Você está na página 1de 119

UFCD 7225: Estado de saúde – Abordagem

geral em contexto domiciliário

FORMAÇÃO MODULAR

2020
ANA FERRAZ
Objetivos------ 3

Conteúdos----- 4

Âmbito de atuação do técnico familiar e de apoio à


comunidade --------- 5

ÍNDICE
Procedimento e cuidados no apoio à toma da medicação -16

Técnicas de deteção de alterações do estado de saúde -----53

Regras de atuação em situações de alteração do estado de


saúde ------- 98
Objetivos

 Reconhecer o âmbito de atuação do técnico familiar e

de apoio à comunidade.
 Apoiar o indivíduo na toma de medicação.

 Identificar alterações do estado de saúde do


indivíduo/pessoa.
 Aplicar procedimentos em casos de alteração do

estado de saúde do indivíduo.


 Efetuar o registo e transmitir ocorrências.
Conteúdos

 Âmbito de atuação do técnico familiar e  Questionamento acerca de sinais ou

de apoio à comunidade sintomas de alerta


 Vigilância da toma de medicação e outros
 Procedimentos e cuidados no apoio à
cuidados de saúde
toma de medicação
 Regras de atuação em situações de
 Precauções sobre o uso de medicamentos
alteração do estado de saúde
 Cuidados no armazenamento e
administração (verificação do estado de
 Forma de atuação

validade; cuidados no armazenamento;  Rede de contactos


outros)  Procedimentos para registo de ocorrências
 Procedimentos de registo das tomas

 Técnicas de deteção de alterações do

estado de saúde
 Observação dos sinais vitais
O Técnico/a de Apoio Familiar e à comunidade tem como funções
principais :

“Prestar cuidados de apoio direto a indivíduos no domicílio ou em contexto


institucional, nomeadamente idosos, pessoas com deficiência e pessoas com
outro tipo de dependência funcional temporária ou permanente, de acordo
com as indicações da equipa técnica e os princípios deontológicos de
atuação.”
Reflexão individual

 Tendo em conta a frase anterior, faça um pequeno texto/reflexão sobre as


tarefas que pode o TAFAC realizar no âmbito da sua atividade profissional.
Âmbito de
atuação do
TAFC

Detetar Articulação
situações entre equipa
anómalas técnica e utente

Avaliação da
evolução do estado
de saúde físico e
mental do utente
I. Acompanhar o indivíduo na toma de medicamentos e no cumprimento de
planos de cuidados, de acordo com as orientações da equipa de saúde;

II. Atuar em situação de acidente, doença súbita ou agravamento do estado


de saúde.
TAFAC= Socorrista

 Para tal é necessário que este:

 Se sinta autoconfiante, mas tenha a noção das suas limitações.

 Tenha uma atitude de compreensão e paciência.

 Seja capaz de tomar decisões, organizar e controlar a situação .


Primeiros socorros:

1. Chamar ajuda
2. Prestar cuidados imediatos

3. Evitar o agravamento da situação


Regras gerais na prestação de 1ºs socorros:

 Observar a evolução do estado da pessoa.

 Cobrir a vítima.

 Desapertar o vestuário mas não despir a vítima.

 Não dar nada a beber e/ou a comer,

 Nunca abandonar uma pessoa em estado de choque ou ferida.


Serviço de apoio domiciliário
1. Avaliação do utente

2. Aplicar normas especificas dos cuidados a prestar

3. Promover autonomia e prevenir a dependência


Tarefas que podem ser delegadas a colaboradores do SAD:

 Controlo da diabetes;

 Controlo da tensão arterial;

 Prevenção e controlo da incontinência;

 Posicionamento e mobilização;

 Prevenção e tratamento de úlceras de pressão.


Clique no ícone para adicionar
uma imagem

Procedimentos e cuidados no apoio


à toma da medicação
Precauções sobre o uso de medicamentos

 Deve existir um responsável pela gestão, controlo e assistência


medicamentosa do utente.
 O TAFAC só deve administrar medicamentos (via oral e tópica) mediante a

apresentação de prescrição médica ou declaração de responsabilidade do


utente e/ou pessoa significativa.
Muito importante!

