Você está na página 1de 11

CONTEXTOS DE PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE

SAÚDE

SESSÃO 6. CONTEXTOS DE PRESTAÇÃO


DE CU IDADOS DE SAÚ DE

1 .1 .DESCRIÇÃO DA SESSÃO
Tempo previsto: 60-90 min

Requisitos

 Ter estudado as Unidades Didáticas do Módulo VI.


 Ter esclarecido todas as dúvidas com o tutor do curso de Auxiliar de Saúde.

Objectivos

 Identificar as Necessidades Humanas Básicas.


 Conhecer os procedimentos relacionados com a prestação de cuidados de
higiene ao doente.
 Distinguir as diferentes vias de alimentação existentes.
 Reconhecer a importância do Brincar Terapêutico.
 Identificar os diferentes tipos de parto existentes.
 Saber como relacionar-se com indivíduos com perturbações mentais.
 Conhecer as drogas existentes e seus efeitos.
 Compreender o Erro Humano como uma oportunidade de mudan-
ça/melhoria.
 Saber quais os fatores essenciais ao bem-estar de um doente em fim de vi-
da.

1
CONTEXTOS DE PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE
SAÚDE

Material e ferramentas necessários para a sessão

 Para a realização do exercício, é necessário um lápis e uma borracha e


bastante concentração!

Requisito para a sessão seguinte

 Estudar as Unidades Didáticas pertencentes ao Módulo VII.

1 .2 .DESENVOLVIMENTO DA SESSÃO
Exercício 1 – A Necessidades Humanas Básicas

De acordo com a Teoria das Necessidades da Pirâmide de Maslow, preencha a figu-


ra seguinte.

Nota: Este exercício baseia-se no ponto 1 da unidade didática 18, módulo VI.

2
CONTEXTOS DE PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE
SAÚDE

Exercício 2 – Técnicas Relacionadas com a Higiene dos Doentes

No contexto da prestação de cuidados aos doentes, em especial nos cuidados de


higiene e conforto, é essencial que conheça as técnicas a utilizar nas diferentes ativi-
dades.

De acordo com o que aprendeu, classifique as seguintes afirmações como Verdadei-


ras (V) ou Falsas (F):

AFIRMAÇÕES V/F

Ao retirar os lençóis da cama dos doentes deve usar avental de plástico. V

Deve colocar a roupa suja dos doentes no saco branco. F

Faz parte das funções do Auxiliar de Saúde a limpeza da unidade do do-


V
ente.

As técnicas do banho incluem a limpeza do corpo dos doentes, a lava-


gem e cuidado do cabelo, tratamento das unhas, higiene oral e cuidados V
à barba.

O banho na cama está reservado aos utentes que são muito pesados
F
para fazerem levante.

Nunca deve substituir o doente, deve sim estimulá-lo para que ele ajude
V
ao máximo e participe nas suas AVD´s.

O banho na cama é realizado sempre por 3 pessoas. F

Quando o doente termina as suas necessidades, deve retirar a arrasta-


deira o mais rápido possível com o uso de luvas limpas, cobrindo a arras- V
tadeira e levando-a para a zona dos sujos.

Após a realização dos cuidados de higiene é importante não secar bem a


F
pele do doente para promover a sua hidratação.

3
CONTEXTOS DE PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE
SAÚDE

O banho total deve começar pela cara e pelas mãos. F

Antes de despejar uma arrastadeira, deve perguntar ao enfermeiro se


este não quer realizar nenhuma colheita de material para análise (de V
fezes e/ou urina) e/ou avaliar as características das fezes.

Os urinóis são utilizados para as doentes do sexo feminino. F

No caso da pessoa inconsciente, a higiene oral deve ser realizada com o


F
doente em decúbito dorsal.

Nota: Este exercício baseia-se no ponto 3 da unidade didática 18, módulo VI.

Exercício 3 – Vias de Alimentação

Em alguns casos específicos, a alimentação oral do doente não é possível, existindo


outras formas de alimentação que podem ser utilizadas.

De acordo com o que aprendeu sobre as diferentes vias de alimentação, faça a cor-
respondência entre elas e as respetivas características:

Os doentes podem fazê-la de forma independente.

