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ENFERMAGEM EM SAÚDE DO IDOSO

Licenciatura Enfermagem
3º ano/5º semestre

Docente: Sílvia Tavares da Silva

Enfermagem em Saúde do Idoso 14/15

Trabalho de grupo
 Assinale….

Sílvia Silva
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Saúde??? O que é “Saúde” para a pessoa
idosa? Percepção de saúde…
 É individual;

 Tomamos consciência na sua ausência;

 Significa sentir-se bem, estar em forma e feliz;

 Estado dinâmico ao longo da vida;

 Associada ao conceito de envelhecimento - é ainda mais ambíguo;

 Impossível associar saúde à idade cronológica;

 Conhecer a realidade da saúde e envelhecimento para promover melhores abordagens


preventivas, curativas e continuidade de cuidados;

 Promoção para prevenir ou retardar situações de doença ou dependência;

 INDIVIDUALIDADE e
DIVERSIDADE

REFLECTEM-SE NO ESTADO DE SAÚDE.

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Influencias na saúde dos idosos:


 Remotas:
 Política populacional
 Religião
 Padrões e crenças culturais
 Estatuto da mulher
 Padrões de subsistência
 Estatuto económico da comunidade
 Estabilidade social
 Oportunidades económicas
 Migrações
 Urbanização
 Tendências de desenvolvimento
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Influências na saúde dos idosos:

 Directas
 Fertilidade
 Nível educacional
 Pobreza emprego
 Condições habitacionais
 Oportunidades educacionais
 Dieta
 Estatuto social da comunidade
 Ambiente
 Serviços sociais e de saúde

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Influências na saúde dos idosos:


 Pessoais:
 Idade e sexo
 Comportamento face à saúde
 Agregado familiar
 Nível económico
 Educação
 Estrutura mental
 Doenças

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Tipo de influências na saúde dos idosos:
clima

Pessoais

Directas

Remotas

Dividas Produção de
Avanços alimentos
tecnológicos Comunicações
Sílvia Silva Economia
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Alterações na velhice

 CSP II – Saúde do Idoso


 Alterações físicas
 Alterações emocionais

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Influencias sócio-económicas:
 Emprego:
 Discriminação etária (retirada gradual-falta de emprego…muito
especializado….)

 Reforma:
 O problema da diminuição da capacidade económica; viver
sozinho; se encarado como perda (rendimentos, estatuto,
rotinas) mas para os outros pode ser vista como uma benesse!

 Isolamento social e contacto social:


 Pode haver contactos mas questiona-se a qualidade desses
contactos! Há verdadeira interacção.

 Recursos materiais:
 Correlação directa entre saúde
classe social
recursos materiais

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Capacidade funcional e saúde:

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SINDROMES GERIÁTRICOS
GIGANTES DA GERIATRIA
 As 4 alterações de alerta, frequentemente encontradas
no paciente idoso são
 1- Imobilidade;
 2 - Instabilidade postural
Têm em comum:
 3 - Incontinência urinária e fecal; Etiologia múltipla
 4 - Insuficiência Cerebral Evolução crónica
Tratamento complexo
Perda de autonomia.
(3 D´s = Demência, Delirium, Depressão)

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Envelhecimento normal
vs
Envelhecimento patológico
Envelhecimento Envelhecimento
normal patológico
Físico Mais lento e moderado Mais rápido e grave
Actividade mantida Actividade diminuída/nula
Mental “ “ “ “

Social Adaptação às perdas Não adaptação


Mantém contactos Isolamento, depressão,
morte
Saúde Poucas doenças Muitas doenças
Bem controlado Mal controlado
Adaptação Aceitação Não aceitação
Assume e adapta-se Não se adapta
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Principais problemas de saúde:
 Sistema Nervoso Central:
 Demências
 Doenças neurológicas
 Padrões de sono
 Delirium
 Depressões
 Aparelho Locomotor:
 Limitações físicas incapacitantes
 Artropatias
 Imobilidade
 Instabilidade postural / quedas
 Reumatismos

