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SEMINÁRIO BÍBLICO BATISTA DO RIO DE JANEIRO

CURSO LIVRE DE GRADUAÇÃO EM MINISTÉRIO DA MÚSICA

Regina Amélia Vieira Lima

Trabalho de Dinâmica das Relações Humanas I


Profª. Glads Xavier

Resumo dos Sete Primeiros Capítulos do Livro


A Arte de Compreender-se a Si Mesmo
De Cecil Osborne

Rio de Janeiro
Abril, 2020.
RESUMO DOS SETE PRIMEIROS CAPÍTULOS DO LIVRO

A ARTE DE COMPREENDER-SE A SI MESMO

de Cecil Osborne

Nos sete primeiros capítulos deste livro o autor aborda temas muito atuais que tomam
parte da vida e do cotidiano de milhares de pessoas. O livro tem como objetivo, através de
relatos de experiências de vidas, mostrar alguns problemas que as pessoas enfrentam no nível
espiritual e psicológico. Percebemos como o amor de Deus age de forma prática na restauração
tanto de males físicos como na recuperação da personalidade. O autor inicia o livro com um
tema muito atual que é a solidão. Não no sentido de estar desacompanhado, mas no sentido de
falta de inter-relação que na maioria das vezes é causada pela barreira do medo e do sentimento
de rejeição. As pessoas têm medo de se expor, de falar de si mesmo, de ficarem frente a frente
com as suas dificuldades. Por isso muitas pessoas se refugiam, com uma falsa sensação de
estarem protegidas, porém, estão apenas se privando de crescer.

As pessoas nunca pensam que são solitárias, não entendem que o que elas sentem, na
verdade, ninguém pode conhecer inteiramente. As pessoas, na maioria das vezes, tem o impulso
de compartilhar os seus sentimentos, mas temem se tornar vulneráveis e serem rejeitadas ou
criticadas, e, como resultado disso, se limitam às observações banais acerca da superficialidade
da vida.

Somente Deus a ouve e quer ouvi-las no local mais oculto do seu ser. Leva tempo para
que as pessoas compreendam isso, porém o mais difícil, talvez, seja perceber que o amor de
Deus pode ser mediado por um grupo de pessoas que genuinamente se interessam por ela.

Para muitas destas pessoas, os grupos, dos quais o autor faz menção, tornam-se sua
família, porque elas frequentemente sentem-se mais achegadas a elas do que aos seus parentes
carnais. À medida que se relacionam com os grupos, e consequentemente com o Deus de paz,
seus sintomas simplesmente desaparecem.

No segundo capítulos, o autor revela que durante os últimos anos, mais de doze mil
pessoas participaram dos grupos de companheirismo e que o propósito do mesmo é ajudar as
pessoas a tornarem o cristianismo relevante a todos os problemas da vida e ajudar os crentes no
sentido de uma entrega maior. O uso de inventários espirituais é um dos temas deste capítulo.
Estes inventários são basicamente testes psicológicos feitos para ajudar o crescimento espiritual
e emocional pelo uso de um sistema de “feedback”, ou realimentação, com folhas de avaliação
semanais, entregues aos membros dos grupos. As folhas colocam em destaque algum aspecto da
personalidade e frequentemente apontam para uma emoção ou atitude não percebida que
constitui uma séria barreira para o crescimento espiritual.

O que se percebe nestes grupos é a força transformadora do amor divino, mediado pelos
grupos, possibilitando a pessoa aceitar a si mesma, e é neste ponto que o verdadeiro crescimento
espiritual começa.

No capítulo três o autor fala sobre a ansiedade. Ele revela o grande esforço que é feito
pelo ser humano para evitá-la e cita algumas experiências vividas por pessoas que tentam evitar
esse grande mal. Uma forma é evitar o contato pessoal,ambientes sociais, causado pela
insegurança e o sentimento de inferioridade. Outra, que pelos sentimentos de auto rejeição e de
culpa causado por suas emoções confusas de amor e de ódio, manifestam em seu corpo uma
série de enfermidades que são resultados da hostilidade reprimida que gera uma ansiedade
insuportável. Comumente encontramos pessoas adoecidas porque em vez de colocar para fora
suas emoções esmagadoras, somatizam em seus corpos, tornando-se doentes.

Os especialistas no campo da medicina psicossomática acreditam, segundo o autor, que


cinquenta por cento de todas as moléstias físicas têm sua origem em emoções e que, de fato,
todas as emoções tem algum efeito sobre o organismo físico, de maneira criativa ou destrutiva.

Muitas pessoas que sofrem forte ansiedade prefeririam submeter-se a uma operação ou
ser hospitalizadas, sofrer até algum tratamento doloroso, a encararem o fato que o problema é
de origem emocional ou espiritual. O homem é corpo, mente e espírito, e o que afeta um afeta a
todos.

