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Portfólio – Interação Comunitária III

15/04/19

No dia de hoje, conhecemos a Professora Daliany, que fez uma breve


autoapresentação. Posteriormente, ela nos mostrou o planejamento deste eixo,
quais atividades iremos realizar nesse semestre, com quais profissionais
teremos aula e nos deu orientações gerais.

22/04/19

Hoje tivemos uma aula que nos orientou sobre a elaboração de um


portfólio. Inicialmente, a Professora Daliany nos mostrou o quanto a Educação
Médica vem mudando nos últimos tempos, como por exemplo, com a adoção
da metodologia ativa nas faculdades, que visam formar um profissional mais
humano e que saiba um pouco sobre cada área. Ela nos contou brevemente
sobre sua formação e experiências, nos mostrando que só temos a ganhar com
este novo método, pois desde o primeiro ano do curso de medicina, passamos
a ter contato com os pacientes. Vimos o quanto é importante não apenas ter o
conhecimento teórico, mas também saber e querer praticar. Em relação ao
portfólio, aprendemos quais são as etapas para sua confecção e o que deve
conter neste material. Portanto, conseguimos ver que este novo método de
avaliação do ensino médico é muito bom, pois nos fará refletir e registrar todas
as nossas experiências, impressões e atividades que realizaremos, nos
proporcionando ganhos na aprendizagem.

29/04/19

Aula com a professora Marcela referente às mudanças e transições nos perfis


epidemiológicos, demográficos, nutricionais e tecnológicas que ocorreram nos
últimos 30 anos. A professora encaminhou com antecedência alguns artigos
para nos prepararmos para as discussões em sala de aula. O assunto fluiu
muito bem, e pudemos perceber o quanto essas mudanças afetaram e
honeraram o SUS, ainda evidenciamos como a prevalência de doenças
diferentes podem dificultar o cuidado, sendo a cronicidade destas doenças as
mais difíceis de serem tratadas. Nos dividimos em grupos e abordamos
algumas questões propostas pela professora.

30/04/2019

Chegamos na UBS as 6:50 e quando as portas se abriram entramos e nos


apresentamos ao preceptor, a enfermeira da unidade nos apresentou a equipe
de profissionais que atuam no local. Logo em seguida fomos para a sala de
reunião e juntamente com a equipe de ACS fizemos um levantamento
epidemiológico dos pacientes acamados e das principais comorbidades que a
unidade atende. Na ocasião conhecemos as principais dificuldades e desafios
que essas profissionais enfrentam, uma vez que estão com desfalque de 3
ACS, e, portanto, uma parte da área encontra-se descoberta. No levantamento
dos acamados da equipe II encontramos 2 pacientes: um senhor com diabetes
mellitus descompensada e um renal crônico que necessita de hemodiálise.

06/04/2019

Hoje a turma teve aula de interação com a professora Ângela Pasin sobre o
tema “lidando com incertezas na prática clínica”.

07/04/2019

Hoje foi um dia especial, pois acompanhamos formalmente a primeira consulta


clínica com uma residente em Medicina da Família e Comunidade, a dr.ª
Valéria. Chegamos um pouco antes das 7:00, cumprimentamos a equipe e
tivemos o primeiro contato com a nossa preceptora. A primeira impressão foi
de uma pessoa simpática, o que felizmente se confirmou. Ela atendeu os
diversos pacientes, desde um pequenino de 4 anos a um senhor de 75, com a
mesma atenção, respeito e empatia.

O primeiro paciente foi um senhor idoso, com mais de 70 anos, com queixa de
zumbido no ouvido. A doutora procedeu com a otoscopia, confirmando o
diagnóstico de cerume impactado. Não era possível ver o tímpano nem os
elementos normais de uma otoscopia em função da grande quantidade de cera
escura e ressecada no meato acústico externo. A doutora passou Cerumin, uma
solução tópica de trolamina, com propriedades detergentes, para amolecer o
cerume, e a hidroxiquinolina, um antibiótico fungistático.

