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Fundamentos teóricos da Prática

de Enfermagem
Profª Mayara Galvão
Perspectiva de um profissão

Conceitos;

O domínio da Enfermagem Valores;


Crenças;
Fenômenos de interesse;

Identifica necessidades de
cuidados de saúde em todos
os níveis de saúde e em
todos os serviços de saúde.
Recebe os cuidados
de enfermagem,
incluindo pacientes
Indivíduo individuais, famílias e
comunidade.

Apresenta diferentes
significados para cada
Saúde paciente.

Todas as condições
possíveis que afetam o
paciente e as condições
nas quais as
Ambiente/situação necessidades de
cuidados de saúde
ocorrem.
Teorias de Enfermagem

• O que é uma teoria?

“É uma conceitualização de alguns aspectos da enfermagem


comunicados com o objetivo de descrever, explicar, prever e/ou
prescrever cuidados de enfermagem”
(Meleis, 2006)

“Teoria é o aparelho conceptual, representa um mundo ou


realidade possível. Não é um assunto pessoal, sonho ou fantasia ou
só taxonomia”
(HORTA, 1979)
O que é uma Teoria?
• Conjunto de afirmações sistemáticas;

• Explicação de fenômenos da realidade;

• Relação entre fenômenos, consequência.


Importância de Teorias para a Enfermagem

• Instrumento para realização do cuidado;

• Elucidação e construção de conhecimento;

• Guiar a prática profissional;


• Processo de Enfermagem

• Aspecto científico.
Complexidade do Cuidado
História das Teorias de Enfermagem

• “Nascimento” do Hospital (Século XVIII);


• Escolas de formação de enfermeiras (Século XIX);
• Grandes Guerras (Século XX);
• Fundação Rockefeller/EUA;
• Introdução dos estudos psicossociais nos currículos e abordagem
holística.

(UFP, 2018)
História das Teorias de Enfermagem

• 1859 – Florence Nightingale


• Inglaterra
• Guerra da Crimeia
• Ambiente
• Estrutura Hospitalar
• Emergência na década de 1960
Tipos de teoria
• Meta-teoria: Focaliza as questões filosóficas e metodológicas
relacionadas com base teórica da Enfermagem;

• Teoria de grande porte: Consiste em marcos conceptuais globais sobre o


âmbito da prática e os modos de olhar os fenômenos de Enfermagem;

• Teoria de médio porte: Emerge para preencher os vazios entre a teoria de


grande alcance e a prática de Enfermagem, fornecendo elementos
teóricos para sustentá-la;

• Teoria orientada para a prática: São focalizados os modos de praticar a


Enfermagem, ou seja, de estabelecer o processo assistencial.

(Walker e Avant, 1980)


Componentes
Estruturais

Pressuposições
Conceitos
Básicas
Proposições
Método de
Implementação

Processo de
Enfermagem
Teorias de Interdisciplinar de enfermagem

Teoria dos Sistemas

• Um sistema é composto de componentes separados;


• Os componentes se inter-relacionam e compartilham o propósito
de formar um todo;
• Dois tipos de sistemas: aberto e fechado;
• Ex: sistema humano, interage com o meio ambiente, havendo
troca de informação entre o sistema e o ambiente;
• Os fatores que afetam um, afetam o outro.
Como escolher uma teoria de Enfermagem?

• Realidade do serviço;

• Disponibilidade de recursos;

• Características das pessoas atendidas.


