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Educação Clínica III

Diár io d e
en d iz a gem
Apr
osado
Joana R
Olá,
eu sou a
Joana!
Tenho 20 anos e estou no terceiro
ano do curso de Fisioterapia no
Instituto Politécnico de Setúbal.
Nasci em Portugal mas com 3
anos emigrei para Angola com a
minha família. Passados 10 anos
voltei a emigrar, desta vez para o
Qatar, onde vivi durante 5 anos.
Depois de terminar o secundário,
voltei para Portugal para fazer a
minha licenciatura.
Qu e m s o u e u ?
a s a lm a s te n h o .
Não sei quant
o m e n to m u d ei.
Cada m
m e e s tr a n h o .
Continuamente
e vi n e m a c h e i.
Nunca m
te n h o a lm a .
De tanto ser, só a.
a n ã o t e m c a lm
Q ue m te m a lm
é só o q u e v ê ,
Quem vê
n ã o é q u e m é .
Quem sente
r n an d o P e ss o a )
(Fe
Semana 1
01 O que fiz? 03 Auto-reflexão
02 O que aprendi? 04 Sabia que?
O que fiz?
Conhecer e dar-me
Planeamento
a conhecer
Ao longo desta primeira semana,
Na primeira semana, pude entrevistar e conversar
pude planear o que iria fazer com
com os pacientes, não só sobre a sua condição
os utentes que me tinham sido
clínica, mas também sobre os seus interesses e
atribuídos, ou seja, o planeamento
aspectos pessoais. Fui respondendo ás perguntas
do exame subjetivo e objetivo.
pessoais que cada utente me perguntava, o que me
ajudou a sentir mais à vontade e confiante com os
mesmos. Pude também conhecer os outros
fisioterapeutas do serviço e os novos estagiários,
criando desde inicio uma boa relação com os
mesmos.
O que aprendi?

