Você está na página 1de 19

1)Pacientes no climatério pré ou pós-menopausa apresentam alterações hormonais e

metabólicas fisiológicas importantes. É necessário o conhecimento dessas alterações para


avaliarmos a qualidade de vida dessas mulheres e a necessidade ou não de terapêutica
hormonal. Sobre esse tema, assinale a alternativa CORRETA.

a) No climatério pré-menopausa, para compensar a falência ovariana com redução das


células secretoras e dos receptores das gonadotrofinas, há um aumento da secreção de
androstenediona pelo estroma do ovário e pelas suprarrenais que irá sofrer conversão periférica
para estrogênios, principalmente estradiol.

b) No climatério, há mudança funcional importante também na unidade hipotálamo-


hipofisária, com hiperfunção e hipertrofia caracterizada pela diminuição dos níveis de
gonadotrofinas.

c) No tratamento dos sintomas vasomotores intensos e moderados, há indicação primária


do uso da terapia hormonal. Essa indicação é o tratamento mais efetivo para os sintomas
vasomotores na peri e pós-menopausa, especialmente para mulheres acima dos 60 anos e com
menos de cinco anos de menopausa.

d) Inúmeros ensaios clínicos têm consistentemente demonstrado que estrogênios


administrados por via oral e não oral reduzem os níveis plasmáticos de colesterol total e da
fração LDL (low-density lipoprotein). Os aumentos dos receptores de LDL promovidos pelos
estrogênios fazem com que eles sejam metabolizados com menor velocidade.

e) No climatério pré-menopausa, há uma redução importante da progesterona, do


estradiol e da inibina, decorrentes da falência folicular, redução das células secretoras e
diminuição dos receptores das gonadotrofinas.

Resposta: letra e

2) Paciente de 16 anos procura consulta médica para indicação de contracepção. Deseja


contracepção altamente eficaz. Não apresenta doenças nem usa medicamentos. De acordo com
os critérios da Organização Mundial da Saúde, assinale a alternativa CORRETA.

a) DIU com Levonorgestrel somente poderia ser utilizado após os 18 anos, impedindo a
indicação para essa paciente.

b) DIU com cobre pode aumentar o fluxo menstrual e a dismenorreia, o que torna o
método categoria 3 dentre os critérios de elegibilidade médica para essa paciente.

c) Injetável trimestral está recomendado somente para pacientes que já tiveram filhos
devido ao risco de osteoporose, sendo, para essa paciente, contraindicado.

d) Pílula combinada teria contraindicação relativa e o implante contraindicação absoluta


para essa paciente.

e) DIU de cobre, acetato de medroxiprogesterona trimestral ou implante poderiam ser


indicados, mesmo nessa idade.

RESPOSTA: LETRA E
3)
Mulher, 54 anos, queixa-se de secura vaginal e relações sexuais dolorosas. Refere ondas de calor
que não a incomodam e episódios ocasionais de incontinência urinária quando tosse.
Antecedentes pessoais: trombose venosa profunda em membro inferior direito após
colecistectomia, há 10 anos; menopausa aos 49 anos, sem uso pregresso de terapia hormonal e
em acompanhamento com clínico da unidade de saúde por colesterol HDL baixo e triglicérides
elevados, recentemente adotou exercícios e mudanças de dieta. Antecedentes familiares: pai,
tabagista, morreu de doença coronariana aos 44 anos. Exame ginecológico: atrofia vulvar.
Exame de urina sem alterações.

A conduta é prescrever:

a) Estrógenos por via transdérmica.

b) Inibidores seletivos da recaptação de serotonina.

c) Creme vaginal contendo estrógenos.

d) Terapia oral com estrógeno e progesterona.

Incorreta a alternativa “a” porque a paciente refere que as ondas de calor não a incomodam. A
principal indicação para prescrição de terapia hormonal são os fogachos. Esta paciente já está
menopausada há 5 anos, tendo ultrapassado o período de maior sintomatologia do climatério,
não havendo necessidade de estrógenos transdérmicos.
Incorreta a alternativa “b”: os inibidores seletivos da recaptação de serotonina são uma opção
em casos que exista contra-indicação para terapia hormonal, não sendo o caso desta paciente.
Incorreta a alternativa “d” : como explicado na alternativa A, esta paciente já passou pelo
período de maior sintomatologia do climatério e refere que as ondas de calor não a incomodam,
Devido as queixas de secura vaginal, dor para ter relações sexuais e incontinência urinária de
esforço ocasional a melhor opção para esta paciente é a administração de creme vaginal
contendo estrógenos.
Correta a alternativa “c” porque as principais queixas da paciente são secura vaginal e relações
sexuais dolorosas, além dos episódios ocasionais de incontinência urinária quando tosse. O
creme vaginal contendo estrógenos é o tratamento ideal para este caso, pois irá tratar "in loco"
os problemas principais da paciente, estrogenizando a mucosa vaginal e melhorando o trofismo
do epitélio com benefício para todos os sintomas da paciente. Além disto, devido a discreta
absorção sistêmica pode ajudar com relação as poucas ondas de calor.
RESPOSTA: LETRA C

4)Paciente de 26 anos de idade, nuligesta, vem para consulta ginecológica referindo dor pélvica
de fraca intensidade na fossa ilíaca esquerda. Sexarca aos 21 anos de idade, apresenta ciclos
menstruais regulares, não utiliza anticoncepcional hormonal oral. Método anticoncepcional
utilizado: preservativo. Refere que tem pouca atividade sexual. Nega antecedentes cirúrgicos.
Exame especular sem alterações. Toque vaginal: colo cartilaginoso, útero em Anteversoflexão
(AVF), tamanho normal. Sensação de massa móvel no anexo esquerdo. Você solicita ecografia
pélvica endovaginal: útero em AVF. Volume de 70 cm³. Endométrio 6 mm. Ovário direito com
volume de 6 cm³. Cisto no ovário esquerdo, paredes lisas e sem septações, medindo 8 cm.
A partir desse quadro, qual a conduta adequada?
a) Conduta expectante; repetir a ecografia endovaginal em 8 semanas.
b) Indicar laparotomia e fazer anexectomia esquerda.
c) Indicar videolaparoscopia e fazer cistectomia ovariana.

d) Prescrever acetato de gosserrelina 10,8 mg subcutâneo a cada 3 meses.

e) Prescrever anastrozol 1 mg/dia, via oral durante 6 meses e repetir a ecografia


endovaginal.

