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Licenciado para - JERUSA DAMASCENO CLARO - 02789536970 - Protegido por Eduzz.

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A AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

A Resolução CFP nº 009/2018 estabelece diretrizes para a realização de


Avaliação Psicológica no exercício profissional do psicólogo e regulamenta o Sistema
de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI), desenvolvido pelo Conselho Federal de
Psicologia (CFP) com o objetivo de avaliar a qualidade técnico-científica de
instrumentos psicológicos para uso profissional.
No site do SATEPSI são apresentados os instrumentos que podem e aqueles que
não podem ser usados pelas(os) psicólogas(os) na prática profissional, com parecer
favorável e desfavorável, além de uma série de outros informativos relacionados ao
assunto.
Em seu art. 1º a referida Resolução define a Avaliação Psicológica como um
processo estruturado de investigação de fenômenos psicológicos, composto de métodos,
técnicas e instrumentos, com o objetivo de prover informações
à tomada de decisão, no âmbito individual, grupal ou
institucional, com base em demandas, condições e finalidades
específicas.
De acordo com o parágrafo 1 do artigo citado acima
“Os testes psicológicos abarcam também os seguintes
instrumentos: escalas, inventários, questionários e métodos
projetivos/expressivos...”
Parágrafo 1, art. 2º - Será falta ética, conforme disposto na alínea c do Art. 1º e
na alínea f do Art. 2º do Código de Ética Profissional da psicóloga e do psicólogo, a
utilização de testes psicológicos com parecer desfavorável ou que constem na lista de
Testes Psicológicos Não Avaliados no site do SATEPSI, salvo para os casos de pesquisa
na forma de legislação vigente e de ensino com objetivo formativo e histórico na
Psicologia.
A avaliação psicológica é uma atividade exclusiva da(o) psicóloga(o) utilizada
nos mais diferentes contextos, sendo entendida como o processo científico de coleta de
dados, estudos e interpretação de informações a respeito das dimensões psicológicas dos
indivíduos e grupos através de estratégias psicológicas – métodos, técnicas e
instrumentos – com objetivos bem definidos, que possa atender diversas finalidades,
verificar a realidade psicológica de determinado indivíduo naquele momento, como na
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seleção de pessoal nas empresas, para a clareza de diagnósticos, identificar se o


indivíduo está apto a conduzir veículos ou portar armas de fogo, na orientação
vocacional, decisões jurídicas, entre tantas outras demandas, como a que trataremos
neste Guia, a Avaliação Psicológica para Cirurgia Bariátrica.
Considerando a alínea b, do art. 1º do Código de Ética Profissional da psicóloga
e do psicólogo que preconiza que os mesmos assumam responsabilidades profissionais
somente por atividades para as quais estejam capacitados, pessoal, teórica e
tecnicamente, desta forma, fica evidente a importância de se realizar uma adequada
avaliação psicológica, sempre pautada na ética profissional, e consequentemente
transmitir e devolver os resultados com uma adequada elaboração de documentos
psicológicos em conformidade com a(s) resolução(ões) vigente(s) do CFP.

✔ Identificar os objetivos da avaliação do modo mais claro possível;


✔ Proceder a seleção apropriada de instrumentos;
✔ Aplicar de forma cuidadosa os instrumentos selecionados;
✔ Fazer a correção dos instrumentos de forma cuidadosa;
✔ Fazer a cuidadosa interpretação dos resultados;
✔ Desenvolver o uso criterioso dos dados coletados;
✔ Produzir o relatório verbal e/ou escrito.
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LEI Nº 14.443, DE 2 DE SETEMBRO DE 2022

Altera a Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996, para determinar prazo para oferecimento de
métodos e técnicas contraceptivas e disciplinar condições para esterilização no âmbito do
planejamento familiar.

PLANEJAMENTO FAMILIAR / REPRODUTIVO

A atenção em saúde reprodutiva é uma ação básica de saúde. Considerando que


o planejamento pode ser realizado pelo homem e pela mulher, isoladamente, mesmo
quando estes não querem instituir uma família, vem sendo amplamente discutida a
utilização do termo planejamento reprodutivo em substituição a planejamento familiar,
havendo a defesa de que se trata de uma concepção mais abrangente. Por exemplo, o
adolescente, o jovem ou o adulto, homem ou mulher, independentemente de ter ou não
uma união estável ou de constituir uma família, pode fazer, individualmente ou com
o(a) parceiro(a), uma escolha quanto a ter ou não ter filhos.
Constitui-se, portanto, em um direito sexual e reprodutivo e, dessa forma, a
atenção em planejamento familiar deve levar em consideração o contexto de vida de
cada pessoa e o direito de todos poderem tomar
decisões sobre a reprodução sem discriminação,
coerção ou violência.
As pessoas têm o direito de planejar a vida
de acordo com as suas necessidades. O
planejamento reprodutivo é um importante
recurso para a saúde de homens, mulheres e crianças. Contribui para uma prática sexual
mais saudável, possibilita o espaçamento dos nascimentos e a recuperação do
organismo da mulher após o parto, melhorando as condições que ela tem para cuidar
dos filhos e para realizar outras atividades.
É freqüente a utilização do termo controle de natalidade como sinônimo de
planejamento reprodutivo, todavia se tratam de conceitos diferentes. O controle de
natalidade implica imposições do governo sobre a vida reprodutiva de homens e
mulheres. O planejamento reprodutivo baseia-se no respeito aos direitos sexuais e aos
direitos reprodutivos.
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No Brasil, as políticas públicas têm como um dos primeiros marcos nessa área a
elaboração do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), em 1984,
que incluiu o planejamento familiar/reprodutivo no elenco mínimo de ações voltadas
para a atenção integral à saúde da mulher. Até então, não havia, no Brasil, política
instituída no campo do planejamento familiar.
O planejamento familiar/reprodutivo é definido no art. 2º da Lei nº 9.263, de 12
de janeiro de 1996, da seguinte forma:
Para fins desta Lei, entende-se planejamento familiar como o conjunto de ações
de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou
aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal.
Parágrafo único – É proibida a utilização das ações a que se refere o caput para
qualquer tipo de controle demográfico.

