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Auxílio ao profissional de saú de na prestaçã o de

cuidados de higiene, conforto e eliminaçã o em


indivíduo com dependência total

UFCD_7219

25 Horas

762319 - Técnico/a de Apoio


Familiar e de Apoio à
Comunidade
Auxílio ao profissional de saú de na prestaçã o de cuidados de higiene, conforto e UFCD 7219
eliminaçã o em indivíduo com dependência total
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Índice

Objetivos e conteú dos................................................................................................................................................................. 3

 mbito de atuaçã o do Técnico Familiar e de Apoio à Comunidade (o que pode e nã o pode fazer
sozinho)............................................................................................................................................................................................ 5

Equipamentos de proteçã o individual.................................................................................................................................. 7

O auxílio e especificidade do profissional de saú de na prestaçã o de cuidados de higiene, conforto e


eliminaçã o nas pessoas com dependência total............................................................................................................. 10

Importâ ncia do cumprimento das orientaçõ es do responsá vel..............................................................................14

Preparaçã o dos materiais, equipamentos e instrumentos utilizados nos cuidados de higiene, conforto e
eliminaçã o..................................................................................................................................................................................... 15

Produtos de higiene, hidrataçã o e conforto e equipamentos utilizados..............................................................15

Cuidados de segurança, manutençã o e higiene dos materiais, equipamentos e utensílios utilizados.....18

...........Procedimentos específicos de auxílio ao profissional de saú de nos cuidados de higiene, conforto e


eliminaçã o a pessoas com dependência total................................................................................................................. 20

Técnicas de vestir e despir..................................................................................................................................................... 20

Técnica do banho na cama e com recurso a meios auxiliares específicos (Kit de banho mó vel)...............22

Especificidade dos cuidados de eliminaçã o..................................................................................................................... 23

Técnica de mudança de fraldas............................................................................................................................................. 25

Técnica de colocaçã o e remoçã o de dispositivos de eliminaçã o (sacos de drenagem, sacos de urostomia


e outros)......................................................................................................................................................................................... 26

Outros cuidados bá sicos de higiene e apresentaçã o.................................................................................................... 29

Bibliografia e netgrafia............................................................................................................................................................. 37

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Objetivos:

 Reconhecer as atividades de apoio ao profissional de saú de na prestaçã o de cuidados


de higiene, conforto e eliminaçã o nas pessoas com dependência total.

 Preparar os materiais, equipamentos e instrumentos utilizados nos cuidados de


higiene, conforto e eliminaçã o.

 Auxiliar o profissional de saú de na prestaçã o de cuidados de higiene, conforto e


eliminaçã o a pessoas com dependência total.

Conteú dos
 Â mbito de atuaçã o do técnico familiar e de apoio à comunidade (o que pode e nã o pode
fazer sozinho)

 Equipamentos de proteçã o individual

 O auxílio e especificidade do profissional de saú de na prestaçã o de cuidados de higiene,


conforto e eliminaçã o nas pessoas com dependência total

 Importâ ncia do cumprimento das orientaçõ es do responsá vel

 Preparaçã o dos materiais, equipamentos e instrumentos utilizados nos cuidados de


higiene, conforto e eliminaçã o

 Produtos de higiene, hidrataçã o e conforto

 Equipamentos e utensílios utilizados nos cuidados de higiene

 Cuidados de segurança, manutençã o e higiene dos materiais, equipamentos e


utensílios utilizados

 Procedimentos específicos de auxílio ao profissional de saú de nos cuidados de higiene,


conforto e eliminaçã o a pessoas com dependência total

 Técnicas de vestir e despir

 Técnica do banho na cama e com recurso a meios auxiliares específicos (Kit de


banho mó vel)

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 Especificidade dos cuidados de eliminaçã o

 Técnica de mudança de fraldas

 Técnica de colocaçã o e remoçã o de dispositivos de eliminaçã o (sacos de drenagem,


sacos de urostomia e outros)

 Outros cuidados bá sicos de higiene e apresentaçã o

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Âmbito de atuação do Técnico Familiar e de Apoio à
Comunidade (o que pode e não pode fazer sozinho)
O técnico familiar e de apoio à comunidade tem a funçã o de prestar cuidados de apoio
direto a indivíduos no domicílio ou em contexto institucional, nomeadamente idosos,
pessoas com deficiência e pessoas com outro tipo de dependência funcional temporário ou
permanente, de acordo com as indicaçõ es da equipa técnica e os princípios deontoló gicos de
atuaçã o.

O que faz?

As atividades principais desempenhadas por este técnico sã o:

Planear o serviço relativo aos cuidados a prestar, selecionando, organizando e


preparando os materiais, os produtos e os equipamentos a utilizar.

Apoiar o indivíduo na realizaçã o de atividades instrumentais quotidianas.

Prestar cuidados bá sicos de higiene, conforto e eliminaçã o ao cliente, no seu domicílio


ou em contexto institucional de acordo com as orientaçõ es da equipa técnica.

Apoiar o indivíduo nos cuidados de alimentaçã o e nutriçã o de acordo com as


orientaçõ es da equipa técnica.

Estabelecer a articulaçã o com a equipa técnica responsá vel reportando a evoluçã o do


estado físico ou psíquico, situaçõ es anó malas e/ou agravamento do estado de saú de do cliente
de acordo com as orientaçõ es e procedimentos definidos pela equipa técnica.