 Conhecer a prescrição correta da medicação;

 Saber atuar em caso de efeitos secundários dos medicamentos.

 Guardar os medicamentos em local adequado;

 Fora do alcance das crianças ou pessoas que sofram de perturbações mentais.


 Guardar os medicamentos na embalagem, com a respetiva informação

terapêutica.
 Alguns medicamentos necessitam ser conservados no frigorífico.

 Todos os medicamentos devem ter a informação do prazo de validade e serem

alvo de controlo.
 Incentivar a utilização de caixas doseadoras.
Mas afinal… o que são medicamentos?

 Medicamentos são produtos que têm a finalidade de tratar doenças ou aliviar

os seus sintomas e ainda diagnosticar ou prevenir doenças.


Medicamento X Remédio

Remédio é um termo amplo para todos os recursos terapêuticos para combater


doenças ou os seus sintomas.

Exemplos:
 Repouso,

 Fisioterapia,

 Cirurgia,

 Preparados caseiros,….
Formas de apresentação dos medicamentos

 Sólidas (pós, comprimidos, pilulas, supositórios, óvulos…)

 Semissólidas (pomadas, cremes, géis, pastas)

 Liquidas (gotas, soluções, injetáveis, loções)


Regras dos 5 certos para a administração de medicamentos:

 Medicamento certo,

 Dose certa,

 Hora certa,

 Via de administração certa,

 Utente certo.
Modo de administração dos medicamentos

 Oral  Nasal

 Sublingual  Retal

 Tópica  Vaginal

 Oftálmica  Intradérmica

 Auricular  Subcutânea

 Inalatória  Intramuscular

 Endovenosa
Via oral

 O medicamento é introduzido no organismo através da boca.

 Passa para o sangue depois de absorvido no estômago e intestino.

 Pode irritar a mucosa gástrica.


Formas farmacêuticas que se administram via oral:

 Comprimidos

 Cápsulas

 Xaropes

 Elixires

 Óleos

 Pós
Via oral contraindicada em:

 Doentes inconscientes

 Com vómitos

 Com diarreias
Via sublingual

 O medicamento é absorvido por pequenos vasos debaixo da língua.

 A absorção do medicamento é rápida.

 Ideal para administrar medicamentos de urgência.


Tópica

 O medicamento é aplicado diretamente na pele.

 Só atuam no local onde são aplicados.


Via oftalmológica

 O medicamento é aplicado no olho;

 O utente deve estar com a cabeça inclinada e o olho afetado mais baixo que o

são.
Via auricular

 O medicamento é introduzido no canal auditivo.


Via inalatória

 O medicamento é introduzido nos pulmões através de inalações.


Via nasal

 O medicamento é introduzido nas narinas.


Via retal

 O medicamento é introduzido no reto.

 Administração é incomoda e a sua absorção incerta.

 Usado quando os utentes não colaboram ou quando os medicamentos têm

mau sabor ou cheiro.


Via vaginal

 O medicamento é administrado na vagina.


Via transdérmica

 O medicamento é introduzido no organismo através de absorção


transdérmica.
Via intradérmica

 O medicamento é introduzido no organismo através de administração


intradérmica.
Via subcutânea

 O medicamento é introduzido no organismo através de uma agulha fina no

tecido subcutâneo.
 O local de administração deve ser revezado.
Via intramuscular

 O medicamento é administrado num músculo.

 Nunca administrar com o utente de pé.

 Complicações: dor, lesão de nervos, perfuração de um vaso sanguíneo, etc.


Via intravenosa

 O medicamento é administrado diretamente na veia.