ESTERILIZAÇÃO CIRÚRGICA
No Brasil, a esterilização cirúrgica está regulamentada por meio da Lei nº 9.263,
de 12 de janeiro de 1996, (a LEI Nº 14.443, DE 2 DE SETEMBRO DE 2022, Altera a
Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996, para determinar prazo para oferecimento de
métodos e técnicas contraceptivas e disciplinar condições para esterilização no âmbito
do planejamento familiar), regula o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata
do planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências. O art. 10
estabelece os critérios e as condições para a sua execução.
Art. 10. Somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes situações:
I - em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 21
(vinte e um) anos de idade ou, pelo menos, com 2 (dois) filhos vivos, desde que
observado o prazo mínimo de 60 (sessenta) dias entre a manifestação da vontade e o
ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de
regulação da fecundidade, inclusive aconselhamento por equipe multidisciplinar, com
vistas a desencorajar a esterilização precoce;
II - risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado
em relatório escrito e assinado por dois médicos.
§ 1º É condição para que se realize a esterilização o registro de expressa
manifestação da vontade em documento escrito e firmado, após a informação a respeito
dos riscos da cirurgia, possíveis efeitos colaterais, dificuldades de sua reversão e
opções de contracepção reversíveis existentes.
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§ 2º A esterilização cirúrgica em mulher durante o período de


parto será garantida à solicitante se observados o prazo mínimo de 60
(sessenta) dias entre a manifestação da vontade e o parto e as devidas
condições médicas.
§ 3º Não será considerada a manifestação de vontade, na forma
do § 1º, expressa durante ocorrência de alterações na capacidade de
discernimento por influência de álcool, drogas, estados emocionais
alterados ou incapacidade mental temporária ou permanente.
§ 4º A esterilização cirúrgica como método contraceptivo somente será
executada através da laqueadura tubária, vasectomia ou de outro método
cientificamente aceito, sendo vedada através da histerectomi1a e ooforectomia2.
§ 5º Na vigência de sociedade conjugal, a esterilização depende do
consentimento expresso de ambos os cônjuges.(Fica revogado o § 5º do art. 10 da Lei
nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996.)
§ 6º A esterilização cirúrgica em pessoas absolutamente incapazes somente
poderá ocorrer mediante autorização judicial, regulamentada na forma da Lei.
Art. 11. Toda esterilização cirúrgica será objeto de notificação compulsória à
direção do Sistema Único de Saúde.
Art. 12. É vedada a indução ou instigamento individual ou coletivo à prática da
esterilização cirúrgica.
Art. 13. É vedada a exigência de atestado de esterilização ou de teste de
gravidez para quaisquer fins.
Art. 14. Cabe à instância gestora do Sistema Único de Saúde, guardado o seu
nível de competência e atribuições, cadastrar, fiscalizar e controlar as instituições e
serviços que realizam ações e pesquisas na área do planejamento familiar.
Parágrafo único. Só podem ser autorizadas a realizar esterilização cirúrgica as
instituições que ofereçam todas as opções de meios e métodos de contracepção
reversíveis.
Art. 15. Realizar esterilização cirúrgica em desacordo com o estabelecido no
art. 10 desta Lei.
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, se a prática não constitui crime
mais grave.
1
A histerectomia é uma operação cirúrgica ginecológica que efetua a remoção do útero.
2
Ooforectomia ou ovariectomia é a remoção cirúrgica de um ou ambos os ovários.
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Parágrafo único. A pena é aumentada de um terço se a esterilização for


praticada:
I - durante os períodos de parto ou aborto, salvo o disposto no inciso II do art.
10 desta Lei.
II - com manifestação da vontade do esterilizado expressa durante a
ocorrência de alterações na capacidade de discernimento por influência de álcool,
drogas, estados emocionais alterados ou incapacidade mental temporária ou

permanente;

III - através de histerectomia e ooforectomia;


IV - em pessoa absolutamente incapaz, sem autorização judicial;
V - através de cesária indicada para fim exclusivo de esterilização.
Art. 16. Deixar o médico de notificar à autoridade sanitária as esterilizações
cirúrgicas que realizar.
Pena, detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
Art. 17. Induzir ou instigar dolosamente a prática de esterilização cirúrgica.
Pena, reclusão, de um a dois anos.
Parágrafo único. Se o crime for cometido contra a coletividade, caracteriza-se
como genocídio, aplicando-se o disposto na Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956.
Art. 18. Exigir atestado de esterilização para qualquer fim.
Pena, reclusão, de um a dois anos, e multa.
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MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS

A Lei nº. 9.263 impõe que os serviços de planejamento familiar deverão


oferecer todas as opções de meios e métodos anticoncepcionais reversíveis e seguros,
além de serviço multidisciplinar de aconselhamento sobre anticoncepção, esclarecendo
e informando sobre os riscos da cirurgia, possíveis efeitos colaterais e dificuldades de
reversão, visando a desencorajar a esterilização precoce. Ressalta-se que os
procedimentos da esterilização cirúrgica realizados pelo SUS possuem os seguintes
critérios legais para a realização: ter capacidade civil plena; ter no mínimo dois filhos
vivos ou ter mais de 21 anos de idade; manifestar por escrito a vontade de realizar a
esterilização, no mínimo 60 dias antes da realização da cirurgia; ter tido acesso a
serviço multidisciplinar de aconselhamento sobre anticoncepção e prevenção de
DST/AIDS, assim como a todos os métodos anticoncepcionais reversíveis; ter
consentimento do cônjuge, no caso da vigência de união conjugal.

É importante que o(a) psicólogo(a) verifique se o(a) avaliado(a) têm ou


recebeu informações de outras opções de métodos anticoncepcionais reversíveis. Pois,
na prática, as pessoas enfrentam desinformação e falta de treinamento dos
profissionais de saúde na busca por contraceptivos.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece, em tese, oito tipos de


contraceptivos, entre os quais o Dispositivo Intrauterino de cobre (DIU de cobre), a
camisinha masculina e feminina, e o anticoncepcional injetável ou em pílula.
Na atenção em anticoncepção, é muito importante oferecer diferentes opções de
métodos anticoncepcionais para todas as etapas da vida reprodutiva, de modo que as
pessoas tenham a possibilidade de escolher o método mais apropriado às suas
necessidades e circunstâncias de vida.
Em meio a uma realidade global de índices elevados de doenças transmissíveis
por via sexual, torna-se imprescindível a abordagem da prevenção das DST/HIV/Aids,
dando-se ênfase à dupla proteção, que é dada pelo uso
combinado do preservativo masculino ou feminino com algum
outro método anticoncepcional, tendo como finalidade
promover, ao mesmo tempo, a prevenção da gravidez e a
prevenção da infecção pelo HIV/Aids e por outras DST.
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Vejamos alguns exemplos de métodos temporais (reversíveis):


✔ Hormonais:
▪ Orais
▪ Injetáveis
▪ Implantes subcutâneos
▪ Percutâneos (adesivos)
▪ Anel vaginal
▪ Sistema liberador de levonorgestrel (SIU ou DIU hormonal)

✔ Barreira
• Feminino
▪ Diafragma
▪ Espermaticida
▪ Esponjas
▪ Capuz cervical
▪ Preservativo feminino
• Masculino
▪ Preservativo masculino

✔ Intrauterinos
• Medicados
▪ DIU de cobre
▪ DIU com levonorgestrel

● Não medicados
▪ Comportamentais ou naturais
▪ Tabela ou calendário (Ogino-Knaus)
▪ Curva térmica basal ou de temperatura
▪ Sintotérmico
▪ Billings (mucocervical)
▪ Coito interrompido
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MÉTODOS CIRÚRGICOS

