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PATOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO – AULA 2 METRITE PUERPER AL, SEPTICA

OU PÓS -PARTO

- Comum em vaca s - Aguda: é o mais grave dos processos inflamató rios do útero. O quad ro
infeccioso se instal a geralmente logo ap ós o parto, podendo evoluir para peritonite (por
extensão) ou para um quadro septicêmic o ou toxêmico que pode m levar o animal a óbito. -
Crônica: pode con duzir o animal a uma redução da ferti lidade ou à infertilidad e. - Causa:
retenção de pl acenta e parto distó cico. - É devida à invasão d e bactérias via ascendente
( Stre ptococcus sp. ou Staphylococcus s p.) - Útero com parede fra gilizada podendo romp er,
com muito pus, material ac hocolatado, necrose e h emorragia. *O útero não involui e toda a
parede encon tra- se afetada, o perim étrio apresenta- se escuro com deposiç ão de fibrina, a
parede flácida e friável, há a bundante exsudato de coloraçã o achocolatada e de odor fétido
na cavidade u terina, e o endométrio apresenta -se espesso, vermelho -escuro, e s e desprende
com facil idade

. SINDROME MASTITE -METRITE AG ALAXIA (MM A)

- Ocorre em porcas (geralmente matrizes), após o parto. - É causada por bac térias
(Escherich ia coli ou Streptococc us sp.) ou toxinas de E. Col i - Em decorrência da m etrite,
surgem septicemia, mamite/mastite, e ai nda ocorre agalaxia, e os l eitões morrem po r
hipoglicemia. *Metrite -> Septic emia -> Mas tite -> Agalaxia -> Morte de leitões *Ocorre ação
p rimária por endotoxinas na hipófise inibindo a produç ão de prolactina causando agala xia. -
Causa: profundas modi ficações de manejo, rotatividade muito gra nde na maternidade,
condiçõ es insatisfatórias de higiene nas instala ções, raçao pouco laxa tiva, grande
quantidade de raç ao ingerida próximo ao parto, umidade excessiva, ventilaç ão deficiente...

TUBERCULOSE

-Ocorre geralmente em vacas e raramente em outras espécies. -Pode haver envolvim ento
do útero, especialme nte do endométrio ou do perimétri o. -Macro: nódulos pe quenos
esbranquiçados a a marelados, consistentes e com necrose de caseifica ção que pode ranger
ao corte devido a cal cificação. -Causada pelo Mycobacterium bovis, Mycobact erium avium
(tub erculose no úteros d e vaca que sofreram IA com s êmen cujo diluidor continha gema de
ovo). -Miliar: praticament e não são observadas lesões macroscópicas. -Generalizada: as
carúnculas são os locais mais comum ente afetados. -Micro: granuloma tu berculoso com
presença a quase sempre de célula s gigantes. - Via de infecçãoo quase sempre descendent e
(lesão estendendo -s e do peritônio, pas sando pela tuba) ou por extensão direta.

PIOMETRA OU PIOM ETRITE

- É mais comum em vac as e cadelas - Nas vaca s é geralmente pós -parto ou pós-coito
(causada por Tritrichomo nas foetus) *Já foram observadas vac as com cisto folicul ar
associado à ninfomadia, que posteriormente a presentaram hidro metra e, em algumas delas,
houv e evoluç ão para piometra. - Presença de exsudat o purulento nos corn os uterinos que
ap resentam- se dilatados. A parede do útero most ra-se espessa e resistente, d evido à
fibrose do miom étrio. - Na piometra em va cas, há quase sempr e um corpo lúteo persiste
nte, o que é suposta mente devido à aus ência de secreção pulsátil de PGF a que ocorre
normal mente durante a luteól ise, ou devido a u ma possível diminuiçã o no numero de
receptores para PFG a. A vaca a caba não ciclando. - Micro: infiltrado infla matório de
mononucl eares (linfócitos e plasmócitos) e polimorfonucleares neutrófilos no endométrio,
presença de exsudato purulen to na cavida de uterina e no lúmen gla ndular, além de fi brose
periglandul ar no miométrio. Muito neutrófilo e pouco piócito. - Na cadela, existe uma
relação entre piom etra e hiperplasia cístic a endometrial. Pa tologia que é obs ervada durante
o diestro, ou seja, ela oco rre na fase em que os corpos lúte os encontram -se hormonalme
nte ativos, produzindo progesterona (hiperestr ogenismo). O “compl exo hip erplasia
endometrial cístico-pio metrítico” ocorre com frequência em cadelas velhas e qu e nunca
pariram. *O tratamento ant iconcepcional à base de progesterona aume nta acentuadament
e o risco de desenvolvimento do complexo