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 Sistema Cardiovascular:
 Arteriosclerose
 Hipertensão
 Cardiopatias
 Sistema Respiratório:
 Afecções pulmonares
 Sistema Urinário:
 Incontinência
 Perturbações renais

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CONSEQUÊNCIAS
 Consomem muito do serviços do sistema de saúde e este
aumento do custo não tem revertido em benefícios;

 Serviços oferecidos não se adequam às necessidades;

 Os clássicos modelos de promoção, prevenção, recuperação


e reabilitação, não podem ser transportados para os idosos
sem adaptações;

 Necessidade urgente de reorganizem para responder


adequadamente às necessidades de saúde…

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Alterações neurológias e
psiquiátricas
DEPRESSÃO
PERTURBAÇÕES DO SONO
SINDROME CONFUSIONAL

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Crises normais no ciclo familiar (Duvall)
 Etapas, períodos de adaptação/readaptação familiar
1 Casal forma-se

2 1º gravidez

3 Corresponder às necessidades dos filhos


Desgaste físico e falta de intimidade
4 Integração dos filhos na comunidade escolar
Sucesso escolar
5 Equilíbrio: liberdade/emancipação dos adolescentes

6 Assistências aos filhos - preparação da saúde do casal

7 Reconstrução da relação matrimonial


Manter relação inter-geracionais
8 Adaptação a viver só
Reforma
Adaptação da casa à nova situação
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Acontecimentos geradores de stress no


idoso:
 Perda da carta de condução;

 Deslocações múltiplas;

 Défices físicos: hemiplegia, sensoriais, dificuldades mecânicas e


articulares;

 Perda de filhos, pares ou pessoas próximas;

 Perda ou dispersão de bens pessoais;

 Conflitos ligados á herança e aos bens pessoais;

 Abandono: medo de morrer só, de não ser socorrido a tempo e de sofrer;


 Hospitalização e institucionalização;

 Perda médico pessoal;

 Nascimento de netos.
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Características de uma personalidade
mentalmente saudável:
 Eficácia e transcendência funcional;
 Criatividade e capacidade de apreciar as
experiências novas;
 Harmonia interior;
 Compaixão na relação com os outros;
 Transcendência (capacidade de relacionar-se com
o místico (Deus, natureza..)

A adaptação à mudança pode muito bem ser o mais evidente


dinamismo positivo nas pessoas idosas

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Depressão
 ESTADO MENTAL DE HUMOR ALTERADO

 Doença, síndrome, sintoma ou simplesmente estado


afectivo – tristeza como é vulgarmente identificada.
 Incidência igual à dos outros grupos etários, mas população
com mais risco (perdas papeis, família…)

 No idoso está sub-diagnosticada e mal conduzida - é


motivo de hospitalização
 É primeira doença com importantes repercussões:
 Sociais e individuais;
 Impossibilita a rotina de vida satisfatória;
 Pelo risco inerente de morbilidade e cronicidade.

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A depressão…
 Está associada ao contexto social em que está inserido.
 Idosos deprimidos afectam aqueles com quem contactam.
 Está ligada a:
 ameaça de rompimento, perda de vínculos, perda das relações
afectivas com as pessoas que lhe são próximas;
 Reconhecimento precoce e o estabelecimento da terapia,
permitem devolver ao indivíduo:
 A capacidade de amar;
 Pensar;
 Interagir e cuidar de pessoas;
 Sentir-se gratificado e assumir a responsabilidade.

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Modelos explicativos da depressão:

 A) Modelo bioquímico;

 B) Modelo psicológico;

 C) Modelo sociológico.