Regras básicas do armazenamento de medicamentos no domicílio:

1. Manter os medicamentos sempre longe do alcance das crianças, animais e


pessoas com alterações mentais;
2. Seguir as orientações de armazenamento e temperatura contidas nas
embalagens externas;
3. Não guardar na casa de banho ou na cozinha;
4. Não guardar junto de alimentos ou produtos de limpeza;
5. Guardar em caixas plásticas em local seco e arejado, sempre nas embalagens
originais e com as respetivas bulas,
6. 6. Medicamentos que necessitam de refrigeração nunca devem ficar na
porta do frigorifico devido às variações de temperatura.
7. Restos de medicação não são para colocar no lixo comunitário.
Fatores a ter em conta no armazenamento de medicamentos:

 Temperatura

 Humidade

 Luminosidade
Temperatura:

 Ambiente: por volta dos 25ºC

 Fresco: 15 a 25ºC

 Refrigerada : 2 a 8ºC

 Congelada: <0ºC
Humidade:

 A humidade elevada pode afetar a estabilidade dos medicamentos

criando condições para o crescimento de bactérias ou fungos assim


como à detioração dos medicamentos.
Luminosidade:

 A incidência direta de luz principalmente dos raios solares sobre os

medicamentos altera a estabilidade dos medicamentos.


Procedimentos de registos das tomas
 Todas as ações e tarefas executadas no âmbito desta atividade ou decorrentes

de situações anómalas são registadas, datadas, assinadas e integradas no


processo individual do utente.
Onde registar?

 IMP03.IT04.PC05 - Medicação e Indicação Terapêutica.

 IMP04.IT04.PC05 – Indicação Terapêutica – Informação Genérica


 IMP04.IT04.PC05 – Indicação Terapêutica – Informação Genérica:

 O nome dos medicamentos

 A via de administração e dose de cada medicamento

 Os efeitos secundários dos medicamentos (náuseas, vómitos, alteração da

cor das fezes e urinas, alergias, cefaleias, etc.) e formas de atuação em


situações de emergência;
 As precauções a adotar na administração dos medicamentos.
Técnicas de deteção de alterações
do estado de saúde
O que são sinais vitais?

“São indicadores do funcionamento das funções vitais do organismo.”


Observação de sinais vitais:

 Temperatura,

 Respiração,

 Tensão arterial, idade


 Pulso,

 Dor

sexo
Temperatura

 A temperatura corporal é o equilíbrio entre a produção e a perda de

calor do organismo, mediado pelo centro termorregulador.


Termorregulação:

 Conjunto de mecanismos fisiológicos, estruturais e comportamentais que

permitem ao organismo manter a temperatura corporal dentro de certos limites


independentemente das variações exteriores de temperatura.

 Mecanismos fisiológicos: transpiração ou tremores

 Mecanismos estruturais: camada de gordura corporal

 Mecanismos comportamentais: abrigar-se do sol, ou do frio e agasalhar-

se ou vestir roupas leves.


Valores de referência para a temperatura:

 Temperatura axilar: 35,8°C a 37°C

 Temperatura auricular:36,5º-37,5ºC

 Temperatura oral: 36,3°C a 37,4°C

 Temperatura retal: 37°C a 38°C


Terminologia:

 Apirético ou febril: 36-37ºC

 Sub-febril :37,1-37,9ºC

 Febril ou hipertermia:>38ºC

 Hipotermia:<35ºC
Tipos de termómetros:

1. Mercúrio
2. Digital
3. Bucal
4. Auricular
5. Testa
Cuidados a ter com os termómetros:

Desinfetar com álcool a 70º de utente para utente.(de


mercúrio e digitais)
Respiração

 Diz respeito às trocas gasosas realizada pelos pulmões, que retiram oxigénio

do ar e devolvem dióxido de carbono.


A avaliação da respiração inclui:

 Frequência respiratória (nº de movimentos respiratórios por minuto)

 Ritmo (regular ou irregular)

 Caracter ( superficial ou profunda)


Padrão de frequência respiratória
Outros sinais e sintomas de comprometimento respiratório:

 Falta de ar,

 Cianose (aspeto arroxeado),

 Inquietação,

 Sons respiratórios anormais,

 Cansaço a pequenos esforços.


