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MANUAL DE FORMAÇÃO

UFCD: 6574 - Cuidados na higiene, conforto e eliminação 50 H

Manual elaborado por:


Miriam Marques
Janeiro 2023
6574 - Cuidados na higiene, conforto e eliminação

O manual de formação que se apresenta incide sobre a UFCD 6574 - Cuidados na higiene,
conforto e eliminação relativamente ao Curso EFA Pro – Percurso Técnico Auxiliar de Saúde.

Os cuidados adequados de higiene e conforto e eliminação à pessoa, constituem-se como um


princípio subjacente à qualidade de cuidados. Deste modo, o Auxiliar de Saúde deve aprimorar os
seus conhecimentos pois estes são mais do que uma limpeza da pele, compõe-se como uma
oportunidade para estabelecer uma relação ou reforçar laços, bem como prevenir infeções e outras
complicações e, ainda um momento primordial para a deteção de variáveis anómalas.

OBJECTIVO (S) GERAL (AIS)

Identificar e assimilar competências teórico-práticas sobre os cuidados na higiene conforto e


eliminação à pessoa.

OBJECTIVO (S) ESPECÍFICO (S)

 Adquirir noções sobre as necessidades humanas básicas: higiene e conforto, alimentação, hidratação,
eliminação.

 Adquirir noções básicas sobre os fatores de promoção e inibição de conforto e desconforto.

 Identificar os aspetos referentes à privacidade, intimidade, sexualidade da pessoa nos cuidados de


higiene e eliminação.

 Explicar que as tarefas que se integram no âmbito de intervenção do/a Técnico/a Auxiliar de Saúde
terão de ser sempre executadas com orientação e supervisão de um enfermeiro.

 Identificar as tarefas que têm de ser executadas sob supervisão direta do enfermeiro e aquelas que
podem ser executadas sozinho.

 Aplicar técnicas de apoio à higiene e conforto, na cama, ao utente que necessita de ajuda parcial,
segundo orientação do enfermeiro e mobilizando conhecimentos fundamentais sobre métodos,
materiais e equipamentos.

 Aplicar técnicas de apoio à higiene e conforto, na casa de banho, ao utente que necessita de ajuda
parcial, segundo orientação do enfermeiro e mobilizando conhecimentos fundamentais sobre
métodos, materiais e equipamentos.

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 Aplicar técnicas de apoio à higiene e conforto na cama ao utente que necessita de ajuda total,
auxiliando o Enfermeiro na prestação de cuidados de higiene e conforto.

 Aplicar técnicas de apoio à eliminação, ao utente que necessita de ajuda parcial, segundo orientação
do enfermeiro e utilizando e manuseando adequadamente os dispositivos indicados aos diferentes
tipos de eliminação.

 Aplicar técnicas de apoio à eliminação, ao utente que necessita ajuda total, auxiliando o enfermeiro
na colocação dos dispositivos indicados aos diferentes tipos de eliminação.

 Aplicar técnicas de substituição de roupa em camas e macas ocupadas, mobilizando conhecimentos


fundamentais sobre métodos, materiais e equipamentos.

 Explicar a importância de demonstrar interesse e disponibilidade na interação com utentes.

 Explicar a importância de manter autocontrolo em situações críticas e de limite.

 Explicar o dever de agir em função das orientações do enfermeiro.

 Explicar o impacte das suas ações na interação e bem-estar emocional de terceiros.

 Explicar a importância da sua atividade para o trabalho de equipa multidisciplinar.

 Explicar a importância de assumir uma atitude pró-ativa na melhoria contínua da qualidade, no âmbito
da sua ação profissional.

 Explicar a importância de cumprir as normas de segurança, higiene e saúde no trabalho assim como
preservar a sua apresentação pessoal.

 Explicar a importância de agir de acordo com normas e/ou procedimentos definidos no âmbito das
suas atividades.

 Explicar a importância de adequar a sua ação profissional a diferentes públicos e culturas.

 Explicar a importância de prever e antecipar riscos.

 Explicar a importância de demonstrar segurança durante a execução das suas tarefas.

 Explicar a importância da concentração na execução das suas tarefas.

 Explicar a importância de desenvolver as suas atividades promovendo a humanização do serviço.


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 Explicar a importância de desenvolver uma capacidade de alerta que permita sinalizar situações ou
contextos que exijam intervenção.

 Explicar a importância de demonstrar compreensão, paciência e sensibilidade na aplicação adequada


de técnicas de higiene e conforto e mobilização do utente.

 Explicar a importância de agir em função da capacidade de autonomia do utente, e de valorizar


pequenos progressos.

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Índice
Necessidades Humanas Básicas........................................................................................................................................... 7
Principais fatores ambientais e pessoais propiciadores de conforto/desconforto para o utente ......... 9
Higienização Corporal.................................................................................................................................... 9
Objetivos da Higienização Corporal............................................................................................................... 9
Princípios Gerais da Higienização Corporal ................................................................................................. 10
Cuidados Antes da Higiene .......................................................................................................................... 11
Cuidados após a Higiene.............................................................................................................................. 11
Procedimentos da Higiene .......................................................................................................................... 12
Espaço de Higiene Seguro ........................................................................................................................... 13
Regras Básicas de segurança ................................................................................................................... 13
Dicas gerais de vestuário ............................................................................................................................. 13
Material Necessário para Higiene ............................................................................................................... 14

Procedimentos de Higienização ................................................................................................................................... 15


Procedimento: Preparar a Cama ................................................................................................................. 15
Possibilidades .......................................................................................................................................... 15
Princípios ................................................................................................................................................. 15
Diretrizes.................................................................................................................................................. 16
Etapas do Procedimento: Preparar a Cama ................................................................................................ 16
Frequência ............................................................................................................................................... 16
Orientações quanto à execução .............................................................................................................. 16
Recursos................................................................................................................................................... 17
Etapas do Procedimento ......................................................................................................................... 17
Cantos dos lençóis ................................................................................................................................... 18
Procedimento: Banho no Leito com Ajuda Total ........................................................................................ 19
Definição .................................................................................................................................................. 19
Objetivos.................................................................................................................................................. 19
Frequência ............................................................................................................................................... 19
Orientações quanto à execução................................................................................................................ 19
Etapas do Procedimento ......................................................................................................................... 20
Produtos de incontinência........................................................................................................................... 24
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Etapas básicas de Mudança dos Produtos de incontinência ................................................................... 24

Eliminação Urinária ............................................................................................................................................................ 26