Teoria de Florence Nightingale

• Precursora da Enfermagem Moderna, nasceu em 12 de maio de 1820 na cidade de


Florença, Itália.
• 1853 – Superintendente de Enfermagem na Inglaterra;
• 1854 – Voluntária na Epidemia da Cólera em Londres;
• 1854 – Guerra da Criméia “Dama da Lamparina”
• Reduziu de 42% para 2% a taxa de mortalidade dos soldados feridos como
sanitarista e administradora;
• Através da observação da coleta de dados, ela relacionou as condições de saúde do
cliente com os fatores ambientais e iniciou a melhora da higiene das condições
sanitárias durante a guerra da Criméia;
Teoria de Florence Nightingale

• 1860 – Inauguração da Escola de Enfermagem Nightingale no Hospital Saint


Thomas na Inglaterra;
• 4 aspectos: religião, guerra, ciência e feminismo;
• Ambiente é o foco do cuidado;
ILUMINAÇÃO LIMPEZA

VENTILAÇÃO CALOR
MEIO
AMBIENTE

RUÍDOS ALIMENTAÇÃO

ODORES
• Ambiente Físico;

• Ambiente Psicológico;

• Ambiente Social

“O indivíduo deve ser guiado para que possa


usar suas forças restauradoras.”
(Florence Nightingale)
Teoria Do Autocuidado

• DOROTHEA OREM
Biografia
• 1914 – Nasceu em Baltimora, EUA;
• 1939 – Bacharelado em Ciência da Educação e Enfermagem;
• 1945 – Mestre em Enfermagem pela Catholic University of America, EUA;
• 1949 a 1957 – Assessora de Serviços Instituicionais do Conselho de Saúde do
Estado de Indiana;
• 1958 – Publica a proposta de Autocuidado como conceito para Enfermagem;
• 1965 – Comitê Modelo de Enfermagem;
• 1968 – Nursing Development Conference Group (NSCG)
• 1971 – Publicou ideias sobre o Processo de Enfermagem, propondo 3 teorias
articuladas;
• 1985 – 3 constructos teóricos
• Autocuidado
• Déficit de autocuidado
• Sistemas de Enfermagem
O ser humano não tem competência de executar seu
• Teoria dos Déficits de Autocuidado autocuidado, necessitando de intervenção.

O ser humano executa a prática de cuidado de


• Teoria do Autocuidado acordo com sua necessidade, para manter-se com
vida, saúde e bem-estar.

Necessidade e capacidade dos pacientes em


executar autocuidado, o que determinará ou não a
• Teoria dos Sistemas de Enfermagem intervenção da equipe de Enfermagem.
Autocuidado
• “Prática de atividades que os indivíduos iniciam e desempenham por
seus próprios meios para manutenção da vida, saúde e bem estar.”
• Inclui o cuidado dispensado a familiares que não podem desempenhar
cuidados, até que o indivíduo se torne capaz de fazê-lo para si mesmo;
• Autocuidado promove o desenvolvimento dos seres humanos.
• “A totalidade de ações de autocuidado a serem desempenhadas por
algum tempo de modo a satisfazer os requisitos de autocuidado pelo
uso de métodos válidos e séries relacionadas de operações ou ações.”
• Requisitos de autocuidado
• Universais;
• Desenvolvimentais;
• Nos desvios da saúde.
Demandas que todo ser humano possui para
sobreviver, seja condição biológica ou
• Autocuidado Universais sociopsicológica.
Ex.: Aporte de ar, água, alimentos, saneamento
básico, lazer/interação social, prevenção de riscos.

Demandas relacionadas adaptações à situações


normais ou crises durante o ciclo vital.
• Autocuidado Desenvolvimentais Ex.: Infância, adolescência, adulto, envelhecimento;
Gravidez e parto; Casamento, divórcio; Mudanças no
curso de vida.

Quando os indivíduos se encontram em situações


em que não reagem diante de um evento de perda
• Autocuidado nos Desvios de Saúde de capacidade ou não controlam suas funções e
potenciais de autocuidado.
• Indivíduo que realiza o
autocuidado para si ou
Agente de outra pessoa.
Autocuidado • Influência do
desenvolvimento
biológico e cultural.

Agente de Cuidado
Terapêutico Enfermeiro

Ações de Teoria dos Sistemas de


Enfermagem Enfermagem
• Totalmente Compensatória O Enfermeiro supre as necessidades de autocuidado.

