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Faculdade Anhanguera

Centro Universitário Anhanguera de Campinas – Unidade 4

Curso Psicologia

Psicologia Hospitalar

Atividade Discursiva

Renata Reghini Ricoy Girio


RA: 386642112030

Novembro - 2022
Renata Reghini Ricoy Girio

Trabalho apresentado no curso de graduação de


Psicologia do Centro Universitário Anhanguera
de Campinas.

Novembro – 2022
A problemática da morte e o morrer é bastante trabalhada no contexto hospitalar e
suscita questões de ordem ética que permeiam a prática do psicólogo hospitalar. Uma
importante psiquiatra e estudiosa na área, Elizabeth Kübler-Ross propôs em seu livro
“Sobre a Morte e o Morrer” sua compreensão acerca dos estágios emocionais pelos quais
passam os pacientes em terminalidade.    

Realize uma explanação sobre as principais ideias de Kübler-Ross, descrevendo as


características de cada fase, exemplificando-as, bem como explicitando a maneira como
estas ideias podem ser utilizadas na assistência psicológica hospitalar.

O recebimento de uma notícia de uma doença que não há esperança de cura ou perda
de um ente querido é uma das experiências que mais provoca dor psicológica em uma
pessoa. No entanto, dentro desta classe de experiências dolorosas, existem maneiras diferentes
de viver o luto, tanto emocionalmente como cognitivamente. Ela pode alimentar um conjunto
de emoções e expressá-las de maneiras que nem sempre são racionais, tais como
culpa, frustração, irritabilidade, desânimo, angústia, medo e desespero.

Elisabeth Kübler-Ross (1926 – 2004), foi a primeira pessoa a falar sobre as cinco fases
do luto.

Psiquiatra suíça-americana dedicou a sua carreira a estudar as reações emocionais de


pacientes terminais, principalmente de câncer e de AIDS, oferecendo lhes escuta em
momentos de solidão e medo. O seu objetivo era humanizar o tratamento desses pacientes em
hospitais e clínicas, além de educar uma nova geração de médicos sobre a morte e o luto de
familiares. 

Em seu livro “Sobre a Morte e o Morrer”, Elisabeth escreveu sobre os cinco estágios
do luto. Ela entrevistou pacientes e familiares, buscando compreender a sua relação com a
iminência da morte e a aceitação da perda.

Segundo ela, a pessoa que está com uma doença em fase terminal, também passa pelo
processo de luto até aceitar a sua condição.

Assim, os estágios do luto não são vividos de modo linear. Cada indivíduo enlutado passa
por essa experiência de modo singular e subjetivo, de acordo com as suas competências
emocionais e história de vida. Não há sequências e regras para vivê-lo.  Esses estágios não são
um roteiro a ser seguido e que podem sofrer alterações de acordo com cada perspectiva
pessoal.
Fases do luto:

1. Negação 

A fase de isolamento, a primeira das cinco etapas do luto serve como um mecanismo de


defesa temporário, que alivia o impacto da notícia, uma recusa a confrontar-se com a situação.
Pensamentos como “aquilo não pode ter acontecido, não comigo, não com ela” são comuns
nesse período. Seria uma defesa psíquica que faz com que o indivíduo acabe negando o
problema, tentando assim, encontrar algum jeito de não entrar em contato com a realidade
seja da morte de um ente querido ou da própria morte. A pessoa então passa a se negar ter
qualquer tipo de conversa que esteja em pauta o assunto.

2. Raiva

Acontece quando as pessoas saem da introspecção intensa da negação e, finalmente,


começam a externalizar um sentimento: a revolta. Neste caso, os indivíduos tornam-se por
vezes agressivos. 

Há também a procura de culpados e questionamentos, tal como: “Por que eu?”, com o
intuito de aliviar o imenso sofrimento. Além disso, lembranças das abstenções e planos não
realizados podem se refletir em um comportamento hostil. 

Isso se manifesta com os que estão próximos ou tentam se aproximar da pessoa enlutada.
O que pode dar a impressão de que é deles que o indivíduo sente raiva, quando, na verdade,
pouco ou nada tem a ver com eles.

3. Negociação ou Barganha

Os pensamentos de que as coisas podem voltar a ser como antes prevalecem e a pessoa
tenta “negociar” consigo mesma ou com os outros para que isso aconteça.

Trata-se de uma tentativa de adiar os temores diante da situação. Assim, os indivíduos


buscam firmar acordos com figuras que, segundo suas crenças, teriam poder de intervenção
sobre a situação. 

Geralmente, esses acordos e promessas são direcionados a Deus, em casos de morte.


Porém, quando se trata de fim de relacionamento, por exemplo, isso poderia ser observado em
tentativas de restabelecer uma conexão que já não está mais lá.
4. Depressão

É a partir deste momento que o indivíduo começa a lidar, verdadeiramente, com a perda.
Uma vez que a pessoa atravessou as fases de natureza mais combativas, como a autodefesa da
negação e confronto da raiva, ela costuma vivenciar o luto de forma mais intensa na quarta
fase.

A depressão é o momento em que a aceitação está mais próxima. É quando as pessoas


ficam quietas, repensando e processando o que elas vivenciaram e analisando o impacto da
experiência na sua vida.

5. Aceitação

Por fim, a última etapa do luto é a aceitação. Quando se chega a esse estágio, as pessoas
lidam com seus sentimentos de forma serena. É o momento em que conseguem expressar de
forma mais clara sentimentos, emoções, frustrações e dificuldades que as circundam. 

Não é uma etapa feliz em comparação às outras 4 etapas do luto, mas, a princípio, é
considerada a melhor pela falta de sentimentos intensos e pelo cansaço. Aos poucos, vamos
voltando a sentir alegria e prazer, e a partir dessa situação as coisas vão voltando ao normal.
REFERÊNCIA:

 AVA – Aula de Psicologia Hospitalar, Centro Universitário Anhanguera de Campinas –


 KRITSCH, Raquel. Natureza, razão e sociedade no Discurso sobre a origem e os fundamentos
da desigualdade entre os homens. Revista Espaço Acadêmico, v. 10, n. 118, p. 78-91, mar.,
2011
 MEDEIROS, Adriano Melo. Princípios éticos do Feedback. Dissertação (Mestrado em
Filosofia). Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Universidade Federal de Pernambuco,
Recife, 2008
 PAREDES, Edesmin Wilfrido P. A liberdade e a igualdade do homem, no estado natural e
social, segundo Jean-Jacques Rousseau. Dissertação (Mestrado em Filosofia), Programa de
Pós-Graduação em Filosofia, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2006
 ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social; DIscurso sobre a origem da desigualdade entre
os homens. São Paulo, Abril Cultural, 1973. (Col. Os Pensadores)

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