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ATIVIDADE DISCURSIVA
resolução
A autora, em seu livro “Sobre a morte e o morrer”, separa em estágios, as atitudes mais
comuns que observou em pessoas enlutadas. Ao todo são 5 estágios e estes estão listados a seguir:
2º estágio: Raiva;
3º estágio: Barganha;
4º estágio: Depressão;
5º estágio: Aceitação.
Este estágio é caracterizado pela negação do diagnóstico, pode ser tanto pela parte do
paciente quanto dos familiares e entes queridos, muitos preferem acreditar na hipótese de trocas de
exames, ou mesmo um erro, engano médico sobre a condição da pessoa.
Há certo choque em receber tal notícia e muitos preferem isolar-se, tomando um tempo e o
espaço para processar o que está acontecendo, e este tempo pode horas, dias até mesmo meses até
que a pessoa esteja consciente da sua condição.
Conforme Mello (2019) a primeira fase do luto “se manifesta como uma defesa psíquica,
onde a pessoa se nega a acreditar no que ocorreu e de alguma forma, tenta não entrar em contato
com a realidade e prefere não falar sobre o assunto. É uma fase de dor intensa e dificuldade para
lidar com a perspectiva da ausência.”
ESTÁGIO 2: RAIVA
Esta raiva pode ser direcionada tanto aos médicos e enfermeiras, quanto as pessoas da
família em visitas rotineiras e segundo Mello (2019) “o indivíduo se sente injustiçado e não se
conforma pelo o que está passando. Ocorre a conexão com a realidade e a percepção que não é
possível reverter a situação.”
ESTÁGIO 3: BARGANHA
Ocorrem negociações e tentativas de barganha consigo mesmo nesta fase, caracterizada pelo
ato do paciente ponderar entre possíveis situações para sair “curado” do que quer que o aflige no
momento, como uma forma de aliviar sua tensão.
ESTÁGIO 4: DEPRESSÃO
Nesta fase o paciente se isola em seu próprio mundo, ocorrendo o forte sentimento de
impotência frente a sua condição atual e tende a ser uma das fases mais duradoras do processo.
Existem nesse estágio dois tipos diferentes de depressão, que merecem abordagens
distintas. A primeira envolve as preocupações naturais de quem quer deixar a vida
organizada. A pessoa se preocupa com quem está deixando, com os filhos, se os tiver, com
o tempo que resta e com o que pode fazer com ele. Nesse momento alguns tendem a se
arrepender do que deixaram de fazer e viver .
O importante nessa hora é afastar deles esse pensamento, encorajar o paciente mostrando
que não há do que se lamentar, que todos o amam e que estão bem e assim, incentivá-los a
ter mais ânimo. No segundo tipo de depressão, descreve a dra Kübler-Ross, o paciente, ao
invés de se dar com uma perda passada, leva em conta perdas iminentes. o paciente não
deveria ser encorajado a olhar para o lado risonho das coisas. Ele está prestes a perder tudo
isso. Se apenas deixarmos que ele expresse seu pesar, aceitará mais facilmente a situação.
Então, no cuidado destes pacientes não devemos levá-los a foca apenas no lado feliz da vida,
mas procurar fazê-los entender aquele momento, distraí-los de pensamentos niilistas e ao mesmo
tempo não os fazendo se perder, mostrando caminhos alternativos para se encarar a realidade do que
está acontecendo.
ESTÁGIO 5: ACEITAÇÃO
De acordo com Mello (2019) “Quinta e última fase do luto, o indivíduo não se sente mais
desesperado e já consegue enxergar a realidade como ela é. Ocorre assim, a assimilação e aceitação
por completo da perda ou morte de forma consciente.” Deste modo, o paciente encontra-se mais
tranquilo em relação a sua condição, consegue processar o seu fim se aproximando e está tudo bem
com isso.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É importante ressaltar que estas fases são comuns na vivência do luto, porém não são todas
as pessoas que vivenciam as 5, podendo limitar-se a duas, por exemplo. O papel do psicólogo na
assistência hospitalar é ajudar o paciente a identificar a fase em que se encontra e permiti-lo
vivenciar o luto.
REFERÊNCIAS