Aspetos a ter em conta na avaliação da respiração

 Assegurar que o tórax e abdómen do utente estejam visíveis

 Observar um ciclo respiratório completo (inspiração e expiração),

 Iniciar a contagem da frequência respiratória:

 Se o ritmo for regular, contar durante 30 segundos e multiplicar por dois

 Se o ritmo for irregular, contar durante um minuto.


Terminologia:
Pulso

 Define-se como o número de batimentos cardíacos por minuto.

 Pode ser influenciada por:

 doença,

 febre,

 exercício,

 ansiedade,

 dor, etc.
A avaliação do pulso inclui:

 Frequência cardíaca (nº de batimentos cardíacos por minuto),

 Ritmo (regular ou irregular)

 Volume (fraco e fino ou forte e cheio)


Aspetos a ter em conta na avaliação do pulso sem monitor

 Palpar a artéria radial com os dedos indicador e médio;

 Comprimir suavemente e em, seguida aliviar a pressão;

 Avaliar, durante 60 segundos, as características do pulso: amplitude, ritmo e

frequência.
Valores de referência para pulsação

 Adultos – 60 a 100 bpm;

 Crianças – 80 a 120 bpm;

 Bebés – 100 a 160 bpm.


Terminologia:

 Taquicardia: FC > 100 batimentos/minuto

 Bradicardia: FC < 60 batimentos/minuto

 Pulso filiforme, fraco, débil: redução da força ou volume do pulso periférico

 Pulso irregular: os intervalos entre os batimentos são desiguais


Tensão arterial

É a medida da pressão exercida pelo sangue nas paredes das artérias.

 Tensão arterial máxima ou sistólica: pressão que resulta da contração dos

ventrículos para ejetar o sangue nas grandes artérias.

 Tensão arterial mínima ou diastólica: pressão que ocorre assim que o

coração relaxa.
Valores de referência para pressão arterial:

 Hipotensão – inferior a 100 x 60

 Normotensão – 120 x 80

 Hipertensão limite – 140 x 90

 Hipertensão moderada – 160 x 100

 Hipertensão grave – superior a 180 x 110


Tipos de esfigmomanómetros:

 Manuais

 Automáticos
Aspetos a ter em conta na avaliação da tensão arterial:

 O utente deve estar tranquilo, sentado e calmo.

 Não se deve medir a tensão arterial quando o utente tem vontade de urinar.

 A braçadeira deve ser adequada à circunferência do braço do utente.


Como avaliar a tensão arterial:

 Utente deve estar sentado;

 O braço deve estar esticado e apoiado , mais ou menos na mesma altura do

coração;
 Coloque a braçadeira ao redor do braço do utente (de preferência o esquerdo),

ficando a mesma cerca de 2 cm acima da dobra do braço;


Como avaliar a tensão arterial:

 Colocar o diafragma do estetoscópio em cima da dobra do braço;

 Com o estetoscópio ao ouvido, comece a insuflar a braçadeira até valores de 160

mmHg (aproximadamente);
 Começar a esvaziar a braçadeira lentamente. Quando ouvir a pulsação da artéria,

veja qual é o valor que o aparelho mostrou. Esta é a tensão arterial sistólica
(máxima);
 Continuar a desinsuflar a braçadeira. Quando o som do pulso desaparecer de

vez, ver qual é o valor que o aparelho mostrou. Esta é a tensão diastólica,
(mínima).
Dor

 É considerada o 5º sinal vital.

 Toda a pessoa tem direito ao melhor controlo da dor.

 “A dor, sensação corporal desconfortável, referência subjetiva de sofrimento,

expressão facial característica, alteração do tónus muscular, comportamento de


auto­proteção, inquietação e perda de apetite, …, perturba e interfere na
qualidade de vida da pessoa, pelo que o seu controlo é um objetivo
prioritário.”
Principais sinais e sintomas passíveis de indicar uma emergência médica

 Dor de origem cardíaca ( angina de peito ou enfarte no miocárdio)

 Asma

 AVC

 Hipoglicémia/ Hiperglicemia

 Convulsão

 Intoxicação
Sinais e sintomas que podem indicar uma dor de origem cardíaca

1. Dor torácica tipo:


 «Facada»;

 Opressão;

 Esmagamento;

 Aperto.