O segundo paciente foi uma criança com possível quadro de IVAS (infecção
das vias aéreas superiores). O pai contou que ele iniciou quadro de febre não
aferida e tosse produtiva amarela no dia anterior. Inicialmente, o garoto
mostrou-se um pouco tímido e assustado quando a drª Valéria pediu para
examiná-lo e, mesmo com todo o carinho e paciência que ela mostrou, o exame
físico não foi simples. Ele chorou à otoscopia, sem nem mesmo o otoscópio ter
encostado nele. Também chorou muito quando ela usou o espéculo para
abaixar a língua e ver a faringe dele. A ausculta e a palpação abdominal foram
simples, sem protestos. A doutora explicou ao pai o quadro, que não havia
placas na garganta e que provavelmente era apenas uma infecção viral.
Receitou dipirona e Abrilar (2,5mL 3x/dia), um fluidificante e expectorante.
Pediu para o pai ficar atento a sinais de alarme de esforço respiratório, como o
batimento em asa do nariz e a retração dos espaços intercostais na inspiração,
e orientou o pai a trazer o menino de volta caso os sintomas piorassem.

O terceiro caso foi marcante. Encontramos uma senhora, que trabalhava num
restaurante, com síndrome do impacto do manguito rotador há uns 10 anos.
Trouxe uma ressonância magnética de 2013 que mostrava que ela tinha rotura
completa do tendão do supraespinal direito e tendinopatia do direito. Não
conseguia erguer os braços acima da altura da linha dos ombros. Ela também
tinha protrusão discal dos discos intervertebrais entre C4-C5, C5-C6 E C6-C7,
e relatava perda de força nas mãos. Afirmou que foi encaminhada ao
ortopedista três vezes, porém não conseguiu nunca marcar a consulta. A drª
Valéria e o dr. Astrogildo determinaram em conjunto a conduta a ser tomada,
porém sem grandes expectativas, pois os dois sabem da dificuldade e da
burocracia que há para um médico, que não o ortopedista, pedir ressonância
magnética pelo SUS. Fizeram o possível e a paciente saiu do consultório,
resignada. A drª passou Vimovo para a senhora, uma mistura de naproxeno e
esomeprazol para as dores nos ombros.

O último caso que nós acompanhamos foi de uma senhora que estava
aguardando cirurgia para hérnia discal de T7-L1. Ela foi no consultório para
pedir para a médica renovar a receito do medicamente manipulado que ela
havia conseguido em Cuiabá. O preparado continha 15 mg de meloxicam, 15
de codeína, 10 de prednisona e 10 de omeprazol, apenas para ser usado em
caso de esforços, como limpar a casa. Também pegou a receita para uma
pomada antifúngica de cetoconazol, para umas lesões eritematosas nas costas.
Ao final da consulta, disse pra médica que tomava sinvastatina para o colesterol
e propranolol e hidroclorotiazida para a hipertensão. A médica também solicitou
uma mamografia.

13/05/19

Na aula com a professora Ângela Pasin, aprendemos um pouco mais sobre o


Método Clínico Centrado na Pessoa. Percebemos que o método foi criado como
uma tentativa de proporcionar um atendimento mais abrangente do paciente,
que contemple todas as suas necessidades, preocupações e vivências
relacionadas à saúde e a doença. O surgimento desse método gerou mais
satisfação tanto para médicos, como para pacientes; melhorou a aderência aos
tratamentos; reduziu as preocupações e ansiedade; diminuiu a utilização dos
recursos de saúde e melhorou a questão das queixas por má-prática. Foi muito
interessante conhecer essa metodologia, pois a partir dela conseguimos
entender a doença como um todo, todos os fatores que influenciam na
patologia, podemos analisar aspectos pessoais da vida do paciente para
conhecê-la como um todo, podemos discutir com o paciente quais são as
prioridades dele para posteriormente traçar objetivos do tratamento e assim
acabando com aquela antiga relação hierárquica de médico e paciente, que se
torna mais tênue.

14/05/19

Hoje na UBS acompanhamos vários pacientes junto com a Dra. Valéria. Logo
na primeira paciente, tivemos a oportunidade de observar como é feito o exame
preventivo do câncer de colo de útero (Papanicolau). Durante a realização do
exame, a Dra foi nos explicando cada passo, quais os instrumentos utilizados
(nos mostrou que existem espéculas P, M e G; espátula de Ayres; escova
cervical, lâmina e fixador de células); quais os achados do exame, qual a
importância do preventivo, e nos mostrou que é preciso muita delicadeza e
cautela na hora da coleta, para não machucar a paciente.