Artrogripose Resíduos
Hospitalares
O termo artrogripose é frequentemente usado Na primeira semana de estágio, aprendi sobre
para descrever múltiplas contraturas os diferentes tipos de lixo hospitalar e a
congênitas que afetam duas ou mais áreas do importância de separar o lixo corretamente.
corpo. “Contratura congênita” denota uma Grupo I e II - são resíduos não perigosos e não
limitação da amplitude de movimento passiva e exigem tratamento especial, como embalagens,
ativa numa determinada articulação com material ortopédico, entre outros. Este tipo de
deformidades estruturais e/ou funcionais lixo é acondicionado em sacos de cor preta.
coexistentes dos tecidos moles circundantes. Grupo III - são resíduos contaminados ou
suspeitos de contaminação, por exemplo,
material com sangue. Estês são acondicionados
em sacos de cor branca.
Auto-reflexão
Nesta primeira semana, experimentei aparelhos que nunca tinha visto, aprendi sobre vários tipos
de condições pediátricas e pude ter contacto com vários profissionais de saúde.
Apesar de estar cansada, nesta semana aprendi muito, não só em termos técnicos, mas também
a interagir com utentes e os seus cuidadores na área da pediatria e os protocolos do Hospital.
No final da semana, sinto que consegui criar uma relação mais próxima com algum dos utentes,
o que me ajudou a sentir mais à vontade e segura.
Pela primeira vez, tinha colegas de outras universidades a estagiar comigo, o que foi um ponto
positivo. Ter criado, desde inicio, uma relação de amizade e entre-ajuda facilitou bastante o
processo de adaptação a este novo ambiente e tornou esta semana mais divertida.
Sabia que?
A Síndrome de Rett é definida como um
distúrbio grave do neurodesenvolvimento
https://www.anpar.pt
causado por mutações no gene MECP2
localizado no cromossoma X, afetando
principalmente crianças do sexo
feminino.
A sua prevalência é de 1 em cada 10.000
meninas e 1 em cada 1 milhão de meninos
(geralmente não sobrevivem).
Critérios de diagnóstico: perda de fala,
perda de capacidades motoras,
distúrbios da marcha e movimentos
característicos das mãos.
Semana 2
01 O que fiz? 03 Auto-reflexão
02 O que aprendi?
O que fiz?
Talas Intervenção
Esta semana, tive a oportunidade de observar e Após ter realizado o exame
auxiliar na realização de 2 talas para 2 utentes subjetivo e objetivo, estabelecido os
diferentes. Este instrumento de imobilização é feito a principais problemas e objetivos de
partir de material termo-moldável, com o objetivo de intervenção, comecei a realizar a
alongar os tecidos e promover um melhor intervenção nos meus utentes.
alinhamento articular .
O que aprendi?
Osteogénese Vertebral Body
Imperfeita Tethering
A osteogénese imperfeita (OI), também A Vertebral Body Tethering (VBT) é uma nova
chamada de doença dos ossos frágeis, é uma técnica cirúrgica para corrigir a escoliose
doença genética que afeta os tecidos utilizando uma abordagem anterior, com o
conjuntivos. É caracterizada por uma maior objetivo de reduzir a compressão e aumentar a
suscetibilidade a fraturas ósseas e diminuição distração, permitindo crescimento ósseo. Já o
da densidade óssea. Outras manifestações método mais convencional, fusão espinhal,
incluem esclera azulada, baixa estatura, bem oferece resultados sustentáveis a longo prazo,
como surdez na idade adulta. Os objetivos da mas está associado à diminuição da mobilidade
fisioterapia nestes utentes incluem aumentar a da coluna vertebral.
funcionalidade, prevenir deformidades e
incapacidade, corrigir deformidades e
monitorizar complicações.
Auto-reflexão
Esta semana, os utentes já me conheciam melhor e por isso mostravam-se mais abertos e
confortáveis comigo. Eu própria sentia-me mais à vontade explorar coisas novas e fazer
perguntas à educadora clínica. Comecei a integrar-me mais, não só com os outros
fisioterapeutas, mas também com as auxiliares, enfermeiras e médicos o que me deixou mais
calma e segura. Esta semana, tive mais responsabilidades e pude trabalhar de forma mais
autónoma com os utentes, aumentando a minha motivação para as semanas que se seguem. O
facto de termos utentes em ambulatório e no internamento, tornou os dias mais ocupados e
ricos em termos de aprendizagem, pois tive a oportunidade de conhecer condições que nunca
tinha ouvido falar ou síndromes raras. Assim, o meu balanço final desta semana é positivo.
Semana 3
01 O que fiz? 03 Auto-reflexão
02 O que aprendi? 04 Quiz
O que fiz?
Cuidados neonatais Talas e Cella Cast
Na terceira semana, a minha Para além disso, fiz em conjunto
educadora clínica tirou um dia de com a minha educadora clínica
folga e, por isso, fiquei com outra outra tala esta semana. Aprendi não
terapeuta. Tive a oportunidade de só a fazer as talas, mas também
observar a reabilitação de bebés todos os cuidados e ensinamentos
recém-nascidos e de visitar os que devem ser passados aos
cuidados neonatais do Hospital cuidadores. Ainda nesta semana,
Dona Estefâni. Foi bastante positivo refizemos um cella cast novo para
poder mudar um pouco a routina e repor o que a utente usava e que
ver condições e metódos de estava a partir-se.
tratamento diferentes.
O que aprendi?
Classificação de Paley
A classificação de Paley foi desenvolvida para classificar a gravidade da deformidade femoral congénita e indica as
estratégias de reconstrução cirúrgic. Esta classificação está dividida em quatro tipos:
Tipo 1 - fémur intacto com anca e joelho móveis.
Tipo 2 - pseudoartrose movel
Tipo 3 - deformidade grave do fémur
Tipo 4 - Deformidade do joelho
Auto-reflexão
Esta semana, de um modo geral, teve um balanço positivo. Sinto que à medida
que o tempo passa, torno-me mais confiante nas minhas intervenções e na
forma como comunico com os utentes, fazendo-me sentir mais autónoma. Em
conjunto com a minha educadora clínica compreendi que era importante
aprimorar os meus registos do livro de bolso e melhorar o meu raciocínio clinico
sendo mais específica e objetiva na definição dos objetivos de intervenção.
Quiz
te rís ti cas do
—C ar ac t o da
s en vo lv im en
neurod e
criança
Aos 3 meses, é esperado que o
bebé seja capaz de:

(A) Manter-se sentado sem apoio por momentos.