Algaliação - Cateterismo Vesical .................................................................................................................................. 27
Conceito e finalidade ............................................................................................................................... 27
Material para Algaliação .......................................................................................................................... 28
Procedimento da Técnica da algaliação .................................................................................................. 30
Prevenção da algaliação – Medidas ........................................................................................................ 34
Cuidados com a Sonda Vesical .............................................................................................................. 34
Tarefas que, sob orientação de um enfermeiro, tem de executar sob sua supervisão direta ............... 34
Tarefas que, sob orientação e supervisão de um enfermeiro, pode executar sozinho/a na Algaliação 35

Ostomia de eliminação..................................................................................................................................................... 36
Conceito ................................................................................................................................................... 36
Procedimento de troca do dispositivo de ostomia de eliminação .............................................................. 38

Gastrostomia Endoscópica Percutânea (PEG) .......................................................................................................... 44


Finalidade .................................................................................................................................................... 44
Cuidados de Higiene à PEG .......................................................................................................................... 44
Durante a alimentação – PEG ...................................................................................................................... 44

Sonda Nasogástrica ........................................................................................................................................................... 46


Finalidade .................................................................................................................................................... 46
Critérios de colocação da sonda .................................................................................................................. 46
Aspetos pertinentes da Alimentação por sonda Nasogástrica ................................................................... 46
Procedimento de Alimentação por sonda Nasogástrica ............................................................................. 47

Traqueostomia..................................................................................................................................................................... 49
Procedimento de higiene da traqueostomia............................................................................................... 49

Referências Bibliográficas ................................................................................................................................................ 52

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Necessidades Humanas Básicas

Necessidade corresponde a um estado de carência que se sente e que se pretende satisfazer.

As necessidades existem em grande número e são infinitas, podendo diminuir à medida que
vão sendo satisfeitas e podem ser hierarquizadas de acordo com a intensidade com que são sentidas.

Podem ser classificadas como primárias, que dizem respeito às necessidades básicas e
fundamentais à nossa sobrevivência e que, portanto, têm de ser satisfeitas em primeiro lugar, as
secundárias remetem-se às necessidades que não colocam a vida em risco se não forem satisfeitas, no
entanto a satisfação destas aumenta a qualidade de vida e, ainda as terciárias que se consideram
supérfluas e que, normalmente, estão associadas ao consumo de bens de luxo. Ainda de referir, as
económicas e não económicas, individuais e coletivas.

Na Figura seguinte, encontram-se as Necessidades Básicas indispensáveis ao Ser Humano.

• Alimentação equilibrada,
• higiene,
Biológicas • segurança,
• prevenção da doença,
• sexualidade

• Comunicar,
• Relacionar-se,
Cognitivas
• Raciocinar,
• Cultivar-se,

• Amar e ser respeitado,


• autoestima,
Socio-emocionais • autoconfiança,
• ser valorizado,
• Sentimento de pertença

Vários autores ao longo do tempo postularam inúmeras teorias sobre a priorização das
necessidades, dando como exemplo mais adequado à presente UFCD, a Teoria de Henderson.
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Henderson (1966), foi uma autora que definiu a enfermagem em termos funcionais “ (…) a
única função da enfermeira é a de assistir o indivíduo, doente ou saudável, no desempenho das
atividades que contribuem para a saúde ou para sua recuperação (ou para a morte pacífica) que
executaria sem auxílio caso tivesse a força, a vontade e os conhecimentos necessários. E fazê-lo de
modo a ajudá-lo a conseguir a independência tão rapidamente quanto possível.” Valorizou a
componente empática dos cuidados, sustentando que para conhecer as necessidades do doente, o
enfermeiro necessita de se pôr no lugar do doente, como que se vestisse a sua pele.

Definiu 14 Necessidades Básicas, sobre as quais se desenrolam os cuidados, nomeadamente:

1. Respirar normalmente
2. Comer e beber de forma adequada
3. Eliminar os resíduos corporais
4. Movimentar-se e manter a postura correta
5. Dormir e descansar
6. Escolher a roupa - vestir-se e despir-se
7. Manter a temperatura corporal dentro de valores normais mediante a seleção de roupa e
modificação de ambiente
8. Manter corpo limpo e cuidado e os tegumentos protegidos
9. Evitar os riscos do ambiente e evitar lesar outros
10. Comunicar-se com os demais, expressando emoções, necessidades, temores e opiniões
11. Realizar práticas religiosas segundo a fé de cada um
12. Trabalhar de modo a sentir-se realizado
13. Jogar ou participar em diversas formas de recriação
14. Aprender, descobrir ou satisfazer a curiosidade de modo a conduzir a um desenvolvimento e
a uma saúde normais e utilizar os recursos de saúde disponíveis.

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Principais fatores ambientais e pessoais propiciadores de conforto/desconforto para o utente

Higienização Corporal

Uma higienização íntegra ajuda a prevenir infeções e outras complicações, bem como
promove a autoestima. Tem como objetivo primordial garantir o bem-estar físico e mental das
pessoas, promovendo a saúde e prevenindo doença.

Os cuidados de higiene é mais do que a limpeza da pele, define-se como um encontro entre
duas ou mais pessoas. Para a pessoa cuidada, por um lado, este momento poderá ser um evento
gerador de stresse, devido a valores culturais e sociais, por outro lado pode ser encarado como uma
oportunidade para estabelecer uma relação ou reforçar laços.

Objetivos da Higienização Corporal

Por conseguinte, poderá ser um momento para identificar algumas alterações orgânicas,
nomeadamente feridas ou lesões na pele, perdas de urina e/ou fezes, deformações, entre outras. Ainda,
tem como objetivos:

• Proporcionar conforto Físico e Psicológico;

• Manutenção da independência – incentivando a pessoa mobilizar os membros e a participar


ativamente na higiene;

• Promoção do conforto físico, psicológico e relaxamento;

• Estimulação da circulação sanguínea;

• Prevenção de infeções e problemas cutâneos;

• Promoção da autoimagem;

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• Manutenção da limpeza e hidratação da pele. (ex.: secreções, microorganismos…)

Princípios Gerais da Higienização Corporal

 Planeamento cuidadoso dos cuidados de higiene:

Este deve considerar: a capacidade da pessoa para colaborar no cuidado, as preferências e


pedidos da pessoa, o número de pessoas a quem prestar o cuidado (exemplo: em instituições).