No quarto capítulo o autor cita a psiquiatra Karen Horney que apresenta quatro maneiras
de escapar à ansiedade: 1) negá-la, que geralmente é um processo inconsciente, 2) evitar o
pensamento ou o sentimento que a desperta. Quando usamos este artifício, procuramos evitar os
sentimentos, situações ou pensamentos que despertam ansiedade, o que não surte mais efeito
que negar a ansiedade. 3) Racionalizar, que em grande parte, é um processo inconsciente, pois o
que dizemos através da racionalização pode ser verdadeiro, total ou parcialmente, mas não será
uma explicação do modo de agir. 4) Narcotizar, que pode ser feito pelo uso de drogas, álcool,
super ocupação e de vários outros modos.A estas maneiras o autor acrescenta a procura e a
remoção da causa da ansiedade. O processo não é fácil, e raramente pode ser levado a cabo
sozinho, por isso a necessidade de fazer parte de um grupo que pode ajudar, gentil e
amorosamente, a encarar a tendência de racionalizar a ansiedade.

O autor revela no capítulo cinco que se o que nós desejamos estiver em harmonia com a
vontade básica de Deus, se for coerente com os ensinamentos de Jesus, se não prejudicar
ninguém e puder contribuir grandemente para o nosso bem estar ou dos outros, e se nós
admitirmos a vontade de Deus em nossa vida poderemos receber o que quiser, se o visualizar
(que implica em ver essa coisa na tela da nossa mente como um fato consumado). O autor
explica este processo no relato da experiência de um jovem estudante universitário e conclui
com o que Bíblia declara em Efésios 3:20: “Ele é capaz de fazer muito mais abundantemente do
que tudo o que lhe pedimos ou pensamos.” Foi assim no caso deste jovem.

Ainda neste capítulo o autor trata da oração como um esforço para colocar nossas
vontades teimosas, relutantes e egocêntricas em harmonia com o propósito amoroso e
beneficente de Deus. Pois Ele quer o melhor para nós. Quando pudermos confiar nos Seus
propósitos sábios e criativos para nossas vidas, teremos começado a orar eficazmente.

Pensando em confissão entendemos que é o estado mental, o intento do coração que


conta, não as palavras ou a forma como ela é feita. A confissão verdadeira é dolorosa. E existe
dentro de nós uma tensão entre a necessidade de esconder e a necessidade de revelar.
Precisamos confessar, mas tememos a condenação ou julgamento e rejeição. É comum, portanto
sentir uma grande relutância em encarar nossa culpa verdadeira além da ausência do sentimento
real de perdão e purificação. Segundo o autor, somos poucos os que nos sentimos inteiramente
limpos e perdoados ao ponto de nos perdoarmos inteiramente e de perdoarmos os outros.

Então, por que confessar se não estamos seguros do perdão? Muito mais importante que
isto é o que temos considerado: o nosso conceito de Deus e sua natureza, porque pouco importa
o que dizemos ou como confessamos se não tivermos a poderosa convicção de que Deus perdoa
instantaneamente e voluntariamente, e que é por amor que Ele não nos condena. Se tivermos
um fraco conceito de Deus e do seu amor, nunca nos sentiremos inteiramente perdoados.

Falando de culpa e castigo o autor cita Freud que afirma que muitas pessoas voltam-se
deliberadamente para as coisas erradas porque é certo que essas coisas trazem castigo de
alguma espécie. Isto alivia o sentimento de culpa, que tem sua origem em algum outro fato na
vida da pessoa.Assim, vemos o doloroso espetáculo de uma pessoa conscientemente cometer
erros, num esforço inconsciente de ser punida por uma culpa inconsciente.
O problema básico do homem, que não pode ter a segurança do sentimento de perdão, é
não querer lidar com a recusa em perdoar os outros. Deus não pode conceder ao homem aquilo
que ele não quer conceder aos outros. A culpa não resolvida nos priva da intimidade com Deus,
o que torna a oração sem efeito. Quando o problema do conflito interior é resolvido, a dor do
sentimento de culpa deve cessar. É necessário resolver a culpa pela segurança do perdão.

A culpa é um fenômeno universal. “Todos pecaram e destituídos estão da glória de


Deus.” (Romanos 3.23), portanto todos precisam descobrir e aceitar a graça de Deus – seu amor
e aceitação incondicional.

Para finalizar, quer o conflito interior de cada pessoa seja grave o bastante para ser
chamado de neurose, quer ele se manifeste em relacionamentos danosos, sintomas físicos ou
uma desilusão geral da vida, a solução para cada uma é a mesma: colocar suas vidas
desorganizadas sob o controle do Cristo vivo. Poucas pessoas conseguem fazer isso sozinha,
porém com a aceitação amorosa, a comunhão, a força e a inspiração provida por um grupo de
pessoas que se esforçam por atingir o mesmo ideal, que é a maturidade espiritual, isto é
possível.

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