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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO

CAMPUS RUDGE RAMOS


CURSO DE PSICOLOGIA

Anne Carolina Du Monte Dinis - 323415

Júlia Paulino de Souza – 325657

Magna Caroline Brandão Silva - 324200

LUTO PARENTAL: UM ESTUDO SOBRE AS CONDUTAS DE ENFRENTAMENTO

SÃO BERNARDO DO CAMPO


2023
Anne Carolina Du Monte Dinis

Júlia Paulino de Souza

Magna Caroline Brandão Silva

LUTO PARENTAL: UM ESTUDO SOBRE AS CONDUTAS DE ENFRENTAMENTO

Projeto de Pesquisa sobre o trabalho de


Conclusão de Curso apresentado à Universidade
Metodista de São Paulo, curso de Psicologia.

Orientação: Profa. Dra. Hilda R. C. Avoglia

SÃO BERNARDO CAMPO

2023
Resumo

O presente projeto de pesquisa propõe uma investigação sobre o sentimento de luto parental
na visão psicanalítica, buscando compreender as fases e as estratégias de enfrentamento do luto. O
objetivo deste estudo é descrever e analisar o sentimento de luto parental, apresentando condutas de
enfrentamento em uma perspectiva psicanalítica. A pesquisa será realizada por meio da revisão
bibliográfica sistemática, especificamente utilizando o modelo Preferred Reporting Items for
Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Serão consultadas as bases de dados como
SciELO, Pepsic e BVS-PSI, no período de 2017 a 2023, com foco na literatura em língua
portuguesa. A abordagem do luto parental será analisada, considerando a complexidade dessa
experiência, as mudanças na estrutura familiar e as transformações históricas que influenciaram a
forma como a sociedade lida com a morte. Com a realização deste estudo visa-se contribuir para o
conhecimento nessa área, fornecendo subsídios para profissionais de saúde e oferecendo uma
compreensão mais profunda dos aspectos psicológicos e emocionais envolvidos no enfrentamento
do luto parental.

Palavras-chave: Luto; Psicanálise; Enfrentamento.


Justificativa
O presente projeto de conclusão de curso apresenta como justificativa o entendimento do
sentimento do luto na visão psicanalítica, tendo como o intuito compreender, de uma maneira mais
profunda, sobre as fases do luto parental, além de estudar como se manifesta a conduta de
enfrentamento, para que seja visto com clareza como pessoas que sofrem grandes perdas podem ser
assistidas, a partir de uma visão concreta estudada por autores focados neste tema.

Ao correlacionar os objetivos da pesquisa com a fundamentação teórica, busca-se


compreender os efeitos do luto, além de oferecer uma maneira ampla colaborativa, dos significados
emocionais enfrentados pelos indivíduos que experienciam esse processo. A presente pesquisa
contribuirá com profissionais da saúde, visando a expansão do conhecimento e poderá informar
acerca de intervenções terapêuticas eficazes para facilitar o processo daqueles que vivenciam o luto.

Objetivo

O objetivo do presente estudo é descrever e analisar o sentimento de luto parental,


apresentando condutas de enfrentamento em uma perspectiva psicanalítica.

Método

Este estudo é uma revisão bibliográfica sistemática, tem como propósito explorar e analisar
criticamente a literatura existente sobre luto, psicanálise e estratégias de enfrentamento. Para isso,
serão consultadas três bases de dados principais: SciELO, Pepsic e BVS-PSI. O período de busca
abrangerá os anos 2017 a 2023, visando identificar estudos relevantes nessa temática.

A pesquisa será conduzida exclusivamente no idioma português para refletir o contexto


brasileiro. As palavras-chave estabelecidas para a busca incluem "luto", "psicanálise" e
"enfrentamento". A estratégia de busca consistirá na combinação dessas palavras-chave, segundo as
regras específicas de cada base de dados.

A revisão será organizada em capítulos, o objetivo principal desta revisão é investigar e


analisar a literatura existente sobre luto, psicanálise e enfrentamento, visando contribuir para uma
compreensão mais aprofundada desses temas. O método adotado para revisão bibliográfica será o
modelo Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses - PRISMA.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1. O Conceito de luto e suas fases

A fundamentação teórica desta pesquisa se organiza na perspectiva psicanalítica sobre o


luto, buscando investigar os efeitos emocionais e psicológicos deste complexo processo, bem como
as condutas de enfrentamento que podem surgir durante esse período. As teorias e conceitos
psicanalíticos oferecem uma base para compreender a complexidade do conceito de luto e as
estratégias psíquicas adotadas pelos indivíduos para enfrentar a perda.