Alimentação Oral A alimentação administrada por SNG é a mesma


que a administrada pela PEG.

Este é o tipo de alimentação mais comum em meio


hospitalar.

Alimentação Entérica Consiste em alimentar o doente por via sanguínea.


São indicações para este tipo de alimentação:
- O não funcionamento do sistema gastrointestinal
> 7 dias, que pode estar associado a diversas pato-
logias;
- Doenças que condicionem a perda de peso pon-
deral do doente, como é o caso dos queimados ou
Alimentação Parentérica politraumatizados grave;
- Impossibilidade de ingestão oral> 7 dias.
É realizada normalmente através de uma sonda
nasogástrica (SNG), que é um tubo que vai do nariz
até ao estômago.
Só os enfermeiros a podem administrar.
4
CONTEXTOS DE PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE
SAÚDE

Nota: Este exercício baseia-se no ponto 8 da unidade didática 19, módulo VI.

Exercício 4 – Brincar Terapêutico

Leia o seguinte texto:

Hunter "Patch" Adams (nascido em 28 de maio de 1945 em Washington, distrito de


Columbia) é um médico norte-americano famoso por sua metodologia inusitada no tratamento a
enfermos. Também fundou o Instituto Gesundheit em 1972. Patch Adams é formado pela
Virginia Medical University.

O seu lema é "a amizade é o melhor remédio".

Aos 16 anos de idade, após perder o pai e ter sido deixado pela namorada, vivenciou uma
grave crise depressiva e foi internado numa clínica psiquiátrica. Lá chegou à conclusão que
cuidar do próximo é a melhor forma de esquecer os próprios problemas e melhor ainda, se isto
for feito com muito bom humor e principalmente amor.

Nos anos 60, um dos seus melhores amigos foi assassinado. Dois anos depois, ingressa
na faculdade de medicina de Virginia, onde se tornou conhecido pela sua conduta excessiva-

5
CONTEXTOS DE PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE
SAÚDE

mente feliz e apaixonada pelos doentes. Terminou a faculdade em 1972 e fundou o Instituto
Gesundheit. Em 1980 adquiriu 317 hectares de terra montanhosa em West Virgínia para a
implementação física do instituto, o qual presta assistência sem nenhum tipo de cobrança
financeira.

Convencido da conexão poderosa entre o ambiente e o bem-estar, acredita que a saúde


de um indivíduo não pode ser separada da saúde da família, da comunidade e do mundo.

Atualmente Patch e a sua trupe de palhaços viajam pelo mundo para áreas críticas em
situação de guerra, pobreza e epidemia, espalhando alegria, o que é uma excelente forma de
prevenir e tratar muitas doenças. Além de médico, humorista, humanista e intelectual, Patch é
também um ativista em busca da paz mundial. Segundo ele, o seu intuito não é apenas mudar,
através do humor, a forma como a medicina é praticada hoje. Patch traz uma mensagem de
amor ao próximo que, se praticada por todos nós, certamente irá mudar o mundo para melhor.
Patch Adams também é autor de dois livros: “House Calls: how we can heal the world a
visit at time” e “Gesundheit!: Good Health is a Laughter Matter ”. Este último inspirou o filme
“Patch Adams - O Amor é contagioso” (1998), baseado na história de Patch e tendo Robin
Williams como seu intérprete.
Após a leitura do texto, responda às seguintes questões:

4.1. - O Internamento hospitalar é uma experiência traumática para a criança e família. Porquê?

1. Alteração de todas as suas rotinas e hábitos;

2. Separação do ambiente familiar e rotinas;

3. Mundo desconhecido;

4. Dor e sofrimento da criança;

5. Limitação da privacidade e liberdade.

Nota: Este exercício baseia-se no ponto 1.3 da unidade didática 21, módulo VI.

4.2. - O que é o brincar terapêutico?

R: O brincar terapêutico é uma forma da criança lidar melhor com as suas preocupa-
ções e permite também aos profissionais aperceberem-se dos medos, sentimentos e
necessidades da criança.

