Você está na página 1de 9

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

FACULDADE DE MEDICINA

PORTFÓLIO DA DISCIPLINA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA DO 8º


PERÍODO

CAMPINAS
2023
HPMA: Paciente veio à consulta com resultados de exames (mamografia e USG
transvaginal e de mamas) para acompanhamento, pois sua mãe tem história de
câncer de mama. Relata que em consulta anterior, foi orientada a substituir seu
método anticoncepcional, pois faz uso de um combinado, mas nega ter trocado pois
não foi explicado a ela a necessidade disso. Refere, durante a consulta, o desejo de
ser mãe.
Hipóteses Diagnósticas: Hipotireoidismo
Discussão: Foi discutido durante este atendimento os fatores de risco para CA
de mama e também o nosso papel como orientador nos casos gestação em idade
avançada.
Reflexão: Esse caso me permitiu refletir sobre o nosso papel que vai muito
além da questão médica. Ela abrange questões psicológicas (como o desejo da
paciente em ser mãe) e questões físicas. É bastante delicado lidar com as
expectativas da paciente e ao mesmo tempo levar em conta os fatores de risco que
ela possuía. Assim sendo, achei de extrema importancia o modo como a conversa
foi conduzida pela nossa professora, que explicou os riscos mas que deixou a
decisão para a propria paciente, respeitando-a.

Docente:

HPMA: Paciente veio à consulta de retorno para análise de resultados de


exames (CO, USG de mamas, mamografia e USG transvaginal). Referiu ter cistos
nas mamas e sentir preocupação em relação a isso, mas negou demais queixas.
Relatou que ficou desempregada ano passado e que isso gerou muito estresse, de
modo que foi diagnosticada com HAS.
Hipóteses Diagnósticas: HAS, mioma, cistos mamários benignos

Discussão: A discussão sobre esse caso foi embasado nas mamografias que
a paciente trouxe, como também na explicação das classificações Bi-Rads e a
necessidade de solicitar um ultrassom para complementar quando necessário.
Também foi discutido sobre as possíveis localizações de um mioma e quando
se é indicada a histerectomia.
Reflexão: Enquanto nos ausentamos para discutir sobre o caso da paciente,
ela relatou que se sentiu mal, quase tendo uma crise de ansiedade. Esse caso foi
importante para que eu pudesse perceber o quanto uma palavra tem uma enorme
importancia na vida de um paciente, que as vezes aguarda por uma notícia.
Tranquilizamos a paciente quanto ao resultado de exames e estabelecemos um
vínculo, mesmo que efêmero.

Docente:

HPMA: Paciente nuligesta refere sangramento escurecido, parecido com borra de


café, em pequena quantidade há 2 anos, às vezes com 10 dias de pausa sem
sangramento. Apresenta dismenorreia moderada que melhora com uso de dipirona.
Refere também corrimento amarelo claro em quantidade aumentada, porém sem
odor, nega prurido vaginal ou vulvar e nega ardência. Refere que apresenta
miomatose uterina diagnosticada há 5 anos. Nega sintomas do climatério. Refere
ooferectomia direita em 2012, e duas oofaroplastias esquerdas, em 2012 e 2013
devido a cistos ovarianos.

Hipóteses Diagnósticas:
Sangramento uterino anormal

Discussão:
Este caso nos permitiu discutir as causas de sangramento uterino anormal e também
as localizações de miomas que podem ou não sangrar. Também foram explicadas
as imagens do US transvaginal e a localização de um mioma que inicialmente
imaginamos ser a causa do sangramento, mas que após a análise do US foi
descartado.
Reflexão: Esse caso me permitiu refletir sobre a importância do domínio sobre a
leitura de exames de imagem, que complementam, excluem e confirmam
diagnósticos. Além disso, também foi importante para que pudessemos esclarecer
com propriedade todas as dúvidas da paciente com relação ao seu quadro de
saúde.