RESPOSTA: LETRA A

Alternativa “a” correta, pois pelas características apresentadas pela questão, trata-se de um
cisto benigno, provavelmente um cisto funcional, que pode se formar durante o ciclo menstrual
e tende a desaparecer, sendo reabsorvido pelo organismo. Pelo tamanho de 8 cm, há risco de
torção anexial, porém como se trata de um cisto com características funcionais, pode ser
adotada a conduta de repetir o exame precocemente e avaliar sua evolução. Caso haja
persistência ele deverá ser abordado.
Alternativa “b” incorreta, pois trata-se de um cisto provavelmente benigno pelas características
e que pode ser acompanhado por ultrassonografia, não havendo necessidade de abordagem
nesse momento. Além disso, a ooforoplastia, que consiste na retirada do cisto com preservação
do ovário, é a cirurga de preferência em pacientes jovens.
Alternativa “c” incorreta, pois apesar da ooforoplasia ou cistectomia ser a cirurgia de escolha
em pacientes jovens, nesse momento não há indicação de abordagem cirúrgica.
Alternativa “d” incorreta, pois o uso de análogos de GnRH traz diversos efeitos colaterais
associados ao hipoestrogenismo, devendo ser aplicado em patologias selecionadas. Nesse caso,
se houvesse indicação de uso de alguma terapia com hormônios, seria o uso de
anticoncepcionais combinados, a fim de levar à anovulação e evitar a formação de novos cistos.
Alternativa “e” incorreta, pois o anastrazol é um inibidor da aromatase, utilizado para
tratamento adjuvante de câncer de mama em mulheres menopausadas, a fim de diminuir a
produção estrogênica periférica. Não há nenhuma relação com seu uso e a redução de cistos
ovarianos.

5) São considerados fatores de risco para carcinoma de endométrio todos os


abaixo, EXCETO:
a) Descendência de judeus Ashkenazi.
b) Obesidade.
c) Anovulação crônica.
d) Nuliparidade.

RESPOSTA: LETRA A
6) A terapia hormonal na menopausa

a) é a mais efetiva para diminuir os fenômenos vasomotores.

b) é a melhor opção para tratar os sintomas gênito-urinários, quando realizada via oral.

c) não é efetiva para prevenir perdas ósseas e fraturas por fragilidade.

d) aumenta a incidência de câncer colorretal (TH combinada) RESPOSTA: LETRA A


Correta a alternativa A: a TH apresenta maior benefício para as pacientes no alívio dos sintomas
vasomotores. Incorreta a alternativa B, porque a melhor opção para tratar os sintomas gênito
urinários é a TH pela via vaginal (tópica). Incorreta a alternativa C, porque um dos principais
benefícios da TH é a prevenção da osteoporose. Incorreta a alternativa D, porque a TH
combinada diminui o risco de câncer colorretal.

7) Paciente feminina, 65 anos, branca, tabagista, com queixa de sangramento vaginal há 3


meses. AP: obesidade, hipertensa, diabética, hipotireoidismo. Menopausa aos 55 anos. 4G 3P
1A. Considerando esse caso, no que se refere ao carcinoma de endométrio, a tríade clássica
é caracterizada por:
a) hipertensão , obesidade e tabagismo.
b) multiparidade, hipertensão e tabagismo.
c) diabetes, hipotireoidismo e multiparidade.
d) obesidade, hipertensão e diabetes.
RESPOSTA: LETRA E

Correta a alternativa E: a obesidade, a hipertensão e o diabetes são a tríade clássica do câncer


de endométrio. Incorreta a alternativa A, porque o tabagismo tem um efeito antiproliferativo
sobre o endométrio e é um fator de “proteção” para o câncer de endométrio. Incorreta a
alternativa B, porque a multiparidade não é um fator de risco para o câncer de endométrio, e
sim a nuliparidade. Incorreta a alternativa C, porque o hipotireoidismo não é um fator de risco
para o câncer de endométrio.

8) É sinal de alerta para transtorno do desenvolvimento puberal:


a) início da puberdade antes dos dez anos nas meninas.

b) início da puberdade antes dos onze anos nos meninos.

c) ausência de sinais puberais aos 12 anos nas meninas.

d) ausência de sinais puberais aos 14 anos nos meninos.


RESPOSTA: LETRA D
Incorreta "A" porque a puberdade em meninas é precoce quando se instala antes dos 8 anos
de idade. Incorreta "B" porque a puberdade em meninos é precoce quando se instala antes dos
9 anos de idade. Incorreta "C" porque a puberdade em meninas é tardia quando se instala após
os 13 anos de idade. Correta "C" porque a puberdade em meninos é tardia quando se instala
após os 14 anos de idade.

9)Mulher de 36 anos, com cinco partos normais anteriores, queixa-se de dor pélvica tipo peso
intermitente e de intensidade variável há cerca de 1 ano. A dor piora após a relação sexual e
após longos períodos em pé. Paciente nega: febre, corrimento, disúria, polaciúria, alterações do
trânsito intestinal, dismenorreia, alterações no ciclo menstrual ou outras queixas. Realizou
laqueadura tubária após a última gestação. Exame físico: abdome plano, indolor, normotenso,
sem massas; toque vaginal e exame especular não revelam alterações. Considerando o quadro
clínico, a principal hipótese diagnóstica é:
a) doença inflamatória pélvica.

b) síndrome da congestão pélvica.

c) prenhez ectópica.

d) cistite intersticial.

e) síndrome do intestino irritável.