Participar no desenvolvimento de atividades de animaçã o/ocupaçã o de tempos livres


do indivíduo.

Participar na prevençã o de acidentes domésticos em contexto institucional ou


domiciliá rio de acordo com as orientaçõ es da equipa técnica

Assegurar a recolha, triagem, transporte e acondicionamento de resíduos decorrentes


da prestaçã o de cuidados de higienizaçã o, conforto e eliminaçã o ao individuo garantindo o
manuseamento dos mesmos de acordo com o procedimento definidos.

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Participar na prevençã o da negligência, abusos e maustratos sobre o indivíduo.

Auxiliar o profissional de saú de na prestaçã o de cuidados de higiene, conforto e


eliminaçã o a pessoas com dependência funcional, temporá ria ou permanente.

O que não faz?

Efetuar a limpeza e higienizaçã o das instalaçõ es/ superfícies da unidade do utente, e de


outros espaços específicos, de acordo com normas e/ou procedimentos definidos;

Efetuar a lavagem e desinfecçã o de material hoteleiro, material clínico e material de


apoio clínico em local pró prio, de acordo com normas e/ou procedimentos definidos;

Assegurar o armazenamento e conservaçã o adequada de material hoteleiro, material


de apoio clínico e clínico de acordo com normas e/ou procedimentos definidos;

Efetuar a lavagem (manual e mecâ nica) e desinfeçã o química, em local apropriado, de


equipamentos do serviço, de acordo com normas e/ou procedimentos definidos;

Recolher, lavar e acondicionar os materiais e equipamentos utilizados na lavagem e


desinfecçã o, de acordo com normas e/ou procedimentos definidos, para posterior recolha de
serviço interna ou externa;

Assegurar a recolha, triagem, transporte e acondicionamento de resíduos hospitalares,


garantindo o manuseamento e transporte adequado dos mesmos de acordo com
procedimentos definidos.

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Equipamentos de proteção individual
A Prevenção é certamente o melhor processo de reduzir ou eliminar as possibilidades de
ocorrerem problemas de segurança com o Trabalho.

A prevenção consiste na adoção de um conjunto de medidas de proteçã o, na previsã o de


que a segurança física do operador possa ser colocada em risco durante a realizaçã o do seu
trabalho. Nestes termos, pode-se acrescentar que as medidas a tomar no domínio da higiene
industrial nã o diferem das usadas na prevençã o dos acidentes de trabalho.

Como princípios de prevenção na á rea da Higiene e Segurança industrial, poderemos


apresentar os seguintes:

Tal como se verifica no domínio da segurança, a prevenção mais eficaz em matéria


de higiene industrial exerce-se, também, no momento da conceção do edifício, das
instalaçõ es e dos processos de trabalho, pois todo o melhoramento ou alteraçã o posterior
já nã o terá a eficá cia desejada para proteger a saú de dos trabalhadores e será certamente
muito mais dispendiosa.
As operações perigosas (as que originam a poluiçã o do meio ambiente ou causam
ruído ou vibraçõ es) e as substâ ncias nocivas, suscetíveis de contaminar a atmosfera do local
de trabalho, devem ser substituídas por operaçõ es e substâncias inofensivas ou menos
nocivas.

Quando se torna impossível instalar um equipamento de segurança coletivo, é


necessá rio recorrer a medidas complementares de organizaçã o do trabalho, que, em certos
casos, podem comportar a reduçã o dos tempos de exposiçã o ao risco.

Quando as medidas técnicas coletivas e as medidas administrativas nã o sã o suficientes


para reduzir a exposiçã o a um nível aceitá vel, deverá fornecer-se aos trabalhadores um
equipamento de proteçã o individual (EPI) apropriado.

Salvo casos excecionais ou específicos de trabalho, nã o deve considerar-se o


equipamento de proteçã o individual como o método de segurança fundamental, nã o só por

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razõ es fisioló gicas mas também por princípio, porque o trabalhador pode, por diversas
razõ es, deixar de utilizar o seu equipamento.

Qualquer posto de trabalho representa o ponto onde se juntam os diversos meios de


produçã o (Homem, Má quina, Energia, Matéria-prima, etc) que irã o dar origem a uma
operaçã o de transformaçã o, daí resultando um produto ou um serviço.

Para a devida avaliação das condições de segurança de um Posto de Trabalho é


necessá rio considerar um conjunto de fatores de produçã o e ambientais em que se insere esse
mesmo posto de trabalho.

As medidas de proteção coletiva, através dos equipamentos de proteçã o coletiva (EPC),


devem ter prioridade, conforme determina a legislaçã o uma vez que beneficiam todos os
trabalhadores, indistintamente.

Os EPCs devem ser mantidos nas condiçõ es que os especialistas em segurança estabelecerem,
devendo ser reparados sempre que apresentarem qualquer deficiência.

Vejamos alguns exemplos de aplicação de EPCs:

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Quando nã o for possível adotar medidas de segurança de ordem geral, para garantir a
proteçã o contra os riscos de acidentes e doenças profissionais, devem-se utilizar os
equipamentos de proteçã o individual, conhecidos pela sigla EPI.

São considerados equipamentos de proteção individual todos os dispositivos de uso


pessoal destinados a proteger a integridade física e a saúde do trabalhador

Os Equipamentos de Proteção Individual foram criados para prevenir que o profissional se


exponha ou prejudique a sua saú de durante a execuçã o de suas funçõ es profissionais.