Através do brincar pode comunicar-se com a criança de uma forma mais próxima. Comunica-
mos ao seu nível, o que lhe permite uma melhor expressão dos seus sentimentos.

6
CONTEXTOS DE PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE
SAÚDE

A brincadeira, a existência de bonecos com balões de soro, roupas para vestir e fantasias (médicos
e enfermeiros) permite preparar a criança - através do brincar – para o internamento e para as
situações com que terá de lidar.

Nota: Este exercício baseia-se no ponto 6 da unidade didática 21, módulo VI.

4.3.- O que se deve ter em atenção na programação de atividades para crianças que estejam num
internamento hospitalar?

R: Os hospitais e serviços de saúde devem ter espaços indicados para as atividades


das crianças, para brincar (lazer) para efetuar as suas atividades de educação e/ou
outras.

Estas atividades e brincadeiras são de acordo com as idades das crianças e interesses,
assim como, tendo em conta as limitações das crianças devido à doença (por exemplo
crianças em isolamento).

As atividades devem ser organizadas por educadoras de infância e terapeutas, como


os teatros, visita dos palhaços, brinquedos apelativos das pediatras, livros, com o objetivo
de os abstrair do contexto em que estão envolvidos.

Nota: Este exercício baseia-se no ponto 6 da unidade didática 21, módulo VI.

Exercício 5 – Tipos de Parto

Faça a correspondência entre os diferentes tipos de partos possíveis e as suas característi-


cas.

É realizado em ambiente de bloco operatório.

Parto Eutócico
Parto Normal.

Quando o feto sai de forma normal, pelo canal de parto (vagina).

Cesariana.

Parto Distócico Pode por vezes ser necessário o recurso a ventosas ou fórceps
para retirar o recém-nascido – parto instrumental.

Nota: Este exercício baseia-se no ponto 4 da unidade didática 22, módulo VI.

7
CONTEXTOS DE PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE
SAÚDE

Exercício 6 – Interação com o individuo que apresenta alteração ou


perturbação mental

Tendo em conta o que estudou relativamente à prestação de cuidados ao doente


mental, corrija o diálogo seguinte:

No contexto de um internamento no Serviço de Psiquiatria de um Hospital

Auxiliar de Saúde: Bom dia Sr. Roberto! Está na hora de se levantar.

(A Auxiliar entra no quarto e abre os estores, começa a arrumar todas as coisas que
estão espalhadas pelo quarto)

Sr. Roberto: Saia daqui. Sei perfeitamente o que me quer fazer!

Auxiliar de Saúde: Oh Sr. Roberto!! Não diga disparates, levante-se já da cama!!

Sr. Roberto: Largue-me!!! Deixe-me em paz!!! Eu não lhe fiz nada!!!

Auxiliar de Saúde: Olhe Sr. Roberto, tome mas é já os seus comprimidos para ver se
relaxa um bocadinho.

Sr. Roberto: Eu sei que essa água tem veneno! Você quer matar-me mas não vai
conseguir. E não se aproxime que eu dou cabo de si!

Auxiliar de Saúde: Você é Esquizofrénio e está a ver coisas que não existem. Acal-
me-se lá e faça o que eu lhe mando, já!!

Correção:

Auxiliar de Saúde: Bom dia Sr. Roberto. Eu sou a Auxiliar Joana. Estou disponí-
vel para o ajudar no que precisar agora de manhã. Quer ir
tomar um banho?

Sr. Roberto: Saia daqui. Sei perfeitamente o que me quer fazer!

Auxiliar de Saúde: Sr. Roberto, peço desculpa por tê-lo acordado, mas daqui a
pouco vão servir o pequeno-almoço e o Sr. costuma ir tomar
banho antes, não é?

Sr. Roberto: Largue-me!!! Deixe-me em paz!!! Eu não lhe fiz nada!!!

8
CONTEXTOS DE PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE
SAÚDE

Auxiliar de Saúde: Vou então deixá-lo repousar mais um pouco e acordar com
calma. Daqui a 5 min. venho ter consigo novamente para sa-
ber se quer ir tomar o seu banho.

Quer um copinho de água para acordar?