- A lesão inicial na ca dela é a hiperplasia endometrial resultando d e estímulo progesterônico


sobre o endom étrio. Posteriormente, o órgão sof re invasão de bact érias (E. coli principalme
nte) e o processo evolui para piometrit e. *Exposição prolongada do útero à progestero na -
Classifica ção do complexo hiperplasia endomet rial cístico -piometrítico: ->tipo I: unicamente
hi perplasia endometrial cística ->tipo II: infiltraçã o de linfócitos e plasmócitos ->tipo III:
exsutado pu rulento e infiltrado ta mbém de neutrófilos ->tipo IV: exsudaçã o purulenta e
hipotro fia do endométrio - A intensidade da resposta leucocitá ria pode estar relacionada c
om a abertura ou nã o da cérvice, e, nos casos de piometra fechada, a leucoci tose tende a se r
mais acentuada . *Leucograma de cadelas : valores entre 30.000 e 200.000 leucócitos/ mm3
-Piometra fechada: dist ensão abdo minal, septic emia e toxemia. *A piometra na cadela po de
ser acompanhada de lesões extragenitais, com o a presenç a de tecido da medula ósse a em
órgãos como rim, baç o, fígado e adrenais, oco rrendo mielopoese ext ramedular. *Cadelas
podem aprese ntar glomerulonefrite tubuloint ersticial imunomediada e depressão da medul
a ó ssea levando à uma anemia.

*Na vaca, o processo infla matório precede e é d eterminante do distúrbio hormonal ocas
ionado pela persistência do corpo lúteo, enqua nto na cadela o distúrbio horm onal prece de e
é determi nante do processo infla matório. - Na égua, a piom etra é uma alteraçã o
associadaà vaginite e à cervicit e, e o agente é q uase sempre o Streptococcu s
zooepidermicus, qu e inicialmente provoca vagini te, a qual progrie para ce rvicite e
endometrite . Normalm ente o acúmulo de pus deve- se à fibrose e à estenose da cérvice.
*Egua: ocorre vagin ite -> endometrite - > piometra -> f ibrose/estenose do ce rvix que dificulta
a expl usao do pus

METRITE CONTAGIOS A EQUINA

-Causada por um cocobacilo chama do Taylorella equigenitalis. -O clitóris e a fossa uretral


são loca is importantes para a persistência do organismo. -Transmissão venérea se m anorma
lidade clínica aparent e no garanhão. -Clinica: infertilidade t emporária e secreção vagi nal
mucopurule nta. -Macro na fase agu da: congestão endom etrialcom materia l mucoide claro
no lúmen, piomucometra, descama ção completa do endom étrio, edema e hi peremia da
cérvice.

HIPERPLASIA ENDO METRIAL


Espessamento exc essivo e irregular do endomé trio - Resultado de desequilíb rio hormonal - É
um processo infla matório consequente da hip erplasia cística (piometra/hiperplasia
endometrial cístico -piometrítico). - Nas vaca s geralmente ocorre devido ao hip
erestrogenismo. *Em vacas, a hiperpl asia endometrial cística fre quentemente está a ss
ociada a cisto foli cular com ninfomania ou a tumores das célul as da granulosa. - Ocorre em
ovelha s que têm acesso a plantas fi toestrogênicas (trevo sub terrâneo e trevo prat ense) p
rincipalmente no inverno quando há maior concentração d e esteroides na plan ta . Essas
ovelhas podem apresentar redução da f ertilidade ou mesmo a infertilida de. *Ovelhas
gestantes que ingerem as plantas, além de apresentarem hiper plasia endometrial, apres
entam também distocia, devido à dimi nuição da contratilida de do miométrio *Ovelhas
virgens ap resentam prolapso de út ero ou desenvolvim ento da glândula ma mária como se
estivesse m em lactação. - Macro: pode ou nao apresentar cistos. Espessam ento do
endométrio, com colo ração brancacenta ou branco -acinzentada e de aspecto brilhante, sem
elhante à gela tina. - A mucometra ou hid rometra são sequela s muito comuns em hip
erplasia endometrial na vaca. Na cadela , a principal consequência é a piometra.