Sigmund Freud, fundador da psicanálise abordou o tema do luto em sua obra "Luto e
Melancolia" (1917/2010). Ao falar sobre o tema, o autor explorou as dificuldades psicológicas do
processo de luto, relacionando os sentimentos a melancolia. Para Freud o luto é uma reação gerada
pela perda de uma pessoa amada ou de um objeto libidinal. Durante o luto existe o período de
tristeza intensa, desinteresse pelo mundo e dificuldade emocional para o enfrentamento da perda, o
luto é um produto natural e necessário para a reconstrução emocional de cada pessoa. Conforme
escrito pelo autor, o luto é sobre o processo de enfrentamento e superação da perda do objeto
perdido, é redirecionando a energia psíquica direcionada ao objeto em novas experiências,
atividades ou relações pessoais, que se obterá um bom processo de superação.

O luto é caracterizado como uma resposta dolorosa originada da perda, seja por separação
ou distanciamento de um objeto com significado. A maneira como uma pessoa lida com esses
sentimentos e atravessa o processo está diretamente relacionada ao valor do vínculo estabelecido
com o objeto perdido. É crucial considerar uma variedade de fatores durante o processo de
elaboração do luto, incluindo o contexto social e a influência cultural sobre o indivíduo (FLACH;
POTTER; LIMA, 2012).

Segundo Silva, Carneiro e Zandonadi (2017), o conhecimento acerca da morte tem


experimentado uma expansão significativa na contemporaneidade. Movido pelo receio, o homem
moderno adota medidas preventivas, como o autocuidado físico, e procura resguardar-se contra os
riscos que possam antecipar o término de sua existência. Esses autores salientam que a morte e o
processo de morrer são moldados por influências históricas e culturais, e a concepção que a
sociedade possui sobre a morte, bem como o significado a ela atribuído, desempenham um papel
crucial na configuração dos rituais pós-morte.

Ainda sobre o luto, Basso e Wainer (2011) referem-se às perspectivas de dois renomados
estudiosos no campo, sendo Kübler-Ross (2005), que delineia os estágios de reação diante da perda;
e Bowlby (1990), que descreve as fases do luto. Os autores enfatizam que essas visões são
complementares, contribuindo para uma compreensão mais abrangente do sofrimento decorrente da
dor provocada pela morte.

Kübler-Ross (2005) delineou cinco estágios em relação à morte de um ente querido ou à


iminente morte de si mesmo. Esses estágios compreendem a negação e isolamento, raiva, barganha,
depressão e aceitação. Cada fase representa um aspecto singular do processo de luto, refletindo a
complexidade emocional experimentada pelos enlutados.

No estágio inicial, denominado negação e isolamento, observam-se as reações iniciais diante


da notícia da perda. Essas reações atuam como uma defesa temporária, onde o enlutado nega o
ocorrido como uma maneira de evitar o confronto imediato com a dor. A negação pode persistir ao
longo do processo de luto, impactando a forma como o enlutado enfrenta a realidade.

O segundo estágio, marcado pela raiva, é caracterizado pela busca por culpados e a
indagação do "por que ele?". Neste momento, a dor é externalizada por meio da expressão de raiva,
revolta e indignação. Manifestações de agressividade podem surgir, representando uma fase crucial
na exteriorização das emoções associadas à perda.

A barganha, terceiro estágio, revela-se como uma busca por alívio da dor. O enlutado
procura adiar ou negociar a situação, muitas vezes recorrendo a promessas dirigidas a Deus ou a
profissionais de saúde. Essas figuras são percebidas como detentoras do "poder" de intervenção na
situação, tornando-se alvos de tentativas de negociação.

No estágio seguinte, caracterizado pela depressão, distinguem-se dois aspectos. A depressão


reativa envolve outras perdas além da morte do ente querido, como instabilidade financeira ou
mudanças nos papéis familiares. Por sua vez, a depressão preparatória se aproxima do estágio de
aceitação, manifestando-se mediante uma reflexão mais profunda sobre a situação.

Finalmente, a aceitação representa o quinto estágio, marcado pelo momento em que o


indivíduo demonstra uma maior serenidade e habilidade em lidar com seus sentimentos, emoções e
frustrações. É um estágio de aceitação da realidade da perda, permitindo ao enlutado iniciar o
processo de reconstrução emocional e adaptação a uma vida transformada. É importante notar que a
duração de cada estágio pode variar significativamente de uma pessoa para outra, sendo
influenciada por diversos fatores individuais e contextuais (BASSO; WAINER, 2011).