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 A) Modelo bioquímico:

 Transtorno funcional do fígado em que segrega a bílis negra e


as suas toxinas provocaria a melancolia;

 Actualmente considera-se a diminuição do sódio;

 Também está relacionada com algumas patologias de origem


endócrina (hipotiroidismo)

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 B) Modelo psicológico (patogenia em 2 grupos):

 Modelo psicodinâmico:
 A depressão está associada aos portadores de
constituição ambivalente.
 São pessoas que convivem com sentimentos
contraditórios: amor e ódio, querer e não querer.

 Modelo cognitivo-comportamental:
 Os distúrbios depressivos são consequência de
aprendizagens defeituosas que com o decorrer do tempo se
assumem com existência própria.

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 C) Modelo sociológico:
 Não se pode negar a influência dos factores sociais no
desenvolvimento e/ou manutenção de grande número de
manifestações depressivas.
 Nenhum destes modelos por si só, explica a problemática da
depressão, completam-se e enquadram-se numa perspectiva
global.
 Os argumentos que sustentam que a depressão no idoso é um
tipo diferente da de outras faixas etárias, apoiam-se nas
diferenças de sintomatologia.
 Nos idosos apresenta-se com:
 Sintomas sintomáticos ou hipocondríacos mais frequentes;
 Menos antecedentes familiares de depressão;
 Pior resposta ao tratamento.
 O que é diferente nos idosos seria não a depressão em si, mas as
circunstâncias existenciais específicas da idade

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Factores de risco da depressão:


 Biológicos:
 História familiar (predisposição)
 Episódios anteriores de depressão
 Modificações hormonais e ao nível do SNC (demências)

 Físicos:
 Patologias especificas (EAM, cancro, artrite,
incontinência….)
 Uso de medicamentos analgésicos

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Factores de risco da depressão:

 Psicológicos:
 Conflitos não resolvidos (luto, cólera…)
 Perdas de memoria, demência
 Alterações da personalidade

 Sociais:
 Perdas da família e de amigos
 Isolamento
 Perda de emprego
 Perda de rendimentos

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Tipos e causas de depressão


Tipos Causas Características

Depressão Reactiva Reactiva a alguma situação Há um problema existencial,


vivencial traumática com sofrimento não
conseguindo superar o
trauma e a angustia

Depressão secundária Secundária a alguma O idoso desenvolve estados


condição orgânica patológicos e degenerativos
que facilitam e desenvolvem
a depressão

Depressão endógena Faz parte da personalidade Estas pessoas envelhecem e


continuam depressivas

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Diagnóstico e sintomatologia
 Pensamentos depreciativos como
 culpa,
 inutilidade,
 abandono e ânimo retraído;
 Condutas de desinteresse e abandono;
 Manifestações fisiológicas: perda de peso,
insónias, dores inespecíficas.

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Diagnóstico e sintomatologia
 Instalado o quadro inicial há 4 critérios para
consolidar o diagnóstico:
 Vários sintomas durante 2 ou mais semanas;
 Estado de ânimo diminuído durante este tempo;
 Alteração do quotidiano como causa ou consequência da
depressão;
 Presença de pelo menos 4 dos seguintes sintomas:
 Diminuição ou aumento do apetite e do sono, da energia;
 Sensação continua de fadiga/cansaço e perda de interesse;
 Perda de prazer nas relações sociais e actividades do
quotidiano;
 Sentimento de reprovação ou culpa de si mesmo;
 Lentificação ou agitação psicomotora;
 Queixas ou evidência de diminuição na capacidade de
concentração.

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Diagnóstico e sintomatologia
 Uma vez instalada a depressão, manifesta-
se por:
 Inquietação psicomotora (irritabilidade);
 Sintomas depressivos (tristeza profunda);
 Somatização variada;
 Sinais de alterações vegetativas;
 Perda de auto-estima;
 Sentimento de abandono e de dependência;
 Eventuais sintomas psicóticos;
 Deficit cognitivo (dificuldade de concentração e de
memória) e possíveis ideias de suicídio;
 Pode surgir perda de peso, insónias, sensação de culpa,
tristeza e perda de energia.

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Depressão vs demência (????)