Os EPIs não evitam os acidentes, como acontece de forma eficaz com a proteçã o coletiva.
Apenas diminuem ou evitam lesõ es que podem decorrer de acidentes.

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O auxílio e especificidade do profissional de saúde na prestação de
cuidados de higiene, conforto e eliminação nas pessoas com
dependência total

O técnico de apoio familiar e à comunidade é também vá rias vezes apelidado de cuidador.


Cuidado significa atenção, precaução, cautela, dedicação, carinho, encargo e
responsabilidade. Cuidar é servir, é oferecer ao outro, em forma de serviço, o resultado dos
seus talentos, preparaçã o e escolhas; é praticar o cuidado.

Cuidar é também perceber a outra pessoa como ela é, e como se mostra, os seus gestos e
falas, a sua dor e limitaçã o. Percebendo isso, o cuidador tem condiçõ es de prestar o cuidado de
forma individualizada, a partir das suas idéias, conhecimentos e criatividade, tendo em
consideraçã o as particularidades e necessidades da pessoa a ser cuidada

A higiene é um ramo da medicina que visa prevençã o da doença.

A descoberta de que vários micróbios causam doenças, fez com que a higiene se tornasse
fundamental.

A limpeza do corpo, das roupas, dos utensílios e das habitações, diminuiu sensivelmente
o risco de infecçã o por fungos, bactérias e vírus.

Durante o envelhecimento e a doença, a capacidade de nos auto-cuidarmos diminui e a


carência de cuidados de higiene aumenta, como tal, o Agente em Geriatria (o cuidador) deve
contribuir para conservar a saúde e o bem-estar do idoso, prestando bons cuidados de

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higiene.

A higiene pessoal, cuidado bá sico para a saú de e bem-estar do ser humano, é uma atividade
incorporada na rotina diá ria e difere entre culturas e épocas. Entende-se por higiene pessoal
a corporal e íntima, a oral e a do couro cabeludo.

A higiene pode ser:

 Parcial: É aquela que tem em conta os cuidados específicos de cada parte do corpo,
frequentemente as regiõ es com secreçã o abundante e maior carência de higiene (cara e boca,
mã os, axilas, pés e genitais).

OU

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 Total: consiste no banho total, completo, desde a higiene ao corpo até ao cortar das
unhas e cuidados com o cabelo.

Na cama OU no chuveiro, consoante as características da pessoa de quem se cuida.

O banho é, normalmente, realizado mais para agradar a quem cuida (senso de


responsabilidade) do que para atender a uma real necessidade ou desejo da pessoa cuidada.

O banho diário nã o se baseia tanto em requerimentos clínicos, mas sim em normas culturais.
Algumas delas valorizam o asseio e acreditam que o banho é incompleto se nã o houver o uso
de vá rios champô s, sabonetes ou desodorisantes; outras, porém, consideram o banho semanal
suficiente, nã o vendo sentido em “mascarar” o pró prio odor com produtos perfumados.

A frequência do banho depende das necessidades apresentadas pelas pessoas idosas. Em


algumas circunstâ ncias, pode ser dado apenas, por exemplo, duas vezes por semana. É o
caso dos idosos com peles demasiado secas, dos muito enfraquecidos ou dos que, por
problemas de saú de, se cansam facilmente.

Embora o banho seja muito importante, a rotina do seu uso diá rio nã o pode ser legitimamente
resguardada. Se um banho por dia já é difícil de defender, o que dirá dois. No entanto, esse é o
há bito de alguns hospitais, instituiçõ es, cuidadores domiciliares etc.

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Se o banho é no chuveiro:

 Temperar a á gua, tendo o cuidado de nã o queimar a pessoa ou provocar desconforto

 Começar sempre pela cabeça, em direçã o aos pés.

 Lavar a cabeça, cara e orelhas do idoso.

 Seguem-se o pescoço, braços, axilas, costas, pernas e pés, entre os dedos e, por fim,
partes genitais.

 Secar o corpo com toalha macia, sem esfregar.

 Aplicar creme hidratante no corpo.

 Vestir a pessoa e penteá -la.

 Nã o esquecer a lavagem da boca, usando uma escova de dentes ou compressas


embebidas em elixir ou pedir ao idoso para bochechar.

 Verificar sempre se nã o existem secreçõ es, feridas, caspa ou parasitas.

 Cortar as unhas, cuidar

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Importância do cumprimento das orientações do
responsável
Esse cuidado deve ir além dos cuidados com o corpo físico, pois além do sofrimento físico
decorrente de uma doença ou limitaçã o, há que se ter em conta as questõ es emocionais, a
histó ria de vida, os sentimentos e emoçõ es da pessoa a ser cuidada.

O bom cuidador é aquele que observa e identifica o que a pessoa pode fazer por si, avalia
as condiçõ es e ajuda a pessoa a fazer as atividades. Cuidar nã o é fazer pelo outro, mas ajudar
o outro quando ele necessita, estimulando a pessoa cuidada a conquistar sua autonomia,
mesmo que seja em pequenas tarefas. Isso requer paciência e tempo.

A seguir, algumas tarefas que fazem parte da rotina do cuidador:

Atuar como elo entre a pessoa cuidada, a família e a equipa.

Escutar, estar atento e ser solidá rio com a pessoa cuidada.

Ajudar nos cuidados de higiene.

Estimular e ajudar na alimentaçã o.

Ajudar na locomoçã o e atividades físicas, tais como: andar, apanhar sol e exercícios
físicos.