 Uma dor cardíaca representa uma situação em que o miocárdio não está a

receber a quantidade de oxigénio suficiente.


2. Dor pode irradiar para o braço esquerdo, e pescoço
 Pode ainda ser acompanhada de:

 Náuseas ou vómitos;

 Alterações do ritmo cardíaco;

 Sensação de desmaio;

 Dificuldade em respirar.
Sinais e sintomas que podem indicar asma:

 Falta de ar

 Respiração ruidosa

 Tosse (sobretudo à noite)


Sinais e sintomas que podem indicar AVC:

 Dores de cabeça intensas e súbitas ;

 Perda da força ou do movimento de um dos lados do corpo;

 Desvio da comissura labial (boca de lado);

 Dificuldade em falar ou em articular as palavras;

 Incontinência (principalmente urinária).


Sinais e sintomas de hipoglicemia:

 Suor

 Tonturas /tremores

 Fome

 Dor de cabeça

 Cor da pele pálida

 Palpitações
Sinais e sintomas de hiperglicemia:

 Sede

 Hálito acetónico

 Pele quente e seca

 Sonolência,

 Pulso rápido e fraco,

 Alteração do estado de consciência


Sinais e sintomas de convulsões:

 1.º Antes da convulsão o utente pode ficar

parado,
 2.º Normalmente o utente cai
subitamente e cerra com força os dentes
mexendo-se descontroladamente. Pode
salivar - «espumar pela boca»;
 3.º A crise termina e o doente fica

inconsciente, recuperando lentamente a


consciência.
Intoxicação

 São a terceira causa de lesão não intencional nas pessoas com mais de 65 anos

 Causas:

 Medicamentos,

 Alimentos,

 Monóxido de carbono.
Sinais e sintomas de intoxicações:

 Hálito com odor estranho e  Náuseas ou vómitos;

alteração na cor da língua e  Diarreia

lábios;  Dor de cabeça intensa;

 Dor e ardor na garganta;  Rigidez nas articulações;

 Dificuldade em respirar e tosse;  Febre;

 Sonolência /Delírio;  Olhos vermelhos e inchados

 Lesões na pele e queimaduras;


Intoxicações medicamentosas:

Administração incorreta
 Sobredosagem

 Hipersensibilidade do organismo,

 Interações entre medicamentos,

 Efeitos secundários dos medicamentos.


O que fazer perante um utente com sinais e intoxicação medicamentosa?

 1º Contactar médico ;

 2º Obter o máximo de informação possível ( que medicamento ingeriu, que

dose);
 3º- Primeiros socorros: Estimular o vómito (exceto se se tratar de produtos

corrosivos).

Se o utente estiver inconsciente deve mantê-lo deitado de lado

Nota: não administrar qualquer medicamento ou antidoto sem consentimento


médico
Importante:

 1º- Avaliar a capacidade do utente,

 2º- Certificar-se dos 5 certos (medicamento, dose, via, hora e utente),

 3º -Certificar-se que o utente toma a medicação

 4º- Vigiar atuação do medicamento

 ( incluindo efeitos secundários),

 5º- Comunicar erros terapêuticos.


Regras de atuação em situações de
alteração do estado de saúde
 Importante a formação em 1ºs socorros dos colaboradores do SAD ( serviço

de apoio ao domicilio)

 Importante a existência de caixa de 1ºs socorros (no domicilio do utente e nos

carros do SAD)
Caixa primeiros socorros

 Compressas de diferentes  Álcool;

dimensões;  Soro fisiológico;


 Pensos rápidos;
 Tesoura de pontas rombas;
 Adesivo;
 Pinça;
 Ligadura não elástica;
 Luvas descartáveis.
 Solução anti-séptica;
Como atuar em caso de:

 Queda e de suspeita de fratura

 Engasgamento

 Convulsões

 Ataque cardíaco

 Feridas

 Queimaduras
Se encontrar um idoso caído no chão:

Não mexer !

