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Ms.

Emmanuella Azevedo
1. JÁOUVIU FALAREM CUIDADOSPALIATIVOS?

2. CONHECE ALGUMA UNIDADE DECUIDADOSPALIATIVOS?

3. CONHECEALGUÉM QUETENHARECEBIDOESTESCUIDADOS?

4. ACHAIMPORTANTE O DESENVOLVIMENTO EO
INVESTIMENTO NA ÁREA?

5. ACHAQUEOSCUIDADOS PALIATIVOS PODEM SERUMA


ALTERNATIVAÀEUTANÁSIA?
Jáouviu falar dos Cuidados Paliativos?
Sim Não

47%

53%
Conhece alguma Unidade de Cuidados
Paliativos?
Sim Não

36%

64%
Conhece alguém que já tenha recebido
estes cuidados?
Sim Não

23%

77%
Acha importante o desenvolvimento e o
investimento nesta área?
Sim

100%
Acha que os Cuidados Paliativos poderão ser uma
alternativa à Eutanásia?
Sim Não Não Sabe / Não Responde

8%

21%

71%
90%
10% Doença Crónica
Morte Súbita e Prolongada
São uma abordagem que visa melhorar a qualidade de vida dos doentes que
enfrentam problemas decorrentes de uma doença incurável com prognóstico
limitado, e/ ou doença grave (que ameaça a vida), e suas famílias, através da
prevenção e alívio do sofrimento com recurso à identificação

precoce, avaliação adequada e tratamento rigoroso dos problemas não só


físicos, como a dor, mas também dos psicossociais e espirituais.”
OMS(2002)
Aceitam os valores própriose
prioridades do doente

Afirmam a vida e encaram a


morte como um processo natural

Não antecipam nem atrasam a


morte

Centram-se no bem-estar do
doente, ajudando-o a viver tão
intensamente quanto possível até
ao fim
Baseiam-se no acompanhamento, na
humanidade, na compaixão, na
disponibilidade e no rigor cientifico

Abordam o sofrimento
físico, psicológico, social e espiritual do
doente

Sósão prestada quando o doente e a


família aceitam

Respeitam o direito do doente escolher o


local onde deseja viver e ser acompanhado
no final da vida
Controlo de Equipa
sintomas multidisciplinar

Apoio àfamília Comunicação


Oscuidados
Paliativos são
prestados por
equipes
multidisciplinares
com formação
específica na área.
CUIDADOS PALIATIVOS

Caminho feito em
Valoriza-se o essencial conjunto
à vida:
afectos, relações A morte não se Reorienta-se o
, pessoas… esconde por detrás sentido da própria
de máscaras vida
profissionais

Reunião entre ciência e


Família : interveniente no o humanismo
cuidar e no processo da morte “Ajudar o outro a
e “objecto” a cuidar no luto ajudar-se”
Cuidar integral e
multidisciplinar
Obstinação terapêutica

Sentido para a Vida


Unidades/domicílios com condições
Dignidade na morte físicas específicas e adequadas à
privacidade com a família.

Cumplicidade, apoio, alív Durante o período nocturno e


quando for desejo do doente ou

io e partilha com o doente Dar de si familiar, será permitida a


presença de u m acompanhante

Afectos

Relação com a família/ resposta


às suas necessidades
“...é antes de mais, acolher o outro... Ousar a
comunicação, numa abertura feita de tolerância, de
calor humano, de autenticidade” WARSON, 1998.

ACOMPANHAR
“ É percorrer uma parte do caminho ao lado de alguém
até um destino cuja natureza desconhecemos. Não se
trata de lhe propormos percorrer o caminho no seu
lugar” ( RAVEZ; 1998) , mas sim de o auxiliar na sua
caminhada.

Confronto de
emoções, exposição a
diversos tipos de
sofrimento para todos
CUIDADOS
PALIATIVOS
AMPLO ESPECTRO DE Doente e família são alvo do
INTERVENÇÃO
cuidar
(Dimensão física e social)

A solidão e a perda necessitam


ser trabalhadas
(Dimensão psíquica)

(Dimensão espiritual)
“Às vezes a tarefa do artista é
descobrir quanta música ainda
pode tocar com aquilo que lhe
resta” Itzhak Perlman, 1995
Cuidados dirigidos ao doente e família
Cuidados na vida rumo a uma BOA MORTE.
Trabalhar :
as perdas,
a limitação,
a dignidade da vida,
as conquistas possíveis
A esperança realista
A dignidade
a reconciliação.
Suporte Físico
Suporte Psicológico:
› Aceitação da condição de doente
› Aceitação da terminalidade
› Problemas psicológicos
› Medos
› Atitude perante a morte,etc.
SuporteEspiritual:
› Abordagem do “…sofrimento íntimo nascido da ausência de sentido”…
› “…a espiritualidade existe além de qualquer religião, que ela é acimade
tudo algo que tem a ver coma essência do homem.”
Acompanhamento:
› “…podendo ser, apenas, estar com…”
Conforto e acompanhamento em
Paliativos

Controlo de sintomas
Apoio à família

Comunicação com o doente

Trabalho equipa multidisciplinar


Será que os doentes se sentem bem
estando nestes cuidados?