(B) Fazer apoio nos antebraços em decúbito dorsal.

(C) Vocalizar sons mono e dissílabos.

(D) Realizar preensão palmar.


Aos 3 meses, é esperado que o
bebé seja capaz de:

(A) Manter-se sentado sem apoio por momentos.

(B) Fazer apoio nos antebraços em decúbito dorsal.

(C) Vocalizar sons mono e dissílabos.

(D) Realizar preensão palmar.


Aos 6 meses, é esperado que o
bebé seja capaz de:

(A) Sentar-se sozinho e ficar sentado 10 a 15 minutos.

(B) Deslocar-se no chão gatinhando.


.
(C) Passar de decúbito ventral a dorsal e vice-versa.

(D) Compreender ordens simples.


Aos 6 meses, é esperado que o
bebé seja capaz de:

(A) Sentar-se sozinho e ficar sentado 10 a 15 minutos.

(B) Deslocar-se no chão gatinhando.


.
(C) Passar de decúbito ventral a dorsal e vice-versa.

(D) Compreender ordens simples.


Aos 9 meses, é esperado que o
bebé seja capaz de:

(A) Pôr-se de pé com apoio.

(B) Passar de decúbito ventral a sentado.


.
(C) Realizar pinça fina perfeita.

(D) Apanhar brinquedos do chão


Aos 9 meses, é esperado que o
bebé seja capaz de:

(A) Pôr-se de pé com apoio.

(B) Passar de decúbito ventral a sentado.


.
(C) Realizar pinça fina perfeita.

(D) Apanhar brinquedos do chão


Aos 12 meses, é esperado que o
bebé seja capaz de:

(A) Andar bem.

(B) Usar 6 a 26 palavras.


.
(C) Gatinhar.

(D) Andar bem.


Aos 12 meses, é esperado que o
bebé seja capaz de:

(A) Andar bem.

(B) Usar 6 a 26 palavras.


.
(C) Gatinhar.

(D) Andar bem.