Os métodos cirúrgicos são métodos contraceptivos definitivos – esterilização –


que podem ser realizados na mulher, por meio da ligadura das trompas (laqueadura ou
ligadura tubária), e no homem, por meio da ligadura dos canais deferentes (vasectomia).
Por serem métodos contraceptivos de caráter definitivo, deve-se levar em consideração
possibilidade de arrependimento da mulher ou do homem e o pouco
acesso das pessoas às técnicas de reversão da cirurgia.
Assim sendo, antes da escolha de um método contraceptivo permanente,
laqueadura tubária ou vasectomia, vários fatores, e não apenas sua eficácia e segurança,
devem ser analisados. Acolhimento do casal, informação, aconselhamento e
consentimento esclarecido são impositivos éticos e legais antes de uma esterilização
cirúrgica.
No aconselhamento, deve ser desencorajada a esterilização precoce, ressaltando-
se a existência de métodos reversíveis com eficácia similar aos métodos cirúrgicos
(conforme exposto no capítulo anterior).
IMPORTANTE: a laqueadura tubária e a vasectomia não protegem contra as
DST/HIV/Aids; considerar o oferecimento do preservativo masculino ou feminino para
uso associado ao método, com vistas à dupla proteção.

LAQUEADURA TUBÁRIA
A laqueadura tubária, também conhecida como ligadura tubária, ligadura de
trompas e anticoncepção cirúrgica voluntária, é um método de esterilização feminina
que consiste em algum procedimento cirúrgico de oclusão da trompa de Falópio, com a
finalidade de interromper a sua permeabilidade e, conseqüentemente, a função do órgão,
com fim exclusivamente contraceptivo.
A legislação federal não permite a esterilização cirúrgica feminina durante os
períodos de parto ou aborto ou até o 42º dia do pós-parto ou aborto, exceto nos casos de
comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas
anteriores. Essa restrição visa à redução da incidência
de cesárea para procedimento de laqueadura, levando-se
em consideração que o parto cesariano, sem indicação
clínica, constitui-se em risco inaceitável à saúde da
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mulher e do recém-nascido. Além disso, esses momentos são marcados por fragilidade
emocional, em que a angústia de uma eventual gravidez não programada pode influir na
decisão da mulher. Ademais, há sempre o risco de que uma patologia fetal, não
detectada no momento do parto, possa trazer arrependimento posterior à decisão
tomada.
No Brasil, observa-se, certo abuso da utilização da laqueadura tubária como
método contraceptivo, que se soma ao cenário preocupante de que é frequentemente
praticada durante a cesariana no setor privado.

Mecanismo de ação
A obstrução mecânica das trompas impede que os espermatozóides migrem ao
encontro do óvulo, impedindo a fertilização.

Eficácia
Muito eficaz e permanente. No primeiro ano após o procedimento, a taxa de
gravidez é de 0,5 para 100 mulheres. Dez anos após o procedimento, a taxa é de 1,8
para 100 mulheres.
A eficácia depende, em parte, de como as trompas foram bloqueadas, mas a taxa
de gravidez é sempre baixa.

Técnicas de laqueadura tubária


No Brasil, assim como na maioria dos países em desenvolvimento, onde os
recursos são limitados, a laqueadura tubária geralmente é realizada por meio da
minilaparotomia, isto é, por meio de pequena incisão cirúrgica abdominal transversa (3-
5 cm), que é feita acima da linha dos pelos pubianos. Cada trompa é ligada e
seccionada, ou bloqueada com um grampo ou anel.
Pode ser realizada também a colpotomia, que pode ser anterior (entrada pelo
espaço vésico-uterino) ou posterior (entrada pelo espaço de Douglas), geralmente
utilizada quando a mulher se submete a um procedimento cirúrgico por via vaginal.
Nos países desenvolvidos, a técnica mais utilizada é a laparoscopia
transumbilical, que pode ser realizada em nível ambulatorial, com anestesia local e
sedação leve. Uma pequena incisão (2 cm) é feita logo abaixo da cicatriz umbilical, por
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meio da qual se insere o laparoscópio. Cada trompa é bloqueada com um grampo, um


anel ou por eletrocoagulação.
Quanto aos tipos de oclusão tubária:
• Salpingectomia parcial: é o tipo mais comum de esterilização feminina e
inclui diferentes técnicas; a mais amplamente utilizada é a de Pomeroy.
• Anéis: o mais utilizado é o anel de silicone, também chamado anel de Yonn.
• Grampos: essa técnica causa menor lesão nas trompas. Os tipos mais
utilizados são os grampos ou clipes de Filshie e de Hulka-Clemens.
• Eletrocoagulação: na eletrocoagulação, a corrente elétrica é usada para
queimar ou coagular pequena parte da trompa de Falópio. A eletrocoagulação bipolar é
a mais utilizada. A coagulação monopolar vem caindo em desuso, devendo ser abolida,
pelas complicações e relatos de mortes decorrentes das queimaduras de alças intestinais
e ureterais, bem como queimaduras a distância provocadas pela fulguração.

Complicações (raras)
• Infecção e sangramento no local da incisão.
• Infecção ou sangramento intra-abdominal.
• Lesão de órgãos pélvicos ou abdominais.
• Reação alérgica ao anestésico.
• Embolia pulmonar.

Reversão da laqueadura tubária


A recanalização tubária é possível por microcirurgia. Entretanto, o procedimento
para reverter a ligadura é difícil, caro e não está acessível para a maioria das mulheres.
De qualquer forma, a cirurgia para reverter a esterilização é possível apenas em algumas
mulheres, quando ainda resta um segmento de trompa. Mesmo entre estas mulheres, a
cirurgia para reverter a ligadura nem sempre é bem sucedida. Por sua vez, o risco de
gravidez ectópica após a reversão é alto. Por essas razões, a esterilização sempre deve
ser considerada como definitiva, o que enfatiza a importância de aconselhamento muito
cuidadoso e completo das pessoas e/ou casais que solicitam esse método como pré-
requisito ético e legal.
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Arrependimento
Cada vez mais aumenta a demanda para reversão de esterilização tubária,
decorrente do arrependimento da mulher. Diversos estudos indicaram proporção de
arrependimento entre 10 e 20% das mulheres laqueadas.
As taxas de arrependimento são maiores nas seguintes situações:
• Entre mulheres cujas trompas foram ligadas antes dos 30 anos de idade.
• O fato de a pessoa ter poucos ou nenhum filho ou ter todos os filhos do
mesmo sexo ou sem filhos do sexo masculino (para algumas culturas).
• Entre mulheres solteiras ou em união conjugal recente ou instável.
• A separação e um novo casamento.
• A pressão e influência no processo de decisão.
• Informação deficiente sobre os riscos e efeitos colaterais do
procedimento, as possibilidades e o acesso à técnica de reversão.
• Insuficiente informação sobre os outros métodos anticoncepcionais.
• Quando o parceiro não apóia a decisão.
• Com história de morte de um filho após o procedimento.
• Quando o procedimento é realizado durante ou logo após o parto.