• Parcialmente Compensatória Enfermeiro e paciente atuam mutuamente para em


cobrir necessidades de autocuidado.

Pacientes desempenham autocuidado com


• Sistema educativo-suportivo assistência da equipe de enfermagem.
Serviço - ajudando os pacientes a
desempenharem as ações
deliberadas por enfermeiros.

Arte – Assistir pessoas na gerência


ENFERMAGEM do autocuidado.

Tecnologia – Conjunto de
informações sistematizadas para a
obtenção de resultados.
• Intervenção se faz necessário através de:

• Agir ou fazer para o outro;


• Guiar o outro;
• Apoiar o outro;
• Ensinar o outro;
• Proporcionar o ambiente.

(OREM, 1971)
Teoria da Hierarquização das Necessidades Humanas

• Abraham Harold Maslow


Biografia
• 1908 – Nascimento no Brooklyn (NY, EUA);
• Iniciou sua vida acadêmica na Faculdade de direito em Nova Iorque, mas desistiu
um ano e meio depois;
• Mudou-se para Wiscosin (EUA) após casar com sua prima, começou a estudar
psicologia entrando para Universidades;
• 1935 – Voltou a lecionar na Faculdade do Brooklin;
• Começou a estudar e se interessa pela motivação humana, produzindo diversos
artigos que culminaram na Teoria de Hierarquização das Necessidades Humanas;
• “Motivation and Personality”
• Década 60 – Passou a relacionar seus estudos de gestão com suas teorias
motivacionais;
• 1970 – Faleceu em decorrência de Ataque cardíaco aos 62 anos.
• Maslow apresentou uma teoria onde afirma que as necessidade
humanas estão organizadas e dispostas em níveis, em uma hierarquia
de importância e de influenciação.
• Base da Pirâmide – Necessidades mais simples (Fisiológicas);
• Topo – Necessidades mais complexas (Autorrealização);
• Para chegar ao topo é necessário suprir todas as necessidades;
• Motivação - Estado cíclico e constante na vida pessoal;
• Frustração – Quando ciclo não se realiza.
Fonte: Google Imagens
Necessidades Fisiológicas
• Alimentação (fome e sede);
• Sono e repouso (cansaço);
• De abrigo (calor ou frio);
• Desejo sexual;
• Sobrevivência do indivíduo e preservação da espécie;
• O comportamento do indivíduo é dominado a satisfazer estas
necessidades – alívio da pressão
Necessidade de Segurança

• Busca de segurança, estabilidade, proteção contra ameaça ou


privação e fuga do perigo;
• Só surgem após as necessidades fisiológicas já foram alcançadas;
• Grande importância no comportamento humano, já que decisões
incoerentes ou ações arbitrárias dentro da empresa, podem provocar
insegurança no empregado em relação a sua permanência no
emprego;
Necessidades Primárias
Necessidades Sociais (Relacionamentos)
• Necessidades associação, participação, aceitação por parte dos
companheiros, troca de amizade, afeto e de amor;
• Surge após as necessidades primárias/básicas estão relativamente
satisfeitas;
• Quando não são supridas, o indivíduo torna-se resistente, antagônico
e hostil em relação as pessoas que o cercam;
• Frustração conduz a falta de adaptação social, ao isolamento e a
solidão. É importante dar e receber afeto.
Necessidade de Estima
• Relacionadas com a maneira pela qual o indivíduo se vê e se avalia;
• Envolvem a auto-apreciação, autoconfiança, necessidade de
aprovação social e de respeito, de status, de prestígio e de
consideração;
• A sua satisfação conduz a sentimentos de força, capacidade, valor e
utilidade;
• A sua frustração pode criar sentimentos de inferioridade, fraqueza,
dependência e desânimo.
Necessidades de Autorrealização

• Necessidades humanas mais elevadas e estão no topo da hierarquia;