Estimular atividades de lazer e ocupacionais.

Realizar mudanças de posiçã o na cama e na cadeira, e massagens de conforto.

Administrar as medicaçõ es, conforme a prescriçã o e orientaçã o da equipa de saú de.

Comunicar à equipa de saú de sobre mudanças no estado de saú de da pessoa cuidada.

Outras situaçõ es que se fizerem necessá rias para a melhoria da qualidade de vida do
utente.

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Preparação dos materiais, equipamentos e instrumentos
utilizados nos cuidados de higiene, conforto e eliminação

Produtos de higiene, hidratação e conforto e equipamentos utilizados

Higiene é um ramo da medicina que visa prevençã o da doença.

A descoberta de que vá rios micró bios causam doenças, fez com que a higiene se tornasse
fundamental.

A limpeza do corpo, das roupas, dos utensílios e das habitações, diminuiu sensivelmente
o risco de infecçã o por fungos, bactérias e vírus.

Durante o envelhecimento e a doença, a capacidade de nos auto-cuidarmos diminui e a


carência de cuidados de higiene aumenta, como tal, o Agente em Geriatria (o cuidador) deve
contribuir para conservar a saúde e o bem-estar do idoso, prestando bons cuidados de
higiene.

Os materiais utilizados pelo cuidador na higiene do idoso sã o:

Luvas e aventais descartá veis

Esponja

Sabã o liquido neutro

Uma bacia com á gua tépida (se banho na cama)

Toalhas limpas

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Creme hidratante e antialergénico

Escova ou pente para o cabelo

Escova de dentes e pasta dentífrica ou elixir

Fraldas descartá veis, se necessá rio

Sacos de plá stico para o lixo e para a roupa suja

Roupa limpa para o idoso e/ou para a cama

Por norma, a casa de banho comum é pouco funcional e a má conceçã o dos equipamentos
balneares obriga à realizaçã o de esforços suplementares por parte do cuidador e do pró prio
idoso. Para que o banho nã o se revele um tormento, o ideal seria adaptar a casa de banho à s
necessidades e à condição do idoso, assim o banho estaria sempre assegurado e sem
qualquer esforço adicional.

Ao cuidar de um idoso deve ter em atençã o onde estã o situados a sanita e o lavató rio, pois
estes sã o elementos fundamentais para a satisfaçã o das necessidades básicas de um idoso.

A sanita

A posição baixa em que a sanita se encontra é uma dificuldade extraordiná ria para
um idoso e pode conduzir a desequilíbrios físicos. Para que isso nã o aconteça, junto à sanita,
devem existir barras de apoio bilaterais, caso contrá rio, o idoso precisará de ajuda para se
conseguir pôr de novo em pé.

O lavatório

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O lavatório é também um dos elementos centrais numa casa de banho, pois
permite que um idoso faça a sua higiene oral. Deve estar embutido na parede para que o idoso
se apoie sem correr o risco de cair.

Por outro lado, deve estar atento ao estado das torneiras do lavatório e verificar se elas
sã o as mais adequadas para a condiçã o do idoso. Por exemplo, se a pessoa sofre de artrite
reumatoide, terá grandes dificuldades em conseguir abrir e fechar uma torneira de á gua e até
mesmo pegar no sabonete para lavar as mã os.

O cuidador deve ter em atenção todos estes fatores que condicionam a ação dos idosos e
deve descobrir novas estratégias que garantam a sua autonomia e independência.

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Cuidados de segurança, manutenção e higiene dos materiais, equipamentos e utensílios
utilizados

Alguns exemplos de adaptações:

As cadeiras, camas, poltronas e vasos sanitá rios mais altos do que os comuns facilitam
a pessoa cuidada a sentar, deitar e levantar. O cuidador ou outro membro da família
podem fazer essas adaptaçõ es.

Antes de colocar a pessoa sentada numa cadeira de plá stico, verifique se a cadeira
suporta o peso da pessoa e coloque a cadeira sobre um piso antiderrapante, para evitar
escorregõ es e quedas.

O sofá , poltrona e cadeira devem ser firmes e fortes, ter apoio lateral, que permita à
pessoa cuidada se sentar e se levantar com segurança.

Se a pessoa cuidada não controla a saída de urina ou fezes é preciso cobrir com
plá stico a superfície de cadeiras, poltronas e cama e colocar por cima do plá stico um lençol
para que a pele nã o fique em contacto direto com o plá stico, pois isso pode provocar feridas.

Sempre que possível, coloque a cama em local protegido de correntes de vento, isso é,
longe de janelas e portas.

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Retire tapetes, tacos e fios soltos, para facilitar a circulação do cuidador e da
pessoa cuidada e também evitar acidentes.

Sempre que for possível é bom ter barras de apoio na parede do chuveiro e ao lado
da sanita, assim a pessoa cuidada sente-se segura ao tomar banho, sentar e levantar da sanita,
evitando apoiar-se em pendurador de toalhas, pias e cortinas

O banho de chuveiro torna-se mais seguro com a pessoa cuidada sentada numa
cadeira, com apoio lateral.

Piso escorregadio causa quedas e escorregõ es, por isso é bom utilizar tapetes
antiderrapantes em frente à sanita e cama, no chuveiro, embaixo da cadeira.

A iluminação do ambiente nã o deve ser tã o forte que incomode a pessoa cuidada e


nem tã o fraca que dificulte ao cuidador prestar os cuidados. É bom ter um candeeiro de
cabeceira e também deixar acesa uma luz no corredor.