RESPOSTA: LETRA B

Alternativa “a” incorreta, pois o quadro de doença inflamatória pélvica se caracteriza por dor
pélvica crônica, associada a sinais infecciosos, como febre, leucorreia purulenta e dor à
mobilização do colo. Nos casos crônicos está associada à gestação ectópica, infertilidade e dor
pélvica crônica. Alternativa “b” correta, pois conforme descrito na introdução, o quadro clínico
é típico de síndrome da congestão pélvica. Alternativa “c” incorreta, pois a gestação ectópica se
manifesta com quadro agudo de dor abdominal, associado à sangramento vaginal, podendo em
quadros de ruptura levar à instabilidade hemodinâmica. Alternativa “d” incorreta, pois a
síndrome da bexiga dolorosa (SBD) ou cistite intersticial é uma doença inflamatória crônica da
bexiga que leva à urgência miccional, aumento de frequência urinária e dor pélvica,
configurando um diagnóstico diferencial das incontinências urinárias. Alternativa “e” incorreta,
pois a síndrome do intestino irritável se caracteriza por dor abdominal associada à alteração de
hábito intestinal e da conformação das fezes.

10) Causa dor pélvica acíclica:

a) Ovulação.

b) Tensão pré-menstrual.

c) Doença inflamatória pélvica.


d) Dismenorreia primária.
RESPOSTA: LETRA C

Incorreta a alternativa “a” porque a ovulação em geral é assintomática. A chamada "dor do


meio", quando ocorre, é um exemplo de dor pélvica cíclica. Incorreta a alternativa “b” porque a
tensão pré-menstrual está relacionada com a mesntruação, portanto é cíclica. Correta a
alternativa “c” porque a doença inflamatória pélvica aguda é uma infecção ascendente do trato
genital superior feminino, portanto não está relacionada com o período menstrual, e pode se
manifestar com dor pélvica acíclica. Incorreta a alternativa “d” porque a dismenorréia está
relacionada com a menstruação, portanto é uma dor pélvica cíclica.

11)No tratamento das mulheres com dor pélvica crônica:


a) Os antidepressivos não funcionam.
b) Os anti -inflamatórios não esteróides não são úteis.
c) Podemos iniciar com analgésicos orais.
d) Sempre a cirurgia é a melhor escolha.
e) A causa tem importância secundária.
RESPOSTA: LETRA C
Alternativa “a” incorreta, pois os antidepressivos são eficazes nos casos em que não há uma
causa orgânica para a dor pélvica. Alternativa “b” incorreta, pois os AINEs entram no
escalonamento de analgésicos para dor pélvica crônica. Alternativa “c” correta, pois a primeiro
nível de tratamento para dor pélvica são os analgésicos simples por via oral. Alternativa “d”
incorreta, pois nenhuma das técnicas cirúrgicas, com as ablações, mostraram ser eficazes no
controle da dor pélvica crônica. Alternativa “e” incorreta, pois o tratamento deve ser focado na
causa da dor.

12) Denomina-se Dor Pélvica Crônica aquela com duração maior que 6 meses, não associada
com gestação, ato sexual ou menstruação. Qual das alternativas abaixo é verdadeira:

a) Raramente, por tratar-se de sintomas crônicos, a mesma está associada com distúrbio
da
saúde mental da mulher afetada.

b) 60-80% das pacientes submetidas à laparoscopia por Dor Pélvica Crônica não
apresentam
alterações no procedimento.

c) Endometriose raramente é a causa.

d) Em casos de resposta pobre ao tratamento inicial, a terapia cognitivo-comportamental


pode ser tentada, mas tem pouca efetividade.

e) As causas de origem intestinal, urinária ou muscular não devem ser classificadas como
Dor Pélvica Crônica.
RESPOSTA: LETRA B
Alternativa “a” incorreta, pois um terço dos casos de dor pélvica crônica não tem fatores
orgânicos associados e pode estar associado a componentes de outras doenças psíquicas.
Alternativa “b” correta, pois boa parte das pacientes com dor pélvica crônica não apresentam
alteração orgânica durante a investigação diagnóstica, sendo a videolaparoscopia normal.
Alternativa “c” incorreta, pois a endometriose é uma das principais causas de dor pélvica crônica
em mulheres, devendo sempre ser aventada essa hipótese nesses casos. Alternativa “d”
incorreta, pois há tendência a se recomendar uma abordagem multidisciplinar das pacientes
com dor pélvica crônica, incluindo psicoterapia, como a terapia cognitivo comportamental,
podendo apresentar bons resultados. Alternativa “e” incorreta, pois a dor pélvica crônica é
definida como uma dor em andar inferior do abdome, acíclica, com duração igual ou superior a
6 meses, não causada pela gravidez e sem associação exclusiva com o ato sexual, independente
de sua etiologia.

13) Na condução do caso de uma mulher que apresenta dor pélvica crônica, é correto afirmar
que:
a) a histerectomia total com anexetomia bilateral consiste em uma opção terapêutica
definitiva da dor pélvica crônica.
b) a ultrassonografia transvaginal ou pélvica diagnostica as causas mais frequentes de dor
pélvica crônica, incluindo aparelho genitourinário e intestinal, além do músculo esquelético e
neurológico.

c) a dor neuropática está relacionada a causas de dor cujos estímulos foram resolvidos
rapidamente.

d) as aderências pélvicas devem ser manejadas por vídeo-histeroscopia para solução da


dor.
e) a cistite intersticial deve ser suspeitada quando a mulher apresenta sintomas de
urgência, frequência, redução da capacidade vesical e dor pélvica, podendo estar associada a
síndromes dolorosas, fibromialgia, depressão e síndrome do intestino irritável. RESPOSTA:
LETRA E