A segunda paciente era uma jovem que procurou atendimento na UBS devido
ao aparecimento de manchas pelo corpo e muita dor na coluna torácica.
Durante a consulta, analisamos as manchas e a Dra concluiu que se tratava de
um quadro de ptiríase versicolor. Além disso, a Dra avaliou que as cristas ilíacas
estavam ligeiramente assimétricas, o que faz com que o peso seja maior em
um lado do corpo e o que poderia estar causando a dor na coluna torácica. Essa
paciente, em especial, foi muito interessante pra nós, pois tivemos uma aula de
microbiologia na semana passada, em que estudamos sobre micoses, incluindo
a ptiríase versicolor, e ver essa patologia hoje foi muito bacana pra avaliarmos
como essa doença se manifesta, a característica das manchas e quais são as
condutas em casos como este.

A terceira paciente era uma idosa, hipertensa e que apresentava extrassístole.


A Dra nos explicou o que significava esta alteração e tivemos a oportunidade de
auscultar a paciente, inclusive contando quantas vezes essa irregularidade
ocorria por minuto. Gostamos bastante de poder auscultar essa alteração, pois
ainda não passamos pela parte de Cardiologia na faculdade, então temos
bastante dificuldade ainda em observar variações, no entanto, ficamos felizes
em conseguir reconhecer o que é uma extrassístole.

E a última paciente que acompanhamos era uma jovem de 18 anos, que está
gestante de 11 semanas e foi a UBS para uma consulta de pré-natal. A Dra nos
explicou que é possível ouvir o coração do bebê com maior nitidez por meio do
Sonar Doppler a partir de 12 semanas de gestação. Mesmo assim ela tentou
ouvir o coração do bebê dessa paciente, porém sem sucesso. De qualquer
modo, foi muito interessante observar como esse exame é realizado.

20-05-19

SOAP-prof Júlio Cézar

A aula foi bastante dinâmica, o professor disponibilizou o livro Gusso para que
pudéssemos ler sobre o método SOAP alguns dias antes de sua aula. No
momento da dinâmica ele nos separou em grupos e, com o auxílio do
académico Álvaro da Turma 1, interpretou alguns pacientes para que
fizéssemos o registro pelo método SOAP. Após, nós discutimos os casos e
observamos nossas falhas. Foi muito proveitosa e animada a aula, o professor
Júlio conseguiu manter nossa atenção e dinamizar a aula!
UBS 21-05-19

Acompanhamento de Consultas

O primeiro caso q vimos foi um senhor de 53 anos que estava com hipertensão
descompensada de 240x140. Ele foi encaminhado para tomar dois cp de
Captopril, o mesmo fazia uso contínuo de inibidor do receptor de angiotensina,
losartana. A conduta foi manter o paciente em observação para avaliar
novamente sua PA dentro de 40 minutos, orientar o paciente para fazer o MAPA
aferindo a PA todos os dias na própria UBS mesmos horários e for associado
um diurético de alça à sua medicação. Foi muito interessante recordar os
medicamentos indicados no tratamento da hipertensão, pois vimos esse
assunto há pouco tempo no módulo de funções biológicas, embora que por um
aspecto mais fisiológico e menos clínico. Estudando esse assunto agora pelo
Harrison podemos perceber o quanto a conduta médica foi acertada, pois o
inibidor da ECA causava muita tosse no paciente.

Segundo caso que acompanhamos foi de endometriose, condição na qual o


endométrio, mucosa que reveste a parede interna do útero, cresce em outras
regiões do corpo. Alguns sintomas da doença são: dores no período menstrual,
infertilidade e dores nas relações sexuais com penetração. A preceptora nos
ensinou que em casos de infecção por Gardnerella, percebe-se um odor fétido
característico, como constatamos na prática durante o exame ginecológico.

Após os acompanhamentos das consultas realizamos o levantamento de casos


neoplasias da área da UBS. Encontramos apenas um caso na ocasião,
anotamos os dados e pedimos para que a enfermeira lembrasse o dr Astrogildo
de agendar nossa visita que seria no dia 04-06-19.

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