Os objetos de uso pessoal devem estar colocados pró ximos à pessoa e numa altura
que facilite o manuseio, de modo que a pessoa cuidada nã o precise de se abaixar e nem se
levantar para apanhá -los.

As escadas devem ter corrimão dos dois lados, faixa ou piso antiderrapante e ser
bem iluminadas

As pessoas idosas ou com certas doenças neurológicas podem ter dificuldades para
manusear alguns objetos por ter as mã os trémulas. Algumas adaptações ajudam a melhorar
o desempenho e a qualidade de vida da pessoa:

 Enrole fita adesiva ou um pano nos cabos dos talheres e também no copo, caneta, lá pis,
agulha de croché, barbeador manual, pente, escova de dentes. Assim os objetos ficam mais
grossos e pesados o que facilita à pessoa coordenar os seus movimentos para usar esses
objetos.

 Coloque o prato, chá vena e copo em cima de um pedaço de material emborrachado


para que nã o escorregue

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Procedimentos específicos de auxílio ao profissional de saúde nos
cuidados de higiene, conforto e eliminação a pessoas com
dependência total

Técnicas de vestir e despir

O vestuario para o idoso desempenha um papel principal no bem-estar psicoló gico de


qualquer ser humano. Estar bem arranjado e vestido, proporciona segurança e auto -
confiança. No entanto, o envelhecimento e os problemas e doenças que lhe estã o associadas,
tal como a importâ ncia que os idosos atribuem ao vestuá rio, afetam, em diversos graus, a
necessidade de vestir e despir.

Propor aos idosos a escolha de roupa funcional que se vista com facilidade, que abotoe
à frente com mangas e pernas amplas;

Proporcionar-lhes tempo suficiente para vestir e despir;

Proceder por etapas para demonstraçã o da forma como se vestir: demonstrar uma das
etapas, exercitá -la, prosseguindo depois para a seguinte;

Colocar o vestuá rio em ordem para facilitar a açã o de se vestir, no dia seguinte;

Se possível, aconselhar a colocaçã o de fechos velcro no vestuá rio e sapatos ;

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Encorajar os idosos a vestir-se, em vez de passar o dia com a roupa de dormir;

Assegurar o respeito pela intimidade dos idosos, enquanto se vestem e despem;

Proporcionar acesso fá cil ao vestuá rio.

A forma como um idoso se veste diz muito sobre a maneira como se trata e sobre a sua
higiene pessoal. Muitas vezes, os idosos têm dificuldade em levantar os braços, em dobrar-
se ou inclinar-se, mas isso não quer dizer que sejam desleixados na sua maneira de
vestir. A melhor opçã o passa por selecionar roupas mais largas, mais prá ticas e mais
confortá veis para a prossecuçã o das suas atividades e exercícios diários.

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Técnica do banho na cama e com recurso a meios auxiliares específicos (Kit de banho móvel)

 Temperar a á gua, tendo o cuidado de nã o queimar a pessoa ou provocar desconforto.

 O idoso deve ser lavado com uma esponja embebida em á gua e sabã o, ou com um gel
de banho hipoalergénico.

 Iniciar a higiene com a limpeza dos olhos, usando uma compressa com á gua ou soro
fisioló gico para cada olho, limpando sempre de dentro para fora, de uma só vez.

 De seguida: lavar a cara, as orelhas e a cabeça. A lavagem desta deve ser feita com
regularidade, devendo, contudo, respeitar a vontade do idoso, sempre que possível.

 Lavar os braços e o tronco e seguir para as pernas e os pés, secando o corpo à medida
que lava e tapando-o.

 Lavar a regiã o genital.

 Lavar da frente para trá s (do meato uriná rio para orifício vaginal e posteriormente
para a regiã o anal), prestando atençã o à sujidade acumulada entre os lá bios, utilizando uma
mã o para afastar os lá bios e outra para lavar.

 Mudar a á gua da bacia apó s a higiene dos genitais.

 Colocar o idoso de lado e proceder à lavagem das costas e ná degas, secando de seguida.

 Colocar a roupa lavada e a fralda, fazendo a cama de um lado.

 Virar o idoso para o lado seguinte e terminar de fazer cama e de colocar a fralda.

 Terminar de vestir o idoso e deixá -lo confortá vel.

 Nã o esquecer de pentear o cabelo, colocar creme hidratante no corpo e de lavar a boca


da pessoa.

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Especificidade dos cuidados de eliminação

Urinóis e arrastadeiras deveriam ser preferencialmente em inox por permitir uma


melhor desinfeçã o do dado material. A manipulaçã o destes utensílios deveria ser o mais
cuidadosa possível no sentido de evitar focos de infeçã o, quer para quem a utiliza (cliente)
quer para quem a manipula (cuidador).
O cuidador deveria utilizar material de proteção, nomeadamente luvas, aquando da
sua manipulaçã o e lavar frequentemente as mã os, antes e apó s, da manipulaçã o do referido
material já que as luvas nã o substituem a lavagem.

Cuidados na Desinfeção

A lavagem dos utensílios é fundamental no controlo da infeçã o.


Arrastadeiras e urinó is apó s utilizaçã o deveriam sofrer uma esterilizaçã o em
esterilizadores pró prios para o efeito, uma vez que as lavagens manuais com antisséptico nã o
removem todos os microrganismos desejá veis.