Alternativa “a” incorreta, pois em um terço dos casos de dor pélvica crônica não se encontra
causa orgânico para o quadro e o tratamento cirúrgico não se aplica para esses casos.
Alternativa “b” incorreta, pois o que você deve ter em mente nas questões de dor pélvica
crônica é que a anamnese, o exame físico e a avaliação psicológica da paciente são as etapas
mais importantes para o diagnóstico. O uso de exames subsidiários, como ultrassonografia e
ressonância magnética têm papel limitado quando não há disfunção orgânica. Alternativa “c”
incorreta, pois em alguns indivíduos, o estímulo doloroso mantido pode levar à sensibilização
central persistente e à perda permanente da inibição neuronal. Como resultado, há redução do
limiar para estímulo da dor, criando um ciclo vicioso de dor. Nos casos em que não há uma
etiologia clara para a dor, podem ser empregados antidepressivos e anticonvulsivantes que
auxiliam no controle álgico, visando interromper esse ciclo de dor. Alternativa “d” incorreta,
pois a videolaparoscopia é a ferramenta diagnóstica e terapêutica, pois permite a realização da
lise das aderências. A histeroscopia não avalia a cavidade abdominal, apenas a cavidade uterina.
Alternativa “e” correta, pois a síndrome da bexiga dolorosa (SBD) ou cistite intersticial é uma
doença inflamatória crônica da bexiga que leva à urgência miccional, aumento de frequência
urinária e dor pélvica, configurando um diagnóstico diferencial das incontinências urinárias. Essa
doença está associada a outras síndromes dolorosas de etiologia incerta.
14) Mulher, 18 anos de idade, virgem, refere namoro há 3 meses e iniciará a vida sexual em
breve. Tem diagnóstico de enxaqueca com aura e útero septado. Exame físico sem
alterações. Qual dos métodos contraceptivos abaixo pode ser indicado nessa consulta?

A) Implante subcutâneo com etonogestrel

B) DIU de cobre

C) Preservativo feminino

D) Pílula com etinilestradiol e ciproterona

E) Anel vaginal com etinilestradiol e etonogestrel

RESPOSTA: LETRA A
A presença de enxaqueca com aura é uma clássica contraindicação absoluta para uso de
contraceptivos hormonais combinados, independentemente da idade. Devemos excluir todos
os métodos que contém estrogênio: anticoncepcional combinado oral, injetável mensal,
adesivo e anel vaginal. O outro problema descrito no anunciado é um útero septado, o que
também limita o uso de outra forma de contracepção: DIU. Lembre-se que não podemos
inserir DIU diante de malformações e distorções da cavidade uterina. São contraindicações
absolutas à inserção de DIU, aquelas consideradas categoria 4 pela OMS: gravidez, infecção
puerperal, imediatamente após aborto séptico, sangramento vaginal inexplicado, câncer de
colo uterino, câncer de endométrio, doença inflamatória pélvica atual, cervicite purulenta,
alterações anatômicas que distorcem a cavidade, tuberculose pélvica e doença trofoblástica
gestacional. Por outro lado, podemos fazer uso de métodos contendo apenas progesterona
(como o implante subdérmico) em ambas as patologias apresentadas. E, por fim, o uso do
preservativo deve ser estimulado e incentivado, mas especialmente como proteção para
infecção sexualmente transmissível, pois como contraceptivo tem alto índice de falha com o
uso típico.

15) Segundo os critérios de elegibilidade do uso de contraceptivos da OMS, é correto afirmar


que a categoria:
A) 4 inclui os métodos que devem ser usados em caráter excepcional, somente se não houver
outro método disponível.

B) 1 inclui os métodos que podem ser usados em qualquer circunstância.

C) 5 inclui os métodos que não devem ser usados em nenhuma circunstância.

D) 3 inclui os métodos que podem ser usados, porém por tempo limitado a menos de 6 meses.

E) 2 inclui os métodos que podem ser usados mediante termo de consentimento assinado pelo
casal.

Vamos rever os critérios de elegibilidade do uso de contraceptivos da OMS? Categoria 1: o


método pode ser usado sem restrições; Categoria 2: o método pode ser usado com
restrições, as vantagens geralmente superam os riscos; Categoria 3: os riscos decorrentes do
uso superam os benefícios; Categoria 4: o método não deve ser usado, pois apresenta um
risco inaceitável. Portanto, Resposta: B.

16) M.I., 18 anos, em uso de pílula combinada, gostaria de usar um método


contraceptivo de longa ação e reversível. Das opções abaixo, a que se aplica ao desejo
dela é A) anel vaginal.

B) DIU de cobre.

C) adesivo transdérmico.

D) injetável trimestral subcutâneo.

E) injetável mensal intramuscular.

A questão descreve uma paciente que deseja fazer uso de um método contraceptivo de
longa ação e reversível. Os métodos de longa ação reversíveis, também chamados de LARC,
são DIU de cobre, DIU de progesterona ou implante. Resposta: letra B.

17) Conforme dados de 2020 do Instituto Nacional do Câncer (Inca), surgem, no país, cerca
de 6 650 novos casos de câncer de ovário por ano. A respeito dessa doença, assinale a
alternativa correta.
a) Na maior parte das vezes os sintomas são incomuns a outras doenças.
b) A maioria dos casos são diagnosticados no início da doença.
c) É o tipo de tumor ginecológico mais comum.
d) 90% dos tumores ovarianos malignos são de origem epitelial.

e) Sua maior incidência ocorre em mulheres > 40 anos de idade.


RESPOSTA: LETRA D
Alternativa “a” incorreta, pois na maioria das vezes os sintomas são inespecíficos, como dor
pélvica, sintomas urinários e gastrintestinais.Alternativa “b” incorreta, pois a maior parte dos
casos são diagnosticados em fase avançada devido à ausência de sintomas e de um método
eficaz de rastreamento. Alternativa “c” incorreta, pois o tumor ginecológico mais comum é o de
mama. Alternativa “d” correta, pois 90% de todas as neoplasias malignas do ovário são epiteliais,
sendo que 50-70% dos casos são do subtipo seroso. Alternativa “e” incorreta, pois é uma
neoplasia mais frequente na sexta e na sétima décadas de vida.