Aconselhamento
São recomendadas as seguintes informações e orientações que devem ser
oferecidas ao casal no processo de discussão e decisão pré-esterilização:
• Enfatizar que a laqueadura tubária é um método permanente e definitivo
de esterilização.
• Desencorajar a esterilização precoce.
• Esclarecer que a cirurgia de reversão tubária é procedimento caro, não
acessível a todos e que nem sempre alcança sucesso.
• Envolver o casal no processo de decisão, oferecendo a vasectomia ao
homem, que é procedimento seguro, de menor custo, de mais simples execução e
altamente eficaz.
• Oferecer amplas informações sobre todos os métodos anticoncepcionais
reversíveis e, segundo a legislação brasileira, também oferecer acesso a eles.
• Dar informações sobre as taxas de falha de cada método e da
possibilidade de a gravidez ocorrer longo tempo após a esterilização.
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• Informar sobre o risco de gravidez ectópica e orientar a mulher a procurar


imediatamente o serviço de saúde, havendo qualquer sinal suspeito de gravidez.
• Informar que a laqueadura tubária não protege de DST/HIV/Aids. Deve
ser abordada a necessidade de dupla proteção, ou seja, o uso combinado da laqueadura
tubária com a camisinha masculina ou feminina.
• Mostrar ao casal as taxas de arrependimento após a esterilização.
• Explanar ao casal sobre o procedimento cirúrgico e seus riscos, instruções
pré e pós-operatórias, tipo de anestesia, tempo de recuperação e possibilidade de
mudanças no padrão menstrual.

VASECTOMIA
É um procedimento cirúrgico simples, de pequeno porte, seguro e rápido.
Consiste na ligadura dos ductos deferentes. Tem por objetivo interromper o fluxo de
espermatozóides em direção à próstata e vesículas seminais para constituição do líquido
seminal. Pode ser realizado em ambulatório, com
anestesia local, desde que se observem os
procedimentos adequados para a prevenção de
infecções. É também conhecida como esterilização
masculina e anticoncepção cirúrgica masculina.
A vasectomia não altera a vida sexual do
homem. O desejo e a potência sexual continuam iguais ao que eram antes da cirurgia. A
única diferença é que o esperma ejaculado não contém mais espermatozóides, mas não
ocorrem alterações na quantidade e no aspecto do esperma.
Comparada à esterilização feminina, a vasectomia:
• É provavelmente um pouco mais eficaz.
• É um pouco mais segura.
• É mais fácil de ser realizada.
• É de menor custo.
• Sua eficácia pode ser verificada a qualquer momento por meio de
espermograma3.

3
Espermograma é um exame feito por homens que avalia sua fertilidade.
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Eficácia
Muito eficaz e permanente, com taxa de gravidez de 0,15 para cada 100 homens
após o primeiro ano do procedimento.
Mais eficaz ainda quando usada corretamente. “Usada corretamente” quer dizer
usar preservativo ou outro método de planejamento familiar eficaz pelo menos nas
primeiras 20 ejaculações ou por três meses após o procedimento.
Recomenda-se fazer espermograma para ter certeza de que a vasectomia foi
eficaz antes de liberar as relações sexuais sem proteção anticoncepcional adicional. Ele
pode ser feito em qualquer momento após três meses do procedimento ou após 20
ejaculações. É necessário ter um resultado de espermograma que demonstre a
azoospermia4 para atestar que a vasectomia funcionou. Nem o número de ejaculações
nem o tempo após a cirurgia são indicadores confiáveis.

Aspectos socioculturais
Culturalmente a contracepção masculina é encarada de maneira preconceituosa,
principalmente pelos homens. Em determinados países, a capacidade de gerar filhos está
diretamente relacionada ao valor do homem na sociedade. Nesse contexto, a vasectomia
teria conotação de perda do status social e respeito do homem.
Estudos mostram que a baixa aceitação cultural da população brasileira,
associada ao receio de complicações no desempenho sexual, com diminuição da
masculinidade, contribui para a baixa prevalência desse método anticoncepcional (5%).

Técnica cirúrgica
A vasectomia pode ser realizada em ambiente ambulatorial, com anestesia local,
sem necessidade de internação.
Existem diversas técnicas descritas para a realização da vasectomia. A técnica
convencional consiste na incisão da pele da bolsa escrotal com aproximadamente um
centímetro de extensão, exatamente sobre o ducto deferente individualizado. Deve ser
ressecado um pequeno segmento do ducto deferente, seguido da ligadura das duas
extremidades.
Na técnica sem bisturi, após o bloqueio anestésico, o ducto deferente é fixado à
pele por meio de uma pinça autostática especial, com a ponta em anel. A pele é

4
Azoospermia significa ausência de espermatozóides no sêmen.
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perfurada com uma pinça do tipo mosquito, curva, com a ponta afiada, que isola o ducto
deferente, permitindo a secção e ligadura dele, como na técnica convencional. Trata-se
de procedimento ambulatorial pouco invasivo, com curativo sem sutura, de imediata
recuperação e liberação do paciente.
A técnica básica usada para a oclusão do ducto deferente consiste em cortá-lo e
fechar as extremidades por meio de ligadura, eletrocoagulação ou colocação de
grampos. Essa última não é de utilização comum.
A reversão cirúrgica é complexa, cara e não está amplamente disponível. Além
disso, pequena porcentagem de homens interessados em reversão é elegível para o
procedimento. Mesmo quando a reversão é possível, o sucesso do procedimento é
bastante limitado.

Complicações
• Entre as complicações agudas, destacam-se: a formação de hematomas e a
infecção local.
• Entre as complicações crônicas, destacam-se: a síndrome dolorosa pós-
vasectomia, que inclui a congestão epididimária; a epididimite; o granuloma
espermático; e a persistência de espermatozóides no ejaculado, essa última decorrente
de erro técnico ou recanalização.

Orientações importantes
• Após a vasectomia, usar preservativo masculino ou outro método
anticoncepcional eficaz durante as próximas 20 ejaculações ou por três meses após o
procedimento. Estudos mais recentes reforçam a orientação de que a liberação de
relações sexuais sem proteção anticoncepcional adicional só deverá ocorrer após a
realização de um espermograma cujo resultado indique azoospermia.
• Realizar o espermograma três meses após a vasectomia ou após 20 ejaculações.
• Liberar a atividade sexual sem outra proteção anticoncepcional somente
quando o espermograma não indicar presença de espermatozóides.
• Enfatizar que a vasectomia não protege contra DST/HIV/Aids. Estimular
o uso da dupla proteção, orientando o uso combinado da vasectomia com a camisinha
masculina ou feminina.
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Observações importantes
● Convênios e SUS não fazem a reversão de vasectomia ou laqueadura.
● Como todas as cirurgias, ambas trazem riscos.
● A vasectomia não exige internação e é um método ambulatorial, feito com
anestesia local. Já a laqueadura pode necessitar internação e anestesia com efeito mais
amplo.
● Tanto a vasectomia quanto a laqueadura não diminuem o prazer sexual
nem previnem contra doenças sexualmente transmissíveis (DST). Por isso, é
fundamental continuar usando camisinha.
● A vasectomia mantém a ejaculação igual, pois a parte líquida do esperma
é produzida na próstata e na vesícula seminal.
● Após a ligadura de trompas, a mulher continua menstruando.
● Um homem que foi submetido à vasectomia pode ter filhos? Sim, mas é
necessário a ajuda médica: Fertilização In Vitro ou reversão de vasectomia.
● Até quanto tempo após a laqueadura pode ser feita a reversão? Não existe
prazo. O único limitante é a idade da mulher.