• Realização do próprio potencial e autodesenvolvimento contínuo;
• Expressam-se por meio do impulso que a pessoa tem para tornar-se
mais do que é;
• O indivíduo vem a ser tudo o que pode ser.
Aplicação da Teoria
• Administração (gestão) de pessoas;
• Abordagem comportamental na administração propõe a adoção de
uma posição humanística e não normativa;

“... A medida que os aspectos básicos que formam a


qualidade de vida são preenchidos, podem deslocar
seu desejo para aspirações cada vez mais elevadas.”
(Maslow, 1908-1970)
Teoria das Necessidades Humanas Básicas

• Wanda Aguiar Horta


Biografia
• 11/08/1926 – Nasceu em Belém do Pará;
• 1948 – Diploma de Enfermeira pela Escola de Enfermagem da USP;
• 1953 – Licenciada em História Natural pela Universidade do Paraná;
• 1962 – Pós-Graduação em Pedagogia e Didática Aplicada à Enfermagem
pela Escola de Enfermagem da USP;
• 1968 – Doutor e Docente Livre em Fundamentos de Enfermagem na Escola
Ana Neri da Universidade Federal do Rio de Janeiro;
• 1974 – Aprovada como Professora Adjunto da Escola de Enfermagem Ana
Neri;
• Possuía Esclerose Múltipla, viveu os últimos anos em cadeira de rodas;
• Faleceu em 1981.
Biografia
• Fundamenta-se em uma abordagem humanista e empírica;
• Baseia-se na teoria motivacional de Maslow;
• Admite o ser humano como parte integrante do universo e desta
integração surgem os estados de equilíbrio e desequilíbrio no tempo
e no espaço;
• Os seres humanos possuem necessidades básicas que buscam
satisfazer no processo ambientação ao meio em que vive.
• Divisor de épocas na Enfermagem Brasileira;
• Levanta duas questões fundamentais:
• “A Enfermagem é um Serviço prestado ao ser humano.”
• “A Enfermagem é parte integrante da equipe de saúde e como tal se ocupa em
manter o equilíbrio dinâmico, prevenir desequilíbrio e reverter desequilíbrio em
equilíbrio do ser humano.”