18) Uma jovem de 22 anos vem ao consultório preocupada, pois a sua avó acaba de falecer
de um câncer de ovário, aos 72 anos de idade. Você explica para a paciente sobre os
fatores de risco e prevenção do câncer de ovário. Assinale a alternativa que reduz o risco
de câncer de ovário.

a) Nuliparidade.

b) Uso de medicações para induzir ovulação.


c) Menopausa tardia.

d) Uso de anti-inflamatórios não hormonais.

e) Uso de contraceptivos hormonais.


RESPOSTA: LETRA E
Alternativa “a” incorreta, pois a nuliparidade é um fator de risco, por expor a mulher a uma
maior quantidade de ciclos ovulatórios ao longo da vida. Alternativa “b” incorreta, pois o uso de
medicações para induzir a ovulação desencadeia uma resposta ovariana exacerbada, gerando
intenso processo inflamatório, que pode estar associado a gênese do câncer de ovário.
Alternativa “c” incorreta, pois a menopausa tardia faz com que a mulher mantenha-sepor mais
tempo submetida a ciclos ovulatórios, que podem estar associados a carcinogênese. Alternativa
“d” incorreta, pois apesar de alguns estudos indicarem que os AINEs podem reduzir o risco de
câncer de ovário e até aumentar a sobrevida de paciente em tratamento por reduzir o estado
inflamatório, que está associado a patogênese do tumor, não há comprovação ainda pela
literatura. Alternativa “e” correta, pois o uso de anticoncepcionais orais combinados estão
associados à redução entre 30 e 60% do risco para câncer de ovário. Provavelmente isso se deva
ao fato dos anticoncepcionais inibirem a ovulação, fazendo com que a mulher tenha menos
ciclos ovulatórios ao longo da vida.

19)Mulher branca, 60 anos de idade, desde os 45 anos de idade entrou na menopausa. A


primeira menstruação ocorreu aos 9 anos. Teve 3 gestações e todas evoluíram para parto
normal. Refere hipertensão bem controlada com medicação. IMC: 30Kg/m². Vem ao pronto
atendimento pois apresentou sangramento vaginal, de pouca quantidade, há 3 dias, com
melhora espontânea após 2 dias do início do evento. Hoje apresenta sangramento tipo borra de
café. Nega cólica ou outros sintomas associados. Nega uso de medicações no momento ou
histórico de reposição hormonal. Ao exame físico: corada e hidratada. Abdome flácido, indolor
à palpação e sem visceromegalias. Exame especular: presença de sangramento não ativo de
pouca quantidade coletado em fundo vaginal. TV: ausência de dor à mobilização do colo uterino.
Ultrassonografia Transvaginal realizada evidencia útero em retroversoflexão com dimensões,
morfologia e contornos preservados. Medida total: 40cm³, miométrio com ecotextura
homogênea, eco endometrial centrado homogêneo de 6mm. Ovários não visualizados. Ausência
de líquido livre na cavidade.

São fatores de risco para câncer de endométrio nessa paciente, exceto:

a) Apresentar IMC: 30Kg/m².

b) Ter tido menarca aos 9 anos.

c) Ter tido três gestações.

d) Ser hipertensa.

RESPOSTA: LETRA C

Incorreta a alternativa A, porque a obesidade é um fator de risco para o câncer do endométrio.


Incorreta a alternativa B, porque a menarca precoce é um fato de risco para o câncer do
endométrio. Correta a alternativa C: a multiparidade não é um fator de risco para o câncer
de endométrio, e sim a nuliparidade. Incorreta a alternativa D, porque a hipertensão é um fator
de risco para o câncer de endométrio

20) Paciente de 70 anos de idade, GI P0 AI, menopausa aos 50 anos, obesa, hipertensa,
apresenta sangramento vaginal que iniciou há 2 meses. Nega uso de terapia
hormonal. Traz consigo ultrassonografia transvaginal realizada há 1 mês que
evidenciou um endométrio de 10 mm. O exame ginecológico não mostrou lesão em
vagina e colo. A propedêutica mais eficaz para a investigação do sangramento é:

a) Colpocitologia oncótica.

b) Curetagem uterina.

c) Histeroscopia.

d) Não há necessidade de investigação do sangramento, pois a paciente já realizou a


ultrassonografia transvaginal.

Gabarito: alternativa C.
Incorreta a alternativa “a” porque a colpocitologia oncótica está indicada para rastreamento do
câncer de colo de útero, não sendo capaz de identificar alterações endometriais. Incorreta a
alternativa “b” porque a curetagem uterina tem menor acurácia que a histeroscopia. Correta a
alternativa “c” a histeroscopia é o método padrão ouro para a avaliação da cavidade
endometrial, porque possibilita o exame da cavidade com visibilização das lesões em tempo real.
Incorreta a alternativa “d” porque a paciente apresenta quadro de sagramento pós menopausa
e espessamento endometrial (ecoendometrial > 4mm), estando indicada a biópsia do
endométrio para investigação de um possível câncer de endométrio.

21) Paciente com 59 anos de idade, última menstruação havia sido há 08 anos. Nos
últimos 06 meses tem apresentado sangramento genital a cada 20 dias com fluxo
que vem aumentando de intensidade. É diabética do tipo 2 e hipertensa. Ao exame
ginecológico apresentava mamas sem alterações, vulva atrófica, especular de
vagina e colo sem lesões com sangue escuro exteriorizando-se pelo OE do colo.
Trouxe ultrassonografia solicitada pelo clínico da UBS que demonstrou volume
uterino de 122cc com mioma intramural de 2cm, eco endometrial de 12mm, ovário
direito 2cc e ovário esquerdo 3cc. Seria(m) a(s) causa(s) mais provável(is) do
sangramento e conduta inicial:

a) Atrofia endometrial e expectante

b) Mioma e histerectomia

c) Hiperplasia ou câncer de endométrio e histeroscopia com biópsia

d) Pólipo endometrial e histerectomia

Gabarito: alternativa C.
Incorreta a alternativa “a” porque os casos de atrofia apresentam eco endometrial fino, menor
que 4 mm de espessura. Incorreta a alternativa “b” porque os miomas são estrogênio
dependentes e regridem após a menopausa, não sendo uma das causas de sangramento pós
menopausa. Correta a alternativa “c” trata-se de caso de espessamento endometrial. As
hipóteses diagnósticas são hiperplasia ou câncer de endométrio. A conduta deve ser a realização
de histeroscopia com biópsia. Incorreta a alternativa “d” porque o pólipo endometrial também
é uma das causas de sangramento pós menopausa, mas a conduta inicial não seria a
histerectomia, e sim a histeroscopia com biópsia.