Sr. Roberto: Eu sei que essa água tem veneno! Você quer matar-me mas não vai
conseguir. E não se aproxime que eu dou cabo de si!

Auxiliar de Saúde: Sr. Roberto, eu sou a Joana, Auxiliar de Saúde aqui do Hospi-
tal. Você tem estado doente e teve que passar aqui uns dias
connosco no hospital. Acredito que esteja nervoso, mas eu
só quero o seu bem e estou aqui só para o ajudar no que vo-
cê quiser e precisar.

Era incapaz de lhe fazer algum mal, só o quero ajudar.

Vou então ausentar-me e volto daqui a uns minutos.

Até já.

Nota: Este exercício baseia-se no ponto 3 da unidade didática 23, módulo VI.

Exercício 7 – A Toxicodependência

7.1. - Segundo IDT as drogas atuam no sistema Nervoso central e dividem- se em


categorias (dê exemplos):

• Depressoras: deprimem a atividade do cérebro:

Álcool, heroína.

• Estimulantes: aumentam a atividade do cérebro:

Cocaína.

• Alucinogénias: atuam no cérebro distorcendo a realidade, alterando os 5 sentidos.

LSD, canabinoides.

Os efeitos destas drogas dependem não só da substância, mas da quantidade, qualidade,


das pessoas que as consomem, do ambiente onde é consumida.

9
CONTEXTOS DE PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE
SAÚDE

7.2. - A Morfina é utilizada a nível hospitalar. Porquê?

Tem propriedades analgésicas.

7.3. - Como?

R: Existe em forma injetável e em comprimidos, apósitos para a pele, etc.

É sujeita a grande controlo nos hospitais, está contabilizada em stocks e é manipulada


apenas pelos enfermeiros e médicos.

O seu uso é sujeito a receita médica e quando é usada é registada a identificação do


doente a quem foi administrada, a dose, a hora e o profissional que administrou.

Nota: Este exercício baseia-se no ponto 2.1 da unidade didática 24, módulo VI.

Exercício 8 – O Erro Humano

Imagine que trabalha num hospital e que num dos turnos que está responsável pelo
transporte de doentes, leva ao serviço de Exames Especiais um doente para realizar uma
Endoscopia Digestiva Alta.

Passada 1 hora de ter realizado o transporte, dá-se conta que transportou o doente errado.

Houve uma troca de doentes, pois têm nomes muito semelhantes:

- Mário José Almeida

- Mário José Vítor Almeida

8.1.- O que deve fazer?

R: Aceitar o erro é emendá-lo…

Sendo assim, logo que der conta desse erro deve ligar imediatamente para o serviço de
exames especiais e comunicar a troca de doentes. Pode ter a sorte de o doente ainda não
ter feito o exame e aí leva o doente correto até lá e traz o doente errado de volta ao seu
serviço.

10
CONTEXTOS DE PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE
SAÚDE

Se já tiver feito o exame, a decisão será discutida e tomada pelo médico que realizou o
exame e pelos enfermeiros responsáveis.

Não é uma situação fácil e é por isso que a devemos evitar ao máximo. Mas se um dia
este ou outro erro acontecer, temos sempre que o admitir e tentar corrigir o mais rápido
possível.

Se você não assumisse este erro, os médicos poderiam não dar conta e posteriormente o
exame chegaria com o nome do outro doente. Provavelmente sem nenhuma alteração, e o
doente poderia ter alta com uma patologia grave não diagnosticada.

Nota: Este exercício baseia-se no ponto 1.2 da unidade didática 25, módulo VI.

Exercício 9 – Fatores promotores de bem-estar em doentes em fim de vida.

No contexto da prestação de cuidados a doentes em fim de vida, o que entende por


interação positiva?

R: O sorriso, a disponibilidade, o olhar atento, são posturas que devemos adotar perante
quem está doente.

Os doentes gostam de ser tratados por pessoas que lhe transmitam serenidade, disponibi-
lidade, dedicação e acima de tudo respeito. Isso é a interação positiva.

Nota: Este exercício baseia-se no ponto 1.2.1 da unidade didática 26, módulo VI.

11

Você também pode gostar