 Providenciar sempre um ambiente de privacidade

 Providenciar um ambiente de segurança

 Sempre que possível, deve-se promover a autonomia do utente

 Limpar imediatamente a pele de secreções corporais (ex.: urina e fezes para prevenir
irritações)

 Nunca deixar a pessoa sozinha

 Usar uma boa postura corporal durante a higiene. Manter as costas direitas, usar as pernas e
os músculos abdominais e manter uma ampla base de suporte - Reduz as lesões músculo-
esqueléticas;

 Nunca aplicar sabão em zonas com feridas e evitar molhar pensos (se acontecer solicitar ajuda
de um enfermeiro);

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Cuidados Antes da Higiene

Antes da higiene deve-se:

 Respeitar ao máximo a intimidade da pessoa

 Proporcionar uma temperatura agradável

 Verificar a presença de todo o material necessário

 Rever os passos do procedimento para evitar interrupções da higiene

 Explique sempre o que vai fazer.

Cuidados após a Higiene

 Seque a pele com movimentos saudáveis. Evite arrastar a toalha na pele para evitar lesões na
pele mais frágeis;

 Tenha especial atenção às pregas da pele, sobretudo em pessoa com excesso de peso (debaixo
das mamas, virilhas, prega da barriga, entre os dedos);

 Utilize cremes hidratantes. A massagem da pele nas costas e à volta das proeminências ósseas
estimula a circulação e aumenta a nutrição da pele e tecidos subjacentes. IMPORTANTE: não
realizar massagem nas proeminências ósseas avermelhadas. Fale com o enfermeiro;

 Posicionar o cliente

 Apreciar o bem-estar do cliente

 Lavar as mãos

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Procedimentos da Higiene

A higiene inclui um ou mais procedimento dos seguintes:

 Providenciar a limpeza do corpo, incluindo os olhos, ouvidos, nariz e períneo;

 Providenciar higiene oral, incluindo cuidados com a prótese dentária;

 Cuidar do cabelo - um cabelo bem lavado e arranjado previne a irritação da pele e infeções.
A aparência do cabelo influência a autoimagem e as reações e opiniões dos outros;

 Barbear a face ou outras partes do corpo;

 Providenciar cuidados aos pés e unhas;

 Nas pessoas mais dependentes, trocar a roupa da cama (esticar a roupa da cama, mudando a
roupa suja se necessário).

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Espaço de Higiene Seguro

A segurança no espaço de higiene é muito importante, em especial para pessoas idosas ou com
algum tipo de vulnerabilidade, nomeadamente com dores nas articulações, fraqueza muscular ou
incapacidade física.

Regras Básicas de segurança

 Colocar tapete de ventosos antiderrapantes ou spray antiderrapante na banheira para evitar


quedas;

 Usar um tapete de banho antiderrapante fora da banheira ou chuveiro;

 Deverá ser instalada uma torneira com alavanca única para misturar a água quente e fria;

 Mantenha a temperatura da água por volta dos 35ºC para prevenir queimaduras;

 Se imprescindível, colocar a pessoa na cadeira de banho ou banco durante o banho;

 Manter o piso em redor da banheira ou chuveiro seco;

 Usar sabonete em vez de gel de banho, reduz o risco da banheira ou chuveiro ficar
escorregadio;

 Utilizar as barras de apoio. NÃO use os toalheiros como barras de apoio, podem não suportar
o peso;

 Assegurar uma boa iluminação da casa de banho, em especial no período noturno.

Dicas gerais de vestuário

 Utilizar roupa interior de algodão

 Usar a roupa larga, evitandos elásticos

 Não usar meias com ligas muito justas

 Mudar frequente a roupa interior

 Usar calçado antiderrapante

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Material Necessário para Higiene

Material para Higienização Corporal

 A roupa pela ordem de ser vestida (exemplo: soutien, camisola interior e camisola);

 Toalhas

 Manápula ou toalhete

 Sabão neutro ou ligeiramente ácido e champô (ou produtos 2 em 1 – champô e gel de


banho);

 Substância hidratante;

 Creme barreira (com óxido de zinco);

 Arrastadeira/aparadeira;

 Objetos de uso individual (corta unhas, desodorizante sem álcool, escova e pasta dos dentes,
elixir oral sem álcool, pente ou escova e maquilhagem);

 Material de proteção individual: luvas e avental;

 Recipiente para colocar a roupa suja.

 Roupa para substituir a cama.

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Procedimentos de Higienização

Procedimento: Preparar a Cama

Possibilidades

 Cama ocupada:

Quando o cliente não pode ou não tem possibilidades de sair do leito ou fazer levante para
um cadeirão, tendo de se proceder à realização da preparação da cama enquanto este
permanece nela;

 Cama desocupada:

Quando o cliente pode sair da cama;

 Cama de pós-operatório ou maca: quando o cliente está ausente por período determinado
para cirurgia ou realização de exames complementares de diagnóstico, em que o leito é
deixado aberto com as roupas de cima dobradas de forma a facilitar o retorno do utente ao
leito.

Princípios

 Uma cama limpa, fresca e confortável é muito importante para quem tem que passar tempo
nela.
 Uma cama confortável levanta a moral, é fisicamente relaxante e pode prevenir sérias
complicações.
 Se não for dada atenção apropriada à cama e roupa, podem ocorrer uma série de problemas
(ex. irritação da pele - por cama húmida, úlceras de pressão - devido a lençóis enrugados…).

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Diretrizes

 Manter cuidados de assepsia:


 Lavagem correta das mãos;
 Manter roupa suja longe do vestuário, cabelo e face;
 Manter a roupa afastada do chão e sacudi-la o menos possível;
 Nunca colocar roupa no chão ou sobre o leito de outro cliente.

 Manter boa postura corporal:


 Diminui o esforço e previne os problemas da coluna colocando-se de frente para a direção
do movimento;
 Manter o centro de gravidade junto à base de suporte, usando os músculos dos braços e das
pernas como uma força com uma ampla base de sustentação;
 Manter as costas direitas e os joelhos semi-fletidos;
 Se possível, manter a cama a uma boa altura para trabalhar.

 Promover a segurança:
 Colocar os objetos ao alcance do utente bem como grades subidas (se necessário).

 Se, por qualquer razão, necessitar de modificar o procedimento, deve justificar as


razões para essa variação (nenhum procedimento é estanque) - individualize o
procedimento de acordo com as necessidades do utente e políticas da instituição.

Etapas do Procedimento: Preparar a Cama

Frequência

 Após os cuidados de higiene e sempre que necessário.

Orientações quanto à execução

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 Verificar as condições ambientais da unidade: temperatura, ventilação e iluminação.


 Executar o procedimento com suavidade para não levantar pó.
 Atender às preferências e à privacidade do cliente.
 Aplicar o lençol de baixo fazendo os cantos de forma a manter o lençol esticado e sem rugas.
 Aprontar o carro da roupa suja junto aos pés da cama e descartar a roupa suja diretamente
para mesmo.