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

Cada vez mais a Psicologia tem sido solicitada a atender


as mais diferentes demandas e infelizmente, de forma geral, os
profissionais atendem essas demandas individualmente, solitariamente, com pouca ou
nenhuma intenção (ou condição) de pesquisar ou produzir um conhecimento científico a
respeito daquela área de atuação. Assim, ainda não temos protocolos constituídos de
avaliação psicológica nas diferentes áreas da avaliação psicológica, cada psicólogo atua
da forma como acha mais adequada, muitas vezes intuitivamente e, infelizmente,
inconscientemente, não levando em consideração as diferentes responsabilidades
técnicas, éticas e legais de seu trabalho.
Assim, é uma área ainda muito incipiente, na qual há, em geral, pouquíssimas
referências a respeito na formação da graduação, assim como pesquisas ou referências
bibliográficas.
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Também pode-se perceber nessa área a banalização deste processo de avaliação,


com profissionais inconscientes, que consideram esse tipo de avaliação simples e de
menor responsabilidade. Infelizmente, não é rara a informação de que alguns psicólogos
somente fazem entrevistas ou atendem em somente um horário.
Apesar das informações disponíveis quanto à condução da avaliação psicológica,
incluindo os aspectos importantes a serem avaliados e os recursos mais utilizados, não
há delimitações de tempo em relação à duração do processo de avaliação pré-operatória.
Essa falta de clareza quanto à duração da avaliação psicológica gera incerteza em
relação ao número de sessões destinado a tal finalidade. Contudo, por conta da
necessidade da aplicação de testes psicológicos e da realização de entrevista clínica,
infere-se que o processo exija mais do que uma sessão.

Recomenda-se no mínimo 3 encontros (sessões), porém depende da escolha de


métodos e técnicas adequados à coleta de dados, análise do material, devolutiva e
elaboração do relatório. O número de encontros deve contemplar as condições
emocionais do paciente e do serviço.
Novamente pode-se dizer que a metodologia para a avaliação do candidato à
cirurgia de vasectomia ou laqueadura não pode ser baseada em fórmulas prontas, com a
indicação desta(s) ou daquela(s) técnica(s). O psicólogo deverá, sim, estabelecer um
processo de avaliação utilizando os instrumentos que melhor forem atingir os objetivos
traçados e responder à pergunta inicial formulada, que de forma geral, deve ser: O(a)
cliente tem maturidade emocional para se submeter à cirurgia esterilizadora?
Fatores importantes na Avaliação Psicológica:

Observação
A observação é um método mais aberto de avaliação psicológica e sem dúvida o
primeiro instrumento que o profissional de Psicologia aprende a utilizar. Assim, o seu
treino é fundamental para que haja clareza e exatidão nas informações coletadas.
Observar significa tornar mensurável o comportamento que se expõe por parte
do sujeito que o manifesta. O comportamento observado também produz reações
(sentimentos, respostas) no observador, que o auxiliam a formular hipóteses sobre o
mesmo.
Observar: aparência geral; higiene, cuidados corporais e vestimenta; aspectos
físicos e de saúde; modo de comportar-se; movimento corporal, entre outros.
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Exame do estado mental

⮚ Atenção: Capacidade de concentração do psiquismo frente a determinado


estímulo;
⮚ Senso percepção: Capacidade de receber um estímulo e transformá-lo em
uma imagem;
⮚ Consciência: Estado de clareza psíquica;
⮚ Orientação: Capacidade de situar-se em relação a si mesmo e ao
ambiente;
⮚ Memória: Capacidade de fixar, conservar, evocar e reconhecer um
estímulo;
⮚ Pensamento: Capacidade de elaborar, associar e criticar idéias. Traduz a
aptidão de elaborar conceitos, articulá-los em juízos e construir
raciocínios de modo a solucionar problemas;
⮚ Linguagem: Conjunto de sinais convencionados utilizados para se
expressar;
⮚ Afetividade: Capacidade de experimentar sentimentos e emoções;
⮚ Conduta: Tendência psicomotora da atividade psíquica.

Entrevista
A entrevista psicológica é uma conversação dirigida a um propósito definido de
avaliação. Sua função básica é prover ao avaliador subsídios técnicos acerca da conduta
do candidato, completando os dados obtidos pelos demais instrumentos utilizados.
Apesar de suas vantagens, a entrevista está sujeita a interpretações subjetivas do
examinador (valores, estereótipos, preconceitos, etc.). Deve-se, portanto, planejar e
sistematizar indicadores objetivos de avaliação correspondentes ao perfil examinado.

Roteiro de entrevista
De forma geral, os dados a serem obtidos deverão ser observados de acordo com
o contexto onde o atendimento estará sendo realizado. Assim, em determinados
contextos, certas informações são imprescindíveis, enquanto que em outros, algumas
informações se tornam irrelevantes.
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A entrevista deve ser entendida como uma forma dinâmica, o que possibilitará o
conhecimento necessário aos objetivos da avaliação proposta. Consideramos como
importantes, nos mais diversos contextos, a investigação das seguintes informações:
● Dados de identificação
● Dados socioculturais
● Histórico familiar
● Histórico escolar
● História de dados profissionais
● História e indicadores de saúde/doença
● Aspecto da conduta social
● Visão e valores associados à temática investigada
● Características pessoais
● Expectativas de futuro

Ao mesmo tempo em que os dados objetivos são coletados, deve-se observar o


processo de comunicação que se estabelece entre o cliente e o profissional que o atende.
Quando se processa uma entrevista, o psicólogo tem que ter em mente que há outras
formas de comunicação, além da verbal, que seria a mais tradicional e óbvia. A
comunicação não-verbal muitas vezes é mais intensa e rica, complementando ou não a
exposição oral.
A forma de organização espacial, a localização, os gestos, o olhar e a voz irão
fornecer ao psicólogo, treinado adequadamente, dados muito confiáveis a respeito dos
sentimentos do cliente, assim como sobre as condições da comunicação que está
acontecendo (vontade de favorecer a comunicação, bloqueios, inseguranças, etc.).
A entrevista clínica é uma importante ferramenta para ser utilizada na avaliação.
Mulheres e homens (1) com idade superior a 25 anos OU (2) com dois filhos vivos são
elegíveis para procedimentos de esterilização permanente. Para as mulheres, aplicam-se
ainda situações de risco à vida ou à saúde.
Além da atenção a estes critérios, alguns aspectos devem ser abordados com o
paciente e/ou casal durante a avaliação clínica:
● Desejo de não ter (mais) filhos e possibilidades de arrependimento;
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● Compreensão sobre a irreversibilidade dos métodos cirúrgicos e do fato de


que estes métodos não protegerem contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs),
incluindo HIV;
● Reflexão sobre a possibilidade de escolher outros métodos: por que a
escolha pela ligadura e não vasectomia ou vice-versa? Foram considerados métodos
reversíveis, como o DIU?;
● Quando o paciente tem parceiro(a), é importante que este compareça a
pelo menos um atendimento, explicitando sua posição. Contudo, deve-se esclarecer que
a decisão final é da pessoa que deseja o procedimento, independente da contrariedade
do parceiro.
● Identificação de motivações, pressões e funcionamento familiar e
conjugal.