22) O câncer de endométrio é o tumor mais frequente do trato genital feminino e o


quarto mais comum na mulher, depois do câncer de mama, pulmão e cólon. No
Brasil, o carcinoma de endométrio é o segundo tumor pélvico mais frequente entre
as mulheres. Quais os fatores de risco para o adenocarcinoma do endométrio?

a) Menopausa precoce, multiparidade, uso de estrogênio com progestogênio.

b) Menopausa após 52 anos de idade, nuliparidade, uso de estrogênio sem progestogênio.

c) Menopausa precoce, uso de estrogênio sem progestogênio, ciclos anovulatórios.

d) Menopausa após 52 anos de idade, uso de estrogênio com progestogênio, hiperplasia


endometrial.

RESPOSTA: LETRA B
Incorreta a alternativa A, porque a multiparidade e o uso de estrogênio com progestogênio não
são fatores de risco para o câncer de endométrio. Correta a alternativa B: a menopausa tardia,
a nuliparidade e o uso de estrogênio sem progestogênio são fatores de risco para o câncer de
endométrio. Incorreta a alternativa C, porque a menopausa precoce não é um fator de risco
para o câncer de endométrio.Incorreta a alternativa D, porque o uso de estrogênio com
progestogênio não é um fator de risco para o câncer de endométrio.

23) No Brasil, o principal sintoma ou sinal que acompanha o câncer de endométrio é:

a) Dor pélvica e espessamento do endométrio.


b) Sangramento genital anormal.

c) Corrimento vaginal escuro com forte odor.

d) Aumento do volume abdominal.


RESPOSTA: B
Incorreta a alternativa A, porque a dor pélvica não é frequente nos casos de câncer de
endométrio. Quando presente está relacionada mais frequentemente com os casos de câncer
de endométrio avançados. Correta a alternativa B: o principal sintoma ou sinal do câncer de
endométrio é o sangramento genital anormal. Incorreta a alternativa C, porque o corrimento
vaginal escuro com forte odor não é um sinal relacionado ao câncer de endométrio, e sim às
vulvovaginites. Incorreta a alternativa D, porque o aumento do volume abdominal não é um
sinal relacionado com o câncer de endométrio, e sim com o câncer de ovário.

24) Paciente de 55 anos, assintomática, veio à consulta por alteração em exame


mamográfico. A análise das imagens revelou calcificações com até 0,5 mm,
agrupadas, irregulares e pleomórficas. A paciente trouxe exame mamográfico do
ano anterior, com resultado BIRADS 1. Neste momento, a nova mamografia seria
classificada como:

a) BIRADS 0.

b) BIRADS 2.

c) BIRADS 3.

d) BIRADS 5.

e) BIRADS 6.

RESPOSTA: D

Alternativa “a” incorreta, pois a mamografia não apresentou um resultado inconclusivo, não
podendo ser caracterizada como BIRADS 0. Alternativa “b” incorreta, pois não se trata de um
achado benigno. Alternativa “c” incorreta, pois trata-se de uma calcificação com risco de
malignidade alto associado. Alternativa “d” correta, pois trata-se de uma calcificação com
características provavelmente malignas, sendo classificada como BIRADS 5 e devendo ser
biopsiada. Alternativa “e” incorreta, pois a classificação de BIRADS 6 se refere a casos em que já
há confirmação histopatológica de neoplasia maligna.

25) Uma paciente de 55 anos, vem a consulta de rotina trazendo mamografia com
resultado de BI-RADS 0. Na terminologia BI-RADS (American College of Radiology
Breast Imaging Reporting and Data System), a designação 0 (zero) quer dizer:

a)Mamografia normal.
b)Suspeita de malignidade.

c)Lesão provavelmente benigna.

d)Necessita de avaliação adicional.

Correta a alternativa D: o BIRADS 0 se refere a uma mamografia que foi inconclusiva e necessita
de avaliação adicional para definir melhor o seu achado. Incorreta a alternativa A, porque a
mamografia normal é considerada categoria BIRADS 1. Incorreta a alternativa B, porque a
mamografia que apresenta um achado suspeito de malignidade é considerada categoria BIRADS
4. Incorreta a alternativa C, porque a mamografia que apresenta uma lesão provavelmente
benigna é considerada categoria BIRADS 3.

26) A imagem ultrassonografica de mama mais sugestiva de neoplasia é:

a) massa arredondada ou lobulada, paralela à pele.

b) massa arredondada sem sombra acústica posterior.

c) massa imprecisa com halo ecogênico, não paralela à pele.

d) massa lobulada bem definida não paralela à pele.

RESPOSTA: C
Incorreta a alternativa A, porque nódulo paralelo a pele é sugestivo de benignidade. Incorreta a
alternativa B, porque o nódulo arredondado sem sobra acústica posterior é sugestivo de
benignidade.Correta a alternativa C: nódulo impreciso (irregular) com halo ecogênico, não
paralelo à pele (verticalizado) é provavelmente um nódulo maligno. Incorreta a alternativa D,
porque um nódulo lobulado bem definido e não paralelo a pele também é suspeito, mas menos
do que o nódulo irregular.

27) Com relação à mamografia para rastreamento do câncer de mama na mulher,


assinale a alternativa INCORRETA:

a)A sensibilidade desse exame varia de acordo com o tamanho da lesão e da densidade das
mamas

b)Diante do laudo de "achado suspeito" classificar a mamografia como categoria 5 e


encaminhar para mastologista

c)Diante do laudo de mamografia categoria 3 é recomendado o controle radiológico por 3


anos
d)Não indicar mamografia na ausência de sintomas ou suspeita clínica em pacientes com
menos de 49 anos

Gabarito: alternativa B.