NEOPLASIAS

São relativamente raras nos animais domésticos, com exceção do l eiomioma, em c adela s e
vacas, e do adecarcinoma , em vacas e coelhas. ADENOCARCINOMA

-Tumor de origem epitelial -Afeta vacas e coelha s -Tem aspecto de couve- flor, não atinge
grandes tamanhos e geralmente produz metá stase nos linfonodos da r egião pélvica. *Tumor
grande, ir regular, que cresce pra dento do lúm en do ú tero atingindo um corno ???
LEIOMIOMA

-Tumor de origem mes enquimal -Benigno -Comum em cadela s -Tumor hormônio-


dependente *Cadelas com cisto folicul ar acompanhado d e hiperplasia endom etrial às vezes
des envolvem leio mioma e hiperpla sia ou neoplasia de glândula mamária. -Macro: nódulos
brancos e firmes variando d e tamanho -Micro: estroma conju ntivo bastante desenvolvido e
feixes musculares neoplásicos c om disposição muito carac terística, com fibras musculares
lisas entrelaçadas.

LINFOSSARCOMA

-Comum em bovinos -Causada por um retrovírus -Ocorre envolvimento do útero, que se


aprese nta com a parede muito espessa, de coloraç ão esbranquiçada e consistência friáv el.
Essa condição pode determi nar aborto.

PATOLOGIA DO UTERO G ESTANTE

MUMIFICAÇÃO FET AL

-Mais comum em fêm eas multíparas: ca dela e porca -Ausência de contaminaç ão


bacteriana na cavida de uterina (o con trário da maceração) -Os líquidos pla centários são
reabsorvi dos e as membran as fetais aderem -se ao f eto morto desidratado. -Macro:
formação de u ma massa de coloraçã o escura, com a superfície de aspecto úmido. -Nao
apresenta odor e nem exsudação. -Suínos: os vírus co mo o enterovírus, o parv ovírus e o ví
rus da peste suína são importantes causas dessa af ecção. -Uníparas: o feto não é expulso -
Etiologia nao conhecida

MACERAÇÃO FETAL

-Feto dentro do útero sofreu destruiçã o dos tecidos mole s. -Presença de contami naçãoo
bacteriana na ca vidade u terina. -Presença de estruturas ósseas e tecidos no úte ro, exsudato
purulento d e odor extrem amente fétido. *Eventualmente pode se r aquoso e sem odor,
como ac ontece na tricom onose. -Presença de corpo l úteo persistente no ovário. -Macro:
parede uteri na espes sa, consistente e, às vezes, f ibrosada, ou até mesmo perfurada.

ABORTO

(herpesvirus bovino tip o 1, vírus da dia rreia bovina, herpesvirus equino tipo 1), p rotozoários
( Tritr ichomonas foetus , Neospora caninum, Toxoplas ma gondii ) e fungos (Asper gillus sp. ,
micotoxinas) -Fatores endócrinos, tó xicos, físicos e nu tricionais po dem causa r aborto.

BRUCELOSE

-Causa importante de aborto em bovinos. -Aborto no terço final da g estação. -B. melitensis,
B. suis, B. abort us (zoon óticas), Brucella ovis (não zoo nótica) -O microorganismo Brucella
spp. Provoca placentite necrótica e, em cons equência, a morte d o feto. -Micro: intenso
infiltrado inflamatório constituído por neutrófilos e ma crófagos e, frequent emente, bacilos
intracitoplasmáticos em células trofoblástica s e macrófagos, al ém de colônias bacterianas
intralesio nais. -No feto: pleurite fib rinosa ou pleurop neumonia e arterite necrótica dos
vasos pulmo nares, além de reaçã o inflamatória granulomatosa e necrose focal no baço,
fígados e rins. -No útero: endom etrite granulomatosa e vascul ite *Deve-se fazer a sorol ogia
e depois tra balhar com plac enta e feto em bom estado. CAMPILOBACTERIOS E -
Campylobacter fetus -Aborto nos terços i nicial e médio da gestação -Afeta vacas, ovelhas ,
porcas e cadelas -Transmissão pelo coi to -Machos podem p ermanecer portadores
indefinidam ente, ainda que haja cas os de cura espontânea. Ma chos não apresentam
infertilidad e. -Femeas: endometrite e placentite (necrótica) LEPTOSPIROSE -Aborto no terço
final da g estação -Ocorre principalme nte em vacas e porcas -Leptospira causa hepatite e
nefrite, por isso a necessidade da col eta do fígado e do rim para t este de coloração com
prata. Placenta tam bém deve ser coletada e faze r teste de imunofluor escência porque apres
enta placentite necrótica .