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Tipos de Urinóis e Arrastadeiras

Tipos de Urinóis e Arrastadeiras Descrição


Arrastadeira de plá stico em cunha
permitindo que a pessoa acamada
possa urinar ou defecar;

Arrastadeira de inox em cunha,


permitindo que a pessoa acamada
possa urinar e/ou defecar
(desagradá vel ao toque);

Arrastadeira de inox bidé permitindo


que a pessoa acamada possa urinar ou
defecar se mulher e apenas defecar se
homem;

Urinol masculino em plá stico


permitindo que a pessoa acamada
possa urinar;

Bacio alto hospitalar, permitindo que a


pessoa acamada possa urinar e/ou
defecar. Quando o cliente ainda tem
alguma mobilidade, deve preferir-se
este tipo de equipamento, pois a
posiçã o sentada facilita a expulsã o das
fezes;

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Técnica de mudança de fraldas

Na maioria das vezes, um adulto que usa uma fralda pode precisar de ajuda na sua
mudança. Pode haver casos em que a pessoa pode ficar acamada. Assim, torna-se ainda mais
evidente que um cuidador precisará de saber como o fazer.

Em primeiro lugar, e antes de começar a mudar a fralda deve reunir o material:

Saco de lixo

Fralda Nova

Material de higiene

Para começar o utente deve ser colocado no leito. Primeiramente descola-se a fita adesiva
da fralda e dobra-se para dentro de forma a que quando for posicionado em lateral essa aba
fique por baixo. Posiciona-se delicadamente para esse lado. Descola a outra fita adesiva do
lado oposto e apó s esse procedimento pode retirar a fralda suja por trá s.

Antes de colocar uma fralda limpa, deve limpar bem a zona com á gua e sabã o. Deve
proceder à higiene dos genitais segundo a técnica correcta (já explicado noutro tó pico).
Depois secar muito bem. Pode colocar um creme hidratante e protector. Coloca a nova fralda e
inverte todo o processo anterior quando retirou a mesma.

Técnica de colocação e remoção de dispositivos de eliminação

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Colocação da arrastadeira

Se o doente for colaborante devemos pedir que flita os joelhos e faça força de modo a
levantar o corpo;
Se o cliente nã o for colaborante, deve colocar-se em decú bito lateral para aplicaçã o da
arrastadeira e apó s a colocaçã o
posicionar a pessoa em decú bito
dorsal (barriga para cima);
A parte achatada da arrastadeira fica
posicionada para a parte
superior do corpo;

Fig. 1 – Colocação da arrastadeira.

A arrastadeira deverá ficar corretamente colocada


de modo a que o conteú do excretado fique no interior
da arrastadeira;

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Colocação do Urinol
O urinol é um utensílio exclusivo para homens
permitindo que estes quando acamados possam urinar.
É colocando introduzindo o pénis no urinol.

Uma parte importante dos cuidados prestados, ao idoso, centra-se em ajudá-lo a superar as
dificuldades de eliminação de fezes e urina.

Consiste em ensinar, supervisionar, ajudar ou realizar procedimentos

Sempre que possível tornar o idoso autó nomo, dando-se especial importância à higiene
e ao conforto

Antes de se estabelecer qualquer plano de cuidados:

Deverá ser avaliada a capacidade do paciente em identificar a localização do WC,


chegar até ele, tirar a roupa, sentar-se no vaso sanitário, alcançar e utilizar os utensílios de
higiene, levantar-se, voltar e vestir- se e lavar as mãos.

A eliminação urinária como uma necessidade humana básica:

Princípios relativos a eliminação uriná ria – O adulto mediano elimina 1.000 a 1.500 ml de
urina em 24 horas.

A relação anató mica íntima do trato urinário e o trato genital, torna o funcionamento
urinário um tó pico sensível para a maioria das pessoas.

A localização do meato uriná rio em íntima proximidade do ânus e ó rgãos genitais


externos, faz o trato urinário vulnerável à infecção oriundas destas fontes.

Para manter um funcionamento efetivo, o organismo humano deve livrar-se de substâ ncias
indesejadas (dejetos):

Dispõe de quatro mecanismos de eliminação dos produtos residuais:

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trato urinário (urina),

trato gastrintestinal (fezes),

através da pele (como perspiração) e

através do trato respirató rio (ar expirado).

Cada mecanismo tem a sua função específica na depuração dos resíduos resultantes do
processamento dos nutrientes e sua subsequente utilização nas células.

A maioria dos resíduos nitrogenados do metabolismo celular é excretada na urina. O


sistema urinário desempenha um papel importante na manutenção do equilíbrio
hidroeletrolítico. O controlo da micçã o representa para as pessoas um ato independente, que é
aprendido na infâ ncia, e a perda desta independência, significa uma ameaça ao bem estar
social e emocional, pondo em risco os sentimentos de auto-estima.

Fatores que influenciam a excreção urinária:

Crescimento e Desenvolvimento;

Fatores Psicoló gicos;

Hábitos Pessoais;

Tono Muscular;

Ingestão de Líquidos;

Condiçõ es Patoló gicas;

Intervençõ es Cirú rgicas;

Ação de Medicamentos;

Exames com Finalidade Diagnó stica

Eliminação Intestinal:

É o movimento e evacuaçã o de fezes pela defecação. Pode ser influenciada por fatores físicos
e/ou psicoló gicos.