Conforme as observações de Bowlby (1990), o processo de luto desdobra-se em quatro


estágios sequenciais: entorpecimento, anseio, desorganização acompanhada do desespero e
reorganização. No estágio inicial, denominado entorpecimento, que se manifesta no momento do
comunicado da morte, o indivíduo experimenta um estado de choque e negação da realidade,
podendo perdurar por algumas horas até uma semana.
Durante o segundo estágio, conhecido como anseio, surge o desejo ardente de que o falecido
retorne. O enlutado, envolto por sentimentos de inquietação, aguarda ansiosamente pela possível
aparição do ente querido, inclusive manifestando encontros em sonhos. Quando a compreensão da
morte finalmente se estabelece, o enlutado é consumido por sentimento de culpa e ansiedade.

No terceiro estágio, desespero e desorganização, predominam emoções intensas, como raiva,


tristeza e a sensação de abandono causada pela partida da pessoa falecida. Bowlby destaca que a
recuperação do indivíduo só é possível após enfrentar esses sentimentos de raiva, choque, tristeza e
entorpecimento.

Finalmente, o quarto estágio é marcado pela reorganização. Neste ponto, o indivíduo, ainda
sentindo a falta do ente querido e se adaptando à nova realidade sem sua presença, gradualmente
retorna à sua rotina habitual. Este estágio representa a conclusão do processo de elaboração do luto,
sinalizando a capacidade do enlutado em reorganizar sua vida após a perda.

2. O luto parental

O luto é o rompimento de uma relação com quem construiu algum vínculo como explica
Kovács (2013). A perda de uma pessoa significativa potencializa uma desorganização do sujeito,
um sentimento de impotência que afeta a realização de atividades cotidianas, com isso podemos
pensar na ruptura do vínculo dos pais com seu filho morto, esse tipo de perda é considerado muito
complexa de ser elaborada, pois, numa ordem cronológica espera-se que os filhos velem seus pais.
Quando falamos de luto parental, ou seja, o luto sofrido pelos pais, ver a partida de um filho, onde
histórias foram construídas, realização de um sonho, o luto se faz ainda mais doloroso.

Esse processo, conforme Menezes (2007), exige os pais encontrem momentos e espaços para
ressignificarem tal ruptura psíquica, sendo importante que se respeite o processo de cada um, uma
vez que essa tarefa exige a mobilização de recursos subjetivos que permitem o reencontro com
formas de continuar a viver diante da perda do ente querido. Os pais precisam encontrar algo que
possa ter sentido para vida.

Para Berttran e Gomes (2013), a morte de um filho é uma experiência traumática e reflete de
diferentes formas na relação conjugal, culminando com o rompimento dos sonhos do casal em
relação ao filho perdido, comprometendo a relação afetiva e sexual, inicia-se uma dinâmica de
revolta e culpabilização. Torna-se uma experiência traumática por acabar com o sonho e de todos os
planos e planejamento que os pais fazem a partir do nascimento de um filho.

O luto é uma reação expressa pelo sujeito após uma perda significativa de uma pessoa ou
objeto, frequentemente é associado à perda por morte de uma pessoa amada. No luto, ocorre uma
transição psicossocial que promove impacto em todas as áreas onde o sujeito enlutado encontra-se
inserido (PARKES, 1998).

3. O luto Perante a Perda Parental

Kovács (1992) destaca que no processo de elaboração do luto, é natural que os processos
psicológicos atuem no evitamento da dor e que sentimentos decorrentes da perda se manifestem.
Contudo, quando o luto passa a se tornar uma parte intrusiva e prejudicial da vida do indivíduo,
afetando sua qualidade de vida, ele é considerado patológico. O autor enfatiza que a persistência
prolongada em um dos estágios do luto, adiando as demais fases do processo, indica a presença de
um luto patológico. Destaca-se a relevância de levar em consideração a individualidade do enlutado
e os aspectos sociais anteriores à perda.

Ainda sobre a referida autora, a morte do ente querido é vivenciada como uma "morte em
vida". A perda do outro representa a experiência de uma morte que não é própria, mas sim de uma
parte que pertence ao indivíduo devido aos vínculos afetivos estabelecidos (KOVÁCS, 1992). Silva
(2009) complementa que essa experiência pode ser particularmente intensa na morte precoce de um
filho, sendo considerada um dos maiores sofrimentos. A maioria dos pais deposita suas esperanças e
planos nos filhos, tornando-os focos emocionais centrais da família.