Correta a alternativa “a” a sensibilidade da mamografia varia de acordo com o tamanho da lesão
e da densidade das mamas. Incorreta a alternativa “b” porque o laudo de "achado suspeito"
classifica a mamografia como categoria 4. Deve-se encaminhar a paciente para o mastologista
para realização de biópsia da lesão. Correta a alternativa “c” diante do laudo de mamografia
categoria 3 (alterações provavelmente benignas) é recomendado o controle radiológico por 3
anos. Aqui cabe uma ressalva. O BIRADS considera que se a lesão se mantiver estável por 2 anos
de acompanhamento pode ser considerada benigna e ter o BIRADS "abaixado" para 2. Correta
a alternativa “d” porque de acordo com a recomendação do Ministério da Saúde, não está
indicada a realização de mamografia de rastreamento na ausência de sintomas ou suspeita
clínica em pacientes com menos de 49 anos.

28) O tipo histológico mais comum de neoplasia maligna de mama é:

a) Carcinoma ductal infiltrante.

b) Ductal in situ.

c) Paget.

d) Carcinoma lobular infiltrante.

RESPOSTA: A
Correta a alternativa A: o carcinoma ductal infiltrante é o tipo histológico mais frequente do
câncer de mama, representando cerca de 80% dos casos. Incorreta a alternativa B, porque o
carcinoma ductal in situ não seria considerado uma neoplasia maligna já que ainda não ocorreu
a invasão da membrana basal. Incorreta a alternativa C, porque o tumor de Paget é raro e
apresenta uma incidência de 1% a 3% dos casos de câncer de mama. Incorreta a alternativa D,
porque o carcinoma lobular infiltrante é o segundo tipo histológico mais frequente do câncer
de mama, representando cerca de 10% dos casos.

29 - 2020 USP - RP Nuligesta, 19 anos, menarca aos 11 anos, DUM: não recorda, usa
anticoncepcional hormonal oral, procura atendimento na urgência referindo ter sofrido
estupro há 4 horas atrás. Em relação as profilaxias que esta mulher deve receber, a melhor
opção é?
A) Levonorgestrel; tenofovir, lamivudina e dolutegravir, azitromicina e ceftriaxona.
B) Acetato de medroxiprogesterona, zidovudina e efavirenz, penicilina cristalina e ceftriaxone.
C) O tempo decorrido da violência contraindica anticoncepção de emergência e profilaxia para
HIV.
D) DIU de cobre, zidovudina, lamivudina e lopinavir com ritonavir, azitromicina e penicilina
cristalina.

Uma paciente de 19 anos, nuligesta, em uso de contraceptivo oral, refere ter sofrido abuso
sexual há 4 horas. As profilaxias indicadas para casos de violência sexual são: levonorgestrel
para prevenção de gestação indesejada; penicilina G benzatina para profilaxia da sífilis;
ceftriaxona para cobertura do gonococo; azitromicina para cobertura de clamídia e cancro
mole; metronidazol para tricomoníase; e profilaxia para HIV com o esquema: tenofovir +
lamivudina + dolutegravir. Devemos lembrar que a profilaxia do HIV é realizada para o
atendimento dentro das primeiras 72 horas e o levonorgestrel preferencialmente nas
primeiras 72 horas, mas pode ser administrado em até 120 horas. Resposta: Letra A

30 - 2021 UNESP
Mulher de 18 anos refere ter sofrido violência sexual com penetração vaginal há cinco dias
por um desconhecido. Não realizou boletim de ocorrência (BO) e só procurou atendimen- to
médico hoje. Não sabe informar sobre a situação vacinal. Refere menstruação há 10 dias e
não faz uso de anticon- cepcional. Além da solicitação das sorologias (sífilis, HIV e hepatite
B), a conduta imediata é administrar

A) contracepção de emergência, profilaxia contra ISTs não virais, primeira dose da vacina
para hepatite B, profilaxia para HIV e sugestão de realização do BO.
B) profilaxia contra ISTs não virais, imunoglobulina anti-hepatite B, notificação compulsória e
orientação sobre a possibilidade de gravidez.
C) primeira dose da vacina para hepatite B, profilaxia para HIV, realização de notificação
compulsória, orientação sobre a possibilidade de gravidez e da realização do BO.
D) contracepção de emergência, profilaxia contra ISTs não virais, imunoglobulina anti-
hepatite B e realização de notificação compulsória.

RESPOSTA: LETRA B

31 - 2021 SUS - SP
Uma jovem de 19 anos, sem atividade sexual anterior, relata que foi abusada sexualmente e
procura direto um pronto-socorro. Ao examiná-la, nota-se a rotura recente do hímen, que
está com as bordas avermelhadas e intumescidas, com a presença de crosta sanguínea
úmida e equimoses. Neste caso, é recomendável:

A) Avisar imediatamente uma autoridade policial e fazer o Boletim de Ocorrência para o


atendimento da vítima de violência sexual.
B) Não revelar os dados em prontuário da paciente, pois eles podem servir como prova
criminal indireta ou Laudo Indireto de Exame de Corpo de Delito e Conjunção Carnal.
C) Que o ginecologista e obstetra tenha noções básicas sobre coleta de vestígios de crimes
sexuais para atender adequadamente esta vítima.
D) Que materiais inanimados, como absorventes, papel higiênico, vestes íntimas (calcinha) e
roupas em geral não sejam retidos.
E) Agendar um atendimento ambulatorial para que ela receba medidas preventivas contra
gravidez e a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis.
RESPOSTA: LETRA C