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Outros cuidados básicos de higiene e apresentação

A higiene é um dos fatores mais importantes para o asseio, conforto e qualidade de vida de
uma pessoa. No caso de um idoso, uma ida à casa de banho pode ser uma dificuldade
enorme, no entanto, nunca deve estar comprometida e deve ser feita regularmente. Saiba
como cuidar da higiene de um idoso e garanta-lhe o bem-estar necessá rio para a obtenção de
uma vida saudável.

Em muitos casos, com o avançar da idade, o idoso deixa de ter forças e a capacidade para
cuidar de si e da sua pró pria higiene. Para que isso nã o aconteça, é necessá rio ajudar a cuidar
de um idoso, de modo a que ele se consiga aproximar e relacionar com outras pessoas e
tenha uma boa vida.

Para cuidar corretamente da higiene de um idoso, deve cumprir com os requisitos


seguintes:

O banho é um dos aspetos de limpeza mais importantes no cuidar da higiene de um idoso,


uma vez que um bom banho evita as irritaçõ es de pele e previne o corpo contra o
aparecimento de infeçõ es futuras.

No final do banho, é aconselhá vel a colocaçã o de cremes hidratantes nos pés e nos braços
para fortalecer e tornar a pele mais resistente.

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Algumas pessoas idosas, doentes ou com incapacidades podem, à s vezes, recusar-se a tomar
banho. É preciso que o cuidador identifique as causas. Pode ser que a pessoa tenha dificuldade
para locomover-se, tenha medo da á gua ou de cair, pode ainda estar deprimida, sentir dores,
tonturas ou mesmo sentir-se envergonhada de ficar exposta à outra pessoa, especialmente se
o cuidador for do sexo oposto.

É preciso que o cuidador tenha muita sensibilidade para lidar com essas questõ es, que
respeite os costumes da pessoa cuidada e saiba que a confiança se conquista, com carinho,
tempo e respeito.

Para o conforto, o técnico de apoio familiar e à comunidade deve:

 Providenciar para que as necessidades de eliminaçã o uriná ria e intestinal dos idosos
sã o satisfeitas transportando e disponibilizando os equipamentos adequados;

 Contribuir para a prevençã o de ú lceras de pressã o, cuidando da pele e assegurando um


posicionamento adequado do Idoso;

 Regra básica: Utensílios de higiene exclusivos e ú nicos do utente

 Auxiliar na toma dos medicamentos de acordo com as orientaçõ es e o plano de


medicaçã o estabelecido para cada Idoso;

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 Promover a mobilidade do Idoso e a adoçã o de posturas corretas, tendo em vista a
prevençã o do sedentarismo e do imobilismo;

 Contribuir para a prevençã o de acidentes no domicílio, na instituiçã o e no exterior,


sugerindo a adoçã o de medidas de segurança e a melhoria da organizaçã o dos espaços.

 Prestar apoio na alimentaçã o dos Idosos, de acordo com as orientaçõ es da equipa


técnica

 Colaborar na organizaçã o e na confeçã o das refeiçõ es, respeitando a qualidade do


armazenamento e a higiene dos alimentos e tendo em conta as restriçõ es dietéticas, as
necessidades e as preferências do Idoso e as orientaçõ es da equipa técnica;

 Efetuar a distribuiçã o das refeiçõ es, condicionando-as e transportando-as, respeitando


as regras e os procedimentos de higiene alimentar;

 Acompanhar e auxiliar a toma das refeiçõ es sempre que a situaçã o de dependência do


Idoso o exija.

 Estimular a manutençã o do relacionamento com os outros, encorajando-o a participar


em atividades da vida diá ria e de lazer adequadas à situaçã o do Idoso;

 Preparar e desenvolver atividades de animaçã o e entretenimento, adequadas à


situaçã o do Idoso, nomeadamente, proporcionando-lhe momentos de leitura, jogos e convívio;

 Acompanhar o Idoso nas suas deslocaçõ es em situaçõ es de vida diá ria, de lazer e de
saú de.

 Adequar os cuidados de higiene e conforto à s necessidades e características do doente.

 Aplicar as técnicas e os procedimentos relativos aos cuidados bá sicos de saú de do


Idoso.

 Utilizar os procedimentos e as técnicas de primeiros socorros em situaçã o de acidente.

 Aplicar técnicas adequadas à manutençã o da mobilidade do Idoso.

 Identificar situaçõ es de risco de acidente e as medidas de segurança adequadas.

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 Adequar as refeiçõ es à s características e necessidades dos Idosos, tendo em conta o
equilíbrio alimentar e as indicaçõ es da equipa técnica.

 Aplicar os princípios e as regras de higiene alimentar na armazenagem e conservaçã o


dos produtos e no serviço de refeiçõ es.

Outros cuidados de higiene e conforto: Barba, cabelo, unhas, olhos e pele

Os olhos devem ser lavados durante o banho, com á gua (alguns produtospodem provocar
irritaçã o), no entanto por vezes é necessá rio promover umahigiene particular, em caso de
excesso de secreçã o ocular. A limpeza dos olhosdeve ser realizada com compressas, utilizando
o soro fisioló gico. Sendonecessá ria uma compressa para cada olho.

Reunir o material necessá rio: luvas, compressas e soro fisioló gico;

Com uma compressa embebida em soro fisioló gico, passar suavementeno olho de
dentro para fora, a fim de limpar todas as secreçõ esexistentes;

Repetir o procedimento no outro olho, utilizando nova compressa;

Observar alteraçõ es do olho, considerar conjuntivites e irritaçõ es, etc.;

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O NARIZ

O nariz filtra mais ou menos 15.000 litros de ar (poluído) por dia.