Filho e Lima (2017) ressaltam que, com a morte do filho, todos os planos traçados pela
família são abruptamente interrompidos, gerando sentimento de culpa e revolta. Esses sentimentos
são comuns devido à sensação de incompetência percebida pelos pais, tanto em relação à proteção
do filho durante sua vida, quanto diante das frustrações e falhas enfrentadas por ele. Diante da
sociedade, a mãe muitas vezes questiona o que poderia ter feito para evitar a morte e o sofrimento
do filho, uma vez que a responsabilidade dos pais é vista como essencial para o cuidado e bem-estar
dos filhos.

Para ilustrar os impactos da perda de um filho na estrutura familiar, com um foco especial na
relação mãe-filho, Resende (2017) revisita a evolução das mudanças históricas e sociais
relacionadas à família e à mulher. O autor enfatiza a maternidade como uma construção social
simbólica, cujos contornos variam conforme os contextos históricos, sociais, econômicos e
políticos.

Abordando as transformações sociais, Gradvohl, Osis e Makuch (2014) diferenciam os


conceitos de maternidade e maternagem: enquanto a maternidade se refere à relação consanguínea
entre mãe e filho, a maternagem diz respeito ao vínculo afetivo estabelecido no acolhimento e
cuidado maternos. Importante ressaltar que esses cuidados são moldados pelos valores culturais que
definem o papel da mulher e o significado de ser filho.
4. A Visão histórica que culminou o desenvolvimento do luto parental

No período dos séculos V a XVIII, inexistia a prática de maternagem nas famílias, que eram
estruturadas com base em interesses econômicos, casamentos arranjados e a preservação do
patrimônio familiar. A relação afetiva entre cônjuges e filhos era considerada de pouca relevância.
Em relação aos recém-nascidos, todos os cuidados associados à maternagem eram delegados às
camponesas pobres da época, onde as crianças permaneciam até atingirem oito anos de idade,
momento em que retornavam à família para auxiliar nas atividades domésticas. A ausência de
práticas de maternagem nesse período resultou em elevadas taxas de mortalidade infantil, além da
ocorrência frequente de infanticídio e abandono de crianças, estratégias utilizadas para limitar o
número de descendentes na família (GRADVOHL; OSIS; MAKUCH, 2014).

Do século XVII (1601 a 1700) ao século XIX (1801 a 1900), assistiu-se ao desenvolvimento
do capitalismo e à ascensão da burguesia, provocando uma distinção clara entre esferas pública e
privada. Nesse contexto, a responsabilidade pelos cuidados à criança passou a recair sobre os pais.
A mulher assumiu o papel de cuidadora materna, enquanto o pai era encarregado do sustento do lar.
Além de atender às necessidades básicas do bebê, a mulher passou a estabelecer interações afetivas
mais profundas com o filho, conferindo à prática da maternagem um valor emocional mais
profundo. (GRADVOHL; OSIS; MAKUCH, 2014).

Nesse período histórico, a mulher passou a ser socialmente valorizada pela contribuição para
a formação de novos cidadãos, marcando o declínio dos casamentos arranjados e o fortalecimento
dos laços familiares. Com essa mudança, os pais passaram a depositar nas crianças a esperança de
realização dos ideais adultos (GRADVOHL; OSIS; MAKUCH, 2014).

No decorrer do século XIX (1801 a 1900), a ênfase na atenção materna tornou-se um foco
central, marcado pelo extremo sacrifício das mães para garantir que seus filhos vivessem ao seu
lado com qualidade de vida. Um dos primeiros indícios dessa transformação foi a prática do
aleitamento, agora motivado pela vontade própria da mãe (RESENDE, 2017).

Na contemporaneidade, as mães enlutadas buscam uma reconstrução de identidade diante da


sociedade, uma vez que, anteriormente, detinham um poder identitário socialmente compartilhado,
associado à proteção e aos cuidados maternos.

A perda do filho leva essas mães a questionar suas habilidades maternas, confrontando-se
com possíveis falhas percebidas. Além disso, as percepções sobre a morte passaram por
transformações significativas, influenciando a dinâmica entre maternagem, morte e luto. Ao
contrário do passado, quando a morte ocorria predominantemente no ambiente doméstico,
atualmente ela se desenrola de forma mais frequente nos leitos hospitalares. Isso pode resultar em
uma experiência de distanciamento social para os enlutados, afastando-os do apoio do círculo social
e das expressões de afeto restritas aos rituais fúnebres. Assim, o sofrimento se desdobra de maneira
mais privada, e o silêncio é socialmente considerado desejável (NOGUEIRA; NASCIMENTO,
2014).