Docente:

HPMA: Paciente referiu prolapso de parede anterior há um ano e meio, sendo que
agora percebe protuberância se exteriorizando na vagina, que a incomoda mas não
gera dor. Há um ano realizou tratamento tópico, mas não surtiu o efeito esperado.
Refere incontinência urinária há cerca de um ano, nega sintomas de infecção
urinária. Tem dislipidemia, HAS há 3 anos e hipotireoidismo há 10 anos, Faz uso de
sinvastatina, atenolol e levotiroxina. Nega DM, vícios, alergias ou neoplasia. Já
realizou perineoplastia e laqueadura há 40 anos.
Teve sua menarca aos 14 anos e apresentava ciclo regular, pois fazia uso de
ACO. Coitarca aos 17 anos, não tem relação sexual atualmente. Menopausa aos 48
anos e nunca fez reposição hormonal. É uma G3P3C0A0, sem intercorrências
durante nenhum dos partos e gestações - seu último parto foi há 41 anos.
Hipóteses Diagnósticas: Prolapso de parede anterior, incontinência urinária,
dislipidemia, HAS e hipotireoidismo.
Discussão: Sobre esse caso foi discutido as possiveis opções para um
prolapso de parede anterior bem como suas indicações cirurgicas.

Reflexão: O caso me permitiu refletir sobre a importancia do acesso ao


serviço de ginecologia para aquelas pacientes também com mais idade. A paciente
tinha um importante prolapso, com grande impacto em sua qualidade de vida. Cabe
a nós referenciar a paciente para que ela tenha acesso ao tratamento adequado e
possa ganhar mais qualidade de vida.

Docente:
HPMA: Paciente apresenta sangramento vaginal aumentado e dor em baixo ventre
há 4 anos devido a miomatose uterina. Apresenta sangramento fora do período
menstrual e com características diferentes da menstruação habitual, sendo em
menor quantidade, característica vermelho mais escura e com duração de mais de
uma semana. Última menstruação há 6 meses. Realizou tratamento com depo
provera por 9 meses há 1 ano apresentando melhora dos sintomas, porém
interrompeu o uso por apresentar cefaléia de moderada a intensa intensidade, que
atrapalham atividades cotidianas.
Atualmente queixa-se de dispareunia de profundidade. Também refere incontinência
urinária mista (aos esforços e urgência miccional) há 2 anos.

Hipótese(s) Diagnósticas(s):
Sd do Climatério
Miomatose uterina - Sangramento Uterino Anormal

Discussão: Sobre esse caso foi discutido o risco x benefício sobre a terapia de
reposição hormonal e o quanto ela não era indicada para a paciente acima devido
aos riscos. Foi discutido também as opções para tratamento do climatério em
pacientes com contraindicação para a reposição hormonal, como cremes
lubrificantes a base de agua e hidratantes vaginais tópicos.

Reflexão: O presente caso me fez refletir sobre a importância da informação sobre


as diversas opções para a melhora da vida sexual da paciente. É como se a
paciente tivesse se sentido entusiasmada com as opções, o que faz com que a
adesão e sucesso do tratamento sejam maiores.

Docente

HPMA: Paciente vem à consulta com resultado de exames. Refere ter entrado na
menopausa há 3 anos e agora apresenta baixa libido e pouca lubrificação, além de
odor da urina um pouco mais forte, mas nega sintomas urinários. Refere que a
última coleta de CO foi há 1 ano, mas que não teve acesso ao resultado.
Tem HAS desde os 19 anos, é soropositiva para HIV há 20 anos (carga viral
indetectável) e faz uso de terapia ARV. Há 7 anos não tem hábitos de etilismo ou
drogadição. Tornou-se etilista e dependente química (cocaína) após o falecimento
de seu filho mais novo. Faz uso de enalapril, propranolol, hidroclorotiazida e
coquetel ARV. Os exames de mamografia e USG de mamas vieram sem alterações.
Menarca aos 10 anos - ciclos irregulares. Menopausa aos 49 anos. Tem relação com
parceiro fixo. Realizou laqueadura aos 35 anos. É uma G2P2C2A0 sem filhos vivos -
a primeira criança veio a óbito horas após o parto, devido a complicações de
eclâmpsia, e a segunda aos 4 meses de vida, pois tinha síndrome de Down. Sua
irmã faleceu aos 49 anos por metástase pulmonar de CA de mama.
Hipóteses Diagnósticas: Menopausa, obesidade grau III, ex-tabagismo, ex-
drogadição, mau passado obstétrico, HAS, HIV positiva com CV indetectável

Discussão: Nesse caso, pudemos discutir sobre a atenção maior que a mulher
portadora do vírus HIV deve ter como por exemplo uma maior regularidade nos
exames ginecológicos, maior esclarecimento sobre sexo seguro e necessidade de
vacinas como para o HPV.

