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RENATA REGHINI RICOY GIRIO

RA: 386642112031
CURSO: 1º semestre de Psicologia 2020

RESUMO:
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
Ingrid Caroline de Oliveira Ausec

Silvia Aparecida Fornazari

Victor Hugo Basseto

Segundo o CBO, 2010, Catálogo Brasileiro de Ocupações, a Psicologia pode ser


aplicada em diversas áreas dentro da Educação, seja na elaboração e avaliação de
planos de ensino, planejar o ambiente escolar que seja favorável a aprendizagem,
auxiliar junto aos alunos PCD.
Segundo eles, dentro do âmbito educacional o psicólogo pode atuar com o
modelo clínico em pesquisa, diagnóstico e intervenção psicopedagógica, avaliação
institucional que é elaborar estudos dos educadores e educandos em relação ao
sistema, planejamento e execução de pesquisas relacionadas à compreensão do
processo de ensino aprendizagem e análise das características do indivíduo,
recomendando programas especiais de ensino composto de currículos e técnicas
adequadas à condição intelectual e de saúde mental.
Desde a promulgação da Lei em 1996, os psicólogos atuantes na área
educacional têm sido pressionados a apresentar contribuições eficazes de atuação
dentro da variedade de problemas que as crianças tem apresentado no seu processo
de aprendizagem. Com isso o salto na estruturação de trabalhos e preparo do
professor passam para a instituição de ensino e o foco deixa de ser apenas o aluno e
suas deficiências como um todo.
O ensino-aprendizagem se dá através de várias estratégias e vários fatores
dentro de uma unidade escolar. Ela vai desde a mediação até a interação do aluno com
outras pessoas e com o ambiente a qual foi inserido, seja ele escolar, familiar ou social.
A prática de encaminhamento de alunos que fogem aos padrões escolares para
que sejam avaliados por psicólogos, denota-se a culpabilidade apenas no educando e
eximindo assim o professor de criar práticas que passem a despertar o interesse do
mesmo, fazendo assim com que haja a aprendizagem significativa.
O psicólogo diante de alunos com histórico de baixo desempenho escolar passa
a criar planejamentos de estudos individualizados onde possam, junto com a família x
escola, garantir a aprendizagem do mesmo.
Dentro do contexto escolar, o psicólogo ainda é um profissional que não
legitimou ainda o seu espaço dentro do contexto escolar, pois ainda existe a tendência
de se generalizar os problemas de aprendizagem como fatores apenas biológicos e
psicológicos e nunca de observação e elaboração de estratégias diferenciadas de
ensino-aprendizagem, não sendo necessária a busca de patologias e soluções
médicas, como afirma Collares e Moysés, 1996, porém a escola fez um longo caminho,
por muitos anos, onde não havia a preocupação com as questões relativas as
dificuldades de aprendizagem ou mesmo com a afetividade do educando, pois as
crianças que apresentavam esse tipo de problema eram levadas a escolas
especializadas para tratar o problema apresentado ou eram inserido em grupos
diferenciados.
No ensino superior, a demanda por esses profissionais se faz pelo fato dos
educandos inseridos dentro do contexto de ensino superior, podem apresentar
dificuldades não apenas por fatores genéticos e biológicos, mas por fatores externos
como luto, problemas ligados as relações interpessoais, depressão, baixa auto-estima
e até identidade sexual. Aqui podemos notar que a intervenção ela ultrapassa a
orientação acadêmica e vai até a vida pessoal do aluno. O processo aqui se torna
ainda um pouco mais complexo, pois nem todo aluno necessita de adaptação escolar,
mas uma intervenção psicológica para o tratamento de sua saúde mental, quando está
se dá pelo fato de o problema ser mais de âmbito externo do que interno.
Com a implantação de novas políticas na educação especial, o Psicologia passa
gradativamente do enfoque atendimento clínico individualizado, para o enfoque mais
social e institucional, onde o psicólogo passa a ser um agente de atuação sem que
exclua as contribuições da psicologia clínica e acadêmica e elabore mudanças dentro
da instituição escolar, atuando sobre as relações que se estabelecem no contexto
inserido, levando em consideração o meio social onde estão alicerçados.
Na Educação Especial existem as áreas que são de conhecimento de campo de
atuação, o TGD (transtorno global de desenvolvimento), como os autistas (TEA), as
deficiências físicas, intelectuais e sensórias e as de altas habilidades e superdotação,
porém os atendimentos educacionais a essas pessoas devem ser de caráter completar
ou suplementar no ensino regular, considerando as suas necessidades, acesso,
participação e interação nas atividades acadêmicas, promovendo assim a sua
aprendizagem.
O psicólogo entra com sua atuação quando as causas e manifestações distintas
exigem recursos e atenção específico onde por problemas psicológicos ou
psiquiátricos, podem desencadear dificuldades de comportamento, comprometendo
assim a relação professor x aluno x colegas de sala x déficit de aprendizagem.
Uma pesquisa realizada pela Universidade Estadual de Londrina, constatou que
a grande maioria de estudantes em tratamento de saúde na área de psicologia e
psiquiátrica, são os que menos procedimentos educacionais especiais indicados após
avaliação e as ações sugeridas pelos psicólogos envolvem tanto a orientação do
docente quanto a do discente. Em alguns casos são necessários o PEE e seu retorno
se da com maior periodicidade a partir da necessidade apresentada do discente. Já
com os docentes a inserção de reuniões para esclarecimento e acompanhamento do
aluno, o apoio na implantação do PEE e a devolutiva do diagnóstico estabelecido, são
as condutas tomadas pelo profissional da área psicológica.
De acordo com Marchesi, 2004, foi situado na escola regular a maior parte dos
problemas dos alunos impondo à educação desafios que requerem uma ampliação das
perspectivas dos recursos educativos.
Com a Educação Especial, o psicólogo tem sido inserido no contexto
educacional, sendo sua atuação voltada à promoção de práticas educacionais que
favoreçam a participação e aprendizagem de todos os alunos.
Sendo assim o trabalho do psicólogo não vai apenas no atendimento clínico. Ele
possui uma abrangência vasta que vai desde a Educação Infantil até o Ensino Superior,
onde o serviço de apoio contribuem para a adaptação e desempenho dos alunos,
facilitando assim não apenas o seu sucesso acadêmico, mas também seu
desenvolvimento como pessoa que faz parte do contexto escolar e social.

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