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As cinco fases do luto

Uila Isleia Alves


Técnico em enfermagem

O quê é o luto?

O que é o LUTO?

Chamamos de luto a um estado emocional específico, que se inicia pela ameaça ou rompimento de
um vínculo de amor e se caracteriza como um período de enfrentamento da dor da perda.
Frequentemente associamos o luto à morte de alguém a quem se ama, pois, a morte é o rompimento
mais definitivo de um laço de amor que podemos viver. No entanto, o processo de luto também se
dá por outros motivos como uma separação, pela perda do animal de estimação, por diagnósticos de
doença, quando a estabilidade física é ameaçada ou em casos onde o corpo foi realmente afetado
por algum tipo de intervenção, como a perda de um membro, cicatrizes, etc.

Além disto, o luto também pode acontecer, quando uma pessoa perde seu emprego ou vive uma
falência financeira, tendo sua vida modificada e planos futuros ameaçados. O processo de luto é
composto por vários sentimentos que se misturam e intercalam de forma pouco organizada,
podendo provocar instabilidade emocional, cognitiva e orgânica de quem passa pelo processo.

Sentimentos como tristeza, desânimo, culpa, raiva, medo, ansiedade, dificuldade para dormir,
acordar ou se concentrar, desinteresse pelas coisas cotidianas, choro repentino, falta de apetite ou
comer em excesso, insegurança, pensamento recorrente a situação acontecida, são característicos ao
luto – e podem se transformar em um problema mais grave, quando se tornam intoleráveis,
provocando muito sofrimento e um excesso de mal-estar na pessoa enlutada. É importante colocar
que o luto é um processo individual e singular, isto é, somente quem passa por uma situação de
perda pode avaliar o que ela significa e o quanto dói em si.

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Cada sujeito reage à sua forma ao luto. Não existe uma receita que ensine a maneira de lidar com os
sentimentos que ele ocasiona e que sirva igualmente a todos. Algumas pessoas conseguem enfrentar
sozinhas a tristeza da perda, contando com a ajuda de familiares, amigos, fé; já outras, além disto,
precisam também de ajuda especializada como a de um psicólogo/a, e isto não errado, nem feio e,
muito menos, sinal de fraqueza.

Buscar ajuda psicológica para enfrentar as dores emocionais pode ser um indicativo de força, de
vontade de não sucumbir a dor e de não se conformar diante de um sofrimento, que pode paralisar e
desestruturar a vida. Encontrar um espaço adequado para falar dos sentimentos é um investimento
que pode trazer alívio para a dor e ânimo para seguir a diante, para recomeçar ou para mudar o
rumo frente aquilo que está causando sofrimento.

Quais são as fases?

Negação
Negação . É o primeiro sentimento diante da notícia de doença terminal para um paciente ou de
morte para um enlutado, independentemente de como tomou conhecimento do fato que funciona
como um para-choque, para que o paciente ou o enlutado se acostume com tal situação.Funciona
como um para-choque para que o sujeito possa se acostumar com a situação e é preciso aguardar o
momento oportuno para se aproximar dele, observando os sinais demonstrados.

Raiva

A raiva. Surge quando não é mais possível negar o fato e há o sentimento de revolta, de inveja e de
ressentimento. O paciente ou o enlutado se pergunta “por que eu e não outra pessoa?”. A raiva é
expressa por emoções projetadas no ambiente externo e pelo sentimento de inconformismo. Para a
família e os amigos, é uma fase difícil de lidar, pois suas atitudes não têm justificativa plausível. A
raiva só se torna patológica quando se torna crônica
Barganha

Barganha. O paciente começa a ter esperança de uma cura divina ou de um prolongamento da vida,
em troca de méritos que acredita ter ou ações que promete empreender.

Depressão

Depressão. É o estágio de sentimentos de debilitação e tristeza acompanhados de solidão e saudade.


Funciona para o paciente, bem como os envolvidos com ele, como uma preparação para suas
perdas. Essa fase requer muita conversa e intervenções ativas por parte dos que estão a sua volta, de
modo a evitar uma depressão silenciosa. Isso porque só os que conseguem superar as angústias e as
ansiedades são capazes de alcançar o próximo estágio, que é a aceitação.

Aceitação

Aceitação. Após externar sentimentos e angústias, inveja pelos vivos e sadios, raiva pelos que não
são obrigados a enfrentar a morte, lamento pela perda iminente de pessoas e de lugares queridos, a
tendência é que o paciente terminal aceite sua condição e contemple seu fim próximo com mais
tranquilidade e menos expectativa. O enlutado que já conseguiu vencer os estágios anteriores chega,
agora, ao momento em que a saudade se torna mais sossegada, se sente mais em paz e começa a ter
condições de se organizar na vida.

Justificativa

No luto, o indivíduo que passa vivência por esse processo experimenta uma série de sentimentos
que na maioria das vezes o cofundem dificulta a passagem por esse processo de maneira funcional.
Portanto, faz se necessário esclarecer as fases para que a pessoa que vivência o luto venha a ter um
entendimento melhor dos seus sentimentos e do momento que está passando o que pode ajudar na
sua aceitação.

Conclusão

O processo do luto e vivenciado de forma particular de pessoa para pessoa , o processo pode
ser mais ou menos doloroso , há depender da forma ao qual foi vivenciado o acontecimento...
De um modo geral o luto pode ser prolongado ou Curto, há depender de indivíduo para
indivíduo, cultura para cultura , o Luto pode ser vivenciado por fases que lhe são atribuídas,
como : o choque que pode durar horas ou dias, causando desespero, raiva, irritabilidade,
amargura e o isolamento. Estes sentimentos podem manifestar- se através de sentimentos
intensos, quando há a aceitação desses mesmos sentimentos faz com que a perda seja menos
dolorosa, e assim pode ser sentida de uma maneira mais saudável pelo enlutado.

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