Recursos

 Colcha
 Cobertor ou edredão
 Resguardo
 Lençóis
 Fronha
 Carro de roupa suja

Etapas do Procedimento

1. Providenciar os recursos para junto do cliente.

2. Aprontar uma cadeira aos pés da cama com as costas voltadas para quem executa.

3. Lavar as mãos.

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4. Trocar a roupa da cama segundo a técnica abaixo descrita:

a) Posicionar-se de um dos lados da cama.

b) Remover a roupa debaixo do colchão de toda a cama, começando pela cabeceira até aos pés (à
esquerda) e continuar a desentalar dos pés para a cabeceira (à direita), ou vice-versa

c) Executar três dobras na colcha começando de cima para baixo, depois dobrar outra vez ao meio,
no sentido da largura e colocar nas costas da cadeira;

d) Executar de igual modo para o cobertor;

e) Manter a dobra em cima no lençol que cobre o cliente, fazer outra em baixo, seguida de duas dobras
laterais, começando pelo lado oposto (por ex. técnica do envelope);

f) Assistir o cliente a voltar-se para o lado oposto da cama, ajustando a almofada;

g) Remover o resguardo enrolando-o ou dobrando-o em leque até meio da cama, encostando-o bem
ao cliente. Executar do mesmo modo ao lençol de baixo.

5. Posicionar o lençol de baixo limpo a meio da cama, da cabeceira para os pés, abri-lo e enrolar
ou dobrar em leque a metade oposta para dentro até meio da cama. Entalar a metade da
cabeceira e fazer o canto, depois a metade dos pés e respetivo canto e por fim a parte lateral.

Cantos dos lençóis

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Procedimento: Banho no Leito com Ajuda Total

Definição

Consiste em lavar o corpo, trocar de roupa e arranjar o cliente ou assistir continuamente o


cliente a fazê-lo.

Objetivos

 Cuidar da higiene individual

 Estimular a função respiratória, circulatória, de mobilidade e de eliminação

 Manter a integridade da pele

 Promover o auto cuidado

 Instruir para o auto cuidado de higiene pessoal

Frequência

 De acordo com prescrição do enfermeiro, organização do serviço e necessidades do cliente

Orientações quanto à execução

 Consultar o processo clínico para individualizar, diagnosticar, planear os cuidados e avaliar


resultados

 Verificar as condições ambientais da unidade: temperatura, ventilação e iluminação

 Atender às preferências e à privacidade do cliente

 Examinar o cliente, interpretar e orientar antecipadamente

 Posicionar o cliente usando movimentos firmes e suaves, para que se sinta seguro

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 Lavar e secar o corpo, começando das zonas mais limpas para as mais sujas, dando especial
atenção às orelhas, axilas, umbigo, pregas cutâneas e espaços interdigitais

 Reunir a roupa suja no respetivo saco

Etapas do Procedimento

1.Providenciar os recursos para junto do cliente

2.Lavar as mãos

3.Instruir o cliente sobre o procedimento

4.Posicionar o cliente

5.Providenciar a arrastadeira, se necessário

6.Remover a roupa da cama deixando o cliente protegido com o lençol

7.Lavar e cuidar do cabelo, se necessário

Coloque uma toalha ao redor do pescoço. Coloque a cabeça de lado na cama e por baixo um
saco ou recipiente para aparar a água. Se a cabeceira da cama sair, pode colocar a cabeça na borda da
cama, recorrendo a um saco ou recipiente para aparar a água.

8.Lavar a cavidade oral

9. Lavar a face

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a) Cobrir o pescoço com a toalha e lavar a face

b)Lavar os olhos com água simples, do canto externo para o interno

c)Enxaguar e secar a face

d)Lavar e secar o pavilhão auricular

10.Despir a camisa ou pijama e pôr no saco da roupa suja.

11.Membros superiores:

a)Posicionar o membro mais afastado, descoberto sobre a toalha

b)Lavar e secar, da parte distal para a proximal em movimentos circulares dando especial atenção à
região axilar

c)Aprontar a bacia sobre a cama, de modo a facilitar a imersão da mão. Lavá-la e cortar as unhas, se
necessário

d)Executar do mesmo modo para o membro mais próximo

12.Tórax e abdómen:

a)Cobrir o tórax e abdómen com a toalha, removendo simultaneamente o lençol até à região infra
umbilical

b)Lavar e secar o pescoço, tórax e abdómen, com especial atenção às pregas do pescoço, umbigo e
região infra mamária. Cobrir o corpo com o lençol até aos ombros, removendo simultaneamente a
toalha

13.Membros inferiores:

a)Executar uma dobra na extremidade inferior do lençol até aos joelhos

Posicionar o membro mais afastado, descoberto sobre a toalha

Lavar e secar todo o membro da parte distal para a proximal em movimentos circulares

b)Executar do mesmo modo para o membro mais próximo

c)Posicionar os pés sobre a toalha colocada no sentido da largura da cama


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d)Aprontar a bacia sobre a toalha, elevando simultaneamente os pés. Baixá-los para a bacia, lavá-los
e secá-los

e)Cortar as unhas, se necessário

f)Aplicar uma substância emoliente, se tiver calosidades

g)Massajar os calcanhares e região maleolar com o produto adequado

h)Remover a toalha e bacia e cobrir os pés com o lençol

14. Dorso e nádegas:

a)Virar ou assistir o cliente a virar-se para o lado oposto

b)Executar uma dobra no lençol sobre o dorso, mantendo a região corporal anterior protegida

c)Aprontar a toalha sobre a cama, ao longo da região dorsal

d)Lavar e secar o dorso

e)Lavar e secar as nádegas

f)Massajar o dorso, nádegas e zonas de proeminência óssea utilizando substância hidratante, de


acordo com o estado e tipo de pele do cliente

g)Remover a toalha e tapar o cliente com o lençol.


h)Posicionar o cliente ou assisti-lo a posicionar-se em decúbito dorsal

15.Orgãos genitais
a)Posicionar os membros inferiores com os joelhos em flexão ou assistir o cliente a posicionar-se
b)Aprontar a toalha sobre a cama, no sentido do comprimento, elevando ligeiramente as nádegas
c)Aprontar a arrastadeira sobre a cama, se necessário
d)Executar uma dobra na extremidade inferior do lençol até aos joelhos
e)Calçar luvas
f)Posicionar os membros inferiores em abdução ou assistir o cliente a posicionar-se
g)Lavar e secar os órgãos genitais ou assistir o cliente
h)Remover a toalha