 Os sinais podem ser confundidos com os de demência e perda das
capacidades cognitivas, frequentes nos idosos.

 Apatia, prostração, falta de vontade para realizar actividades,


perda de interesse pelo que o rodeia, podem ser sinais de
depressão passíveis de serem confundidos e inseridos no quadro
normal de perda das capacidades cognitivas e na demência da
idade avançada.

 É necessário definir e caracterizar a demência, para que se


consiga estabelecer limites definidos entre esta e a depressão.

 A demência implica sempre um comprometimento importante e


irreversível na qualidade de vida da pessoa, sendo o prognóstico
reservado.

 As demências serão sempre irreversíveis.

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Depressão vs demência
Características Depressão Demência

Inicio Preciso Indeterminado

Progressão Rápida Lenta

Queixa Detalhada Ausente

O que o idoso valoriza Fracassos Sucessos

Esforço e disposição Pouca Mantida

Socialização perdida Mantida

Período pior Manhã Tarde

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Pseudodemência depressiva
 O termo pode surgir erroneamente quando os défices observados
serão reversíveis com o tratamento adequado da depressão.

 Parte dos doentes inicialmente diagnosticados como deprimidos


(pseudodementes), apresentam depois de algum tempo verdadeiros
sinais de demência, apesar da melhoria inicial com o uso de
antidepressivos.

 A imagem cerebral pode revelar sinais maia compatíveis com


demência do que da depressão

 Embora possa haver no idoso um défice cognitivo compatível com a


saúde, a presença concomitante de depressão aumenta essa
deficiência ao ponto de parecer um verdadeiro quadro ou demência
pura.

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Depressão e memória
 Queixas de má memória são comuns em pessoas
deprimidas.

 A“falha de memória” pode ser denominada de


dismnésia que não é suficiente para o médico suspeitar de
depressão.

 O prejuízo de memória é evidente na depressão, mas não a


única alteração cognitiva observada.

 Frequentemente não existe correlação obrigatória entre o


grau de prejuízo de memória e o grau de depressão.

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Tratamento da depressão:
 Químico (farmacológico);

 Psicossocial (abordagens da psicoterapia social e


ocupacional);

 Antidepressivos:
 Inibidores selectivos de recaptação da serotonina
 Antidepressivos tricíclicos, anti-colinérgicos
 Benzodiazepinas.

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Medicação anti-depressiva no idoso
 O idoso requer normalmente doses mais baixas e
raramente atinge a dose máxima;

 Os efeitos colaterais são a principal forma de escolha dos


fármaco a utilizar;

 Explicar ao idoso que o efeito terapêutico é conseguido


entre a 2ª e a 5ª/6ª semana para que não abandone o
tratamento;

 Não existe droga de 1ª escolha, mas sim de escolha


individual.

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Prognóstico
 As evoluções favoráveis estão relacionadas com:
 Idades + jovens;
 Personalidades + sãs;
 Integração num bom meio social.

 Nas depressões tardias constituem factores de mau


prognóstico:
 Sexo masculino
 Idade > 80 anos;
 Perturbação psico-orgânica;
 Isolamento social;
 Ausência de descompensações psíquicas anteriores seguidas
de remissões;
 Doença progressiva do cérebro ou outro sistema orgânico.

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 Factores de bom prognóstico:
 Início da depressão por volta dos 70 anos,
 Carga hereditária pouco importante;
 Boa evolução das fases depressivas precedentes;
 Personalidade extrovertida;
 Boas relações sociais e ocupacionais;
 Bom ambiente familiar.