Da mesma forma que higiene bucal é importante para a saú de dos dentes e da boca, a higiene
nasal é muito importante e permite evitar problemas respiratórios como rinites,
sinusites, otites e avaliar os sintomas.

O nariz tem uma estrutura de ossos e cartilagem que delimita as duas cavidades nasais.

O esqueleto é constituído por ossos nasais soldados à estrutura facial e que se estendem na
frente por cartilagem. As cavidades nasais sã o separadas por meio do septo nasal. Eles abrem
para trá s na nasofaringe. Dentro de cada narina três estruturas são sobrepostas, as
cornetas, tecido de cartilagem saliente desempenhando um papel importante na respiraçã o.

O nariz é um órgão como qualquer outro. Sensível, frágil, o seu aspecto interior é forrado
com cílios e cheio de vasos sanguíneos podendo ser fonte de hemorragia nasal

O há bito de lavar o nariz traz tantas vantagens à saú de que deveria ser uma regra tã o comum
quanto escovar os dentes todos os dias. Lavar o nariz com soro fisiológico nã o só ajuda a
limpá -lo de impurezas e secreçã o como combate mal-estar e doenças de ouvido ou
garganta. O ideal é utilizar o soro comprado na

farmá cia com a ajuda de um aplicador (parecido com um conta-gotas), mas também é possível
fazer uma mistura caseira em casos de emergência: um litro de á gua que tenha sido fervida
com, aproximadamente, uma colher de chá de sal.

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OUVIDOS E ORELHAS

A sujidade nos ouvidos e orelhas pode provocar ulceraçã o e infecçã o, pelo quetambém
devem ser considerados determinados aspectos importantes na suahigiene:

Durante o banho lavar com á gua e sabã o as orelhas, nã o esquecendo aparte posterior
da mesma;

Preparar material necessá rio: luvas, toalhetes, algodã o, cotonetes, etc.

Utilizar toalhete, algodã o ou cotonete, mas sem introduzir no ouvido,pois pode


traumatizar o tímpano e o objectivo é retirar a sujidade e nã ointroduzi-la no ouvido;

Observar presença de cerú men (cera);

Observar alteraçõ es;

Considerar pró teses auditivas

HIGIENE DA PELE (SECREÇÕES)

A pele é o maior órgão do corpo humano, possuindo enumeras funçõ es, entre elas:

Protecçã o física e imunitá ria;

Protecçã o da desidrataçã o;

Regulaçã o da temperatura corporal (por exemplo, sudaçã o);

Funçõ es metabó licas (por exemplo a luz solar faz com que o organismo produza
Vitamina D);

Ó rgã o dos sentidos (tato).

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Como tal a higiene de toda a superfície corporal é indispensável, tendo em conta alguns
detalhes:

Produtos utilizados: em Idosos semi-dependetes, sem alteraçõ es da pele pode-se


utilizar sabã o, sabonete ou gel de banho convencional, no entanto em idosos dependentes
deverá ser utilizado sabã o hipoalergénico, pois tem menor potencial de provocar alergias,
promove higiene e nã o carece de passar por á gua limpa. Poder-se-á aplicar cremes ou ó leos,
dando preferência ao creme hidratante. Nã o utilizar pó s (talco), pois impedem os poros da
pele de respirar.

Observação: verificar alteraçõ es de toda a pele, desde feridas por traumatismos ou


pressã o, alergias, desidrataçã o, alteraçõ es da pigmentaçã o, da temperatura, sensibilidade, etc.

Relação Interpessoal: durante o banho dever-se-á reunir condiçõ es para promover


um momento agradá vel, de diá logo com o idoso (evitar falar apenas com o outro elemento
que presta cuidados, esquecendo o Idoso), conversando sobre situaçõ es positivas e do
interesse do idoso.

MÃOS, PÉS E UNHAS

Os idosos costumam apresentar sérios problemas nas mãos e pés, devido a alteraçõ es
circulató rias, deformidades ó sseas, diabetes, etc.

Os objetivos principais da sua higiene são: prevenir a infecçã o ou inflamaçã o, evitar


traumatismo devido a unhas encravadas, longas ou á speras, evitar acumulaçã o de sujidade,
etc. Os cuidados a ter em conta são:

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Preparar material necessário: luvas, bacia, esponja, toalhas, sabã o, tesoura ou corta-
unhas, creme, ó leo, vaselina, etc.

Durante o banho, lavar com água e sabão, introduzir as mã os e os pés do Idoso na


bacia de á gua (posteriormente trocar de á gua), lavando especialmente as unhas e espaços
interdigitais, assim como ter o cuidado de secar bem os mesmos;

Hidratar com creme, ó leos ou aplicar vaselina nos locais de maior calosidade (por
exemplo os calcanhares);

Cuidar das unhas, corta-las ou lima-las se necessá rio (cortando de forma recta e nã o
muito pró ximo da pele), amolecendo-as previamente em á gua morna;

Observar as alterações dos pés, mã os e unhas, verificando presença de lesõ es


cutâ neas;

Nã o cortar calosidades (pode provocar hemorragia);

Considerar micoses (usar instrumentos de uso pessoal ou desinfecta-los).

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CHENIAUX, Elie. Manual de Psicopatologia. Editora Guanabara Koogan, 2002.

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