamentos disfuncionais, serão realizado 4 encontros para essa roda de
conversa cada uma delas com uma turma e professor.

Para realizar as intervenções na escola, serão utilizados métodos como


dinâmicas de grupo e rodas de conversa. Segundo Melo, Filho e Chaves
(2014), as intervenções em grupo têm o propósito de promover a interação
entre as pessoas, as quais se influenciam mutuamente, possibilitando a
construção de novos significados e metas. Esses autores também afirmam que
por meio dos grupos é possível estabelecer relacionamentos pessoais que
geram identificação, coesão grupal e interdependência, o que cria um ambiente
favorável para aprendizagem, solidariedade, respeito mútuo e empatia. Dessa
forma, as dinâmicas de grupo e as rodas de conversa proporcionam um espaço
enriquecedor onde é possível promover o desenvolvimento pessoal, a troca de
experiências e o fortalecimento dos vínculos sociais na comunidade escolar.
ANÁLISE

De acordo com Antunes (2000), ao longo dos anos, a psicologia tem


desempenhado um papel significativo no contexto educacional brasileiro. A
influência da psicologia nas demandas escolares é claramente perceptível, pois
ela serve como uma base essencial para auxiliar na resolução dos desafios
enfrentados pelas instituições de ensino. Nesse sentido, a psicologia
desempenha um papel fundamental ao lidar com a ansiedade, uma questão
cada vez mais presente no ambiente escolar.

Atualmente, é notável um aumento significativo no número de


adolescentes em busca de auxílio psicológico. Isso destaca ainda mais a
importância da psicologia no contexto educacional, pois ela oferece suporte e
orientação necessários para lidar com a ansiedade e outros problemas
emocionais enfrentados pelos estudantes. Ao proporcionar um ambiente de
apoio emocional, a psicologia contribui para o bem-estar dos alunos e,
consequentemente, para o seu desempenho acadêmico.

Além disso, a psicologia educacional desempenha um papel crucial no


auxílio dos professores a lidarem com a demanda de ansiedade. Ao prepará-
los para compreender as diferentes manifestações da ansiedade nos alunos e
fornecer estratégias efetivas de intervenção, a psicologia educacional contribui
para uma formação mais abrangente e de qualidade. Os professores são
capazes de reconhecer os sintomas de ansiedade nos alunos, a entender suas
causas e a adoção de abordagens pedagógicas que promovem a redução da
ansiedade e o bem-estar emocional. Essa preparação os habilita a criar um
ambiente de sala de aula mais seguro, acolhedor e propício ao aprendizado.
CONCLUSÃO

Em suma, as atividades propostas, como as dinâmicas de grupo e as


rodas de conversa, têm como objetivo central proporcionar uma intervenção
efetiva para lidar com a ansiedade, tanto para os alunos quanto para os
professores. Através dessas práticas, busca-se capacitar os alunos e
professores a desenvolver habilidades para controlar os pensamentos
disfuncionais relacionados à ansiedade e, ao mesmo tempo, fomentar a
compreensão da diversidade presente no ambiente escolar.

Ao trabalhar a ansiedade de forma ativa e abrangente, é possível


alcançar benefícios significativos para o bem-estar emocional e o desempenho
acadêmico. Os encontros proporcionarão um espaço seguro e acolhedor, onde
os indivíduos poderão expressar suas preocupações, compartilhar experiências
e aprender estratégias práticas para lidar com a ansiedade.

Dessa forma, ao finalizar o programa de intervenção, será possível


observar resultados positivos, tais como a redução do impacto da ansiedade na
vida escolar, o aumento da autoconfiança e o fortalecimento das habilidades de
enfrentamento. Além disso, espera-se que os participantes desenvolvam maior
compreensão e empatia em relação à diversidade, promovendo um ambiente
escolar mais inclusivo e solidário. Portanto, a intervenção proposta visa
proporcionar aos alunos e professores as ferramentas necessárias para lidar
efetivamente com a ansiedade, promovendo o seu bem-estar emocional e
contribuindo para o desenvolvimento de uma comunidade escolar mais
saudável e acolhedora.
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Brunna Rodrigues Oliveira Eduarda Sayuri Furuya Ferreira

R.A.: N437340 R.A.:N432675

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Izadora Ramos da Silva Giulia Moura Baía

R.A: N3966f0 RA: D90JEA6

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Mariana Fachini Esperança


Supervisora Clínica
Psicóloga - CRP 06/133321

REFERÊNCIA

ANTUNES, M. A. M. & MEIRA, M. E. M. (org.). Psicologia escolar: práticas


críticas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. 128p.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GOMES, N. L. Educação, raça e gênero: relações imersas na alteridade.


Cadernos Pagu (6-7), 1996, p. 67-82.

HERCULANO, M. C. A docência como um trabalha interativo e afetivo:


contribuição da Psicologia para o processo ensino-aprendizagem in
FRANCISCHINI, R. & VIANA, M. N. Psicologia escolar: que fazer é esse?
Brasília: CFP, 2016
MELO, A. S. E.; FILHO, O. N. M. & CHAVES, H. V. Conceitos básicos em
intervenção grupal. Encontro Revista de Psicologia, v. 16, n. 26, 2014.
Disponível em: https://psibr.com.br/leituras/psicologia-clinica/conceitos-basicos-
em-intervencao-grupal. Acesso em: 27 de maio de 2023.

MUNIZ, M., & Fernandes, D. C.. (2016). Autoconceito e ansiedade escolar:


um estudo com alunos do ensino fundamental. Psicologia Escolar E
Educacional, 20(3), 427–436. https://doi.org/10.1590/2175-353920150203784

OLIVEIRA, Guilherme Cordeiro da Graça de; BORUCHOVITCH, Evely.


Ansiedade entre estudantes do ensino médio, gênero e escolaridade:
contribuições para a educação. Rev. Educ. Questão, Natal , v. 59, n. 62, e-
26453,out.2021 Disponível em <http://educa.fcc.org.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0102-77352021000400101&lng=pt&nrm=iso>. acessos
em 27 maio 2023. Epub 18-Abr-2022. https://doi.org/10.21680/1981-
1802.2021v59n62id26453.

SOUZA, B. P. (org.) Orientação à queixa escolar. São Paulo: Casa do


Psicólogo, 2007

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