Nos casos de ligadura tubária, as pesquisas na área apontam para taxas de


arrependimento maiores nas seguintes situações:
● Entre mulheres que fizeram o procedimento antes dos 30 anos – idade
mais jovem é o fator preditor mais consistente de arrependimento;
● Mulheres solteiras ou em união conjugal recente ou instável;
● A separação e um novo casamento;
● A pressão sofrida no processo de decisão;
● O parceiro não apoiar a decisão;
● História de morte de um filho após o procedimento;
● Quando o procedimento é realizado no pós-parto.

O(a) profissional deve abordar diretamente as possibilidades de arrependimento,


proporcionando um espaço de reflexão, além de conversar com outros membros da
família, especialmente o(a) companheiro(a), se houver.
Pacientes devidamente orientados e que mantenham desejo pela esterilização
permanente devem expressar seu consentimento por meio da assinatura de Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido. É importante lembrar que, de acordo com a Lei Nº
9.263 de 12 de janeiro de 1996, a esterilização cirúrgica em pessoas absolutamente
incapazes somente poderá ocorrer mediante autorização judicial.
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A atuação dos profissionais, no que se refere ao planejamento reprodutivo,


envolve, principalmente, três tipos de atividades:
• Aconselhamento.
• Atividades educativas.
• Atividades clínicas.

O aconselhamento é um diálogo baseado em uma relação de confiança entre o


profissional e o indivíduo ou casal que visa a proporcionar à pessoa condições para que
avalie suas próprias vulnerabilidades, tome decisões sobre ter ou não filhos e sobre os
recursos a serem utilizados para concretizar suas escolhas, considerando o que seja mais
adequado à sua realidade e à prática do sexo seguro.
Tal aconselhamento não se refere a aconselhar os usuários a realizar a cirurgia de
esterilização, mas a alertar os pacientes quanto aos efeitos permanentes da mesma.
Durante o aconselhamento acontece um espaço de comunicação, onde tanto os clientes
quanto os psicólogos escutam e falam. Na fala do psicólogo busca-se expor todas as
questões que envolvem a laqueadura ou vasectomia, para que os clientes possam
refletir, tomando uma decisão consciente e amadurecida, buscando que o processo seja
o mais saudável possível.

As mulheres com mais de 21 anos, se solteiras e sem filhos, geralmente são


convidadas pelo psicólogo a uma reflexão maior, pois além de existirem outros métodos
contraceptivos reversíveis, elas pertencem ao grupo com maior risco de arrependimento.
A lei diz claramente ainda que o período de tempo entre a manifestação da vontade de o
homem ou a mulher fazerem esterilização em um serviço de saúde e a
realização da cirurgia tem de ser pelo menos de 60 dias.

A prática do aconselhamento pressupõe:


• Acolhimento da demanda da pessoa ou casal, entendida como suas
necessidades, curiosidades, dúvidas, preocupações, medos e angústias, relacionadas às
questões de sexualidade, planejamento reprodutivo e prevençãodas DST/HIV/Aids.
• Identificação do contexto de vida da pessoa ou do casal e suas ideias,
desejos ou não desejos em relação a ter ou não ter filhos.
• Abordagem proativa com questionamentos sobre a atividade sexual.
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• Avaliação de vulnerabilidades individual ou do casal, para a infecção pelo


HIV e outras DST.
• Compreensão de que o sucesso a ser alcançado depende da ação conjunta
e solidária dos profissionais de saúde com a pessoa ou o casal.

As atividades educativas são fundamentais para a qualidade da atenção prestada.


Têm como objetivo oferecer às pessoas os conhecimentos necessários para a escolha
livre e informada. Propicia a reflexão sobre os temas relacionados à sexualidade e à
reprodução.
As atividades clínicas, voltadas para a saúde sexual e a saúde reprodutiva,
devem ser realizadas visando a promoção, a proteção e a recuperação da saúde.
As atividades clínicas devem incluir:
• Anamnese.
• Exame físico.
• Identificação das necessidades individuais e/ou do casal, incentivando a
livre expressão dos sentimentos e dúvidas quanto à sexualidade e à saúde reprodutiva.
• Identificação de dificuldades quanto às relações sexuais ou de disfunção
sexual.
• Orientação para prevenção de DST/HIV/Aids, com incentivo à dupla proteção.

O atendimento a pacientes candidatos à esterilização deve ser entendido não


somente dentro dos limites dos anseios familiares, mas também nos aspectos mais
amplos que possam esclarecer a real motivação da mulher e de seu companheiro, nas
relações conjugais e familiares, da história emocional, de suas crenças e de sua visão
geral do mundo. Torna-se necessário ainda um acompanhamento após a esterilização,
considerando as conseqüências adversas que poderão se manifestar de forma grave.
Enfim uma ampla visão da vida atual e pregressa dos pacientes tem que ser analisada,
passando-se a considerar um contexto mais amplo, o significado da procriação para
eles e sua família e uma avaliação psicológica de acordo com seu momento vivencial.
A avaliação deve verificar aspectos relacionados ao campo do emocional,
especialmente quanto à maturidade emocional para encerrar a vida reprodutiva; atua
também de forma preventiva, levantando situações que pressionam a mulher a fazer
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ligadura, como mulher jovem que sofre pressão da família, mãe solteira que sofre
pressão do pai, relacionamento conjugal conturbado e mulher abandonada pelo marido.