• Medo
• Revolta
• Raiva
•Perda de rumo
• Desesperança
• Apoio
• Carinho
• Orientação
• Segurança
•Alivio
• Aceitação
Tarefa Essencial dos Cuidados
Paliativos
Ajudar os doentes e suas
famílias a fazer a transição
de ser vítimas passivas a
pessoas comdecisão e poder;

 E quando a morte se
aproximar
reversivelmente, parar de lutar
contra ela e procurar a paz!
Não é a gravidade objectiva de uma
doença, de umaperda ou de um
acontecimento que ocasionao
sofrimento, mas a significação que a pessoa
atribui à experiência.
Béfecadu cit in Gameiro, 1999
“Osentimento que cada um pode ter da sua
dignidade depende também do olhar do outro. É
no olhar do outro que vejo se ainda inspiro amor, é
na maneira como me falam, como cuidam de
mim, que sinto se ainda faço parte do mundo dos
vivos”
Marie de Hennezel
“Morrer não é algo que se deixe a alguém fazer
sózinho, precisa de acompanhamento”.
• Faz parte integrante dos cuidados palitaivos.
• 90% dos doentes morremdoença crónica eprolongada.

• As famílias vivem situações de grandestress


•As famílias não estão preparadas para cuidar dos seus
entes queridos

• Maioria prefere a morrteemcasa, embora nãoaconteça.


• Família prefere cuidar emcasa, se tiver apoio adequado.
Morte solitária
Encarniçamento terapêutico
Descrença/desilusão
Morte humanizada Visitas reduzidas e fixas
Despersonalização da morte

Morte acompanhada Luto – processo


desacompanhad o
Alívio do desconforto
Fuga à verdade c línica
Apoio espiritual/ moralização
Morte =fracasso
Envolvimento da família
Evita-se falar na morte
Acompanhamento nas perdas e
/terminus da vida
preparação para o luto
Doença terminal
Prevenir o luto patológico
Comunicação franca
Morte =etapa do ciclo vital Morte medicalizada
Redefinição de objectivos
Doente terminal
“Se eu acreditasse em
anjos, concerteza,
vestiriam batas brancas,
possuíam asas invisíveis,
tinham olhos doces e
vagueavam por este
corredor de
caminhos condenados …

(Delgado, Familiar de um doente em fase


terminal, 2003)

Enfª Ana Rocha CROC S.A


"Reflectindo sobre a morte" 67
“Sou uma estudante de enfermagem, e
estou a MORRER…
Escrevo esta carta com vontade de
partilhar o que sinto a todos
aqueles que se preparam para ser
enfermeiros, para que um dia
estejam mais capacitados para
ajudar os moribundos...
Resta-me
um ano e
meio de
vida, um ano
talvez, mas
ninguém
quer falar
disso
comigo…
Encontro-me
diante de um
muro sólido e
abandonado,
sendo isto
tudo o que
me resta…
As pessoas simplesmente não vêem o doente
moribundo como pessoa, e por isso não
conseguem comunicar comigo…
Sou o símbolo do vosso medo, seja ele qual
for, e que um dia terão que o enfrentar…
Vocês, enfermeiro
s, deslizam para o
meu quarto para
prestar
cuidados, avaliar a
tensão, e na
mesma hora
eclipsam-se logo
que terminam a
tarefa…
Como estudante
de enfermagem e
como ser
humano, tenho
consciência do
vosso medo, e sei
que o vosso medo
é o MEU MEDO…
De que é
que vocês
têm medo?
Sou eu que
estou a
morrer…!
Apercebo-me do vosso mal estar, mas não sei o
que dizer ou o que fazer. Por favor, se têm
interesse por mim NÃO ME PODEM FAZER ISTO!
Admitam apenas que têm interesse
por mim…
Não vos peço mais nada, nem
respostas!
Não se vão
embora. Tenham
paciência, aquilo
que preciso de
saber é se haverá
alguém que me DÊ
a MÃO quando eu
mais precisar.
TENHO MEDO…
Talvez a morte vos afaste, mas
para mim é algo de novo...
MORRER é algo que nunca
aconteceu comigo…
…e de certa forma é uma
ocasião única…
Falam da minha juventude, mas quando se dão
conta que estou prestes a morrer… já não sou
assim tão jovem, pois não?
Há coisas que
eu gostaria de
falar convosco
e que não
exigiam muito
tempo…
tão pouco que
nem iam
reparar que
me fizeram
sorrir...
Será que
confessarmos
juntos os
nossos medos
iria contra a
vossa
preciosa
competência
profissional??
Está tão severamente proibido comunicarmos
como pessoas, de maneira a que, quando chegar a
minha hora de morrer, eu terei comigo AMIGOS?
Sou
estudante de
enfermagem
e estou a
morrer…”
Carta escrita por uma estudante de
enfermagem espanhola dirigida aos seus
colegas….

Obrigada pela vossa atenção!


Ms. Emmanuella Azevedo

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