Sobretudo quando:
 Tem dor de cabeça, coluna, pescoço,

 Ausência de sensibilidade ou movimento dos membros inferiores.

Ligar 112
Se suspeita de fratura

 Improvisar uma tala.

 Ligar 112
Engasgamento

 Incentivar o utente a tossir,

 Aplicar 5 pancadas interescapulares,

 Manobra de Heimelich
Como atuar em caso de convulsões

 Observar se a pessoa consegue

 Deitar a pessoa respirar


 Remover objetos  Afastar os curiosos

 Desapertar as roupas  Reduzir estimulação sensorial

 Proteger a cabeça da pessoa  Permitir que a pessoa descanse ou

 Lateralizar a cabeça
até mesmo durma após a crise

 Procurar assistência médica.


Ataque cardíaco

 Ligar 112;

 Deitar ou sentar a vítima de forma confortável;

 Não dar nada para beber, nem qualquer medicamento;

 Perguntar se toma medicação para o coração e,

 Se necessário abrir a camisa se estiver apertada, para facilitar a respiração.

 Se houver paragem cardíaca - reanimação


Feridas

O tratamento de cada tipo de ferida varia com a sua localização e tipo:

 Parar a hemorragia;

 Tratar os sintomas de choque;

 Impedir a infeção.

 Acalmar a pessoa

 Lavar a ferida com água

 Desinfetar

 Colocar compressa esterilizada

 Se ferida profunda ou extensa – ir ao hospital


Tipos de hemorragia
Queimaduras:
1º grau

2º grau
Primeiros socorros nas queimaduras de primeiro e de segundo grau

 Arrefecer a zona queimada com água:

 Colocar a zona magoada sob água corrente fria;

 Ou, imergir a zona queimada num recipiente cheio de água

fria;

 Ou, aplicar compressas frias e húmidas.

 +- 5 minutos (até aliviar a dor)

 Não utilizar gelo


 Secar o local queimado, através de pancadinhas e com um pano limpo ou uma

compressa;
 Com uma compressa, ou com um pano limpo seco, fazer um penso sem

apertar muito;
 Queimaduras com bolhas, o utente deverá deslocar-se ao Serviço de Urgências

mais próximo.
3º grau
Primeiros socorros nas queimaduras de terceiro grau:

 Remover roupas apertadas e jóias;

 Arrefecer rapidamente a zona queimada com água, aplicando compressas

húmidas e frias (com um pano limpo).


 Verificar a presença de complicações respiratórias;

 Em caso de ser uma queimadura de 3º grau pequena (com menos de 5 cm de

diâmetro) proceder como para queimadura de 1º ou 2º grau.


 Deslocar a pessoa ferida ao Serviço de Urgência mais próximo.
Fatores que podem agravar a queimadura:

 Localização da queimadura (cara, zonas de flexão, mãos e pés);

 Idade (crianças e idosos);

 Doenças (diabetes, toma de medicação)


112

Central de Emergência da Policia de Segurança Publica

CODU Proteção Civil Forças de segurança


??? (bombeiros) (GNR, PSP)
112

 DEVE ser SÓ utilizado em situações de Emergência.

 Antes de ligar informe-se sobre :

 ONDE (local exato da ocorrência)

 O QUÊ (tipo de ocorrência: acidente, incêndio florestal ou outro, parto,

doença súbita, intoxicação, etc.).

 QUEM (Vítima/doente, número de vítimas, queixas).


Intervenientes:

 Público em geral;

 Operadores das centrais de emergência;

 Agentes da autoridade;

 Bombeiros;

 Socorristas de ambulância;

 Médicos, enfermeiros, pessoal técnico

 Etc..
Dúvidas?

Você também pode gostar