Vários aspectos têm sido apontados na literatura, alguns favoráveis e outros


que condenam a esterilização definitiva, exigindo uma reflexão sobre o que realmente
deva ser avaliado e investigado antes e após a opção que permeia a realização desta
cirurgia, especialmente quando considera sua importância para a saúde reprodutiva e
mental da mulher, mas também para a saúde do homem e em última instância para
saúde mental da família. Neste contexto, torna-se relevante considerar os índices de
arrependimento e seus determinantes, avaliar inclusive a qualidade do
aconselhamento, os significados da esterilização cirúrgica na vida dos casais, o
relacionamento sexual, o tipo de união, expectativas e ideais quanto à família,
planejamento do número e espaçamento dos filhos, o uso ou não de algum método
anticoncepcional, a relação com a companheira durante a gravidez, o parto e
puerpério.
Avaliar nunca é simples, nem rápido, nem fácil. A respeito da dimensão técnica,
o psicólogo necessita ter, antes de qualquer coisa, um vasto conhecimento em relação às
técnicas que pretende utilizar, assim como uma possibilidade de crítica consciente em
relação aos instrumentos de avaliação que utiliza (testes, dinâmicas de grupo,
observação, entrevista e outros). Aprendemos mecanicamente na faculdade como
aplicar diversas técnicas, mas não experienciamos a integração dos dados obtidos, a
análise acurada dos mesmos, o levantamento de hipóteses a partir dos dados coletados, a
dinâmica, afinal, que sempre estará presente em um processo de avaliação. Sempre, por
melhor que tenha sido a formação do psicólogo, ele deve buscar cursos de pós-formação
para aperfeiçoar os seus conhecimentos.
Todas as técnicas são importantes no processo e conhecimento do outro, não
esquecendo jamais, que a Avaliação Psicológica requer o planejamento adequado, a
execução cuidadosa dos testes, como também a integração dos resultados obtidos
através da análise multifatorial do comportamento.
Durante a aplicação dos instrumentos psicológicos é fundamental o profissional
observar as características do comportamento do(a) avaliado(a), seguir as
recomendações que serão direcionadas, isto é, as condições físicas (medicações, estado
de cansaço, problemas visuais, auditivos, entre outros), condições psicológicas
(problemas situacionais, alterações comportamentais, etc.), assim é necessário sempre
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identificar as possíveis situações ambientais que influenciam negativamente, a


qualidade e o desempenho do cliente.
O processo da avaliação psicológica abrange inúmeras possibilidades, através da
utilização de diferentes instrumentos avaliativos, tais como: a entrevista, a dinâmica, a
observação clínica, os testes projetivos, psicométricos, entre outros. Compreender a
necessidade do cliente é fundamental, a fim de atingir os objetivos solicitados à
demanda inicial, que são exigidos para os procedimentos cirúrgicos da laqueadura e
vasectomia.
A comunicação não verbal apresentada durante a avaliação é intensa e rica,
complementa a exposição oral, por exemplo, a organização espacial, a localização, os
gestos, os olhares, fornecem ao psicólogo dados que podem ser mensurados através da
aplicação dos testes psicológicos, sendo assim, compreender a dinâmica funcional do
comportamento agregam aos aspectos relacionados a sentimento de medo, insegurança,
impaciência, ansiedade as informações prestadas pelo psicólogo, é muito importante no
caso da cirurgia de esterilização masculina / feminina, pois tratar-se de um método
cirúrgico de efeito permanente. Nesse sentido, o setting terapêutico deve representar o
espaço de comunicação que será estabelecida a relação interpessoal promovendo a
escuta qualificada e acolhida humanizada.
O procedimento de esterilização cirúrgica pode provocar elevado grau de
estresse. Um conjunto de fatores físicos, psicológicos e sociais que exigem adaptação,
caracterizando uma situação importante na vida e podendo tornar-se positiva ou
negativa. As reações provocadas pela cirurgia causam inúmeras reações psicológicas;
esse fato pode influenciar o comportamento ou a condição emocional durante o
procedimento pré e pós-cirúrgico.
As intervenções cirúrgicas provocam a sensação difusa, desagradável de
apreensão e ansiedade, por vezes acompanhada de sintomas autonômicos, como à
cefaléia, perspiração, palpitação, entre outros. Analisando o nível apresentado pelo(a)
paciente, deve-se compreender como um sinal de alerta que pode interferir na
capacidade de tomar decisões, e em lidar com a ameaça interna ou externa da função
adaptativa.
Qualquer psicólogo que pretenda trabalhar com avaliações deverá ter em mente
as dimensões técnicas, relacionais, éticas, legais, profissionais e sociais diretamente
implicadas em seu trabalho. Se todas estas percepções caminham juntas e se inter-
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relacionam, é provável que possamos perceber a infinitude de cuidados e preocupações


que devemos ter como profissionais que buscam, principalmente e acima de tudo, o
respeito e a “construção” daquele que nos procura para se submeter a um processo de
Avaliação Psicológica.
A integração das informações obtidas quando há a utilização de mais de uma
ferramenta de avaliação torna-se um processo demorado, porém fundamental. Para que
se possa ter uma real visão do objeto de estudo, é preciso expor para si todas as
informações obtidas e organizá-las. Identificar padrões de comportamento é o primeiro
passo, ou seja, quando o sujeito, em diferentes momentos, apresentar formas
semelhantes de reação. Além disso, essas informações deverão ser correlacionadas com
o que se conhece sobre a história do indivíduo e de sua família, bem como o registro
contratransferencial do profissional, levantando hipóteses explicativas. Deve-se,
também, procurar informações incoerentes e estudá-las, investigando e fornecendo
respostas para elas.
A integração de todos os dados de uma avaliação psicológica (entrevistas, testes,
observações, dinâmicas) não é um trabalho fácil e exige do psicólogo muito treino e
competência.

A ESCOLHA DOS INSTRUMENTOS E TESTES PSICOLÓGICOS

O Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos (SATEPSI) contribui na


pesquisa norteadora da escolha dos instrumentos favoráveis que irá compor a bateria de
aplicação dos testes, seguindo a qualidade técnica e rigor científico. O ato de avaliar não
é simples, muito menos rápido e fácil, exigindo do psicólogo a precisão da técnica,
escolha da dinâmica, entrevista e observação.
Em relação aos testes psicológicos, não se propõe uma bateria-padrão, sendo que
as escolhas dos instrumentos dependem de vários aspectos: quem formula o pedido, a
idade cronológica, o nível sociocultural e o grupo étnico do paciente, casos com déficit
sensorial ou comunicacional; o momento vital, o contexto espaço-temporal em que se
realiza.
Testes são ferramentas, meios para se alcançar um fim. Se mal-aplicados, limita
ou anula sua utilidade. A responsabilidade última pelo uso e interpretação apropriados
dos testes é do psicólogo.
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É importante ressaltar que não existem instrumentos melhores ou piores – visto


que todos passaram por um processo científico de elaboração – e sim instrumentos mais
indicados ou menos indicados para determinada situação.
Para a testagem psicológica formal, os instrumentos de avaliação mais utilizados
são os inventários de sintomas e os testes de personalidade.
Segue bateria de testes psicológicos para a avaliação, reforçando que a escolha
depende, também, da preferência e conhecimento do profissional. Os recursos abaixo
listados são, apenas, sugestões. O ideal é escolher um instrumento para cada fator
avaliado.

Personalidade e Projetivos (ressaltam a identificação dos fatores da


personalidade, atribuindo as necessidades afetivas de organização, impulsividade,
controle e oposição do comportamento durante os eventos importantes da vida):
▪ As Pirâmides Coloridas de Pfister;
▪ Palográfico;
▪ Bateria Fatorial de Personalidade (BFP);
▪ HTP – Técnica Projetiva de Desenho.