Quanto ao luto parental, a ausência do filho é preenchida pela dor, pois não vivenciar o
sofrimento seria equivalente a esquecer. Andrade, Mishima-Gomes e Barbieri (2017) enfatizam a
complexidade, não linearidade e continuidade do processo de luto parental, mesmo quando a
relação com o filho é especialmente próxima, como muitas vezes ocorre com as mães. O equilíbrio
é rompido, comprometendo a qualidade do ambiente familiar, e torna-se crucial que os pais
construam uma nova realidade sem a presença física do filho, ajustando as expectativas de
crescimento e desenvolvimento que anteriormente estavam vinculadas a ele.

Morelli, Scorsolini-Comim e Santos (2013) exploraram os impactos da perda de um filho na


dinâmica conjugal, destacando claramente as mudanças que essa experiência acarreta a relação. No
entanto, sob uma perspectiva dicotomizada, essas mudanças seguem direções distintas. Enquanto
para o pai a relação conjugal não parece sofrer consequências significativas, para a mãe, a morte do
filho pode abalar a relação, levando-a a se sentir culpada pelo desconforto na convivência do casal.
A mãe muitas vezes vivencia a ausência de algo no vínculo, mas pode hesitar em expressar
objetivamente o que está faltando, sem mencionar a saudade que carrega pelo filho falecido.

Essa discrepância pode levar o casal a atravessar fases distintas do luto, e apesar do
sofrimento compartilhado, o laço matrimonial pode tanto servir como apoio mútuo diante da perda,
quanto enfrentar um distanciamento, já que é possível que, mesmo diante da mesma perda, um
parceiro não compreenda completamente a dor do outro (MORELLI; SCORSOLINI-COMIN;
SANTOS, 2013).

Além das transformações na relação conjugal, a vida social também é profundamente


afetada. Sentimentos de solidão e silêncio permeiam a experiência das mães, que vivenciam a
fragmentação e a ruptura das relações sociais que antes faziam parte de seu cotidiano. Isso ocorre
devido à dificuldade da sociedade em lidar com a morte, onde expressar abertamente o sofrimento é
muitas vezes considerado constrangedor, levando as mães a manterem sua dor em segredo,
preservando-a na esfera da intimidade (FREITAS; MICHEL, 2014).

É incontestável que, independentemente da natureza do luto, seja decorrente de uma morte


súbita ou de enfrentar a doença crônica de uma criança, essa vivência representa um trauma
devastador. Configura-se como uma profunda crise emocional que altera significativamente o
padrão familiar, exacerbada pela dificuldade geral das pessoas em abordar abertamente o tema da
morte. A expressão do luto é peculiar a cada indivíduo, e é imperativo compreender e respeitar o
enlutado, reconhecendo a inexistência de uma trajetória linear no processo de luto. Alguns dias
serão mais desafiadores que outros. Para os pais que enfrentam essa dolorosa realidade, a morte de
um filho nunca é esquecida, pois, quando um filho se vai, uma parte deles permanece envolta em
tristeza perpetuamente (CARVALHO et al., 2008).

Silva (2009) ressalta que as reações no enlutamento parental compartilham semelhanças


com as vivenciadas em qualquer outra forma de perda, variando em termos de duração e
intensidade. A autora explora fatores psíquicos e biológicos como justificativa para a profundidade
e a persistência do luto experimentado pelos pais, mesmo considerando a intensidade do vínculo
estabelecido com o filho.

O luto parental, de forma específica, se caracteriza por reações emocionais intensas que
podem perdurar por meses, anos ou ao longo de toda a vida. Entretanto, os estudos dedicados a esse
tema negligenciam frequentemente a identificação de fatores individuais e sociais que
desempenham um papel positivo no enfrentamento e nas respostas emocionais dos pais diante da
perda de um filho. Muitas dessas pesquisas concentram-se em destacar as reações negativas,
deixando de reconhecer a capacidade inerente à condição humana de lidar com as adversidades ao
longo da vida. Há, de fato, a possibilidade de utilizar o sofrimento decorrente da perda como um
catalisador para promover mudanças positivas e impulsionar o crescimento pessoal
(FRANQUEIRA; MAGALHÃES; CARNEIRO, 2015).