Reflexão: Caso muito interessante, com uma oportunidade de aprendizado com a


própria paciente, que foi bastante aberta à conversa e se demonstrou muito
confortável com a sua condição de saúde. Era notável que ela tinha plena
consciência de sua doença, como de seus cuidados. Isso me trouxe uma sensação
de alívio, onde eu também pude conversar com mais tranquilidade sobre o seu caso
e sanar algumas de suas dúvidas. Foi uma desconstrução pra mim, que estava um
pouco receosa de abordar as questões relacionadas ao HIV.

Docente:

HPMA: Paciente vem à consulta com resultado de exames referindo persistência da


dor que sente em região pélvica e sacral há 5 anos, desde a cesárea de seu filho.
Nega relação entre a dor e o ciclo menstrual, mas refere que piora durante a relação
sexual (pela profundidade) e ao realizar força para evacuar. Os exames de CO e
USG TV vieram sem alterações.
Nega comorbidades, alergias e cirurgias além da cesárea. Relata tabagismo e
etilismo uma vez por semana, socialmente. Nega uso de medicamentos de uso
contínuo.
Menarca aos 12 anos, com ciclos regulares e fluxo normal. Refere dispareunia de
profundidade, mas nega sangramentos. Tem parceiro fixo e faz uso de preservativo.
Não utiliza nenhum outro MAC. É uma G1P1C1A0 - cesárea há 5 anos por falha de
indução, sem intercorrências durante a gestação.
Hipóteses Diagnósticas: Dor pélvica a esclarecer – aderência pós cesárea (?)

Discussão: O caso foi pertinente para que pudéssemos pensar em hipóteses


diagnosticas para a dor pélvica da paciente, e que algumas foram descartadas com
o exame físico, especular e exame de toque vaginal.

Reflexão: Caso interessante para nos mostrar que devemos nos atentar aos
detalhes referidos pela paciente e não subestimar as suas queixas. Também serviu
para que a gente pudesse pensar em qual especialidade encaminhar para sanar a
queixa da paciente o mais rápido possível, já que estamos dentro de um serviço
público, onde uma consulta com um especialista demora de 06 meses a 01 ano para
ser marcada, adiando o sofrimento da paciente caso seja encaminhada para um
serviço inadequado.

Docente:
HPMA: Paciente retorna à consulta para a colocação de DIU de cobre. O resultado
do teste de gravidez urinário foi negativo.
Feita a histerometria: 8 cm. No TV: colo impervio, grosso e posterior

O procedimento foi realizado sem intercorrências.

Hipóteses Diagnósticas: Planejamento familiar

Discussão: Com esse caso pudemos discutir sobre as indicações e contraindicações


do DIU de cobre, bem como a importância de caso a UBS não tenha um
ginecologista, que pelo menos tenha um médico habilitado à fazer a colocação do
DIU nas pacientes que assim desejarem.

Reflexão: Com esse caso, foi possível refletir sobre a importância do planejamento
familiar a fim de evitar gravidez indesejada e também orientar sobre as IST’S para o
público jovem.

Docente:

HPMA: Paciente comparece a consulta de rotina referindo desejo de retirar DIU


hormonal colocado em 2018, pois gostaria de voltar a menstruar e associa
colocação do DIU com piora do melasma.
Refere surgimento há 1 mês de nodulação de tamanho menor que uma ervilha em
vulva associada a dor, vermelhidão e aumento doloroso de linfonodo inguinal
ipsilateral. Nega prurido, saída de secreções, sangramento, corrimento, dispareunia
ou febre. Quadro melhorou espontaneamente após 1 semana.
Paciente refere também incontinência urinária mista (aos esforços e urgência
miccional) de piora progressiva há 3 anos.

Hipótese(s) Diagnósticas(s): Melasma, incontinência urinária mista

Discussão: Com este caso foi possível discutir juntamente com a paciente sobre as
outras opções de métodos contraceptivos, sendo o DIU hormonal o mais indicado
para o seu tipo de organismo. Foi conversado sobre o possível aumento do
Melasma associado ao ACO, bem como o aumento do fluxo menstrual com o uso do
DIU de cobre.

Reflexão: Com este caso, pude refletir sobre a importância da conversa e


esclarecimento de dúvidas da paciente. É de grande feito poder com uma conversa,
baseada em conhecimento orientar e fazer com que a paciente entenda que as
vezes o que é melhor na concepção dela, pode não ser o melhor na concepção
médica. E perceber que tudo pode ser feito na base do diálogo aberto, do respeito e
da empatia foi muito importante para mim.