Inventários e Escalas:
▪ Escalas Beck: Inventário de Depressão
Beck (BDI), Inventário de Ansiedade Beck
(BAI), Escala de Desesperança Beck
(BHS), Escala de Ideação Suicida Beck (BSI);

▪ ISSL - Inventário de sintomas de stress para adultos de Lipp - Revisado


(ISSL-R)
▪ Inventário de Depressão de Beck (BDI-II);

▪ IPSF - Inventário de Percepção de Suporte Familiar;


▪ EPR – Escala dos Pilares da Resiliência;
▪ EBADEP-A Escala Baptista de Depressão Versão Adulto;
▪ Inventário Fatorial de Personalidade (IFP-II);
▪ Escala Baptista de Depressão – Versão Adulto (EBADEP-A);
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▪ Escala de Avaliação da Impulsividade – Formas A e B (EsAvl-A e


EsAvl-B);
▪ Escala de Percepção do Suporte Social – Versão Adultos (EPSUS-A);
▪ Inventário de Habilidades Sociais 2 (IHS 2 Del Prette).

Inteligência (caso seja identificado dificuldades nas habilidades intelectuais no


paciente):
▪ Tese de Inteligência Geral – Não Verbal (TIG-NV);
▪ R-1 - Teste não Verbal de Inteligência;
▪ G-36 Teste não-verbal de inteligência;
▪ G-38 Teste não-verbal de inteligência.

A função do teste torna-se, dessa forma, medir as diferenças entre indivíduos ou


entre as reações do mesmo indivíduo em diferentes ocasiões. É importante ressaltar que
os testes psicológicos devem ser entendidos como instrumentos auxiliares nesta coleta
de dados que é a Avaliação Psicológica e que, juntamente com as demais informações
organizadas pelo psicólogo, auxiliam na compreensão do problema estudado, de forma
a facilitar a tomada de decisões.
O que devemos levar em consideração na escolha dos testes:
❖ Que atributos ou características se quer avaliar: personalidade, atenção,
inteligência, etc;
❖ Quais as técnicas disponíveis e aprovadas: técnicas que constam na lista
do CFP como aprovadas;
❖ Idade, escolaridade, nível socioeconônico do testando: perfil da pessoa a
ser avaliada;
❖ Familiaridade com o instrumento: confiabilidade do material mediante
indicação ou não do CFP;
❖ Materiais originais: utilização de materiais da editora e nunca fotocópias.

Dessa forma, há testes que não podem ser utilizados com pessoas de baixa
escolaridade, adultos, etc. e há instrumentos que exigem do profissional mais treino do
que outros. Isso deve ser pensado antes da formalização e da escolha dos materiais que
se pretende utilizar.
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Antes da aplicação do teste, é importante que o profissional observe o avaliando


(ou o grupo de avaliandos) nos seguintes aspectos: condições físicas (medicações,
estado de cansaço, problemas visuais e auditivos, alimentação etc) e condições
psicológicas (problemas situacionais, alterações comportamentais), procurando
identificar possíveis situações que possam influenciar na qualidade do desempenho do
sujeito.
Além disso, estabelecer um bom rapport é imprescindível: no início da avaliação
é importante salientar os objetivos da mesma, procurando esclarecer todas as dúvidas.
Durante a aplicação propriamente dita, é de responsabilidade a observação dos
princípios de padronização do teste: reduções não previstas e instruções diferentes do
que estabelece o manual ferem os princípios básicos de sua utilização. Deve-se, no
entanto, seguir rigorosamente as orientações do manual sem assumir postura
estereotipada e rígida.
Para que se obtenha um desempenho adequado dos avaliandos, deve-se também
observar a postura do psicólogo na hora da execução: aplicar os testes de forma clara e
objetiva, inspirando tranqüilidade e evitando, assim, acentuar a ansiedade situacional
típica da avaliação.
O trabalho pode ser facilitado se o psicólogo habituar-se a registrar os eventos de
forma pormenorizada, ou seja, os comportamentos durante a aplicação. Isso facilitará na
hora da sistematização dos dados e ajudará o profissional na conclusão de seu trabalho.
Após a aplicação dos testes, a próxima etapa corresponde à avaliação dos
mesmos. Deve-se, neste momento, observar todos os princípios contidos no manual e
segui-los com rigorosidade. A entrega dos resultados e a entrevista de devolução
baseiam-se na boa avaliação (de acordo com a Resolução CFP nº 06/2019). Após isso, é
importante observar o resguardo e o sigilo das informações, assegurando a guarda
adequada dos materiais.
Ainda, é importante salientar a necessidade de estar atualizado constantemente.
Como a Avaliação Psicológica insere-se em diferentes contextos, o profissional
necessita estar atualizado no contexto em que está atuando e especializar-se nesta área.
Ampliar a visão do seu objeto de estudo, contextualizando-o no mundo faz com que o
trabalho seja muito mais próximo à realidade. A procura de cursos, palestras,
supervisões entre outros, dá ao profissional conhecimento do que está sendo discutido e
segurança na prática.
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Cabe aos pesquisadores e psicólogos da área estudar e construir formas de


avaliação que sejam não “receitas” para os colegas, mas horizontes que permitam
uniformidade e, consequentemente, maior confiabilidade no trabalho.
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REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei ordinária nº 9.263, de 12 de Janeiro de 1996. Regula o parágrafo 7º do artigo 226
da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar. Diário Oficial da União, Brasília,
DF, 20 ago. 1997. p. 17989.

BRASIL. Lei ordinária nº 14.443, de 2 de setembro de 2022. Altera a Lei nº 9.263, de 12 de


janeiro de 1996, para determinar prazo para oferecimento de métodos e técnicas contraceptivas
e disciplinar condições para esterilização no âmbito do planejamento familiar. Diário Oficial
da União, Brasília, DF, 02 set. 2022.

GONÇALVES, G.H.T.; MARCON, S.S. Laqueadura ou vasectomia: fatores a considerar para a


saúde da mulher. Cient Ciên Biol Saúde 2006; 8(1): 31-38.

Lara, R. (2018, novembro 22). AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA:. Diálogos


Interdisciplinares, 7(3), 54-63. Disponível em:
<https://revistas.brazcubas.br/index.php/dialogos/article/view/492>. Acesso em: 20 jun.

MACHADO, A. P. MORONA, V. C. Manual de Avaliação Psicológica – Curitiba: Unificado,


2007.

MARCOLINO, C. Planejamento familiar e laqueadura tubária: análise do trabalho de uma


equipe de saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 20, n. 3, p. 771-779, jun. 2004 .
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
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PESSÔA, K. A. P. et al. A avaliação psicológica no contexto hospitalar.MOSTRA DE


INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO CESUCA - ISSN 2317-5915, [S.l.], n. 9, p. 370-377, dez.
2015. ISSN 2317-5915. Disponível em:
<http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac/article/view/982>. Acesso em: 20 jun. 2019.

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