A abordagem da Psicoterapia Breve, dentro do contexto da psicanálise, oferece


contribuições valiosas para mitigar o sofrimento dos pacientes por meio de intervenções com tempo
e objetivos definidos. Nesse cenário terapêutico, o terapeuta assume um papel ativo, delineando
estratégias específicas para atingir metas pré-estabelecidas. No caso do enlutado, o foco central
reside na perda, visando facilitar o processo de luto. Como estratégia, o terapeuta orienta o enlutado
para lidar com as circunstâncias da morte, reavaliar a relação perdida, enfrentar as emoções
desencadeadas pela perda, adotar novas rotinas e rituais, confrontar situações estressantes e
aprender a se adaptar à nova realidade. Ao desempenhar um papel ativo, o terapeuta faz
questionamentos e explora aspectos relevantes, indo além do conteúdo fornecido pelo paciente e
concentrando-se na base da intervenção. Além disso, o terapeuta transmite confiança ao paciente,
oferecendo apoio e acolhimento para que ele não se sinta isolado (SILVA; CARNEIRO;
ZANDONADI, 2017).

Ao longo do tratamento, o paciente adquire consciência de sua condição psíquica, recupera,


mantém ou eleva sua autoestima, adapta-se à nova situação e observa mudanças em relação ao
problema enfrentado. A Psicoterapia Breve pode ser aplicada imediatamente após a perda,
prevenindo que o processo de luto evolua para um estado de adoecimento, agindo antes que as
defesas do paciente se consolidem, permitindo uma elaboração mais rápida do luto. Além disso,
como destacam Silva, Carneiro e Zandonadi (2017, p. 13), "[...] para abordar o trabalho psíquico no
luto patológico, o terapeuta deve, por meio de suas intervenções, anunciar internamente a morte
daquele que partiu, pois, o luto é uma crise que demanda lembrar para esquecer".

Faria e Lener (2019), em uma pesquisa envolvendo mães que enfrentaram a perda de seus
filhos e buscaram apoio em psicoterapia, revelam inicialmente uma resistência por parte dessas
mães em buscar ajuda psicológica. No entanto, após o contato com uma Psicóloga e a experiência
dos benefícios obtidos, muitas delas se engajaram em aprofundar seus conhecimentos em
psicologia, algumas chegando até a estudar a disciplina. Essa busca não apenas as ajudou a lidar
com seu próprio sofrimento, mas também as capacitou para oferecer suporte a outras mães que
enfrentam desafios semelhantes. Os pesquisadores também enfatizam a importância do uso de
medicamentos para enfrentar o luto, destacando que, em muitos casos, a orientação de um
psiquiatra é crucial, considerando a tênue fronteira entre o luto normal e o patológico,
especialmente nos contextos sociais contemporâneos.

5. O luto na situação de morte súbita.

Para Hauser (1998), a maneira como ocorre a morte é considerada um fator determinante na
experiência do luto, pois influencia tanto a intensidade quanto a duração dos sintomas. A morte súbita é
definida como aquela que ocorre sem aviso prévio, antecipação ou preparação, desencadeando um rápido
processo de mudanças no ambiente circundante. De acordo com Reed (1998), esta categoria abrange
diversos eventos, como suicídios, mortes acidentais, homicídios e mortes naturais não antecipadas. O termo
"súbito" implicitamente sugere a inesperança do evento. Quando a morte é não apenas inesperada, mas
também violenta, como em casos de acidentes, suicídios ou homicídios, a experiência pode ser ainda mais
devastadora (Kristensen, Weisæth & Heir, 2012).

O luto antecipatório, característico de situações em que a morte é esperada, pode auxiliar na


preparação emocional para o processo de luto após o falecimento (Moura, 2006). Contudo, diante de perdas
súbitas, o processo de elaboração do luto pode se tornar mais complexo devido ao fator surpresa (Moura,
2006). Estudos como o de Hunt e Greeff (2011) indicam que a falta de preparação para a morte de um ente
querido, especialmente quando inesperada, está frequentemente associada a reações de luto intensas no
momento da notificação do óbito.

Uma distinção significativa entre mortes esperadas e inesperadas está na busca por explicações e
compreensão, mais comum em casos de mortes súbitas (Bailley, Kral & Dunham, citada por GONÇALVES,
2014.). Nos casos de mortes inesperadas, os enlutados frequentemente buscam detalhes sobre as
circunstâncias da morte, como onde e como ocorreu, e tendem a ruminar sobre a causa e a possibilidade de
prevenção do evento. Estudos como o de Currier et al. (2006) apontam que o risco de desenvolver um luto
complicado é mais elevado em casos de mortes violentas, e a busca por significado é identificada como uma
das principais diferenças entre mortes naturais e não naturais (Hunt & Greeff, 2011, citada por
GONÇALVES, 2014). Outra pesquisa (Parkes, 1998) demonstrou que a perda súbita de filhos, como em
acidentes de trânsito, frequentemente desencadeia emoções intensas nos pais, como raiva, depressão e culpa,
resultando em consequências negativas para a saúde mental.