Como lavar
Verta a água da púbis para o ânus;
Usar sabão neutro e passar por água limpa;
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Nas mulheres lave de frente para trás (da vagina em direção ao ânus).
Nos homens retire o prepúcio (pele que envolve a extremidade do pénis) e lave a glande. Não se
esqueça de colocar o prepúcio a cobrir a glande após secar. Se NÃO conseguir puxar o prepúcio, não
force. Comunique ao médico ou enfermeiro;
Evite utilizar álcool ou loções alcoolizadas (secam a pele);

16.Remover as luvas

17.Preparar a cama

18.Vestir o cliente ou assisti-lo

19.Pentear ou assistir o cliente a pentear o cabelo, caso não tenha sido executado o ponto 7 desta
norma

20.Posicionar o cliente ou assisti-lo a posicionar-se

21 Apreciar o bem-estar do cliente

22.Assegurar a recolha e lavagem do material

23.Lavar as mãos

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Produtos de incontinência

Existem diversos produtos no mercado disponíveis, nomeadamente:

Mulheres

Pensos diários de incontinência para mulheres

Roupa interior feminina para incontinência

Roupa interior lavável para incontinência

Homens

Pensos de incontinência anatómicos para homem

Cuecas de incontinência para homem

Unissexo

Cuecas para incontinência

Fraldas com cinto

Fraldas para incontinência com fitas aderentes | Slip

Pensos grandes para incontinência | Comfort

Proteção para cama

Etapas básicas de Mudança dos Produtos de incontinência

A mudança dos produtos de incontinência poderá ser realizada à pessoa que se encontre no
leito ou na posição levantada.

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6574 - Cuidados na higiene, conforto e eliminação

A escolha e a mudança correta dos produtos de incontinência pode prevenir infeções, lesões
e promover o conforto e autoestima. O cuidador deve verificar entre 3 ou 4 horas a integridade do
produto.

As etapas básicas são:

 Respeitar a privacidade

 Explicar o procedimento (o que vai fazer)

 Lavar as mãos

 Colocar o EPI (ex.: luvas, avental)

 Retirar o produto de incontinência conforme instruções de utilização

 Higienização dos genitais

 Secar muito bem a pele

 Colocar o produto de incontinência conforme instruções

 Colocar produto barreira adequado

 Lave sempre a pessoa da frente para trás, ou seja desde a região genital em direção ao ânus,
para evitar o surgimento de infeções urinárias

 Se no leito, colocar a pessoa em Decúbito dorsal (retirar/retirar uma parte do produto de incontinência e
limpar), seguidamente em Decúbito lateral (retirar completamente, limpar e secar, colocar novo produto
de incontinência) e, por fim em Decúbito dorsal novamente, para terminar de colocar o produto e colocar
um produto barreira.

 Descartar o material

 Apreciar o bem-estar do cliente

 Descartar as luvas

 Lavar as mãos

NOTA: Para visualizar estes procedimentos, consultar o link dos Vídeos:

https://www.tena.pt/cuidadores/apoio-ao-cuidador/usar-nossos-produtos/troca

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Eliminação Urinária

A eliminação urinária é imprescindível para o adequado funcionamento fisiológico do


organismo, no qual são libertadas substâncias orgânicas (ureia) e inorgânicas (sulfatos, cloretos,
fosfatos e bicarbonatos de sódio, de cálcio, magnésio, potássio e amónio), resultante do metabolismo
das células e dos alimentos.

Princípios relativos à eliminação urinária:

O adulto mediano elimina 1000 ml a 1500 ml de urina em 24 horas.

Anatomia e Função do Sistema Urinário:

 É compostos por os rins (2), os ureteres, a bexiga, e a uretra.


 Através da urina, são eliminados os produtos que resultam do metabolismo e as substâncias
tóxicas que circulam no sangue.
 A urina é armazenada na bexiga, que tem uma capacidade de 250 a 550 ml, fazendo a sua
evacuação através do esfíncter uretral.

- Visualização de um filme sobre o sistema urinário

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Algaliação - Cateterismo Vesical

Conceito e finalidade

Introdução de uma sonda através do meato urinário até à bexiga.

Tem como finalidades:

 Esvaziar a bexiga quando há retenção urinária e insucesso de outras intervenções

 Descomprimir a bexiga antes, durante e após determinadas intervenções cirúrgicas e/ou


tratamentos

 Monitorizar o débito urinário

 Executar irrigações da bexiga ou instilação de medicamentos

 Facilitar a obtenção de amostras assépticas de urina, em clientes inconscientes ou com


dificuldade em colaborar no procedimento

 Monitorizar o volume residual de urina na bexiga

 Controlar a incontinência em clientes com lesões que contraindiquem o contacto da pele com
a urina

Os cateteres podem ser de carácter temporário/curta duração, nomeadamente entre 8 a 10 dias


(látex), 30 dias (poliuterano) ou de longa duração, 2 a 3 meses (silicone ou hidrogel).

Os cateteres são classificados conforme o tamanho, forma e número de lúmens, o seu calibre
é estabelecido de acordo com a Escala Francesa (French).

No que diz respeito ao seu calibre, não existe uma regra fixa, no entanto a escolha +é realizada
consoante o tamanho da pessoa, normalmente nas crianças utiliza-se os calibres de 8 a 10, nas
mulheres de 14 a 16 e nos homens de 8 a 24.

Nos que possuem a válvula para encher o balão, estes possuem uma cor representativa com
código por cada tamanho, designadamente:

12 F: Branco; 14 F: Verde; 16 F: Laranja; 18 F: Vermelho; 20 F: Amarelo; 22 F: Violeta; 24 F: Azul.

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Material para Algaliação

Material para higiene:

 Bacia com água morna

 Sabão líquido

 Toalhete ou manápula descartável

 Toalha

 Luvas

 Resguardo descartável

Tabuleiro esterilizado com:

 Cápsula para colocar a solução estéril

 Recipiente para recolha de urina, se necessário

 Luvas para lavagem com solução estéril

 Campo com janela

 Tina riniforme

 Compressas

 Tabuleiro com:

 Algália de tipo e calibre adequados à situação do cliente

 Luvas esterilizadas

 Ampola de água bidestilada

 Seringa esterilizada

 Cloreto de sódio isotónico

 Lubrificante hidrossolúvel esterilizado, dose unitária

 Saco coletor de urina com dispositivo de saída e válvula anti refluxo

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 Adesivo

 Suporte adequado para o saco coletor

 Recipiente de acordo com as normas de triagem de resíduos hospitalares

 Resguardo descartável

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Procedimento da Técnica da algaliação