32 - 2021 SUS - BA
Menina, 12 anos de idade, vem ao pronto atendimento com dor abdominal tipo cólica e
náuseas. Questionada sobre ciclo menstrual, informa que menstruou pela primeira vez há 6
meses e que nos últimos 4 meses o ciclo estava regular a cada 28 dias, exceto este mês que
está atrasada há 15 dias. Ao ser novamente questionada sobre sua vida sexual, refere sofrer
violência sexual de seu vizinho de 25 anos de idade, há 2 anos, e que o mesmo a ameaça
para que não conte para os pais. Ultimo episódio de violência sexual ocorreu há cerca de 4
semanas e o penúltimo há 3 meses. Nega que ele utilize condom. Entre os exames
solicitados, o beta HCG está positivo. A ultrassonografia, de hoje, evidencia gestação tópica
única, com embrião presente compatível com gestação de 6 semanas, BCF: 128bpm. Todas
as providências legais e médicas cabíveis foram tomadas e houve conversa com os pais da
paciente que estão chorosos, assim como a paciente, pois não desejam a gestação.
Considerando a violência sexual, nesse caso, é correto afirmar:

A) Não deve ser realizada profilaxia para prevenção de ISTs nesse momento.
B) É necessário prescrição de profilaxia para prevenção de HIV, sífilis, hepatite B, clamídia e
gonococo no momento.
C) A profilaxia para prevenção de HIV já não pode ser mais ser realizada pelo tempo de
ocorrência do evento, mas é possível a profilaxia de sífilis, hepatite B, clamídia e gonococo.
D) A profilaxia para prevenção de HIV e Hepatite B já não pode ser mais ser realizada pelo
tempo de ocorrência do evento, mas é possível a profilaxia de sífilis, clamídia e gonococo.

RESPOSTA: LETRA A

33 - 2021 SMS - FLORIPA


Você atende uma mulher, 23 anos, que foi vítima de violência sexual há 04 dias. Faz uso de
método anticoncepcional injetável mensal. Sobre o manejo deste tipo de violência, assinale
a alternativa correta:

A) Deve-se iniciar esquema antirretroviral como profilaxia pós exposição para o HIV
B) É indicado contracepção de emergência para prevenção de gravidez
C) Deve-se indicar imunoglobulina e vacina para hepatite B caso a paciente não seja
imunizada
D) O MFC consegue manejar estes casos sem necessidade de encaminhar para outros
profissionais de saúde e serviços de referência

RESPOSTA: LETRA C

34- Uma menina de 8 anos é levada ao consultório do médico por desenvolvi mento das
mamas e menstruação. Ao exame, a criança apresenta desenvolvi mento mamário e pelos
pubianos e axilares do estágio IV de Tanner. Qual das alternativas a seguir é a terapia mais
adequada para essa paciente?
A. Inibidor da aromatase.
B. Agonista do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH).
C. Uso de anticoncepcionais orais (ACOs).
D. Tranquilização e manejo expectante.
E. Terapia cirúrgica e remoção de tumor ovariano.

RESPOSTA: LETRA B

35 - 2021 SCMSP Uma menina de cinco anos é levada ao consultório do médico por
desenvolvimento das mamas e menstruação. Ao exame, a criança apresenta desenvolvimento
mamário e pelos pubianos e axilares do estágio IV de Tanner. Qual das alternativas a seguir é a
terapia mais adequada para essa paciente?

A. Inibidor da aromatase.
B. Agonista do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH).
C. Uso de anticoncepcionais orais (ACOs).
D. Tranquilização e manejo expectante.
E. Terapia cirúrgica e remoção de tumor ovariano.

RESPOTA: LETRA A

36 - 2021 UFRJ
Menina, 6 anos, é levada ao ginecologista pela mãe, pois observou surgimento de broto
mamário, bilateralmente, há 2 meses. Exame físico: 20Kg; 110cm; mamas estágio M2 de
Tanner; pelos pubianos P1 de Tanner; genitália externa sem sinais de virilização. Exames
laboratoriais: LH = 0,2UI/L; E2 = 5pg/mL. RX de mão e punho: compatível com idade
cronológica. A hipótese diagnóstica mais provável é:

A) pubarca precoce isolada


B) telarca precoce isolada
C) puberdade precoce central
D) puberdade precoce periférica

RESPOTA: LETRA B

37 - 2021 PRONTOBABY
Assinale a melhor propedêutica para investigação inicial de casos de puberdade precoce:

A) Anamnese, exame físico com mensuração de peso, altura, dosagem de hormônios (FSH,
KH, estrogênio, progesterona, prolactina, perfil androgênico, radiografia de mãos e punhos
B) Anamnese, exame físico com mensuração de peso e circunferência do braço esquerdo,
dosagem de hormônios (FSH, LH, estrogênio, progesterona, prolactina, perfil androgênico,
radiografia de mãos e punhos
C) Anamnese, exame físico com mensuração de peso, altura, cintigrafia de esqueleto axial,
dosagem de hormônios (FSH, LH, estrogênio, progesterona, prolactina, perfil androgênico,
radiografia de mãos e punhos
D) Anamnese, exame físico com mensuração de perímetro cefálico, dosagem de hormônios
(FSH, LH, estrogênio, progesterona, prolactina, perfil androgênico, radiografia de mãos e
Punhos
RESPOTA: LETRA A

38 - 2021 SMA - VR
Assinale a alternativa CORRETA a respeito da puberdade precoce.

A) Por definição clássica, puberdade precoce ocorre quando o desenvolvimento dos


caracteres sexuais secundários acontece antes dos 8 anos em meninas e antes dos 9 anos
em meninos. O estabelecimento dessas idades de corte para o início da puberdade decorre
do aumento do risco para causas orgânicas, quando a puberdade é desencadeada abaixo
dessas faixas
B) No sexo feminino a puberdade precoce central (PPC) tem origem idiopática em 30% dos
casos
C) No sexo feminino a puberdade precoce central (PPC) ocorre por ativação precoce do eixo
hipotálamo-hipófise-ovário, manifestando-se inicialmente pelo surgimento de pelos púbicos
D) No sexo masculino, 10% são de causa orgânica
E) O paciente com puberdade precoce pode apresentar o padrão isossexual ou
heterossexual de causa periférica (virilização ou feminização) ou central respectivamente

RESPOSTA: A

Você também pode gostar