O processo de luto após uma morte súbita e violenta pode apresentar uma trajetória distinta e mais
desafiadora, com consequências específicas para a saúde mental (Kristensen, Weisæth & Heir, 2012; Parkes,
1998), em comparação com mortes naturais.

Estudos sugerem que mortes súbitas e traumáticas têm um impacto mais duradouro e devastador
devido à dificuldade na adaptação à perda (Dyregrov et al., 2003, citado em Hunt & Greeff, 2011; Murphy et
al., 2003). As circunstâncias da morte podem dificultar a compreensão da realidade da perda e intensificar as
reações de luto, como choque e negação (Reed, 1998). Testemunhar ou encontrar o corpo da vítima pode
aumentar a dificuldade em superar o choque e a negação, podendo resultar em imagens perturbadoras da
cena da morte (Murphy et al., 2003). Essa exposição tem sido associada ao Transtorno de Estresse Pós-
Traumático (TEPT), mas não necessariamente ao luto complicado (Kristensen, Weisæth & Heir, 2012).

Problemas de saúde mental, como depressão, TEPT, luto complicado ou prolongado, abuso ou
dependência de álcool ou drogas, e distúrbios do sono, têm sido relatados após situações de morte súbita e
violenta (Kristensen, Weisæth & Heir, 2012; Parkes, 1998).

Estudos indicam que os sintomas depressivos são mais persistentes após mortes súbitas e violentas
(Kristensen, Weisæth & Heir, 2012; Reed, 1998). Em um estudo longitudinal com pais enlutados após a
morte de um filho devido a acidente, suicídio, homicídio ou outras mortes violentas, foi constatado que,
cinco anos após o óbito, uma porcentagem significativa preenchia os critérios de diagnóstico para
perturbação mental (Murphy, Johnson & Lohan, 2002).

Um estudo com sobreviventes de morte súbita por suicídio ou acidente (Reed, 1998) identificou
que as características individuais dos sobreviventes, o modo da morte e o apoio social são fatores
determinantes importantes na experiência do luto. O apoio social desempenha um papel crítico durante o
processo de luto, facilitando a reconstrução de relações sociais e protegendo a saúde mental dos enlutados
(Reed, 1998).

O ajustamento psicológico dos pais antes e após a perda de um filho pode variar significativamente
(Christ et al., 2003). Mesmo em pais com um funcionamento psicológico adaptativo antes da morte do filho,
observa-se uma alteração após a perda, resultando em uma transformação pessoal (Christ et al., 2003).

Os pais muitas vezes resistem à ideia de "recuperar" da morte do filho, pois isso sugere um retorno
ao estado anterior à perda. Em vez disso, termos como "reconciliação" e "reconstrução" têm sido utilizados
para descrever o período pós-morte, refletindo as mudanças profundas que ocorrem após a perda de um filho
(GONÇALVES, 2014).
6. Intervenção para aspectos de superação do luto

Independentemente da abordagem teórica adotada, o papel do psicólogo durante o luto é de


extrema relevância em todo o processo. A intervenção visa encontrar equilíbrio na dinâmica
familiar, agora reconfigurada pela ausência do ente querido. A dor não é negligenciada; pelo
contrário, é fundamental compreender como conviver com ela, facilitando a elaboração da perda e a
manutenção do vínculo com o ente falecido.

O aconselhamento e a terapia são indicados para gerenciar o luto, sendo o aconselhamento


voltado para oferecer suporte e prevenir complicações no processo de luto considerado normal. Essa
abordagem pode auxiliar o paciente a lidar com o sofrimento de maneira adaptativa e em um tempo
razoável. Quando o luto assume características patológicas, a psicoterapia torna-se a intervenção
mais apropriada, buscando identificar conflitos que impedem a família de atravessar todas as fases
do luto. Manter uma relação empática com o enlutado é crucial para facilitar a expressão do
sofrimento, assegurando uma sintonia eficaz com os sentimentos do paciente. O objetivo do
psicólogo é desmistificar crenças, frequentemente abstratas, e intervir no fortalecimento da família,
ajudando-os a reconhecer a realidade do luto e a conviver de maneira saudável com a perda
(RAMOS, 2016).

