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Elany Portela

Psicologia Médica – 3º Ciclo


Paciente Terminal 1. NEGAÇÃO: o paciente nega sua condição,

É uma pessoa com a saúde tão prejudicada que é um mecanismo de defesa temporário do

não há mais nenhum tratamento possível para ego contra a dor psíquica.

curá-la. A morte torna-se inevitável, resta apenas 2. RAIVA/FRUSTRAÇÃO: a angústia do

os cuidados paliativos. Contudo, esse paciente paciente se converte em raiva pela ideia de

precisa entender que sua vida ainda não acabou. ter suas atividades interrompidas.
3. BARGANHA: paciente tenta negociar sua
Tanatologia
condição com Deus
É o estudo da morte, dos cuidados as pessoas que 4. DEPRESSÃO: o doente toma conta do seu
vivem processos de morte (doenças, violência...) ou estágio frágil
que perderam pessoas significativas. 5. ACEITAÇÃO: há consciência e estabilidade

Cuidados Paliativos emocional.

Significa “prover um manto para aquecer aquele As fases não seguem uma ordem, considera-se a

que passa frio”. Consistem em aliviar dores e individualidade subjetiva.

sintomas e cobrir de cuidados aqueles que a Despersonalização do Paciente


medicina não pode curar. Não há busca pela cura,
HENNEZEL: No hospital o paciente torna-se a
mas sim pelo acolhimento, aquele com pouco
doença, deixa de ter seu nome. Mais que tratar a
tempo de vida merece ser cuidado e ter uma “boa
doença, é necessário tratar a pessoa.
morte”. Além disso, não ocorre somente no
ambiente hospitalar, também pode ser fornecido Papel do Psicólogo
no lar do paciente. SIMONETTI: para nortear e delimitar suas ações o
Equipe Multiprofissional psicólogo deve considerar a instituição, a equipe
multiprofissional, o paciente, a doença e a família.
É necessária uma equipe multidisciplinar composta
O psicólogo deve dar atenção e escutar as aflições,
por médicos, psicólogos, enfermeiros, assistentes
dar voz a subjetividade do paciente, seu campo de
sociais, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais,
trabalho são as palavras e a observação. É
serviço administrativos (recepção, triagem,
necessário considerar se houve solicitação do
segurança e transporte) entre outros. A OMS prevê
atendimento (esta pode ser feita pelo próprio
também o cuidado religioso.
paciente ou por outra pessoa como o médico) ou
Informar o Diagnóstico se houve uma demanda (está é essencial, só o

KUBLER ROSS: Quando o médico esclarece o paciente pode apresentar, visa o questionamento

diagnóstico da doença terminal o paciente se sente do doente sobre suas atitudes).

mais seguro, vê que não está só, o médico está ali O psicólogo deve conhecer melhor o paciente e
para ajudá-lo. levá-lo rumo a palavra, tratar do desejo do paciente
Estágios Psicológicos e não de seu prognóstico, ajudar o paciente a
manter sua autoestima e estabilidade. É relevante
KUBLER ROSS:
lembrar que religião e espiritualidade são muito
Elany Portela

importantes nesse processo. Também é necessário mais avançada da doença, é necessário humanizar
trabalhar com a família, antes e durante e após o o tratamento para atender as necessidades do
momento da morte. paciente”

Fases de Intervenção
OLIVEIRA: são três fases o antes, o momento e o “A morte é negada, temida, lamentada e adiada
após a morte. enquanto a vida é celebrada.”

1. Antes: é necessário comunicar e informar o “Na faculdade de enfermagem e medicina nada se


paciente sobre a doença, medicações e ensina sobre a morte”
tratamento. Ensinar a família a ser moderada
e estimular empatia. Antecipar sofrimentos e
“O cuidado espiritual é benéfico ao enfermo
negócios não terminados.
(possibilita que ele lide com questões existenciais,
2. Momento: ajudar a familiar e orientar a
perdão, vida eterna...). Deve-se possibilitar a livre
importância de sua presença. O psicólogo
expressão religiosa”
deve estar presente com a família para
viabilizar a expressão de sentimentos e a
vivência perante o luto. - O doente terminal e sua família lidam com o luto
3. Após: O profissional deve oferecer apoio e antecipado.
trabalhar a saúde mental da família. A família
- O hospital remete a solidão, que é um medo
deve-se permitir viver o luto, abdicar de
primitivo humano
memórias do falecido e reorganizar os
papeis inter e intrafamiliares. - A equipe multiprofissional deve propiciar uma
morte natural e humanizada, o paciente não deve
Local e Horário de Atendimento
ficar sozinho ou ligado a uma parafernália de
Não precisa de um ambiente determinado e
máquinas.
separado na área hospitalar para a ação do
psicólogo, já que este trabalha um espaço virtual.
O Ideal é um atendimento no fim da tarde, pois o - Não devemos desacreditar na capacidade do
hospital é mais tranquilo nesse horário. Cada doente terminal realizar e organizar tarefas
encontro tem um tempo irregular. importantes antes de partir. Para isso é necessário
o apoio da psicologia.
Alguns Autores

O paciente muitas vezes é tratado como um


“Muitas vezes a morte significa o fracasso
número de leito seguido de sua patologia.
profissional para o trabalhador da saúde.”
Despersonalização do paciente: No hospital o
“Entender a morte é compreender a angústia de
paciente torna-se a doença. Deixa de ter seu nome.
quem está nos momentos finais.”
Mais do que tratar a doença é preciso tratar a
Cuidados paliativos: “O cuidado paliativo alivia a pessoa.
dor e os sintomas, vai do diagnóstico até a fase

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