• 1968 – Publica o próprio conceito de Enfermagem


“Enfermagem é ciência e a arte de assistir o ser humano
no atendimento de suas necessidades básicas, de torná-lo
independente desta assistência através da educação de
recuperar, manter e promover sua saúde, contando para
isso com a colaboração de outros profissionais.”
Teoria das Necessidades Humanas Básicas
• É o modelo teórico mais utilizado e conhecido no país;
• Apoiada nas três Leis que regem os fenômenos universais;
• A Lei do Equilíbrio – homeostase ou hemodinâmica
• “todo universo se mantém por processos de equilíbrio dinâmico entre os seus
seres.”
• A Lei da Adaptação
• “todos os seres do universo interagem com o seu meio externo buscando
sempre formas de ajustamento para se manterem em equilíbrio.”
• A Lei do Holismo
• “Universo como um todo, o ser humano é um todo, a célula é um todo não é
mera soma das partes constituintes.”
Teoria das Necessidades Humanas Básicas
• Os profissionais atendem as necessidades humanas básicas, sendo
necessário saber exatamente o que elas vem a ser;
• Problemas de Enfermagem – situações ou condições advindas dos
desiquilíbrios das necessidades básicas do indivíduo ou grupo que
exigem assistência profissional do enfermeiro;
• Saúde-doença – ocorrem porque o ser humano está sujeito a estados
de equilíbrio e desequilíbrio no tempo e no espaço;
• Doença – falta de equilíbrio do ser humano com mundo a volta;
• Saúde – perfeito equilíbrio espaço-temporal com todo universo.
• Usa a teoria motivacional de Maslow que é fundamentada nas
Necessidades Humanas Básicas;
• Todavia, Horta prefere utilizar a classificação de necessidades
proposta por João Mohana.
• Necessidades psicobiológicas: Oxigenação, hidratação, nutrição, eliminação,
sono e repouso, exercícios e atividade física, sexualidade, mobilidade, cuidado
corporal, integridade cutâneo-mucosa;
• Necessidades psicossociais: segurança, amor, liberdade, comunicação
criatividade, aprendizagem, recreação, lazer, espaço, orientação no tempo e
no espaço, aceitação...;
• Necessidades psicoespirituais: religiosa, ética ou filosofia de vida.
Características
• São latentes, universais, vitais, flexíveis, constantes, infinitas, cíclicas,
inter-relacionadas, dinâmicas, energéticas, hierarquizadas, tem
peculiaridades individuais – são resultantes da interação meio interno
e meio externo;
• Cada ser humano as expressas de maneira diferente, dependendo da
situação socioeconômica e cultural, nível de escolaridade, ambiente,
história de vida e idade, dentre outros fatores;
• É fundamental que o enfermeiro entenda o ser humano como um
todo corpo, mente e espírito. Quando o corpo ou a mente sofre, a
pessoa é afetada em sua totalidade.
(HORTA, 1979)
Pressuposto
• Enfermagem é um serviço prestado ao ser humano;
• O ser humano é parte integrante do universo dinâmico, e como tal,
sujeito a todas as leis que o regem, no tempo e no espaço;
• O ser humano está em constante interação com universo, dando e
recebendo energia;
• A dinâmica do universo provoca mudanças que o levam a estados de
equilíbrio e desequilíbrio no tempo e no espaço.
A Enfermagem
• Parte integrante da equipe de saúde:
• Implementa estados de equilíbrio, previne estados de desiquilíbrio;
• Reverte desequilíbrios em equilíbrio pela assistência ao ser humano no
atendimento de suas necessidades básicas;
• Procura sempre reconduzi-lo à situação de equilíbrio dinâmico no tempo e
espaço;
Processo de Enfermagem
• Organização e direcionamento da assistência de Enfermagem;
• Dinâmica das Ações sistematizadas e interrelacionadas, objetivando a
assistência ao ser humano;
• Inter-relacionamento e dinamismo de suas fases ou passos;
• Hexágono – forma que evidencia a importância das fases no processo;
• Distinguem-se em 6 fases ou passos.
HISTÓRICO DE
ENFERMAGEM

DIAGNÓSTICO
DE
ENFERMAGEM

PLANO
ASSISTENCIAL

PLANO DE
CUIDADOS
(PRESCRIÇÃO)

EVOLUÇÃO

PROGNÓSTICO
DE
ENFERMAGEM
Teoria de Hildegard Peplau
Teoria de Henderson
• Define enfermagem como “ajudar a um indivíduo, doente ou
saudável, no desempenho daquela atividade que irão contribuir
para a saúde, recuperação ou para a morte pacífica e que o
individuo realizaria sem ajuda, se tivesse força, a vontade ou
conhecimento necessário.
• Meta é independência do cliente
• 14 necessidades básicas do individuo
• Juntos, cliente e enfermeiro trabalham em harmonia para
satisfazer essas necessidades.
Teoria de Abdellah
• Os enfermeiros devem usar o método de solução dos
problemas-chave de enfermagem relacionados às
necessidades de saúde das pessoas;
• Os problemas podem ser evidentes, através de uma condição
aparente, ou ser encobertos, quando relacionados às esferas
emocional, sociológica e interpessoal por natureza;
• Enfatiza que a assistência de enfermagem deve considerar o
indivíduo como um todo, inclusive suas necessidades físicas,
sociais, psicológicas e espirituais e as da sua família.
Teoria de Abdellah
• “21 problemas de enfermagem de Abdellah”, buscando identificar as
necessidades do paciente e a consequente atividade de
enfermagem.
• Os onze primeiros problemas identificados tratam de necessidades
ligadas às atividades somáticas do paciente, como manter boa
higiene e conforto físico, facilitar a manutenção de oxigênio, entre
outras.
• Os problemas seguintes estão voltados ao psicossocial e ao
espiritual, como, por exemplo, identificar e aceitar expressões,
sentimentos e reações positivas e negativas, assim como entender a
relação entre emoções e doenças orgânicas, facilitar a manutenção
de efetiva comunicação verbal e não verbal e criar e/ou manter um
ambiente terapêutico
MADELEINE LEININGER
• “A Enfermagem é essencialmente uma profissão de
cuidados transculturais, a única que se centra na
promoção do cuidado humano para pessoas de uma
maneira significativa, congruente, respeitando os valores
culturais e estilo de vida".