Semana 4
01 O que fiz? 03 Auto-reflexão
02 O que aprendi? 04 Dicas e truques
O que fiz?
Formação
Na segunda semana, tive a oportunidade de
participar numa formação de uma hora sobre o
exercício físico na criança, apresentado por uma
interna do serviço de Medicina Física e Reabilitação.
Nesta formação falamos sobre as recomendações do
exercício na idade pediátrica, estratégias que
podemos utilizar na nossa prática clinica e aspetos
fisiológicos do exercício em cada idade. No fim da
formação, tivemos a possibilidade de discutir e tirar
duvidas.
O que aprendi?
Treadmill Training
Task-specific training é uma ferramenta útil para
promover o desenvolvimento motor de crianças
com ou em risco de atraso do desenvolvimento
motor. O treino na passadeira, com ou sem
suporte parcial do peso, pode ser utilizada para
promover a aquisição da marcha independente.
A velocidade da passadeira deve variar entre os
0,1 m/s e os 0,22 m/s. Para crianças mais velhas,
podemos utilizar velocidades mais altas de 1,8
m/s.
Auto-reflexão
Considero que a quarta semana foi a melhor pois, já me sentia “em casa” , tinha uma
boa relação com os utentes e com os fisioterapeutas. Já sabia onde o material estava
e como as máquinas funcionavam. Já estava habituada à rotina preenchida e de ver
as mesmas caras todos os dias. Por outro lado, com vontade de fazer tudo o que
podia e agarrar qualquer oportunidade para fazer uma tarefa diferente ou
experimentar um equipamento novo para aproveitar ao máximo os últimos dias de
estágio. Assim, considero que esta foi uma semana produtiva, repleta de novas
experiências e aprendizagem.
Dicas e Truques
Método SQ3R
2. Pergunta: Formular perguntas
O método SQ3R é uma técnica de sobre o conteúdo do capítulo,
estudo/aprendizagem que ajuda a como: Sobre o que é este capítulo?
reter informações em SQ3R (ou O que já sei sobre este assunto?
SQRRR) é um acrônimo que 3. Leia: Começo a ler o capítulo
representa as cinco etapas do inteiro e procuro respostas para as
processo de compreensão: perguntas que formulei.
Pesquisa: em vez de ler a 4. Recite: Depois de ler uma
matéria inteira, começo por dar secção, resumo com as minhas
uma visto de olhos primeiro próprias palavras o que acabei de
capítulo e fazer anotações ler.
sobre quaisquer títulos, 5. Revisão: Depois de terminar o
subtítulos, imagens ou outros capítulo, faço uma revisão do
recursos de destaque, como material para garantir que percebi.
gráficos.
Semana 5
01 O que fiz? 03 Auto-reflexão
02 O que aprendi? 04 Sabia que?
O que fiz?
Apresentação de um
artigo científico
Foi também na ultima semana que apresentei o
artigo científico às Fisioterapeutas do ginásio do
serviço de Medicina Física e Reabilitação. Esta
tarefa foi um desafio para mim por ser a primeira vez
que faço uma apresentação para tantos
fisioterapeutas e por isso senti-me fora da minha
zona de conforto. No entanto, foi uma experiência
positiva, permitindo trabalhar as minhas
competências de comunicação e que me fez crescer
enquanto estudante.
O que aprendi?
Efeitos da vibração em ortopedia
A aplicação de vibração local num músculo alcança uma frequência entre os 300 e 500 Hz. Como a vibração pode ser
aplicada com um amplo espectro de frequências e configurações, são possíveis efeitos diferentes em tecidos
saudáveis e patológicos. As aplicações mais comuns são: controlo da dor, aumentar a força muscular e flexibilidad,
diminuição da fadiga e aumento da densidade óssea.
Auto-reflexão
A última semana foi a mais difícil deste estágio, devido ao stress. Foi a semana onde fiz a
apresentação de um artigo científico, fui avaliada e tive de concluir o livro de bolso. Apesar da
pressão, consegui realizar estas tarefas de forma positiva. Continuei também a trabalhar com
os utentes que me foram atribuídos com vista na melhoria do estado de saúde dos mesmos.
Ainda nesta semana senti-me muito cansada devido às dificuldades de acesso ao hospital
através dos transportes públicos, o que me retirava grande parte do tempo que tinha para
realizar as minhas tarefas fora do hospital. Por um lado, sentia-me aliviada por ter completado
o estágio mas por outro lado, triste porque estava realmente a gostar de estar lá e por ter
acabado tão rápido. Sinto-me feliz por ter tido a sorte de ter utentes tão carinhosos e sempre
dispostos a me deixar fazer e experimentar aquilo que fosse necessário com eles. E sinto-me
realizada por ter tido algum impacto na recupração destes utentes, assim como eles tiverem um
enorme impacto na minha aprendizagem e desenvolvimento pessoal. Certamente nunca me
esquecerei desta experiência, que me ajudou a ter a certeza que a fisioterapia, especialmente
na área da pediatria, é realmente o caminho certo para mim.
Sabia que?
O Dr. William James West, fez a primeira
descrição detalhada de espasmos
infantis, que ocorriam no seu próprio
filho, James Edwin West.
A síndrome de West, também conhecida
como espasmos infantis, ocorre na
infância com pico entre os 4 e 7 meses.
Espasmos, regressão do
neurodesenvolvimento e hipsarritmia
definem esta síndrome. As convulsões por
si só podem contribuir, além dos efeitos
causais, para a progressão da disfunção
cerebral.
O método “Neuro Developmental
Treatment (NDT)” é o mais aconselhado
na reabiltação destes utentes.
Reflexão Final
QUE PROGRESSOS FIZ?
Refletindo sobre este período de Educação Clínica, penso que consegui fazer alguns progressos na minha
aprendizagem e prática clínica enquanto estudante. Primeiramente, a minha comunicação foi um dos
aspectos mais importantes que tive de trabalhar no decorrer deste estágio. Ao intervir em pediatria, era
essencial ter um leque de estratégias comunicacionais não só para promover a colaboração e adesão da
criança, mas também, promover a participação ativa dos cuidadores durante a sessão. Apesar de lenta, sinto
que consegui melhorar neste aspecto.
O facto de ter contactado com condições novas e raras, que tão pouca evidência havia disponível, obrigou-
me a arranjar outras estratégias de pesquisa e nesse sentido, consegui evoluir nas minhas competências de
pesquisa.