Disner (2018) destaca que, por meio da escuta especializada, espera-se que o profissional
tenha a habilidade de acolher o sofrimento, dando voz às angústias daqueles que permaneceram,
amparando-os e compreendendo-os. Ao vivenciar e expressar o sofrimento, o enlutado tem a
oportunidade de atravessar todas as fases do luto. O autor ressalta que a família pode interpretar o
sentimento decorrente da perda como uma fragilidade, demandando aconselhamento e
fortalecimento para enfrentar essa adversidade. Nesse contexto, o psicólogo que atua no processo
do luto tem em vista auxiliar essas famílias, identificando e restituindo a autonomia de seus próprios
recursos para lidar com a dor.

Segundo Kübler-Ross (2005), é crucial que o familiar vivencie todos os tipos de sentimentos
que emergem, permitindo-se sentir-se desesperado, zangado, entristecido, entre outros. É
fundamental que o enlutado se permita experimentar a dor da perda, especialmente após o funeral,
momento em que sentiriam gratidão por ter alguém com quem compartilhar suas aflições e
memórias. Portanto, compreender como a atuação do psicólogo pode contribuir para a elaboração
do luto parental, isto é, o luto de pais que perderam seus filhos, torna-se essencial.

Ao longo desta pesquisa, serão explorados os efeitos do luto na psique humana,


mergulhando nas complexas interações entre o consciente e o inconsciente. Além disso, será
analisado as formas para o enfrentamento do luto, visando uma compreensão mais abrangente das
fases psicológicas para lidar com a dor da perda, conforme descrito pelos autores acima.

7. Qualidade de vida durante o processo de luto

Na década de noventa, a Organização Mundial de Saúde (OMS) formou um grupo de


especialistas de várias origens culturais, conhecido como WHOQOL Group, com o propósito de
aprimorar o conceito de Qualidade de Vida (QdV) e desenvolver um instrumento de avaliação
(Canavarro et al., 2006; Vaz Serra et al., 2006).

A QdV é compreendida como subjetiva e multidimensional. Por ser subjetiva, é melhor


avaliada a partir da perspectiva do indivíduo como um ser único. Por ser multidimensional, sua
avaliação requer informações sobre diversas áreas da vida, como bem-estar físico, funcionalidade,
saúde emocional e social (Cella, 1994). O WHOQOL Group identifica três aspectos fundamentais:
subjetividade, multidimensionalidade e a presença de aspectos positivos e negativos (Canavarro et
al., 2010; Fleck et al., 1999).

A definição de QdV pela OMS é entendida como "a percepção do indivíduo sobre sua
posição na vida, no contexto de sua cultura e sistema de valores, em relação aos seus objetivos,
expectativas, padrões e preocupações" (WHOQOL Group, 1994, p. 28). É um conceito amplo
influenciado pela saúde física, estado psicológico, independência, relações sociais, crenças pessoais
e ambiente (WHOQOL Group, 1995).

Apesar da falta de estudos sobre a relação entre qualidade de vida percebida e processo de
luto na literatura, em Portugal, alguns estudos foram realizados, principalmente usando métodos
quantitativos.

Para Lopes (2008), um estudo exploratório identificou as diferenças na percepção de QdV,


estresse e estratégias de enfrentamento entre famílias enlutadas e não enlutadas. Os resultados
mostraram grandes diferenças na qualidade de vida familiar percebida entre os dois grupos.
Observou-se também que a progressão através das fases do luto está relacionada ao aumento na
percepção de qualidade de vida.

De acordo com Dores (2008), outro estudo comparou a percepção de estratégias de


enfrentamento e qualidade de vida entre indivíduos que sofreram perdas significativas recentemente
e aqueles que não sofreram nenhuma perda. Não foram encontradas diferenças significativas entre
os grupos, sugerindo que não é a perda em si que afeta a qualidade de vida, mas sim a forma como
as pessoas reagem.
Esses estudos contribuem para a compreensão da relação entre luto e qualidade de vida
percebida, destacando a importância de considerar o processo de adaptação das famílias após uma
perda, identificando o que reflete direta e indiretamente no indivíduo único, pois causas ambientais
e culturais podem alterar de forma significativa as etapas do processo de luto.

Cronograma

Cronograma TCC
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho

Coleta de dados x

Análise e interpretação dos dados x

Elaboração do desenvolvimento x

Revisar cumprimento de normas da


x
ABNT

Revisar texto e ortografia x

Revisão do orientador x

Fazer ajustes solicitados pelo


x
orientador

Entrega do Trabalho x
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