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PSICOEDUCAÇÃO DO LUTO

O objetivo deste folheto é ajudar você a entender mais sobre o luto, de uma
maneira simples e fácil. Entender sobre os processos mentais e emocionais de um tópico
oferece muito mais clareza sobre a questão a ser trabalhada.
LUTO é um conjunto de sentimentos decorrentes de uma perda, seja pela morte de
alguém ou animal, término de relacionamento, perda de emprego etc.

Todo mundo lida com o sofrimento de maneira diferente. Alguns choram por
dias, mal tendo um momento para cuidar de si mesmos. Outros riem numa tentativa de
escapar da dor, outros se sentem dormentes e se perguntam por que não estão chorando
ou rindo como os outros. Cada um tem uma maneira de enfrentar, e todas elas são
normais.

Alguns sintomas do luto incluem:


Sentimentos de choque ou dormência; Angústia intensa ocorrendo em ondas de 20 a 60
minutos, que geralmente incluem desconforto físico e emocional, falta de ar e aperto na
garganta; Dificuldades no sono; Perda de apetite; Inquietação; Perda do desejo sexual;
Culpa associada ao falecido; Perda de concentração; Tristeza intensa.

Cinco estágios do luto:


Negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Esses estágios compõem o que talvez
seja o modelo mais conhecido de luto: o modelo de Kübler-Ross. Cada estágio representa
uma resposta emocional comum e normal a perdas significativas.
Negação - A realidade da perda é questionada. Uma pessoa pode acreditar que aquilo
não está acontecendo. Há uma tentativa de evitar o contato com a realidade.

Raiva - É quando ficamos revoltados e inconformados com a situação. Os que estão


sofrendo podem começar a culpar, fazer perguntas como “Por que eu?” Ou ficarem
bravos com a perda.

Negociação - Fase da barganha. São acordos consigo mesmo ou com alguma divindade
religiosa, na tentativa de aliviar a dor.

Depressão - Há uma percepção maior da realidade, por isso, a tristeza, choro e


desespero são maiores. Pode haver perda de motivação para viver e isolamento.

Aceitação - É a fase de reorganização, onde há um maior entendimento da realidade


como ela é. O indivíduo passa a aceitar a perda, embora ainda possa haver dor. Durante
esse estágio, há uma sensação de calma e uma retomada das atividades normais da vida.
Esses estágios não são lineares, não tem uma ordem e nem todos experimentam
todas essas etapas, mas a aceitação da perda, como algo natural que faz parte da vida é
o que chamamos de cura, chegar nesta etapa é nosso objetivo. Você pode estar aceitando
melhor hoje e amanhã nem tanto. O que vai tornar essa aceitação mais fortalecida é a
coragem de encarar a realidade sem negá-la.
Imagine sua dor como uma ferida profunda e recente. Você sente uma dor
intensa, que é parte do processo de cicatrização do seu corpo. Sem essa dor, você poderia
ignorar a ferida e deixá-la infeccionar e apodrecer. Feridas que são infectadas não
cicatrizam.
No processo terapêutico precisamos limpar a ferida, falando sobre os
pensamentos e emoções ligadas a ela e fazermos os curativos necessários para que ela se
feche e cicatrize.
Você não precisa apagar a memória do fato, apenas encontrar os meios para viver
bem com ele, que é algo natural em nossas vidas.

“Essa dor tanto pode te paralisar como te trazer mais potência para lidar com a vida”

“O luto não é uma barreira que temos que passar. É uma experiência que faz parte da
vida e por isso merece ser vivida”
PARA O TERAPEUTA

Objetivo
Oferecer entendimento sobre o processo de luto.

Aplicação
Entregue para seu paciente como um material de apoio.

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