O QUE PRECISO MELHORAR? COMO VOU MELHORAR?


Através da minha auto-reflexão e também do feedback recebido da educadora clínica, denoto que ainda
preciso de trabalhar nas minhas skills comunicacionais, apesar de já ter feito algumas melhorias. Acrescento
que, outro aspecto que ainda preciso melhorar é o meu processo de raciocínio clínico. As lacunas no meu
raciocinio dizem respeito a alguns conceitos teóricos que nem sempre estiveram presentes. A minha timidez
pode estar relacionada com este aspecto, pois impede-me de ser mais proativa e questionar mais quando
tenho duvidas.
Reflexão Final
Para o próximo estágio, tenciono arranjar estratégias para combater a minha timidez e tomar mais iniciativa
quando tenho duvidas. Desta forma, espero conseguir estruturar um raciocínio clínico mais correto.

O QUE APRENDI SOBRE MIM E A FORMA COMO APRENDO?


Ao longo deste estágio, aprendi que a pediatria é a área que me interessa mais até ao momento e é algo
que gostava de explorar a nível profissional no futuro. Aprendi que ainda tenho muito espaço para progredir
e que as capacidades e conhecimentos necessários para permitir essa evolução. Sobre a forma como
aprendo, aprendi que maioritariamente relacionada com a forma como faço a gestão do tempo e
organização. Ao gerir melhor o meu tempo, tenho mais facilidade em organizar-me e estar mais focada
durante o estudo e como consequência, o processo de aprendizagem torna-se mais proveitoso.

COMO FOI REALIZAR ESTE DIÁRIO DE APRENDIZAGEM?


À semelhança dos anos passados, senti que a realização deste diário de aprendizagem foi importante para a
minha aprendizagem. Permitiu-me concretizar uma reflexão profunda deste período de educação clínica e
compreender que aspectos posso melhorar a nível pessoal e académico. Ao comparar este diário com os
diários que realizei no passado, verifico que, o que precisava de melhorar no estágio anterior, constitui agora
um progresso na minha aprendizagem e crescimento enquanto estudante de fisioterapia.
Bibliografia
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D'Alonzo, R., Rigante, D., Mencaroni, E., & Esposito, S. (2018). West Syndrome: A Review and Guide for Paediatricians. Clinical drug investigation, 38(2),
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Downs, J., Blackmore, A. M., Wong, K., Buckley, N., Lotan, M., Elefant, C., Leonard, H., & Stahlhut, M. (2023). Can telehealth increase physical activity in
individuals with Rett syndrome? A multicentre randomized controlled trial. Developmental medicine and child neurology, 65(4), 489–497.
https://doi.org/10.1111/dmcn.15436
Kowalczyk, B., & Feluś, J. (2016). Arthrogryposis: an update on clinical aspects, etiology, and treatment strategies. Archives of medical science : AMS, 12(1),
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Kunde CA, Ganvir SS. Combined sensory motor approach to enhance participation of a child with west syndrome: a follow-up case study. Int Phys Med
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