• O cuidado cultural, ainda referendando a autora, significa


“avaliação consciente e um esforço deliberado para usar
valores culturais, crenças, modo de vida de um indivíduo,
família ou grupo comunitário, para fornecer auxílio
significativo para estas necessidades de cuidado nos
serviços de saúde”
• Estuda a Ciência do Ser Humano Unitário;
Teoria de Imogene King
• Foco central que é o alcance de objetivos de saúde para o cliente.
• Para ela isso só pode acontecer através da interação
• Sistemas interpessoais e sistemas sociais.
• A meta dessa teoria é ajudar os indivíduos a manter um estado
saudável e, assim, ajudá-los a desempenhar suas funções na
sociedade.
• Os meios para alcançar uma meta comum variam em cada grupo
profissional e de acordo com sues papeis e funções na sociedade. A
meta global das enfermeiras é promover a saúde, prevenir a doença, e
se preocupar com o doente.
Betty Neuman, 1972
• Ajudar os indivíduos, famílias e grupos a obterem o máximo de
nível de bem-estar total por intervenção com propósito
estalecido.
• A redução do estresse é a meta do modelo
• As ações de enfermagem são realizadas em níveis de atenção:
primária, secundária e terciária
Jean Watson
• Teoria do Cuidado Humano, que considera
o cuidado efetivo por meio do
relacionamento transpessoal;
• Por mais que o atendimento de enfermagem
privilegie, muitas vezes, a dimensão física,
com a execução de procedimentos técnicos,
em um nível mais avançado do cuidado, a
enfermagem é capaz de acessar os
aspectos emocionais e subjetivos, de forma
a objetivar a transpessoalidade, por meio da
comunicação e da empatia.
Referencial Bibliográfico
• Alves, Alana Caroline Ribeiro.
Ensino de teorias de enfermagem na formação/
Alana Caroline Ribeiro Alves. - 2012.
82 f. Disponível em: http://www.fwb.edu.br/biblioteca/trabalhos/iniciacao-cientifica-2012/ENSINO-DE-
TEORIAS-DE-ENFERMAGEM-NA-FORMACAO-PROFISSIONAL-DO-ENFERMEIRO.pdf
• HORTA, W. de A. - Conceito de enfermagem. Re vist a da Escol a de Enfe r magem da USP, 2 (2), set. 1968.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/reeusp/a/9mNZbmNpQ573hfFdNRYjS6n/?format=pdf&lang=pt
• Leopardi, Maria Tereza. Teorias de Enfermagem: instrumentos para a prática. Maria Tereza Leopardi.
Florianópolis: NFR/UFSC; Florianópolis: Ed. Papa-Livros, 1999. 228p.
• Neto JMR, Marques DKA, Fernandes MGM, Nobrega MML. Meleis’ Nursing Theories Evaluation: integrative
review. Rev Bras Enferm [Internet]. 2016;69(1):162-8. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0034-
7167.2016690123i.
• Processo de enfermagem: guia para a prática / Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo ; Alba Lúcia
B.L. de Barros... [et al.] – São Paulo : COREN-SP, 2015. 113 p. Disponível em: https://portal.coren-
sp.gov.br/sites/default/files/SAE-web.pdf

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