O documento descreve os estágios do luto propostos por Kübler-Ross: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Estes estágios são vividos por pacientes que recebem diagnósticos de doenças graves e representam reações emocionais comuns. O texto também explica como esses estágios podem ser utilizados na assistência psicológica hospitalar para ajudar pacientes a lidarem com o processo do luto.
O documento descreve os estágios do luto propostos por Kübler-Ross: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Estes estágios são vividos por pacientes que recebem diagnósticos de doenças graves e representam reações emocionais comuns. O texto também explica como esses estágios podem ser utilizados na assistência psicológica hospitalar para ajudar pacientes a lidarem com o processo do luto.
O documento descreve os estágios do luto propostos por Kübler-Ross: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Estes estágios são vividos por pacientes que recebem diagnósticos de doenças graves e representam reações emocionais comuns. O texto também explica como esses estágios podem ser utilizados na assistência psicológica hospitalar para ajudar pacientes a lidarem com o processo do luto.
A problemática da morte e o morrer é bastante trabalhada no contexto
hospitalar e suscita questões de ordem ética que permeiam a prática do psicólogo hospitalar. Uma importante psiquiatra e estudiosa na área, Elizabeth Kübler-Ross propôs em seu livro “Sobre a Morte e o Morrer” sua compreensão acerca dos estágios emocionais pelos quais passam os pacientes em terminalidade.
Realize uma explanação sobre as principais ideias de Kübler-Ross,
descrevendo as características de cada fase, exemplificando-as, bem como explicitando a maneira como estas ideias podem ser utilizadas na assistência psicológica hospitalar.
Explanação:
A autora discorre sobre o cuidado a pacientes gravemente enfermos,
destacando-se, no livro, a importância da escuta de suas necessidades à compreensão de seu sofrimento. Essa obra é mais conhecida pela descrição dos estágios do luto, sendo estes (negação, raiva, barganha, depressão e aceitação), teorizados pela autora como vividos pelos pacientes que recebem diagnósticos de doenças graves, seu trabalho permitiu identificar um conjunto de reações emocionais pelos doentes em fase terminal (Livro AVA, pág. 155- 156).
A fase da negação é caracterizada por um afastamento da gravidade
do diagnóstico: os pacientes (ou familiares) não acreditam, pensam na possibilidade de um erro no diagnóstico ou troca de resultados de exames. O primeiro contato com a doença, em geral, mobiliza reações de negação ou acompanhadas posteriormente pelo choque inicial. Nesta fase são comuns questionamentos como: - Por que isso está acontecendo comigo? - Por que não me levou no lugar dele (a)? Na fase da raiva, são esperados sentimentos com forte carga de ambivalência afetiva, a raiva é desferida contra a equipe que não cuida adequadamente, contra a vontade divina, pacientes e familiares podem se tornar hostis e agressivos uns com os outros e com a equipe, é colocada em cheque a própria capacidade técnica da equipe, busca-se culpabilizar alguém.
Na fase da barganha ou negociação, é comum a busca por métodos
mágicos de cura, apelos dramáticos, pactos e promessas com Deus ou entidades. Buscam-se acordos reais ou imaginários com figuras que representam, no sistema de crenças e valores de cada um, um ideal de onipotência e supremacia, que pode intervir na situação, essas figuras podem estar encarnadas em profissionais da equipe ou com apelo religioso-espiritual. Após um processo de elaboração psíquica, que aproxima o sujeito da verdade inexorável, ou a percepção de que o quadro clínico não apresenta melhoras, pode-se instaurar a fase da depressão, na qual a angústia e a introspecção aumentam junto à piora do quadro clínico. Nessa fase, caracterizada pela dor psíquica, é comum a manifestação de sentimento de culpa, insegurança, tristeza e pesar. Nesta fase o indivíduo tem consciência de que aquela perda aconteceu de verdade, então ele começa a vivenciar o luto de maneira mais intensa.
A fase da aceitação pode ser observada pela equipe como um estágio
de quietude e isolamento, é relatada uma necessidade de descanso, e a vontade de lutar diminui gradualmente. A aceitação não significa perder a esperança, mas não mais temer ou se angustiar imensamente ao entrar em contato com a possibilidade de morte, necessária para elaborar a perda e a separação que estão por vir. Nesta fase o enlutado percebe que ao aceitar o ocorrido, conseguirá viver em serenidade, entendendo melhor suas emoções e sentimentos, e o mais importante, conseguindo lidar com elas de maneira mais saudável.
Faz-se relevante pontuar a importância da Psicologia Hospitalar na
prestação de apoio psicológico no processo de luto, de moda a auxiliar o enlutado a compreender sua perda, até conseguir aceitá-la, encarando de frente a realidade que se apresenta. Com empatia, cautela e delicadeza, o psicólogo hospitalar intervém com o objetivo de levar o sujeito que enfrenta o luto a lidar com este processo, estando com ele em todos os estágios, oferecendo escuta para que o mesmo consiga se perceber em cada etapa, identificando com clareza o que está sentindo.