Enfermeiro - executante Técnico Auxiliar de Saúde - ajudante

1ª FASE – Preparação do utente e do setting

(ambos podem realizar esta fase, o TAS sob a supervisão de um enfermeiro)

 Explicar o procedimento  Explicar o procedimento

 Lavar as mãos  Lavar as mãos

 Posicionar o utente  Posicionar o utente

MULHER-Decúbito dorsal com os membros


inferiores fletidos e em abdução

Cobrir o utente de forma a deixar unicamente a


área perineal exposta

-Abrir todo o material de forma assética e


coloca-lo em condições de ser utilizado

2ª FASE- Lavagem dos genitais

 Aplicar resguardo descartável  Esta Fase pode ser realizada por o


Técnico Auxiliar de Saúde sob
 Calçar luvas
orientação do enfermeiro.
 Lavar os órgãos genitais com água e
sabão e secar

 Remover o resguardo

 Remover as luvas

3º FASE- Desinfeção da zona Perineal

 Aplicar novo resguardo Nesta fase o Técnico Auxiliar de Saúde poderá


apoiar o enfermeiro aquando solicitado, bem
 Calçar luvas esterilizadas
como aplicar a conversa terapêutica com o
 Aplicar o campo esterilizado:
utente.

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Homem – colocar a janela do campo sobre o


pénis

Mulher – colocar a janela do campo sobre a


região perineal

 Limpar o meato com cloreto de sódio


isotónico

Homem – com a mão não dominante posicionar


o pénis perpendicularmente à zona pélvica
retraindo o prepúcio. Com a mão dominante
limpar o meato utilizando uma compressa de
cada vez, com movimentos circulares em
sentido descendente, do meato para a glande

Mulher – Limpar com cloreto de sódio


isotónico, começando pelos grandes lábios e
utilizando uma compressa para cada um, num
movimento descendente e único, do lado mais
afastado para o mais próximo. Seguidamente a
mão não dominante afasta os grandes lábios e a
outra mão executa a limpeza dos pequenos
lábios, respeitando os passos anteriormente
descritos. Por último procede-se à limpeza do
meato num movimento único.

 Remover as luvas

4ª FASE – Execução da Algaliação

 Calçar novo par de luvas esterilizadas  Nesta fase o Técnico Auxiliar de Saúde
poderá apoiar o enfermeiro aquando
 Remover o invólucro da algália e fazer a
solicitado, bem como aplicar a conversa
sua adaptação imediata ao saco coletor
terapêutica com o utente.
 Aplicar lubrificante na algália

 Executar a algaliação:

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Homem – com a mão não dominante colocar o  A introdução da água destilada poderá
pénis num ângulo de 90º com a zona pélvica, ser realizada pelo TAS, evitando a saída
exercendo uma ligeira tração, ao mesmo tempo do cateter vesical.
que se faz a inserção da algália com movimentos
circulares (+ 17 a 20 cm). Quando se sentir uma
ligeira resistência baixar o pénis (+ 120º)
continuando a introdução da algália até chegar à
bexiga (quando surge urina no saco coletor)

Mulher – com a mão não dominante manter


afastados os grandes lábios ao mesmo tempo
que se faz a introdução da algália com a mão
dominante em movimentos circulares (+ 5 a 7,5
cm) até chegar à bexiga.

 Inserir um pouco mais a algália e instilar


a quantidade indicada de água
bidestilada para insuflar o balão

 Executar um ligeiro movimento de


tração 24.Remover o campo esterilizado
e resguardo descartável

 Remover as luvas

 Imobilizar a algália fixando com


adesivo:

Homem – região superior da coxa ou na


região infra – abdominal

Mulher – face interna da coxa

5ª FASE- Finalização do procedimento

(ambos podem realizar esta fase, o TAS sob a supervisão de um enfermeiro)

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 Posicionar o saco coletor em suporte  Posicionar o saco coletor em suporte


próprio próprio (VER COMO POSOCIONAR O
SACO de forma CORRETA)
 Posicionar ou ajudar o cliente a
posicionar-se  Posicionar ou ajudar o cliente a
posicionar-se
 Apreciar o bem-estar do utente
 Apreciar o bem-estar do utente
 Assegurar a recolha e lavagem do
material  Assegurar a recolha e lavagem do
material
 Lavar as mãos
 Lavar as mãos

*As fases descritas são exclusivamente para facilitar o processo de ensino.

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Prevenção da algaliação – Medidas

 Auxiliar o utente a assumir uma posição natural de micção

 Assegurar a sua privacidade

 Abrir uma torneira de modo a ser audível o ruído da água

 Aplicar um saco de água morna na região supra púbica

 Aliviar a dor

Cuidados com a Sonda Vesical

 O saco coletor deve estar suspenso e sempre a um nível inferior ao da bexiga para evitar
reflexo de urina

 Lavar as mãos antes e depois de qualquer procedimento

 Evitar irrigações vesicais, exceto se obstrução

 Incentivar a ingestão hídrica de 3 litros por dia

 Manter a área entre o meato e a sonda limpa

 Evitar a tração do cateter

 Vazar o saco coletor uma vez por turno ou em SOS, para evitar um grande volume de urina,
diminuindo desta forma o risco de proliferação bacteriana

 Substituir o saco a cada 8 dias. Se existir hematúria, piúria ou urina concentrada com
sedimentos, substituir diariamente

 Quando não for possível manter o circuito de drenagem fechado deve-se realizar a troca de
saco com luvas cirúrgicas e desinfetar a conexão do saco.

Tarefas que, sob orientação de um enfermeiro, tem de executar sob sua supervisão direta

 Procedimento de algaliação

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Tarefas que, sob orientação e supervisão de um enfermeiro, pode executar sozinho/a na


Algaliação

 Conhecimentos teóricos sobre o cateterismo vesical

 Aplicar Medidas Preventivas

 Cuidados com o saco coletor/sonda vesical

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Ostomia de eliminação

Conceito

Uma ostomia é um orifício criado no abdómen, em que o intestino é trazido à pele.

É através desse orifício – ESTOMA – que são eliminadas as fezes. Implica o uso de um
sistema coletor (saco) colado à pele em redor do estoma, pois deixará de controlar a saída das fezes.

O estoma tem cor rosa ou vermelho vivo e aspeto húmido. Tocar no estoma não causa dor e é normal
sangrar um pouco durante a sua higiene. A ostomia pode ser temporária (alguns meses) ou definitiva.
Existem dois tipos de ostomias intestinais: colostomia e ileostomia.