ABORTO NO TERÇO FINAL : BRUCELOSE E LEPTOSPIR OS E ABORTO NO TERÇO


INICIAL/MÉDIO: CA MPILOBACTE RIOSE

LISTERIOSE

-Listeria monocytogenes -Aborto no final da gestaç ão -Os abortos são esporád icos
principalme nte em ruminantes -O microorganismo pode ser isolado dos cot ilédones, do
conteúdo estomacal, do fíga do e do baço do feto. -Micro: focos de necrose com presença de
bac térias Gram positiva s -Macro: placentite nec rótica/supurativa

ABORTO EPIZOÓTICO BOVINO


- Chlamydophyla abortus - Provoca aborto em primíparas (60% dos casos) - C. abortus é
endêmica nos ruminantes, mas tam bém tem sido relatada como causa de aborto em
equinos, suínos, coelhos e no homem. - Fetos abo rtados apresenta m hemorragias
petequiais nas mucosa s, na p ele e no t ecido subc utâ neo; hiperemia passiva no
fígado; ascite; mioc ardite; esplenomegalia devido à hip erplasia de célula s reticulares;
linfonodos aumentados de volume e congestos, e, às vezes, meningite.

VULVOVAGINITE PUST ULAR

-Causada pelo HVB1 (herpesvirus bovino ti po-1) -A transmissão é por co ntato direto ou por
via s respiratória, conju ntival, ocular ou por d escarga vulvovaginal. -O vírus p enetra através
da s mucosas respi ratória e geni tal, multiplica -se e dissemin a-se por to do o organism
o através de leucócitos. -O aborto costuma ocorrer entre o 5 e 8 m ês de gestação.

-Adulto afetado: hepatite e nefrite necrótica , esplenite linfocitá ria e placentite necróti ca
com vasculite. -Micro no feto: focos d e necrose no fígado e nos rins, além de corpúsc ulos de
inclusão nos hepat óc itos

DIARRÉIA BOVINA A VÍRUS (B.V.D.)

– 1/ 3 inicial, 1/3 médio → hipoplasia cer ebelar, cata rata, 1/3 final → normal e imune

RINOPNEUMONITE EQÜINA

– Hespesvírus eqüino tipo -1, 9o e 10o m ês, Feto → edema subcutâneo e pulmo nar, ict
erícia, corp. inclusão, Vírus → endotélio uterino – trombose, i nfiltrado, edema perivascul ar e
necrose do endométrio

TRICOMONOSE

– Tritrichomonas foetus, Início da p renhez, Transmissão, Quadro clínico → i nfertilidade,


morte embrionária, aborto e piometra, I.A., Feto – sem lesões , Diagnóstico → cont eúdo
gástrico

TOXOPLASMOSE

– T oxoplasma gondii, Ov elhas/Porcas, 1/3 final , Feto → coraçã o, fí gado e c érebro. Pl


acentite c/ pontos necróticos. NEOSPOROSE – Neospora caninum, 1/3 final, Único sinal,
Fetos autolisa dos/mumificados, Diagnós tico → imuno -histoquímica cérebro, Histologia

ABORTO MICÓTICO

– Espo rádicos bovinos, 1/3 final, Aspergillus sp., Feto → placa s acinzentadas cutâneas,
Macro semelhante a Br ucella c/ fibrina e pla cas

PLANTAS TÓXICAS

Tetrapterys acutifolia Tetrapteris mult iglandulosa Ateleia glazoviana Stryphnodendrum


obo vatum Dimorphandra mollis Enterolobium contortis iliquum

SUBINVOLUÇÃO DOS SÍ TIOS DE INSERÇÃO PLACENTÁRIA


Cadela (3 anos) 1a ou 2 a parição Normal → Hemorragia 10 dias Subinvolução → sema nas
ou meses Etiologia: falha na rem odelação do colágeno e ñ remodelaçã o do tecido trofobl.,
Macroscopia → áreas esp essas elevadas c/ hemorra gia

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