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COORDENADORIA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – COEDP

CÉLULA DE GESTÃO - CEEST


EEEP PROFESSOR ONÉLIO PORTO

Aluno: Luana Miranda de Oliveira


Série: 3°Enfermagem
Endereço: Rua Frei Teodoro 1490
Bairro: Planalto Ayrton Senna
E-mail: luanamiranda921@gmail.com

EEEP PROFESSOR ONÉLIO PORTO


DADOS DO ESTÁGIO
DATA DE INÍCIO: 07/03
DATA DE TÉRMINO: 25/08

A experiência do estágio curricular é a porta de entrada de todo


estudante para a vida profissional. É uma oportunidade única para executar
todos os 3 anos de teoria, e muito mais, a permitir que o estudante visualize
bem cada ambiente hospitalar e, consequentemente, o lugar em que
futuramente poderá exercer suas funções.
Minha experiência se deu em 6 instituições distintas, mas de rotinas
semelhantes. As primeiras atividades que executei foram realizadas no
HOSPITAL GERAL WALDEMAR DE ALCÂNTARA, uma unidade terciária, logo,
um campo riquíssimo, que me possibilitou ter contato com o mundo que é
a enfermagem. Ter iniciado por ele me fez trabalhar muito o senso crítico
de que é possível efetivar o máximo do que encontramos nos livros, nas
portarias e nas resoluções. Sendo assim uma vivência positiva no meu
trabalho. Fui bem assistida pela supervisora Ana Rita em meus primeiros
procedimentos e por toda equipe. Foi neste campo, também, que cometi
meus primeiros erros, os quais foram primordiais para minha evolução nos
próximos 5 campos.
Neste mesmo mês de março migrei para a UAPS José Walter. Nele
pude ter a visão de como é trabalhar na porta de entrada do SUS. Efetuei
as atividades de prevenção e educação à saúde, prestei assistência às
pessoas portadoras de HAS e DM, acompanhei e auxiliei nas atividades
laboratoriais e nas de saúde da mulher, como em exames preventivos de
colo do útero. Também pude operar na sala de vacina, onde presenciei de
perto todo o acompanhamento sistematizado de aprazamento, datas,
lotes, dos diferentes materiais disponibilizados, como seringas de várias
graduações, frascos, ampolas e outros insumos. Aprimorei técnicas de
reconstituição, diluição e aspiração.
A partir do Posto, percebi que o que mais foi trabalhado em mim foi uma
melhor maneira de conversar com meus pacientes e a lidar com os
primeiros “não’s” que eu futuramente ouviria de outros pacientes durante
a minha caminhada na área. Finalizando-o parti para a instituição seguinte.
O mês de abril foi todo direcionado para o HOSPITAL DO CORAÇÃO DE
MESSEJANA. Lugar onde dei continuidade ao estilo de assistência que
comecei a desenvolver no HGWA. Tive o meu primeiro contato na
realização do exame de Eletrocardiograma e em manusear a bomba de
infusão.
Observei e ajudei em outras atividades, por exemplo, em trocas de
curativos, em que aprendi um pouco sobre Estomaterapia e me resultei
bastante interessada nesta área. Adquiri mais familiaridade e habilidade
em reconstituição, diluição e administração de drogas vasoativas e de
outras apresentações farmacológicas. Consegui melhorar ainda mais
minha expressão corporal na assistência, o que me trouxe mais autonomia
e segurança. E por fim comecei a desenvolver o meu lado emocional, dado
que em um mês presenciei fortes acontecimentos.
No mês seguinte, me encarguei de outros trabalhos em uma unidade
bastante distinta das que eu até o momento já havia estado. Foi a vez de
prestar cuidados na UA SILAS MUNGUBA. A proposta era que nós, alunos,
dentro da condição de estagiário conhecêssemos a realidade do campo
mental. E juntamente de minha equipe, a abraçamos e fizemos um
importante trabalho. Nele pude acompanhar de perto as dores de uma
pessoa portadora de transtornos psicológicos e/ou viciada em drogas.
A luta de uma mãe para largar as drogas e, assim, conseguir recuperar o
seu filho, foi uma das várias vivências que lá são encontradas.
Realizei atividades ocupacionais, tive o ensejo de oferecer banho por
aspersão, a ficar pendente das necessidades básicas de meu paciente e
prestar cuidados humanizados como a escuta ativa, medidas de conforto,
orientação sobre uma boa alimentação, a importância de uma boa ingesta
de água, dentre outras.
Já em junho estive dentro da UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO DO
JANGURUSSU, me envolvendo diretamente deste atendimento. Tive
contato com outro estilo de aparelho para eletro. Sob a supervisão do
Diego Jaymes, estive responsável por exercer minhas funções em dois
setores: o primeiro na sala de medicação e o segundo na CME (Centro de
Materiais Esterilizados). Na sala de medicação aprimorei minhas técnicas
em administração de injetáveis e em punção venosa periférica. Fui
possibilitada de entender nomenclaturas e abreviações em exames e a
compreender melhor o que se pede numa prescrição médica. Logo, meu
trabalho se resultou bem mais organizado e seguro para os pacientes. Já na
CME não só pude acompanhar cada etapa da limpeza e esterilização como
também, com a oportuna ocasião e boa vontade da técnica de enfermagem
Neuma, aprendi sobre alguns instrumentos cirúrgicos, seus nomes,
variações, indicações, e com a experiência que ela tem como
instrumentadora cirúrgica, fui ensinada sobre como melhor entregar os
instrumentos para o cirurgião, sobre como montar com segurança o bisturi
e a calçar as luvas estéreis. Foi muito importante para a minha formação.
E para finalizar, o último campo que me recebeu foi o FROTINHA DA
PARANGABA. Onde efetuei procedimentos semelhantes aos já
mencionados e foi o primeiro campo em que tive uma experiência
“contrária” na assistência, mas muito importante e positiva para o meu
empoderamento profissional: me neguei a administrar um antibiótico,
pois, dadas as circunstâncias, não me senti segura. E foi o ambiente
oportuno para começar com algo que até o sexto mês de estágio me estava
faltando: a escrever minhas primeiras anotações de enfermagem sérias,
pois já havia feito antes no Silas, mas não eram tão bem elaboradas por se
tratar de uma unidade primária à saúde.
Toda a interação que me foi possibilitada ao longo desses 6 meses foi
de suma importância para minha formação. Poder visualizar e me visualizar
bem em cada setor assistencial me trouxe mais clareza para decidir seguir
na enfermagem. As portas que me foram abertas, a confiança que eu
conquistei de meus pacientes e colegas profissionais, os meus erros, os
meus acertos, as observações que eu fiz das coisas negativas que eu
encontrei à medida que rodiziava nos campos e que não permiti adentrar
na minha forma de trabalhar, a super demanda, as frustrações, os anseios...
Tudo foi importante!
Hoje, no meu último dia de estágio, vejo o quanto amadureci e que essa
experiência impactou até a minha vida pessoal, pois não é possível ser uma
boa profissional, sem antes ser um bom ser humano.

FORTALEZA, 25 DE AGOSTO DE 2022


LUANA MIRANDA DE OLIVEIRA

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