Colostomia → É o tipo mais comum de ostomia e é construída a partir do intestino grosso (cólon).
Habitualmente, as fezes têm consistência semelhante às fezes normais ou mais moles.

Ileostomia → É o segundo tipo mais comum de ostomia e é construída a partir do intestino delgado.
Possui um formato redondo ou oval. Habitualmente, as fezes eliminadas são líquidas.

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→ Existem diferentes tipos e marcas de sistemas coletores. Estes devem ser guardados dentro das
caixas, num local seco, à temperatura ambiente, de forma a não se deteriorarem.

Os dispositivos são seguros e discretos. PODEM SER:

Dispositivo de uma peça

→ O saco fechado deve ser mudado sempre que necessário, ou seja, sempre que o saco atinja metade
da sua capacidade ou se descole. O saco aberto permite o despejo das fezes e deve ser mudado a cada
24 horas.

Dispositivo de duas peças (saco e placa)

→ A placa pode ficar colada na pele durante 4 a 5 dias no máximo.

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→ O saco é mudado sempre que necessário. Se for um saco aberto, pode ser despejado e usado até à
substituição da placa. Se utilizar um saco fechado, este deve ser trocado quando atingir metade da sua
capacidade.

Procedimento de troca do dispositivo de ostomia de eliminação

1-

REMOVER o dispositivo

Para proteger a sua pele, é necessário remover corretamente os dispositivos.

→ Remova o dispositivo, de forma suave, de cima para baixo.

→ Utilize as duas mãos: uma vai descolando o dispositivo e a outra vai segurando a pele em redor.

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→ Coloque o dispositivo no lixo.

2. LIMPAR a pele

A melhor forma de prevenir complicações é realizar uma boa higiene da pele e estoma.

→ Com papel higiénico, limpe o estoma e a pele para remover restos de fezes.

→ Lave o estoma e a pele com uma esponja ou pano macio humedecida com água morna e sabonete
líquido com pH neutro. Repita o mesmo apenas com água.

→ Seque bem o estoma e a pele em redor com papel higiénico, de forma suave e sem esfregar.

3. OBSERVAR a pele e o estoma

Uma inspeção da pele e do estoma deve fazer parte da sua rotina.

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→ Com a ajuda de um espelho, examine a pele em torno do estoma para ver se existe alguma
vermelhidão ou ferida.

→ A pele em redor do estoma deve parecer igual ao resto da sua pele.

→ O estoma deve ter cor rosa ou vermelho e aspeto húmido. Ao longo do tempo, pode variar no
tamanho e forma.

→ Caso detete alguma alteração na pele ou estoma deve contactar o seu enfermeiro estomaterapeuta
ou médico assistente.

4. APLICAR o dispositivo

Aplicar corretamente o dispositivo garante o seu conforto e segurança.

→ Para assegurar que cola adequadamente, a pele deve estar bem limpa e seca.

→ O “buraco” recortado na placa deve ser cortado de forma a que tenha exatamente a mesma forma
do estoma (nem muito largo, nem muito apertado).

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Dispositivo de uma peça

→ Retire o papel autocolante da placa e encoste o rebordo do “buraco” à parte inferior do estoma e
cole ao longo da pele em redor do estoma, de baixo para cima.

→ Com a mão aberta, pressione ligeiramente o dispositivo durante alguns segundos para garantir que
fica bem colado à pele.
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Dispositivo de duas peças

→ Retire o papel autocolante da placa já recortada.

→ Encoste o rebordo do “buraco” à parte inferior do estoma, colando-o a pele. Pressione com os
dedos, de forma suave, à volta do estoma e em toda à volta da placa.

→ Aplique o saco na placa, pressionando-o em redor do bordo. Verifique que ficou bem seguro,
puxando o saco ligeiramente.

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Gastrostomia Endoscópica Percutânea (PEG)

Finalidade

A Gastrostomia Endoscópica Percutânea (PEG) é uma técnica endoscópica que consiste na


introdução de uma sonda na cavidade gástrica através da parede abdominal, e que permite a
administração de comida, líquidos e medicação, em doentes que não conseguem deglutir por diversas
razões.

Cuidados de Higiene à PEG

· Lavar adequadamente as mãos antes da manipulação dos alimentos, da administração das refeições
e do manuseamento da sonda. A correta lavagem das mãos reduz o risco de infeção

· Manter a zona perístoma sempre bem seca, e trocar a gaze envolvente frequentemente

· Limpar a zona perístoma com uma gaze, água e sabão e aplicar uma solução antisséptica, numa fase
inicial. Posteriormente lavar apenas com água e sabão

· Lavar a sonda com 20 a 40 ml de água morna depois de cada refeição, utilizando uma seringa
diferente da que é administrada para a alimentação. A lavagem da sonda previne a sua obstrução

· Conservar adequadamente os alimentos utilizados nas refeições

· Manipular os alimentos de forma segura prevenindo a sua contaminação

Durante a alimentação – PEG

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· Posicionar confortavelmente a pessoa, se possível sentada

· Verificar se a sonda está bem posicionada, e não está obstruída

· Administrar a alimentação seguindo orientações da nutricionista

· Administrar a medicação se necessário e após lavar a sonda com cerca de 20 a 30 ml de água. Nota
importante: A medicação deve ser previamente triturada

· Fazer uma hidratação adequada várias vezes ao dia

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Sonda Nasogástrica

Finalidade

• Consiste na introdução de uma sonda através de uma narina, e vai até ao estômago, permitindo
administrar alimentos, líquidos e medicamentos às pessoas que se encontram incapacitadas
para o fazer autonomamente.