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Processo de enfermagem:
 1) colheita de dados:
 Depressão: sintomas
 Atenção a alterações normais vs patológicas
 Atenção a sintomas vagos- podem camuflar
 Atenção a sintomas físicos vários- hipocondria
 Sintomatologia de depressão

 Factores de risco:
 Sintomas
 Doenças
 Medicamentos
 ambiente

 Perigos potenciais (variáveis)


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Variáveis para identificar depressão:
 Individuais:
 Aparência e estado funcional
 Nível de actividade
 Mudança de hábitos de vida
 Saltos de humor
 Historia psicológica e social
 Episódios depressivos anteriores
 Disfunção social

 Comportamentais
 Olhar fixo e sem brilho
 Apatia e desinteresse de si (aparência, roupas…..)
 Indiferença face ao outro e o ambiente
 Modificação dos ritmos de sono
 Choros e lamentações
 Perda de auto-estima
 Diminuição do campo afectivo e cognitivo

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Processo de enfermagem: VER CIPE


 2) Diagnóstico de enfermagem (analise e interpretação dos
dados)
 Manifestação de independência;
 Problemas de dependência reais e potenciais;
 Principais fontes de dificuldade
 Interacção destas dificuldades com as outras fundamentais

Diagnósticos:
Estratégias de adaptação ineficazes
Perturbação da auto-estima
Dificuldades em conservar a saúde
Ansiedade presente em grau….
Medo presente em grau…..
Sentimento de impotencia em grau….

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3) Planeamento dos cuidados:
 Estratégias de adaptação ineficazes
 Determinar com o idoso as fontes de inadaptação
 Avaliar os seus pontos fortes e fracos
 Ajuda-o a encontrar estratégias para utilizar os
pontos fortes a fim de mudar o ambiente

 Perturbação da auto-estima
 Ajudar a reconstruir a sua imagem corporal alterada
 Ajuda-lo a reencontrar a confiança

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3)Planeamento dos cuidados:


 Dificuldades em conservar a saúde
 Discutir com o idoso os factores que contribuem para
promover e manter a saúde
 Encoraja a adopção de comportamentos saudaveis
 Ensinar medidas preventivas

 Ansiedade presente em grau….


 Ajuda-o a reconhecer a sua ansiedade
 Adoptar os meios para controlar e eliminar
 Ensina-lo a reconhecer as crises (fase inicial) e a canalizar
esforços para actuar de imediato
Medo presente em grau…..
Sentimento de impotencia em grau….

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3)Planeamento dos cuidados:
 Medo presente em grau…..
 Sentimento de impotência em grau….

 Identificar os factores que contribuem para a


impotência
 Identificar os factores sobre os quais tem domínio
para a tomada de decisão sobre os seus cuidados

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Intervenção de carácter geral:


 Avaliação de stress dos coabitantes;

 Ajudar a formação e reafirmação de laços sociais;

 Ajudá-los a sentirem-se confiantes relativamente às suas


aptidões e à aplicação das suas capacidades;

 Ouvir as suas opiniões, deixa-los tomar partido activo de


todos nas decisões;

 Encorajar a autoconfiança deixando claro que podem


solicitar ajuda em qualquer altura;

 Self-empowerment (workshops, cursos psicoeducativos)

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Estratégias para a mudança de
comportamento:
 Identificar problemas que inibem a mudança de
comportamentos:
 Não culpar a idoso sendo ele próprio “vítima” do sistema
(reformas baixas), controlar as suas doenças, mas as que
possam ser controladas por ela mediante as suas
possibilidades; identificar pontos fortes…

 Usar estratégias de forma eficaz: adequar as sugestões ao


idoso em causa;

 Explorar os conhecimentos de saúde da pessoa idosa

 Elevar a auto-estima

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Estratégias para a mudança de


comportamento (cont.):
 Estabelecer metas;

 Adequar o plano de acção a cada pessoa;

 Estímulo: elogio genuíno ou recompensa;

 Trabalho de equipa: família e equipa multidisciplinar (psicólogo,


TSS….);

 Encorajar as actividades que o façam sentir-se bem!

 Facilitar a mudança;

 Comunicação assertiva;

 Aplicar o processo de enfermagem à pessoa idosa.

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Fim

Enfermagem em Saúde do Idoso 14/15

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