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UFCD 6582: CUIDADOS DE

SAÚDE A PESSOAS EM FIM


DE VIDA E POST MORTEM
Temas
1 A morte numa instituição de saúde;

2 A morte em casa;

3 A importância da dimensão espiritual no processo de luto


e morte.
A morte numa instituição de saúde
Numa instituição de saúde temos
sempre que lidar com a morte de
utentes e subsequentemente com o
período de luto. O final da vida
nunca deve ser encarado como uma
rotina, porque os cuidados que
prestamos a alguém nos últimos
dias são tão importantes como os
que recebeu ao longo da vida.
O final da vida é um momento em
que é indispensável o respeito pela
privacidade e a dignidade. O utente
deve estar num quarto próprio e
rodeado pelos seus pertences e de
familiares e amigos, a não ser que
haja razões médicas muito fortes
que o impeçam.
A instituição de saúde pode apoiar a família
e/ou amigos do falecido, se este assim o
desejar, nos procedimentos a tomar e
informá-los sobre possíveis fontes de apoio,
serviços fúnebres e outros aspetos que
venham a surgir. Os profissionais de saúde
devem estar preparados e dispostos a falar
sobre a morte e o final da vida como a
família e/ou amigos deste.
Quando ocorre a morte de um utente, a Organização deve ter previsto
mecanismos de atuação imediatos, como:

Comunicação do óbito aos restantes utentes e colaboradores,


conferindo especial atenção àqueles mais próximos do utente: esta
comunicação deve ser efetuada de forma clama e tranquila e num
espaço reservado, de forma a minimizar o impacto desta informação;

Comunicação formal a outras Instituições com as quais o


utente tivesse relacionamento;
Definição do processo de organização e entrega dos bens do utente
aos significativos;

Preparação e trabalho com o grupo de clientes com vista a uma


gestão emocional de forma equilibrada e ajustada;

Identificação do representante da organização que estará


presente na cerimónia fúnebre.
Os cuidados post-mortem são
assegurados pela Organização. Se não
existirem referências de pessoas próximas
e/ou familiares, deve a Organização
assegurar-se do cumprimento das últimas
vontades do cliente, caso tenham sido
expressas e providenciar os procedimentos
inerentes ao ato fúnebre e zelar pela
dignidade do ato.
A morte em casa
A escolha do local para morrer deve ser
respeitado, sempre que seja possível, o
desejo do doente: Mas os doentes no fim
da vida têm o direito de esperar alívio
para o seu sofrimento e qualidade de vida
em qualquer unidade de saúde onde se
encontre.
Em casa, o doente deve ter apoio quer para
os cuidados de higiene e alimentação, quer
para os cuidados paliativos prestados por
uma equipa de saúde multidisciplinar.
Falecer em casa com qualidade só é possível
em certas fases e tipos da doença e,
sobretudo, com uma família bem informada
e solidária que disponha de boas condições
materiais e psicológicas e consiga uma boa
articulação com o médico e a equipa de
cuidados paliativos domiciliários.
Passar os últimos dias em casa permite que
o doente se sinta mais protegido, porque
está num ambiente familiar, permitindo
também que mantenha autonomia e
autocontrolo sobre a sua situação.
No entanto, existem situações que impedem que tal aconteça. Estas podem ser:

Pedido do doente ou
Presença de sintomas de
familiares, depois de
difícil controlo (como dor,
devidamente ponderado
dispneia, agitação);
com a equipa terapêutica;

Inexistência ou inaptidão
Fadiga ou claudicação dos
evidente dos cuidadores
cuidadores;
para prestar cuidados.
A importância da dimensão espiritual
no processo de luto e morte
A espiritualidade é fundamental em qualquer
circunstância da vida humana, mas reconhecem
o seu especial contributo no alívio do sofrimento
e na promoção do conforto da pessoa em final de
vida.
Compete ao profissional de saúde fazer tudo o
que está ao seu alcance para proporcionar ao
doente uma morte digna e serena.

O conforto físico é um precursor fundamental do


cuidado espiritual e, só depois de assegurado,
existirá condições necessárias para ajudar a pessoa a
encontrar os seus próprios mecanismos de
autocontrolo e de adaptação à doença.
Na fase terminal de uma doença, a saúde é
muitas vezes entendida como a possibilidade
de (re)encontrar o significado da vida e de
viver, o tempo que resta, de forma plena e
apropriada.
A finitude da vida representa um momento
doloroso, não só para os doentes como para
as suas famílias. Por outro, este pode ser um
tempo de crescimento, dando à pessoa
oportunidade de descobrir mais sobre si
mesma e de apreciar o que é realmente
importante.
Fim!
Web grafia
https://www.forma-te.com/mediateca/viewdownload/19-saude/36218-
cuidados-de-saude-a-pessoas-em-fim-de-vida-e-post-mortem

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