Critérios de colocação da sonda

Existem situações de doença e incapacidade que deixam as pessoas muito debilitadas


e limitadas. Por este motivo, muitas vezes tem de se optar por uma alimentação pela via
nasogástrica para garantir uma nutrição e hidratação adequada. Como por exemplo:

 Reflexos de deglutição diminuídos ou ausentes


 Engasgamento e tosse persistente no momento das refeições
 Senilidade
 Pós cirurgias na via digestiva, que exigem repouso para cicatrizar e evitar infeções
 Presença de tumores na boca ou na garganta

Aspetos pertinentes da Alimentação por sonda Nasogástrica

Para alimentar a pessoa corretamente através de uma sonda, deverá ter em atenção os seguintes
aspetos:

 A pessoa deverá ficar na posição de sentado ou semi-sentado, podendo utilizar algumas


almofadas para o amparar
 Caso não seja possível sentar a pessoa, deve deitá-la de lado
 Deverá possuir uma seringa que se adapte à sonda

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 Os alimentos deverão ser triturados, adquirindo uma consistência líquida, para passarem a
sonda e não a entupirem
 Deve utilizar para estas refeições uma grande variedade de alimentos, tais como: legumes,
batatas, massa, arroz, carne e peixe. Pode ainda fazer batidos de fruta cozida, aproveitando a
água da cozedura
 Os alimentos devem ser administrados a temperatura tépida, para não provocarem
queimaduras
 Lave as mãos antes de manipular a sonda
 Sempre que é retirado o espigão (o que fecha o orifício da sonda), deverá clampar
manualmente a sonda, pois evita a entrada de ar e a saída de líquidos

Procedimento de Alimentação por sonda Nasogástrica

 Antes de iniciar a alimentação, deve ser aspirado o conteúdo gástrico com o auxílio da seringa,
de forma a avaliar o volume existente e adequar a alimentação:

· A existência de conteúdo gástrico é normal e deve-se não só a restos alimentares, mas também a
sucos gástricos produzidos pelo organismo e importantes para a digestão

- Se o conteúdo for inferior a 200 ml - deve voltar a introduzir e pode dar a alimentação

- Se o conteúdo for superior a 200ml - deve voltar a introduzir e esperar cerca de 1 hora para verificar
se ainda tem ou não conteúdo

- No caso de diminuir poderá retomar a alimentação, sendo aconselhável iniciar com um chá, que é
um líquido bem tolerado e de fácil digestão. De seguida, é necessário fazer uma pausa de cerca de 1
hora, de forma a confirmar a digestão do chá. Depois pode passar os restantes alimentos aumentando
aos poucos o volume destes.

- Se o volume gástrico não diminuiu deve aspirar o conteúdo e avisar o enfermeiro

- No final da alimentação deve ser sempre introduzida água, de forma a evitar que se depositem
alimentos nas paredes da sonda levando à sua obstrução

- Ao longo do dia deve ser administrada regularmente água, cerca de 1,5 litros, salvo indicação em
contrário

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- Após a alimentação, o doente deverá permanecer na posição de sentado ou semi-sentado, pois isto
previne a regurgitação ou o vómito. Sempre que for possível o doente deverá ser alimentado pela
sonda e o que tolerar pela boca. Os intervalos entre as refeições devem ser curtos, não excedendo as
3 horas, exceto durante a noite

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Traqueostomia

• Consiste numa incisão ou corte realizado na parte inferior do pescoço (traqueia), efetuado
pelo cirurgião e no qual é introduzida uma cânula para manter a permeabilidade das vias
aéreas e permitir a respiração.

• Sempre que possível, os cuidados com a traqueostomia devem ser feitos pela própria pessoa.
Mas, se esta não puder ou não se sentir capaz, podem ser feitos pelo cuidador. Deve lavar
sempre as mãos antes e depois de qualquer manipulação das cânulas.

MUDANÇA DA CÂNULA INTERNA


 Mudança da cânula interna deve ser mudada de manhã, à noite e sempre que esteja obstruída
de secreções
 Tossir inclinando-se para a frente fazendo sair as secreções (o cuidador deve incentivar a
pessoa a tossir ou, se necessário, aspirar as secreções)
 Limpar a cânula, por dentro e por fora, usando uma esponja ou um escovilhão próprios

MUDANÇA DA CÂNULA EXTERNA


 A cânula externa pode ser mudada no máximo uma vez por dia, se for necessário
 Limpar bem o estoma de eventuais secreções
 Realizar ligeira hiperextensão da cabeça, aplicar gel lubrificante aquando a introdução da
cânula

Procedimento de higiene da traqueostomia

 Lavar as mãos e preparar previamente todo o material.

 Colocar água tépida na taça.

 Retirar o penso sujo do traqueostoma e colocar no lixo.

 Observar a pele circundante ao traqueostoma e verificar se existe rubor ou secreção


diferente do habitual.

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 Lavar as mãos e retirar a cânula interna.

 Mergulhar a cânula interna na taça (+/- 5 minutos).

 Limpar a pele em redor do traqueostomia com compressa humedecida em água


corrente tépida (espremer a compressa).

 Limpar o travessão da cânula externa com compressa humedecida (espremer a


compressa) e secar a pele com compressa seca.

 Colocar o penso protetor do traqueostoma (compressa ou poliuretano) prevenindo a


fricção da pele e absorvendo algum exsudado ou secreções

 Colocar a fita de nastro, ou fita de velcro própria, nas ranhuras do travessão da cânula
externa.

 Atar a fita de nastro ou colar os velcros, de modo a que a cânula fique


confortavelmente segura.

 Só depois de a cânula estar fixada com o novo nastro, pode retirar /cortar a fita de
nastro suja. o Para limpar a traqueostomia, não utilize pedaços de papel pequenos ou
pano pelo risco de poderem ser aspirados

 Para limpar a traqueostomia, não utilize pedaços de papel pequenos ou pano pelo risco
de poderem ser aspirados.

Cuidar da cânula interna:

 Introduzir o escovilhão na cânula interna pelas duas extremidades, até que esta fique
limpa.

 Passar a cânula por água corrente tépida.

 Em alternativa introduzir uma compressa desdobrada por uma das extremidades da


cânula até que esta saia na extremidade oposta.

 Remover o excesso de água da cânula e lavar as mãos.

Colocação da cânula interna após limpeza:

 Introduzir a cânula interna na cânula externa .

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 Rodar a cânula interna até fixar.

 Colocar uma compressa, lenço ou filtro especial sobre a abertura da cânula para servir
de filtro do ar ambiente, impedindo a entrada de algo estranho na cânula, como insetos
e poeiras, e contribuindo para o aquecimento e humidificação do ar inspirado

Arrumação do material

 Lavar a taça, o escovilhão e a tesoura (passar por água corrente).

 Secar o material com pano limpo que não deixe pelos..

 Guardar o material em local acessível para alguma situação de urgência.

 Eliminar o lixo proveniente da sua higiene traqueal em saco fechado.

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Referências Bibliográficas

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Simões, C. M. A. R. & Simóes, J. F. F. l. CIPE. (2007). Avaliação Inicial de Enfermagem em


Linguagem segundo as Necessidades Humanas Fundamentais - Nursing initial evaluation in ICNP
language according to the basic human needs. II.ª Série - nº 4 - Jun. 2007. Revista Referência.

Entidade Formadora Certificada: Pág. 52/52

IMP.15.00-B

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