Docente:
HPMA: PACIENTE VEM EM RETORNO COM EXAMES SEM QUEIXAS.
RELATA QUE APÓS MAMOGRAFIA, FOI SOLICITADO USG DE MAMAS,
TRAZENDO O RESULTADO NO DIA DE HOJE.
NEGA QUAISQUER QUEIXAS GINECOLÓGICAS E CLÍNICAS. HÁBITO URINÁRIO
E INTESTINAL SEM ALTERACÕES
AP: HIPOTIREOIDISMO HÁ 15 ANOS. É TABAGISTA HÁ 39 ANOS (1 MAÇO A
CADA 2 DIAS).
ETILISTA SOCIAL.
RETIRADA DE NODULOS EM MAMA DIREITA Há 30 ANOS, CIRURGIA DE
VARIZES, RETIRADA DE NÓDULO EM OVÁRIO, MENOPAUSADA HÁ 7 ANOS.
AG:
G3P1C0A2
1 FILHA DE 21 ANOS, PV SEM INTERCORRÊNCIAS.
EM USO DE: PURAN 125MCG e AAS 100 MG
Checo exames laboratoriais.

Discussão: Com o caso foi possível discutir novamente as indicações de US de


mamas após achados mamográficos inconclusivos.

Reflexão: Caso importante para nos atentar ao atendimento à paciente que tem
alguma alteração (seja ela mínima) nos seus exames. Para nós, os laudos dos
exames são mais claros, mas para a paciente a vida dela pode depender daquele
resultado. Assim sendo, devemos nos atentar sempre à comunicação, prezando o
respeito, a sinceridade e a empatia.

Docente:

HPMA: Paciente vem à consulta de retorno referindo ter sido diagnosticada com
HPV em novembro de 2022 e ter realizado tratamento com ácido tricloroacético, mas
que houve recidiva das lesões após 4 aplicações, das quais apenas duas foram
realizadas pela médica ginecologista responsável pelo seu caso. Refere ter
suspendido o uso do ácido há 15 dias e que apresenta prurido vaginal e corrimento
esbranquiçado de odor fétido, mas nega dor. Última coleta de CO em novembro de
2022. Nega febre e sintomas urinários.
AP: nega comorbidades e alergias. Retirada de amígdalas há 3 anos. Nega vícios e
medicamentos de uso contínuo.
AG: Menarca aos 15 anos, com ciclos irregulares. Não faz uso de MAC, mas já usou
desogestrel, que suspendeu há mais de um ano. Tem parceira fixa, que testou
negativo para ISTs.
AO: nulípara.

Hipóteses Diagnósticas: Lesões por HPV

Discussão: Importante discussão sobre as IST’s e acompanhamento médico


adequado
Reflexão: Esse atendimento me fez refletir sobre a falha na atenção básica, que
deixou essa paciente sem atendimento no final do ano, fazendo com que ela
recorresse a uma amiga enfermeira para a aplicar o ATA. Bem como a professora
explicou, esse ácido deve ser aplicado apenas por nós médicos justamente para
observarmos a necessidade ou não de reaplicação, tendo em vista que ele não é
inócuo e pode causar graves lesões na pele. Também foi discutida a questão das
IST’s e a necessidade de testagem/ tratamento se necessário dos parceiros sexuais.

Docente :

15/02/2023

HPMA: PACIENTE VEM EM CONSULTA DE RETORNO COM EXAMES. NEGA


QUAISQUER QUEIXAS. NEGA CORRIMENTO VAGINAL, SANGRAMENTO OU
DOR. NEGA ALTERAÇÕES EM HÁBITO URINÁRIO E INTESTINAL.
AP: HIPERTENSA HÁ 37 ANOS
HIPOTIREOIDISMO
DISLIPIDEMIA
NEGA VíCIOS.
TRAZ EXAMES DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO

Discussão: Nesse caso foi possível discutir quais exames fazem parte da
propedêutica do climatério e também a indicação de prescrição de vitamina D e
carbonato de calcio para prevenir a osteoporose. Foi debatido também as indicações
para a realização da desintometria óssea.

Reflexão: Nesse caso foi possível refletir sobre os exames que devemos solicitar no
climatério e também nos atentar para o publico alvo para a prevenção de
osteoporose. Também foi importante para esclarecer dúvidas sobre a indicação de
exames e a peridiocidade de mamografia, US transvaginal e exames laboratoriais.
Docente:

Você também pode gostar